Está em curso uma ofensiva do governo contra o cinema brasileiro. Isso todo mundo sabe. O que se desconhecia até agora é que, diante do sequestro cultural que a arte sofre, alguns cineastas desenvolveram um clara Síndrome de Estocolmo, que é a dependência afetiva do sequestrado diante do sequestrador. Só isso explica a enorme euforia da classe e de parte da mídia diante do gesto de Roberto Alvim, o secretário de Cultura bolsonarista, ao nomear André Sturm para a Secretaria do Audiovisual.
Até janeiro último, Sturm, que é cineasta, era secretário de Cultura da Cidade de São Paulo. antes foi diretor do MIS paulistano.
O novo secretário é controverso, protagonizou polêmicas - todas publicadas em veículos jornalísticos como Folha, R7, Estadão, Folha, Fórum, Istoé etc, a partir de 2017 - que cabem em um verdadeiro longa metragem. De investigação do MP para apurar improbidade administrativa a suposta ameaça de agressão a um agente cultural, acusação de racismo, de assédio e denúncia de interferência em processo de licitação,
Em janeiro de 2018, envolveu-se em um escândalo após documento enviado à Câmara de Vereadores de São Paulo sobre abuso de poder, que incluía uma gravação onde Sturm bate-boca com uma secretária, diz que vai demiti-la e ela pergunta se o motivo seria porque não transou com ele durante uma viagem. Em novembro do ano passado, teria ofendido a diretora do Theatro Municipal de São Paulo e ameaçado não pagar ao Instituto Odeon, gestor do teatro, caso não topasse romper o contrato amigavelmente.
Segundo a Veja, André Sturm passa a integrar o governo depois de um pedido de Andrea Matarazzo, que articula o apoio de Bolsonaro para se candidatar ao governo de SP, em 2022, em chapa com Paulo Skaf. Matarazzo negou e disse à revista que é candidato à prefeitura em 2020. A Veja ainda afirma que Roberto Alvim é a ponte entre Matarazzo, Skaf e Bolsonaro.
Desesperados com o quadro, profissionais do cinema parecem relativizar esse histórico na esperança de que o fundamentalismo do governo federal gire 180° a partir da nomeação do novo secretário. Aparentemente, não enxergam que a política de audiovisual do governo está muito clara para ser revogada pelo terceiro escalão. A nomeação está bombando nas redes sociais. E não exatamente no bom sentido.
Esse filme dificilmente vai acabar bem.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
quinta-feira, 12 de dezembro de 2019
O concessionário gosta de moleza. E o contribuinte ou usuário que pague a conta...
Os defensores da "privatização do fim do mundo", ou seja, de tudo, alegam que só dessa maneira o Estado economizará e sobrará dinheiro para investimentos em educação, saúde, segurança etc.
Não é o que a realidade mostra.
Como parte dos dogmas neoliberais, São Paulo anunciou que concederá presídios à iniciativa privada. Empresários vão construir presídios? Claro que não, seria pedir demais. Assim como não construíram os aeroportos, as vias e estradas e os gasodutos ou os metrôs que assumiram, vão normalmente gerir o que já está feito.
Infelizmente, de um jeito ou outro, sobra para o populacho que paga o novo "custo Brasil", o privado. Se a coisa é estatal, o contribuinte comparece com os seus impostos. Se é privada, "morre" em taxas as mais diversas em forma de pedágios, altas contas de gás, energia elétrica, de embarque, de ingresso em estádios , em subvenções com que o poder público continua premiando os concessionários ou certas OS, Ongs e entidades que o povão chama de pilantrópicas e que administram serviços públicos significativamente encarecidos.
No caso da privatização dos quatro presídios em São Paulo, inclusive unidades recentemente construídas, o Ministério Público de Contas afirma que o custo de manutenção de cada preso aumentará em R$1.500. Em 15 meses, o governo de São gastará 58% a mais após a privatização, o que significa um acréscimo de R$75 milhões apenas nesses quatro presídios.
