por Gonça
Ontem, a ginastas Daiane dos Santos deu um entrevista coletiva para tentar explicar o episódio em que foi flagrada em doping, por usar substâncias proibidas. Daiana não estava competindo, não fazia parte da atual seleção brasileira e se submeteu a uma recente cirurgia. Alegou que não sabia que a tal substância estava na lista de proibições e que, por não estar competindo, não imaginou que pudesse ser testada. De fato, é incomum atletas afastados entrarem em listas de exames anti-doping. Provavelmente, os atuais dirigentes da Ginástica, terão dificuldades em dar exemplos semelhantes. Mas isso aí é outra história. Durante a entrevista, estava por trás da imagem da Daiana o usual painel de patrocinadores da atleta, que a apoiaram nos momentos de vitória e tiveram a justa e lucratriva exposição na mídia. Só que dessa vez, em uma hora complicada, o painel estava virado ao contrário e as marcas escondidas. As empresas pulam fora ao menor sinal de "desgaste" da imagem do atleta. Isso aconteceu até com o Ronaldo Fenômeno. Empresas também não investem na formação de atletas. Compram o produto pronto ou quase pronto. Se o governo não investir fortemente na preparação de massa em clubes, escolas, universidades e outras instituições públicas, os projetos olímpicos nunca deixarão de ser projetos.
Por essas e por outras, e por tabela, devo dizer que não tenho muito entusiasmo por coisas como futebol-empresa. São projetos e programas instáveis e precários. Vejam no vôlei: há um forte apoio de empresas em troca do sucesso e das audiências da modalidade no Brasil. Mesmo assim, a cada fim de ano, clubes são fechados e abertos em função do planejamento dos patrocinadores. Todo ano é a mesma coisa, os atletas saem pedindo emprego por aí, ajuda a prefeituras etc. Curiosamente, o vôlei é sucesso mas não desenvolveu uma cultura de torcida de massa, como a dos clubes de futebol. Rexona, Ades, Bradesco etc são os nomes dos times que levam às quadras torcidas oficiais uniformizadas, com animadores remunerados. Diria que os times de vôlei, com exceção das seleções brasileiras que atraem às quadras torcedores autênticos, têm admiradores, milhões, que torcem mais pelos atletas do que pelas siglas, até porque essas mudam a toda momento. As tentativas de formação de times fortes com patrocinadores associados a clubes como Vasco, Flamengo, Botafogo, são esporádicas e, quase todas, também fracassaram.
Já o futebol-empresa, esse não deslanchou no Brasil. Quem tentou, fracassou. Mesmo a alternativa de não transformar o clube em empresa formal mas incluir o patrocinador na diretoria de futebol tem sido um desastre. O Fluminense que o diga. Temos uma cultura secular de times vinculados a clubes amadores. Você, vascaíno, já se imaginou torcendo pelo Eletrobrás-Vasco? Um flamenguista levando bandeiras do Lubrax-Flamengo, um tricolor empunhando a faixa Unimed-Fluminense? Tal qual no vôlei, patrocinadores de futebol fazem o balanço ao fim do contrato e tiram o time de campo, às vezes, literalmente, levando os jogadores dos quais detêm o passe e deixando o clube na pior. Isso aconteceu, por exemplo, com o Palmeiras quando a Parmalat foi embora. No caso do Corinthians e do Vasco, os respectivos elos com a polêmica empresa MSI e com o Bank of America foram parar até nos tribunais. Bem faz o São Paulo ao mostrar que um clube pode ser bem administrado, profissionalmente bem administrado, sem negar suas características e sem trasformar torcedor em consumidor.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Internet e políticos: mera coincidência?
por Eli Halfoun
O craque Gonça fez recentemente um perfeito post sobre a situação atual da imprensa, a nossa, é claro e informou que nenhum de nossos jornais abriu espaço para fazer chegar ao público e aos profissionais de comunicação os temas discutidos em também recente seminário, na UFRJ, Rio. É (e foi) sempre assim: qualquer assunto que possa alimentar de informação e conhecimento os profissionais de imprensa, os jornais preferem ignorar, como se manter informados os seus profissionais não fosse vantagem maior para os próprios veículos, o que faz acreditar que está mais do que na hora dos profissionais de imprensa produzirem seu próprio veículo (um tablóide ou um simples boletim).
Como o Brasil continua com a pobre mania de achar que tudo o que vem de fora e melhor abriu generoso espaço (no Jornal do Brasil) para o jornalista francês Jean Pierre Lengellier, correspondente do jornal Le Monde no Brasil. Jean Pierre não poupou elogios para a imprensa brasileira (da qual de certa forma agora ele também faz parte hoje) e deitou falação. Ele com a palavra: “Vejo a imprensa brasileira com bons olhos. Claro que ela tem características peculiares: não está muito à esquerda, é centrista de modo geral. Mas tem muitos pontos fortes. A parte econômica, por exemplo, é impressionante. É muito forte. Há mais espaço aqui do que no Le Monde e nos jornais ingleses, com exceção do Financial Times. E a cobertura cultural não é ruim. Eu acompanho tudo que se faz na imprensa cotidiana generalista, que considero como sendo de bom nível”.