É mole ou quer mais?
Jogos de Tóquio 2020 - Política sem barreiras bane atletas e põe à prova o espírito olímpico
por Niko Bolontrin
Desde janeiro de 2019, o governo americano pressionava a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) para punir a Rússia por um suposto esquema de massiva aplicação de estimulantes em atletas. Travis Tygart, chefe da Agência Anti-Doping dos Estados Unidos, criticou a leniência da instituição mundial e pediu sanções contra a Rússia.
Antes da virada do ano, veio a punição: exclusão do país de Olimpíadas e Mundiais durante quatro anos. Vale dizer, Jogos de Tóquio 2020 e de Inverno de Pequim 2022 e Copa do Catar 2022 e outros torneios oficiais de caráter mundial.
A Rússia pode recorrer, mas dificilmente conseguirá reverter uma decisão que parece conter altas suspeitas de componente político.
A FIFA ainda tenta resistir à decisão. A Rússia participará da Eurocopa 2020 (São Petersburgo é uma das sedes) porque a restrição não atinge torneios continentais e sim os mundiais. Mas, além disso, a entidade que rege o futebol pediu que a Wada esclareça e justifique a surpreendente inclusão da Copa do Catar no pacote de punição.
Os atletas russos que forem testados negativos em exames antidoping poderão competir sob bandeira neutra. Essa decisão evidencia o gatilho político da operação, que mais parece a vertente esportiva das sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. Para o primeiro-ministro Dmitry Medvedev, que não nega problemas localizados de doping na Rússia, a medida da Wada é "uma histeria crônica anti-Rússia".
Se persistir o afastamento, como tudo indica, Tóquio poderá ver alguns dos melhores atletas do ano competindo sem pátria, se estes optarem por essa condição. Apenas nos mundiais de atletismo e natação, por exemplo, russos ganharam neste ano oito ouros com a nova geração de atletas.
Punição genérica, alcançando milhares de competidores de um país - a imensa maioria jamais envolvida em doping - era algo inédito até 2016 quando a mesma Rússia foi punida. A ato atual é um desdobramento requentado daquele. Normalmente, e isso já aconteceu com atletas dos Estados Unidos, China, Jamaica, Brasil e muitas outras nações, a condenação é individual. Apenas os competidores comprovadamente flagrados no uso de substâncias ilegais são afastados.
Ao decidir que a Rússia vai recorrer contra a Wada, o presidente Vladimir Putin usou o argumento da individualização injusta e caracterizou a generalização como política. Ainda lembrou que o Comitê Olímpico Russo não foi punido. "Se não há qualquer reclamação contra o comitê, então o país deve competir sob a sua própria bandeira. Isto está escrito na Carta Olímpica. Desta forma, a decisão da Wada viola a Carta. Temos todas as condições de apelar", declarou.
A Rússia vai, por enquanto, manter a preparação para os Jogos de Tóquio. Mesmo a participação sob bandeira neutra não está inteiramente garantida. Há na Wada quem seja contra essa possibilidade. Esses, ainda mais radicais, alegam que na Olimpíada de Inverno da Coréia do Sul atletas russos foram anunciados como tal na abertura e nas competições e havia centenas de bandeiras da Rússia nas arquibancadas em saudação às equipes. The Guardian lembrou que o país estava banido em Pyeongchang , em 2018, e mesmo assim mais de 100 atletas foram solenemente anunciados: “Ladies and gentlemen, the Olympic Athletes from Russia!”.
O jornal ironizou: "se anda como pato, se grasna como pato, então é pato". Ou seja, o hino não tocou, mas a Rússia estava na Coreia do Sul. E, embora sem alguns dos principais atletas, ganhou 2 ouros, 6 pratas e 9 bronzes.
Desde janeiro de 2019, o governo americano pressionava a Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) para punir a Rússia por um suposto esquema de massiva aplicação de estimulantes em atletas. Travis Tygart, chefe da Agência Anti-Doping dos Estados Unidos, criticou a leniência da instituição mundial e pediu sanções contra a Rússia.
Antes da virada do ano, veio a punição: exclusão do país de Olimpíadas e Mundiais durante quatro anos. Vale dizer, Jogos de Tóquio 2020 e de Inverno de Pequim 2022 e Copa do Catar 2022 e outros torneios oficiais de caráter mundial.
A Rússia pode recorrer, mas dificilmente conseguirá reverter uma decisão que parece conter altas suspeitas de componente político.
A FIFA ainda tenta resistir à decisão. A Rússia participará da Eurocopa 2020 (São Petersburgo é uma das sedes) porque a restrição não atinge torneios continentais e sim os mundiais. Mas, além disso, a entidade que rege o futebol pediu que a Wada esclareça e justifique a surpreendente inclusão da Copa do Catar no pacote de punição.
Os atletas russos que forem testados negativos em exames antidoping poderão competir sob bandeira neutra. Essa decisão evidencia o gatilho político da operação, que mais parece a vertente esportiva das sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. Para o primeiro-ministro Dmitry Medvedev, que não nega problemas localizados de doping na Rússia, a medida da Wada é "uma histeria crônica anti-Rússia".
Se persistir o afastamento, como tudo indica, Tóquio poderá ver alguns dos melhores atletas do ano competindo sem pátria, se estes optarem por essa condição. Apenas nos mundiais de atletismo e natação, por exemplo, russos ganharam neste ano oito ouros com a nova geração de atletas.
Punição genérica, alcançando milhares de competidores de um país - a imensa maioria jamais envolvida em doping - era algo inédito até 2016 quando a mesma Rússia foi punida. A ato atual é um desdobramento requentado daquele. Normalmente, e isso já aconteceu com atletas dos Estados Unidos, China, Jamaica, Brasil e muitas outras nações, a condenação é individual. Apenas os competidores comprovadamente flagrados no uso de substâncias ilegais são afastados.
Ao decidir que a Rússia vai recorrer contra a Wada, o presidente Vladimir Putin usou o argumento da individualização injusta e caracterizou a generalização como política. Ainda lembrou que o Comitê Olímpico Russo não foi punido. "Se não há qualquer reclamação contra o comitê, então o país deve competir sob a sua própria bandeira. Isto está escrito na Carta Olímpica. Desta forma, a decisão da Wada viola a Carta. Temos todas as condições de apelar", declarou.
A Rússia vai, por enquanto, manter a preparação para os Jogos de Tóquio. Mesmo a participação sob bandeira neutra não está inteiramente garantida. Há na Wada quem seja contra essa possibilidade. Esses, ainda mais radicais, alegam que na Olimpíada de Inverno da Coréia do Sul atletas russos foram anunciados como tal na abertura e nas competições e havia centenas de bandeiras da Rússia nas arquibancadas em saudação às equipes. The Guardian lembrou que o país estava banido em Pyeongchang , em 2018, e mesmo assim mais de 100 atletas foram solenemente anunciados: “Ladies and gentlemen, the Olympic Athletes from Russia!”.
O jornal ironizou: "se anda como pato, se grasna como pato, então é pato". Ou seja, o hino não tocou, mas a Rússia estava na Coreia do Sul. E, embora sem alguns dos principais atletas, ganhou 2 ouros, 6 pratas e 9 bronzes.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2019
Nas redes sociais, a capa da Time ganha releitura cômica
Revista Time: Greta Thunberg, a "pirralha", é a Pessoa do Ano 2019. E Bolsonaro, o que é?
Poucas horas depois de ser chamada de "pirralha" por Bolsonaro, Greta Thunberg, 16 anos, torna-se a Person of the Year 2019 da revista Time. Além de desmerecer a jovem ativista, o presidenciano brasileiro ainda criticou a mídia por lhe "dar muito espaço" . Taí a menina com todo o espaço do mundo.