Ao contrário de muitos jornalistas o francês Jean Pierre não está assustado com a cada vez maior força da internet e diz: ”A internet não tem a mesma legitimidade do que o papel: mesmo quando a informação veiculada é verdadeira, não temos como saber se ela é de fato verdadeira”.
Em outras palavras: a internet é igual a político. Não dá para acreditar.
O craque Gonça fez recentemente um perfeito post sobre a situação atual da imprensa, a nossa, é claro e informou que nenhum de nossos jornais abriu espaço para fazer chegar ao público e aos profissionais de comunicação os temas discutidos em também recente seminário, na UFRJ, Rio. É (e foi) sempre assim: qualquer assunto que possa alimentar de informação e conhecimento os profissionais de imprensa, os jornais preferem ignorar, como se manter informados os seus profissionais não fosse vantagem maior para os próprios veículos, o que faz acreditar que está mais do que na hora dos profissionais de imprensa produzirem seu próprio veículo (um tablóide ou um simples boletim).
Como o Brasil continua com a pobre mania de achar que tudo o que vem de fora e melhor abriu generoso espaço (no Jornal do Brasil) para o jornalista francês Jean Pierre Lengellier, correspondente do jornal Le Monde no Brasil. Jean Pierre não poupou elogios para a imprensa brasileira (da qual de certa forma agora ele também faz parte hoje) e deitou falação. Ele com a palavra: “Vejo a imprensa brasileira com bons olhos. Claro que ela tem características peculiares: não está muito à esquerda, é centrista de modo geral. Mas tem muitos pontos fortes. A parte econômica, por exemplo, é impressionante. É muito forte. Há mais espaço aqui do que no Le Monde e nos jornais ingleses, com exceção do Financial Times. E a cobertura cultural não é ruim. Eu acompanho tudo que se faz na imprensa cotidiana generalista, que considero como sendo de bom nível”.
Ao contrário de muitos jornalistas o francês Jean Pierre não está assustado com a cada vez maior força da internet e diz: ”A internet não tem a mesma legitimidade do que o papel: mesmo quando a informação veiculada é verdadeira, não temos como saber se ela é de fato verdadeira”.
Em outras palavras: a internet é igual a político. Não dá para acreditar.
Irritando a rapaziada
por JjcomunicFernanda Young pelada na Playboy? Só pode ser, literalmente, sacanagem. Tirar a roupa de uma "intelectual" equivale a botar a Mulher Melancia pra fazer um curso de física quântica aplicada à desconstrução da hegemonia do ego sobre o superego. Por coincidência ou marketing oportuno, a escritora está lançando, neste 14 de novembro, um romance inttitulado O Pau. Não li, mas desconfio que não vai subir.
Parem de nos roubar
por Eli Halfoun
Aparentemente as coisas estão melhorando, mas a verdade é que houve um crescimento no nível de inadimplência (palavra que, convenhamos, de certa forma significa calote) em financeiras: passou de 17,7% para 118,8% o número de inadimplentes na faixa salarial acima de R$ 3.840, o que significa que quem ganha mais é quem paga menos. O pobre vive (?) de salário mínimo paga direitinho suas pequenas prestações porque o crédito é o único patrimônio que ainda lhe permite adquirir produtos com baixas, como ele acredita prestações que o fazem pagar mais, muito mais do que o dobro por um eletrodoméstico, um guarda-roupa ou cama (sem colchão) de qualidade duvidosa. Sejamos justos: ninguém (ou, melhor, quase ninguém) que dar calote e só o faz por absoluta imposição do mercado.A inadimplência verificada junto as financeiras é, não tenho dúvidas, resultado dos extorsivos juros cobrados em todo tipo de empréstimo: o credor, paga, paga, paga e sempre deve mais. Um dia (esse dia sempre chega) percebe que já pagou bem mais do que pediu emprestado e decide parar de ser explorado e, enfim, escapar da armadilha dos juros sobre juros fugir dos juros, que são uma outra modalidade de assalto. De violência.
O endividamento geral do carioca aumento de 41,3% para 51%, segundo pesquisa realizada pela Fecomércio-RJ. A pesquisa verificou também que o carioca está pagando dívidas com mais dívidas, ou seja, para, por exemplo, pagar a um banco ou financeira faz um novo empréstimo e acaba preso em uma bola de neve que nunca para de crescer. A maior oferta de crediários em suaves (suaves nada) prestações e as facilidades para conquistar crédito e, portanto, empréstimo é, evidentemente, uma das causas da inadimplência. Foi com ofertas de crédito fácil e vantajoso (só para quem os concedia) foi o que permitiu o varejo a manter a economia no decorrer da turbulência financeira pela venda a prazo. Quem recorre a um ou mais empréstimos-créditos conta, é claro, com o salário para honrá-los, mas no dia seguinte perde o emprego, o que é comum ultimamente, e fica impossibilitado de pagar, mas a verdade é que embora as sempre complicadas pesquisas econômicas, não comprovem isso a inadimplência junto às financeiras é uma espécie de grito: “Parem de me roubar. Já pagamos demais”
Aparentemente as coisas estão melhorando, mas a verdade é que houve um crescimento no nível de inadimplência (palavra que, convenhamos, de certa forma significa calote) em financeiras: passou de 17,7% para 118,8% o número de inadimplentes na faixa salarial acima de R$ 3.840, o que significa que quem ganha mais é quem paga menos. O pobre vive (?) de salário mínimo paga direitinho suas pequenas prestações porque o crédito é o único patrimônio que ainda lhe permite adquirir produtos com baixas, como ele acredita prestações que o fazem pagar mais, muito mais do que o dobro por um eletrodoméstico, um guarda-roupa ou cama (sem colchão) de qualidade duvidosa. Sejamos justos: ninguém (ou, melhor, quase ninguém) que dar calote e só o faz por absoluta imposição do mercado.A inadimplência verificada junto as financeiras é, não tenho dúvidas, resultado dos extorsivos juros cobrados em todo tipo de empréstimo: o credor, paga, paga, paga e sempre deve mais. Um dia (esse dia sempre chega) percebe que já pagou bem mais do que pediu emprestado e decide parar de ser explorado e, enfim, escapar da armadilha dos juros sobre juros fugir dos juros, que são uma outra modalidade de assalto. De violência.
O endividamento geral do carioca aumento de 41,3% para 51%, segundo pesquisa realizada pela Fecomércio-RJ. A pesquisa verificou também que o carioca está pagando dívidas com mais dívidas, ou seja, para, por exemplo, pagar a um banco ou financeira faz um novo empréstimo e acaba preso em uma bola de neve que nunca para de crescer. A maior oferta de crediários em suaves (suaves nada) prestações e as facilidades para conquistar crédito e, portanto, empréstimo é, evidentemente, uma das causas da inadimplência. Foi com ofertas de crédito fácil e vantajoso (só para quem os concedia) foi o que permitiu o varejo a manter a economia no decorrer da turbulência financeira pela venda a prazo. Quem recorre a um ou mais empréstimos-créditos conta, é claro, com o salário para honrá-los, mas no dia seguinte perde o emprego, o que é comum ultimamente, e fica impossibilitado de pagar, mas a verdade é que embora as sempre complicadas pesquisas econômicas, não comprovem isso a inadimplência junto às financeiras é uma espécie de grito: “Parem de me roubar. Já pagamos demais”
Vestindo a hipocrisia
por Eli Halfoun
Definitivamente não é a roupa que determina o caráter, o comportamento e a capacidade de qualquer pessoa – ainda mais em uma época em que cada um faz sua própria moda já que os estilistas ( o comércio) não conseguem mais impor o uso daquilo mostrado nas passarelas e o que só serve mesmo para estar ali, na passarela, que é apenas o palco de um show. Assim, além de absurdo, é muito esquisito esse episódio (está recebendo tanta atenção que até parece que não há com que se preocupar). É lamentável o comportamento de toda uma Faculdade (a Bandeirante, de São Bernardo, São Paulo) em torno de um simples vestido vermelho e muito menos sensual do está se querendo fazer crer. A roupa não significa nada e nem determina coisa nenhuma: houve época em que as chamadas roupas de oncinha, eram vistas como uma espécie de “uniforme de prostituta” e depois frequentaram os salões mais chiques no corpo de mulheres consideradas o máximo em elegância. Com o agora tão polêmico vestido que usava a estudante Geisy Vila Nova Arruda, estava exibindo sua exuberância, mas não oferecia a ninguém sua abundância. Os jovens alunos, esses sim, é que parecem exageradamente interessados no abundante corpo da moça. Apesar de toda a liberdade sexual que o novo tempo permite essa a garotada que pode transar livremente (de camisinha, é claro) com a namorada ou “ficar” depois de um casual encontro em uma boate, restaurante, lanchonete, shopping e até na rua, os jovens ainda são os que mais procuram garotas de programa geralmente bem e “comportadamente” vestidas, oferecidas às pencas também via internet. A impressão é de que os alunos é que estão que vendo "prostitutas" dentro de qualquer tipo de roupa. Muitas prostitutas ( também jovens , repito, elegantemente vestidas) confirmam que os jovens são a sua clientela maior e talvez por isso eles estejam vendo e querendo coisas demais. Nada contra desejar uma mulher, desde que esse desejo, não se transforme em atitude e fantasia absurda e extremamente agressiva. Houve época em que uniformes escolares eram exigidos apenas para alunos do primário. Pelo visto agora o uniforme será obrigatório também nas faculdades, cerceando assim mais uma liberdade de expressão através da maneira de se vestir.