Greta está ficando mais influente e célebre do que a sueca homônima Greta Garbo. Mas “leave me alone”, a divisa da atriz, não é com ela. Ao contrário, incansável, se expõe e comparece a todos os fóruns mundiais para difundir uma verdade: "Não podemos continuar vivendo como se não houvesse amanhã, porque há um amanhã", disse ela à Time, ao ressaltar que esse futuro tem que ser garantido agora.
Caso o Acordo de Paris não prospere, o aumento da temperatura no mundo atingirá 1,5 ° C. As consequências já estão aí e se agravarão: em 2030, mais 350 milhões de pessoas serão expostas à seca e 120 milhões cairão para a estatística de extrema pobreza. Isso é ciência, alerta a Time.
Levar essa mensagem a um número cada vez maior de pessoas é a difícil missão a que Greta Thinbeerg se dedica.
No mínimo, está sujeita a grosserias. Ser xingada por Bolsonaro é de fato uma láurea extra no currículo da ativista. Tanto que ela acrescentou o "titulo" à sua página no twitter:'Pirralha".
Greta é tudo o que mostra ser, consciente, generosa e corajosa.
Bolsonaro o que é?
É disparado o líder do FETEAPÁ: o Festival de Toscos que Assola o País.
domingo, 8 de dezembro de 2019
Fotografia: a garota da Playboy que virou musa do processamento de imagens
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| A foto de Lenna Sorderberg, de Dwigth Hooker, da Playboy, com o corte que virou referência da tecnologia de processamento. |
Lenna Söderberg tinha apenas 21 anos quando posou para a página central da edição de novembro de 1972 da Playboy americana. O fotógrafo Dwight Hooker encantou-se pelo corpo espetacular e pelos olhos da jovem sueca, que pensava apenas em ganhar alguns trocados para sobreviver em Nova York.
O que a bela Soderberg não esperava era que sua foto virasse um ícone mundial da tecnologia.
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| A foto original da Playboy. |
Segundo matéria do site Medium, a imagem tinha que ser de um rosto humano. "O equipamento de digitalização de fotos no laboratório na época tinha uma resolução máxima de 512x512 e só podia digitalizar 100 pixels por polegada. Assim, os engenheiros acabaram escolhendo o seguinte corte da imagem a ser usada no papel", informa o Medium.
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| O rosto de Lenna Sorderberg em vários exercícios de compressão. Reprodução |
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| Lenna, hoje. Reprodução |
Atualmente, aos 70 anos, mora na Suécia e é frequentemente convidada para participar de conferências internacionais, além de ser a eterna musa dos nerds do processamento de imagens.
Recentemente foi lançado do Estados Unidos um documentário sobre a história e as circunstâncias da foto mais famosa da tecnologia de imagens. Trata-se de “Losing Lenna”, que pode ser visto no Facebook Watch.
Desça do salto: campanha das Havaianas rasteirinhas dá recado indireto para as âncoras da TV
por Clara S. Britto
A nova campanha das Havaianas sugere que as mulheres desçam dos saltos em nome do conforto. A ideia, segundo a AlmapBBDO, é mostrar que os saltos altíssimos não são indispensáveis como peças de estilo. A campanha tem peças para a TV e internet e as Havaianas rasteirinhas aparecerão em intervalos de alguns programas jornalísticos. No mínimo, curiosa indireta. Nos estúdios dos telejornais, as âncoras invariavelmente usam saltos estratosféricos. Parece até haver uma competição rumo às alturas para ver quem aparece mais no modelo espigão de Dubai.
Veja os vídeos AQUI e AQUI
Performance de chilenas contra abusos viraliza no mundo
Performance do coletivo chileno Las Tesis se espalha no mundo e já foi adaptada para vários idiomas. O ato de protesto contra abusos, assédio e até agressões sexuais por parte de agentes do governo durante as manifestações no Chile viraliza na internet. O objetivo do grupo é levar a uma grande audiência, em formato de espetáculo, teses de autoras feministas sobre a violência que atinge mulheres de todos os países.