Expulsaram a estudante para supostamente dar um exemplo e preservar a imagem (mas que imagem?) da Faculdade em questão e de seus alunos. Se for adotado o caminho de julgar alguém pela roupa a Faculdade Bandeirante, assim como muitas outras, acaba tendo de expulsar vários de seus alunos. Mais do que as matérias pautadas as faculdades devem ensinar outras coisas e uma dela e uma delas é a de não ser hipócrita em uma sociedade que faz diariamente (infelizmente) da hipocrisia uma verdadeira “arma”.
P.S. Diante das pressões e da repercussão até internacional do caso, a Uniban revogou a expulsão da aluna.
Definitivamente não é a roupa que determina o caráter, o comportamento e a capacidade de qualquer pessoa – ainda mais em uma época em que cada um faz sua própria moda já que os estilistas ( o comércio) não conseguem mais impor o uso daquilo mostrado nas passarelas e o que só serve mesmo para estar ali, na passarela, que é apenas o palco de um show. Assim, além de absurdo, é muito esquisito esse episódio (está recebendo tanta atenção que até parece que não há com que se preocupar). É lamentável o comportamento de toda uma Faculdade (a Bandeirante, de São Bernardo, São Paulo) em torno de um simples vestido vermelho e muito menos sensual do está se querendo fazer crer. A roupa não significa nada e nem determina coisa nenhuma: houve época em que as chamadas roupas de oncinha, eram vistas como uma espécie de “uniforme de prostituta” e depois frequentaram os salões mais chiques no corpo de mulheres consideradas o máximo em elegância. Com o agora tão polêmico vestido que usava a estudante Geisy Vila Nova Arruda, estava exibindo sua exuberância, mas não oferecia a ninguém sua abundância. Os jovens alunos, esses sim, é que parecem exageradamente interessados no abundante corpo da moça. Apesar de toda a liberdade sexual que o novo tempo permite essa a garotada que pode transar livremente (de camisinha, é claro) com a namorada ou “ficar” depois de um casual encontro em uma boate, restaurante, lanchonete, shopping e até na rua, os jovens ainda são os que mais procuram garotas de programa geralmente bem e “comportadamente” vestidas, oferecidas às pencas também via internet. A impressão é de que os alunos é que estão que vendo "prostitutas" dentro de qualquer tipo de roupa. Muitas prostitutas ( também jovens , repito, elegantemente vestidas) confirmam que os jovens são a sua clientela maior e talvez por isso eles estejam vendo e querendo coisas demais. Nada contra desejar uma mulher, desde que esse desejo, não se transforme em atitude e fantasia absurda e extremamente agressiva. Houve época em que uniformes escolares eram exigidos apenas para alunos do primário. Pelo visto agora o uniforme será obrigatório também nas faculdades, cerceando assim mais uma liberdade de expressão através da maneira de se vestir.
Expulsaram a estudante para supostamente dar um exemplo e preservar a imagem (mas que imagem?) da Faculdade em questão e de seus alunos. Se for adotado o caminho de julgar alguém pela roupa a Faculdade Bandeirante, assim como muitas outras, acaba tendo de expulsar vários de seus alunos. Mais do que as matérias pautadas as faculdades devem ensinar outras coisas e uma dela e uma delas é a de não ser hipócrita em uma sociedade que faz diariamente (infelizmente) da hipocrisia uma verdadeira “arma”.
P.S. Diante das pressões e da repercussão até internacional do caso, a Uniban revogou a expulsão da aluna.
Quem é menor? A saia ou a Uniban?
por Omelete
Segundo o MEC, a Uniban é uma das piores universidades do país. A minissaia da estudante expulsa - e agora readmitida - tem mais conteúdo do que essa instituição que pertence a um político, pra variar, que foi candidato a vice do Maluf em recente eleição. Precisa dizer mais?
Segundo o MEC, a Uniban é uma das piores universidades do país. A minissaia da estudante expulsa - e agora readmitida - tem mais conteúdo do que essa instituição que pertence a um político, pra variar, que foi candidato a vice do Maluf em recente eleição. Precisa dizer mais?
Ainda é hora de aplaudir. Com charme e elegância
por Eli Halfoun
Por mais que se insista não há mais espaço para os concursos de miss que em época nem tão remota assim mobilizavam o público para a escolha daquela que supostamente era (em um país de tantas e variadas belezas femininas é quase impossível apontar a mais bonita) a mais bela mulher do Brasil. As concorrentes chamavam atenção (enchiam as páginas e capas das revistas O Cruzeiro e Manchete), mas quem mais se destacava era uma senhora alta, loura, elegante e charmosa - com um charme que ganhava detalhe especial com a begalinha que invariavelmente ela empunhava. Era essa sim a dona do pedaço e ficou conhecida como Maria Augusta, da Socila. Era ela quem ensinava as candidatas a caminhar na passarela, a sorrir, a gesticular, enfim, a ter um comportamento especialmente charmoso em todas as ocasiões como desfiles, jantares, coquetéis, passeios, tudo o que enchia a vida (e às vezes a paciência das candidatas). Maria Augusta também era muito requisitada para, digamos, cuidar das filhas de milionários. Os desfiles perderam força, Maria Augusta envelheceu e acabou quase esquecida como, aliás, acontece muito nesse país que ainda não aprendeu a preservar e conservar vivo na memória o seu passado, a partir do qual sempre se escreverá o futuro. Maria Augusta terminou em um abrigo, onde sobrevivia à custa da ajuda financeira de algumas amigas dos tempos de glória. Há dias Maria Augusta saiu de cena para não mais voltar. Partiu sem receber o aplauso charmoso que ela sempre ensinou a e como aplaudir.
Por mais que se insista não há mais espaço para os concursos de miss que em época nem tão remota assim mobilizavam o público para a escolha daquela que supostamente era (em um país de tantas e variadas belezas femininas é quase impossível apontar a mais bonita) a mais bela mulher do Brasil. As concorrentes chamavam atenção (enchiam as páginas e capas das revistas O Cruzeiro e Manchete), mas quem mais se destacava era uma senhora alta, loura, elegante e charmosa - com um charme que ganhava detalhe especial com a begalinha que invariavelmente ela empunhava. Era essa sim a dona do pedaço e ficou conhecida como Maria Augusta, da Socila. Era ela quem ensinava as candidatas a caminhar na passarela, a sorrir, a gesticular, enfim, a ter um comportamento especialmente charmoso em todas as ocasiões como desfiles, jantares, coquetéis, passeios, tudo o que enchia a vida (e às vezes a paciência das candidatas). Maria Augusta também era muito requisitada para, digamos, cuidar das filhas de milionários. Os desfiles perderam força, Maria Augusta envelheceu e acabou quase esquecida como, aliás, acontece muito nesse país que ainda não aprendeu a preservar e conservar vivo na memória o seu passado, a partir do qual sempre se escreverá o futuro. Maria Augusta terminou em um abrigo, onde sobrevivia à custa da ajuda financeira de algumas amigas dos tempos de glória. Há dias Maria Augusta saiu de cena para não mais voltar. Partiu sem receber o aplauso charmoso que ela sempre ensinou a e como aplaudir.
domingo, 8 de novembro de 2009
Orlando Abrunhosa: o autor da foto da capa do livro do Erasmo Carlos
por Gonça
O fotógrafo Orlando Abrunhosa, que fez brilhante carreira na Manchete, onde cobriu Copas e Olimpíadas, é também autor de centenas de capas de disco, especialmente aquelas, quase posters, que ilustravam os antigos LPs. Abrunhosa era solicitado por nomes como Chico Buarque, Gonzagão, Maria Bethania e muitos outros. Um deles, era Erasmo Carlos, que acaba de lançar o livro Minha Fama de Mau (Objetiva). Pois a foto que ilustra a capa da biografia do Tremendão é assinada por Orlando Abrunhosa, que é também um dos autores do livro Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou" (Desiderata). No lançamento, no Rio, na semana passada, Erasmo abraçou o grande Orlandinho, como os amigos o chamam, e brincou com os jovens fotógrafos presentes: "Olha aí, rapaziada, se vocês um dia forem como o Orlandinho serão bons prá caralho".
Cidade de Deus entre os melhores filmes da década
por Gonça
Deu no The Times de hoje: Cidade de Deus (City of God) está entre os 100 Melhores Filmes da Década. O longa-metragem de 2002, dirigido por Fernando Meirelles e Kátia Lund, ficou em 66º lugar. Outro filme do diretor Fernando Meirelles, O Jardineiro Fiel (The Constant Gardner), de 2005, foi listado na 52ª colocação. O número 1 foi o filme Caché (Hidden), do diretor austríaco Michael Haneke, de 2005, sobre a ocupação da Argélia pelas tropas francesas.
Deu no The Times de hoje: Cidade de Deus (City of God) está entre os 100 Melhores Filmes da Década. O longa-metragem de 2002, dirigido por Fernando Meirelles e Kátia Lund, ficou em 66º lugar. Outro filme do diretor Fernando Meirelles, O Jardineiro Fiel (The Constant Gardner), de 2005, foi listado na 52ª colocação. O número 1 foi o filme Caché (Hidden), do diretor austríaco Michael Haneke, de 2005, sobre a ocupação da Argélia pelas tropas francesas.