Veja a letra da canção"Un violador en tu camino", que Las Tesis protagonizam e já foi replicada como hino de luta em Buenos Aires, Córdoba, San José, Porto Alegre,Cidade do México, Londres, Istambul e Madri.
El patriarcado es un juez
Que nos juzga por nacer
Y nuestro castigo
Es la violencia que no ves
El patriarcado es un juez
Que nos juzga por nacer
Y nuestro castigo
Es la violencia que ya ves
Es femicidio
Impunidad para mi asesino
Es la desaparición
Es la violación
[Coro]
Y la culpa no era mía, ni donde estaba, ni cómo vestía
Y la culpa no era mía, ni donde estaba, ni cómo vestía
Y la culpa no era mía, ni donde estaba, ni cómo vestía
Y la culpa no era mía, ni donde estaba, ni cómo vestía
El violador eres tú
El violador eres tú
VEJA O VÍDEO DA PERFORMANCE DAS TESIS, AQUI
Globo News: em um ano, menos 10% de audiência
Segundo o colunista Ricardo Feltrin, do UOL, no ano de 2019 - que já registrou mais de mil demissões no Grupo Globo -, a Globo News teve queda de 10% em audiência, na comparação de janeiro a novembro de 2019 com o mesmo período do ano passado.
A pesquisa é do Kantar Ibope.
Não é uma boa notícia para a emissora de TV por assinatura que, ano que vem, enfrentará uma nova concorrente, a CNN Brasil, provavelmente a partir de março de 2020.
A Globo News costuma criticar medidas de Bolsonaro no campo da cultura, meio ambiente e comportamento, mas dá um forte apoio ao governo em questões de política econômica. Vai à euforia, por exemplo, com as reformas neoliberais como o confisco da previdência e a implosão da legislação trabalhista, bate o bumbo para qualquer sinal de melhora na economia - entusiasmo às vezes desmentido pelos números do trimestre seguinte - e poupa o governo, com frequência, em questões de denúncias de corrupção, de ligações com a milícia etc.
Pelo visto, a audiência não esta comprando essa fórmula,
A pesquisa é do Kantar Ibope.
Não é uma boa notícia para a emissora de TV por assinatura que, ano que vem, enfrentará uma nova concorrente, a CNN Brasil, provavelmente a partir de março de 2020.
A Globo News costuma criticar medidas de Bolsonaro no campo da cultura, meio ambiente e comportamento, mas dá um forte apoio ao governo em questões de política econômica. Vai à euforia, por exemplo, com as reformas neoliberais como o confisco da previdência e a implosão da legislação trabalhista, bate o bumbo para qualquer sinal de melhora na economia - entusiasmo às vezes desmentido pelos números do trimestre seguinte - e poupa o governo, com frequência, em questões de denúncias de corrupção, de ligações com a milícia etc.
Pelo visto, a audiência não esta comprando essa fórmula,
sábado, 7 de dezembro de 2019
sexta-feira, 6 de dezembro de 2019
A culpa é do Flamengo: "VAR" em editoria de esportes causa demissão de repórter.
| Reprodução You Tube |
O repórter Adalberto Neto gravou um vídeo que registra a euforia na editoria de esportes do Globo no momento da virada no placar. Foi coisa de lôco, meu. A rapaziada pirou em gritos, correria e gente se atirando ao chão. Entre os mais vibrantes apareceria o editor Márvio dos Anjos.
O vídeo viralizou nas redes sociais e alguns torcedores viram ali uma "prova" de uma suposta falta de isenção na cobertura futebolística do jornal, outros acharam natural a festa e a explosão de alegria.
No dia 4/12, o colunista Leo Dias, do UOl, revelou a demissão de Adalberto Neto após o episódio. Ao jornalista não foi comunicado o motivo do afastamento e ele mesmo alega não poder afirmar que o vídeo foi a causa. "Realmente, não foi informado o motivo da minha demissão. Meu editor apenas disse que foi um pedido da direção pelo 'conjunto da obra', escreveu ele em carta a Leo Dias, publicada ontem. Adalberto conta que ao se despedir da redação ouviu de colegas que o motivo havia sido a divulgação do vídeo.
Na carta, o repórter, que é negro, também cita uma suposta questão racial "no conjunto da obra".
A sigla VAR (do inglês Video Assistant Referee) passou recentemente a fazer parte do vocabulário do futebol.
Ironicamente, foi uma espécie de "VAR de redação" que provocou a demissão do jornalista do Globo.
BTG Pactual é o novo dono da revista Exame
O BTG Pactual arrematou por R$ 72, 374 milhões a revista Exame, que pertencia à Abril. Junto com a edição impressa, o pacote leiloado inclui site, aplicativo e a divisão de eventos. Há 52 anos, a Exame é referência na cobertura de economia e finanças no Brasil. O fato de ter sido adquirida por um grupo financeiro levanta dúvidas sobre a isenção futura da publicação. Segundo fontes da redação, a intenção dos novos controladores é manter a marca e seus produtos à margem dos interesses do banco.
Fenômeno: CNN Brasil ganha prêmio de "veículo do ano" quatro meses antes de entrar no ar... As redes sociais se divertem com a proeza mediúnica
A CNN Brasil tem estréia prevista para março de 2020 e ainda não transmitiu imagens ou fez qualquer reportagem. Ou seja, ainda não é um veículo. Isso não impediu que o futuro canal, como anunciou orgulhosamente no twitter, ganhasse o Prêmio Veículos de Comunicação 2019 da revista Propaganda. A premiação antecipada e "mediúnica", como um internauta classificou, virou piada nas redes sociais.
IZA na capa da Glamour de dezembro, hoje nas bancas, com ensaio de Gui Paganini...
Estreando na capa da Glamour, IZA foi entrevistada pela repórter Luanda Vieira. Ela fala sobre a carreira, racismo e fama. Trechos da matéria estão no site da Glamour.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
Aeróbica sexual: Câmara dos Deputados deu quórum para um "Canguru Perneta"
por O.V.Pochê
A Câmara dos Deputados vive dias de suspense. E não é por causa de nenhuma medida provisória bombástica.
O Brasil começa a esperar com ansiedade o curioso desfecho de um debate que ganha espaço nos corredores do Legislativo.
Antes, uma adendo: repórteres experientes que cobriram o Congresso durante anos não têm dúvidas de que o prédio de Niemeyer na Praça dos Três Poderes escreve uma novela por dia. Se fosse ao ar seria imbatível em audiência.
O deputado Alexandre Frota lança há dias nas redes sociais um sinopse explosiva. Diz ele que flagrou uma deputada "conservadora e casada" praticando o chamado "canguru perneta" no escurinho de uma discreta salinha de uma das comissões da Câmara.
"Canguru perneta" foi uma expressão usada no seriado "Sai de Baixo" que, com o tempo, virou apelido de uma posição sexual que não está no tutorial do Kama Sutra. A modalidade é própria para os apressados, aqueles que por circunstâncias têm que dar uma "rapidinha". Mas atenção: o CP não é pra qualquer um. Exige elasticidade e precauções; para evitar acidente, a mulher, que estará equilibrada em uma perna só e a outra sobre o ombro do felizardo, deve ficar encostada em uma parede; o homem deve ser cavalheiro e não abusar do ritmo, sempre lembrando que a parceira estará temporariamente manca.
Existe uma variação: o "canguru perneta invertido", quando a mulher fica de costas para o parceiro. É coisa para atletas, convém não arriscar.
Frota não revela o nome da deputada e também não identifica o deputado que praticava essa coalizão nada partidária no breve intervalo do debate das grandes questões nacionais. O que se diz é que, na Câmara, até o mais carola da mais religiosa bancada sabe quem é a dupla aeróbica que competiu na categoria "canguru perneta" em 1 minuto e dez segundos sem barreiras.
A Câmara dos Deputados vive dias de suspense. E não é por causa de nenhuma medida provisória bombástica.