Ana Hickmann quer ser negra e gorda
por Eli Halfoun
Está lá na ótima Revista de Domingo, do Jornal do Brasil (desculpem o ótima, mas é que meu filho é o editor) a bela Ana Hickmann, que já é um sucesso como apresentadora, dizendo que profissionalmente sua ambição é se tornar um misto de Jô Soares com Oprah Winfrey. Será que ela quer ser uma negra gorda?
Todos nós temos o direito, ou melhor, o dever de melhorar sempre, inclusive profissionalmente, mas Ana Eximam vem mostrando no comando do programa “Tudo é possível” (Record) que tudo é possível mesmo, desde que se enfrentemos os medos, os riscos e se mantenhamos a vontade de aprender, de melhorar, melhorar todos os dias. Foi o que aconteceu com a antes tímida Ana Hickmann quando trocou as passarelas pela televisão. Com o tempo adquiriu experiência diante das sempre assustadoras câmeras impôs seu jeito bonito, bonito como ela, de apresentar qualquer tipo de atração. Hoje, reconhece, “falo pelos cotovelos, tenho que me policiar”. Ana Hickmann sempre foi ávida por conhecimento e a cada dia aprende mais na televisão e fora dela. Profissionalmente Ana está nos planos de um novo programa da Rede Record que acaba e comprar os direitos (olha ai mais um besteira importada) de Project Runway, um reality show de moda que no original é apresentado pela (também belíssima) modelo alemã Heidi Klum. Tudo bem que Ana Hickmann busque aprendizado nos talentos de Jô Soares e Oprah Winfrey, mas não precisa copiar nada, nem ninguém. Melhor e mais eficiente que seja ela mesma. O que já está literalmente de bom tamanho.
Está lá na ótima Revista de Domingo, do Jornal do Brasil (desculpem o ótima, mas é que meu filho é o editor) a bela Ana Hickmann, que já é um sucesso como apresentadora, dizendo que profissionalmente sua ambição é se tornar um misto de Jô Soares com Oprah Winfrey. Será que ela quer ser uma negra gorda?
Todos nós temos o direito, ou melhor, o dever de melhorar sempre, inclusive profissionalmente, mas Ana Eximam vem mostrando no comando do programa “Tudo é possível” (Record) que tudo é possível mesmo, desde que se enfrentemos os medos, os riscos e se mantenhamos a vontade de aprender, de melhorar, melhorar todos os dias. Foi o que aconteceu com a antes tímida Ana Hickmann quando trocou as passarelas pela televisão. Com o tempo adquiriu experiência diante das sempre assustadoras câmeras impôs seu jeito bonito, bonito como ela, de apresentar qualquer tipo de atração. Hoje, reconhece, “falo pelos cotovelos, tenho que me policiar”. Ana Hickmann sempre foi ávida por conhecimento e a cada dia aprende mais na televisão e fora dela. Profissionalmente Ana está nos planos de um novo programa da Rede Record que acaba e comprar os direitos (olha ai mais um besteira importada) de Project Runway, um reality show de moda que no original é apresentado pela (também belíssima) modelo alemã Heidi Klum. Tudo bem que Ana Hickmann busque aprendizado nos talentos de Jô Soares e Oprah Winfrey, mas não precisa copiar nada, nem ninguém. Melhor e mais eficiente que seja ela mesma. O que já está literalmente de bom tamanho.
O gol de placa da torcida
por Eli Halfoun
Os torcedores paulistas, independente do time de preferência, orgulham-se do apoio, do entusiasmo e da importante “força” que a torcida corintiana deu quando o Corinthians participou (é a chamada participação especial) da segunda divisão de um sempre primeiro futebol brasileiro. Agora a torcida carioca, independente do time de preferência, também pode gritar alto diante da demonstração de amor e esperança que a torcida vascaína mostrou (está mostrando) na disputa da série B – um B de Brasil. Contra o Juventude a torcida vascaína proporcionou, num Maracanã alegremente festivo, um recorde de público na segunda divisão e um número de torcedores de fazer inveja a qualquer escalão do futebol brasileiro. Não há dúvidas de que o show da torcida do Vasco teria a mesma proporção se os torcedores fossem do Flamengo, do Botafogo ou do Fluminense que, aliás, tem sido heróica na fase negra que o tricolor enfrenta. Pelo menos em matéria de torcida o Rio não fica devendo absolutamente nada ao economicamente poderoso futebol de São Paulo. Futebol no Rio é festa grande, como é o carnaval, a praia dos domingos ensolarados ou outras manifestações populares. A torcida carioca pode e deve orgulhar-se de seus times e de sua força torcedora. Seja com o Vasco, o Flamengo, o Fluminense ou o Botafogo o sentimento da torcida carioca não se permite morrer E esse é sem dúvida o gol mais bonito do futebol.