O Brasil começa a esperar com ansiedade o curioso desfecho de um debate que ganha espaço nos corredores do Legislativo.
Antes, uma adendo: repórteres experientes que cobriram o Congresso durante anos não têm dúvidas de que o prédio de Niemeyer na Praça dos Três Poderes escreve uma novela por dia. Se fosse ao ar seria imbatível em audiência.
O deputado Alexandre Frota lança há dias nas redes sociais um sinopse explosiva. Diz ele que flagrou uma deputada "conservadora e casada" praticando o chamado "canguru perneta" no escurinho de uma discreta salinha de uma das comissões da Câmara.
"Canguru perneta" foi uma expressão usada no seriado "Sai de Baixo" que, com o tempo, virou apelido de uma posição sexual que não está no tutorial do Kama Sutra. A modalidade é própria para os apressados, aqueles que por circunstâncias têm que dar uma "rapidinha". Mas atenção: o CP não é pra qualquer um. Exige elasticidade e precauções; para evitar acidente, a mulher, que estará equilibrada em uma perna só e a outra sobre o ombro do felizardo, deve ficar encostada em uma parede; o homem deve ser cavalheiro e não abusar do ritmo, sempre lembrando que a parceira estará temporariamente manca.
Existe uma variação: o "canguru perneta invertido", quando a mulher fica de costas para o parceiro. É coisa para atletas, convém não arriscar.
Frota não revela o nome da deputada e também não identifica o deputado que praticava essa coalizão nada partidária no breve intervalo do debate das grandes questões nacionais. O que se diz é que, na Câmara, até o mais carola da mais religiosa bancada sabe quem é a dupla aeróbica que competiu na categoria "canguru perneta" em 1 minuto e dez segundos sem barreiras.
Ódio na rede: Kate Beckinsale é criticada por posar de biquíni. Veja a resposta da atriz
por Clara S. Britto
A atriz Kate Beckinsale, 46 anos, publicou no Instagram uma foto em biquíni.
Foi o que bastou para ser xingada de "muito velha" para mostrar o corpo.
Embora em ótima forma, ela foi criticada por mulheres e homens. "Velha procurando chamar atenção", comentou uma seguidora. "Quando a calcinha da vovó voltou em grande estilo ??", ironizou um leitor
A grande maioria dos seguidores elogiou a foto.
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| Kate Beckinsale/Instagram/Reprodução |
E Kate Beckinsale não se abalou: como resposta aos preconceituosos ela publicou no Insta mais cinco fotos em biquíni.
Na Time: os melhores filmes do ano...
por Ed Sá
Tão certo quanto os envelopínhos de carteiros, funcionários das empresas de gás, eletricidade, água, entregadores de jornal etc são as listas de fim de ano que a mídia se dedica a fazer. É um tal de os melhores livros, as melhores músicas, as melhores pessoas...
A Time listou os melhores filmes de 2019 na visão dos seus editores.
1 - “Dor e Glória“, dirigido por Pedro Almodóvar.
2 - “O Irlandês”, de Martin Scorsese.
3- “Era Uma Vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino.
4 - “História de um Casamento”, dirigido por Noah Baumbach.
5 - “Adoráveis Mulheres”, de Greta Gerwig.
6 - “Parasita”, de Bong Joon-ho.
7- “Entre Facas e Segredos”, de Rian Johnson.
8- “Meu Nome é Dolemite”, de Craig Brewer.
9 - "Um Lindo Dia na Vizinhança”, de Marielle Heller.
10 - “As Golpistas”, de Lorene Scafaria.
Tão certo quanto os envelopínhos de carteiros, funcionários das empresas de gás, eletricidade, água, entregadores de jornal etc são as listas de fim de ano que a mídia se dedica a fazer. É um tal de os melhores livros, as melhores músicas, as melhores pessoas...
A Time listou os melhores filmes de 2019 na visão dos seus editores.
1 - “Dor e Glória“, dirigido por Pedro Almodóvar.
2 - “O Irlandês”, de Martin Scorsese.