P. S. - É claro que sou Vasco.
O dia em que o mundo parou
por Gonça
Foi em 7 de dezembro de 2008. Vasco mudou da Série. Vamos concordar que não há espaço na história de um clube de tantas glórias para o inadequado vocábulo "rebaixado". Esta Cruz de Malta já atravessou tempestades piores do que a burocrática mudança de letra A para letra B.
Já foi alvo, e superou, de um complô de clubes que a expulsou do antigo Campeonato Carioca. Corriam os anos 20, o Vasco organizou uma divisão paralela, junto com outros dissidentes, continuou em campo...e vida que seguiu. Na época, ao admitir jogadores negros na Colina, irritou clubes então racistas e foi afastado da Liga sob a alegação de que não tinha uma estádio. Daí, a construção do São Januário. Mas isso é História.
Já se disse por aí que a atual temporada na Série B, ontem matematicamente encerrada no Maracanã (falta o título ainda), teve o mérito de reunir um clube politicamente dividido e motivar a torcida. Um fenômeno que aconteceu com o Palmeiras e com o Corinthians. Agora é aproveitar o embalo e reforçar o time para 2010. Como diz a letra de Lamartine Babo (aliás, composta em 1949, comemorando 60 anos) "tua estrela na terra a brilhar ilumina o mar..." . Ou, na letra do primeiro hino (este, de Joaquim Barros Ferreira da Silva, composto em 1918, dá-lhe Google), "Vascaínos, avante é lutar/ Sempre o Vasco venceu quando quis/ Quer em terra, ou ainda no mar/ Nunca o Vasco baixou a serviz"
Quer saber? O mundo parou de novo.
Foi bonita a festa, pá.
Madonna: o pop da morena doida
por Omelete Essa visita da Madonna ao Brasil parece o samba do crioulo doido. A agenda de encontros é uma salada de gente e boas intenções. É um tal de marcar audiência com um que não tem a ver com outro...
Dizem que ela chega na segunda, com Jesus na manjedoura do jatinho, vai para o Fasano e, à tarde, tem um encontro com o pessoal do Afro Reggae para um vago projeto de apoio a um documentário, algo assim. Na terça, se encontra com o governador Sérgio Cabral, que ficou rapidamente disponível para uma audiência embora não faça a menor idéia assunto que será tratado. No mesmo dia, o prefeito Eduardo Paes atende à convocação e conversará com Madonna mas também está até agora voando sobre o tema do bate-papo. Por alto, seria algum projeto beneficente em alguma favela. Talvez, ela queira ajuda para pagar a conta do Fasano, onde reservou um andar inteiro, não se sabe.
Por enquanto, a morena (lembrem-se que já vimos fotos da Madonna pelada, ela é morena, nada contra, claro, até o último fio de cabelo) já enquadrou o prefeito e o governador. Anunciaram por aí que iria até o Lula. Mas a assessoria da Presidência desmentiu, disse que não tem nada marcado, sei lá. Bom, a pajelança pop não fica nisso: ela quer conversar com o Eike Batista e com a família Marinho, parece que vai pedir alguns trocados para o seu projeto não-sei-de-quê. Entre uma e outra audiência no Londra, aquele pé-limpo no Arpoador onde um guardapano custa 400 reais, o pacotinho de sal uns 500 e o garçom só dá boa tarde depois de uma gorjeta de 5o euros (claro que parte da verba beneficente vai embora nessas despesinhas), a morena vai a Copacabana visitar a sogra, a mãe de Jesus, que era cabeleireira (quem sabe, aproveite para colorir os baixos pelos), comer uns croquetes com guaraná, pedir uma pizza da Domino's ou umas esfihas da Galeria Menescal e jogar conversa fora, falar sobre a infância de Jesus, ver uns álbuns de fotos antigas do passeio da família a Paquetá, reclamar do calor do Rio, e orar um pouco, que a mãe de Jesus é evangélica. Isso de orar pode ser um problema. E se rolar um conflito religioso? Madonna vai querer contar como foi o encontro com Afro Reggae e evangélico abomina afro incluindo orixás e condamblés, coisas do diabo. A namorada de Jesus pode querer converter a mãe, como fez com o filho, que de evangélico virou cabalista. Cuidado aí, esse encontro pode acabar em barraco. Para completar o ecumênico, na quarta-feira, ela vai a São Paulo trocar umas idéias com um rabino. Como vai dar pinta por aqui durante uma semana, depois de Eike, os Marinho, Sergio Cabral, Eduardo Paes, a rapaziada do Afro-Reggae, a mãe de Jesus, o rabino, podemos sugerir outras figuras representativas do Brasil para uma conversa não-sei-sobre-o-quê com Madonna: Xuxa, Isabelita dos Patins, Priscila ex-BBB, Susana Vieira, bispa Sonia Hernandez, a menina Maisa do Silvio Santos, Stephany do CrossFox, Maluf... Pensando bem, melhor ainda seria se Madonna adotasse e levasse para Manhattan esse pessoal que ela quer encontrar. Caramba, isso sim seria um tremendo projeto beneficente!!!!!! (Na reprodução de clip, Madonna pronta pra conversar com o prefeito, governador etc.)