3- “Era Uma Vez em… Hollywood”, de Quentin Tarantino.
4 - “História de um Casamento”, dirigido por Noah Baumbach.
5 - “Adoráveis Mulheres”, de Greta Gerwig.
6 - “Parasita”, de Bong Joon-ho.
7- “Entre Facas e Segredos”, de Rian Johnson.
8- “Meu Nome é Dolemite”, de Craig Brewer.
9 - "Um Lindo Dia na Vizinhança”, de Marielle Heller.
10 - “As Golpistas”, de Lorene Scafaria.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
Uma declaração de amor à língua portuguesa • Por Roberto Muggiati
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| Monica Villela lança o livro "A Língua Portuguesa como Ativo Político". Foto: Divulgação |
Vida que segue, Manchete deu no que deu e – quando eu ainda me encontrava no retiro que o Alberto (de Carvalho) apelidou de Santa Genoveva – Monica partiu para o mundo. Atuou como redatora e apresentadora da Deutsche Welle, em Colônia, Alemanha. De 1999 a 2005 foi redatora, apresentadora, gerente de projetos e encarregada de comunicação interna do Serviço Brasileiro da BBC, em Londres. A partir de 2006, passou a chefiar a redação da ONU News em língua portuguesa, em Nova York. Entre 2015 e 2016, foi diretora do Centro de Informação das Nações Unidas no México, com atuação em Cuba e na República Dominicana. Em 2018, foi indicada porta-voz de María Fernanda Espinosa, a primeira mulher da América Latina e Caribe a presidir a Assembleia Geral das Nações Unidas, e a quarta do mundo. Em meio a esse trabalho todo, achou tempo para se formar Doutora em Ciências Políticas pela Universidade Aberta de Portugal e Mestre em Linguística e Ciências Políticas pela Universidade Duisburg-Essen, na Alemanha.
Nesse exílio voluntário de mais de vinte anos, Monica Villela Grayley não se afastou da língua-mãe; ao contrário, aprofundou o conhecimento e a relação afetiva com o português, voltando-se para o grande universo da lusofonia. Fruto dessa paixão, escreveu o livro A Língua Portuguesa como Ativo Político, que vai lançar no Rio de Janeiro na segunda-feira, dia 9, às 17 horas, no Centro Cultural do Poder Judiciário.
Monica descreve o seu método de pesquisa: “Observei e estudei casos de falantes nativos, pessoas que usam o português como língua de herança, como língua estrangeira, como língua segunda. Analisei a situação do português nas diásporas e como alguns pais, no exterior, se esforçam para que os filhos falem e escrevam na norma culta. Conheci também casos de formadores que desistem do esforço por falta de apoio pedagógico onde vivem”. E ela sintetiza: “Falar português é pertencer a uma pátria virtual e universal. A Língua Portuguesa oferece um mundo a ser navegado com curiosidade, propriedade e estratégia”.
Os Brasileiros do Ano: tem mas acabou
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| Foto: Reprodução vercapas.com |
Na Istoé dessa semana, os Brasileiros do Ano.
Segundo a escolha da revista, são Luan Santana, Rodrigo Maia, Marina Ruy Barbosa, João Dória, Deltan Dallagnol, Jô Soares e Paola Oliveira. No miolo, há outros eleitos que não estão em destaque na face principal da capa dupla, como José Luís Datena.
Dificilmente essas figuras se juntariam para tomar um cafezinho quanto mais para uma capa. É uma montagem, naturalmente. Estranha montagem. Repare que alguns homenageados flutuam. A faixa dourada, aparentemente um toque imperial, é a breguice em forma de design. Alguns estão fora de linha, espichados ou achatados. Mas todos são solidários no desastre visual. A maior "vítima" da capa foi Marina Ruy Barbosa. As redes sociais não perdoaram e compararam a atriz com a ruiva Jean Grey, dos X-Men, que é capaz de voar.
Um internauta mais crítico fez um apelo à direção da Istoé:
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