sábado, 7 de novembro de 2009
Chico: medalha em New York
Entre 48 mil participantes, o nosso amigo Chico (do Chico e Alaíde), chegou em 720 lugar na Maratona de New York. Sou fã dele. . .
Anselmo Duarte: take final
Em 1967, Anselmo Duarte atua em Juventude e Ternura, com Wanderléia Salim.
Anselmo Duarte em O Diamante, filme de 1955, contracena com o ator José Policena.
Em Terra Violenta, de 1948, Anselmo e Maria Fernanda. O longa era baseado no livro Terras do Sem Fim, de Jorge Amado.
Leonardo Villar em O Pagador de Promessas, de 1962, dirigido por Anselmo...
que ganhou a Palma de Ouro de 1962.O cineasta e ator Anselmo Duarte, de 89 anos, morreu hoje em São Paulo. ele estava internado desde o dia 27 de outubro, vítima de um acidente vascular cerebral. Anselmo Duarte participou de mais de 40 filmes e, como diretor, ganhou a Palma de Ouro em Cannes, em 1962. Uma vida ligada à história do cinema brasileiro.
Seria cômico se não fosse sério
por Eli Halfoun
A intenção (finalidade seria exagero) do programa de televisão “Esquadrão da Moda” (SBT) é ensinar as mulheres a adequarem suas roupas corpo e estilo, quando,evidentemente, têm o tal do estilo que na maioria das vezes é apenas desculpa para cafonice e mau gosto. Nem sempre o “Esquadrão da Moda”, outro programa copiado, entre tantos muitos, da televisão estrangeira (e a gente não precisa disso), não precisa exatamente de roupas para fazer a convidada (ou convidado) vestir uma saia justa. Foi o que aconteceu recentemente com a jovem cantora (17 anos) Stefhany Brito, que é um fenômeno musical provocado pela internet, que no caso pode ser chamada de culpada. Stefhany (essa tal de numerologia está ajudando a acabar com a língua portuguesa, acrescentando ou excluindo letras malucas em nomes próprios), é piauiense de Inhuma, e foi ao usar o youtube que se transformou em sucesso (13 mil CDs vendidos de forma independente, ou seja, sem apoio de gravadora) e fez nossos ouvidos entrarem pelo cano escutando o que não chega a ser uma tragédia musical, mas é ruim, muito ruim. Voltando ao “Esquadrão da Moda” e sua saia justa (justíssima, por sinal) em recente apresentação a modelo Isabela Fiorentino, que conduz o programa, perguntou, toda sorridente, para a cantora: “Você é de Áries?”. A resposta saiu de primeira: “Não, sou do Piauí”.E mais não se disse. Seria cômico se não fosse sério, como, aliás, muita coisa nesse país mais cômico do que sério. (Foto:Divulgação)
A intenção (finalidade seria exagero) do programa de televisão “Esquadrão da Moda” (SBT) é ensinar as mulheres a adequarem suas roupas corpo e estilo, quando,evidentemente, têm o tal do estilo que na maioria das vezes é apenas desculpa para cafonice e mau gosto. Nem sempre o “Esquadrão da Moda”, outro programa copiado, entre tantos muitos, da televisão estrangeira (e a gente não precisa disso), não precisa exatamente de roupas para fazer a convidada (ou convidado) vestir uma saia justa. Foi o que aconteceu recentemente com a jovem cantora (17 anos) Stefhany Brito, que é um fenômeno musical provocado pela internet, que no caso pode ser chamada de culpada. Stefhany (essa tal de numerologia está ajudando a acabar com a língua portuguesa, acrescentando ou excluindo letras malucas em nomes próprios), é piauiense de Inhuma, e foi ao usar o youtube que se transformou em sucesso (13 mil CDs vendidos de forma independente, ou seja, sem apoio de gravadora) e fez nossos ouvidos entrarem pelo cano escutando o que não chega a ser uma tragédia musical, mas é ruim, muito ruim. Voltando ao “Esquadrão da Moda” e sua saia justa (justíssima, por sinal) em recente apresentação a modelo Isabela Fiorentino, que conduz o programa, perguntou, toda sorridente, para a cantora: “Você é de Áries?”. A resposta saiu de primeira: “Não, sou do Piauí”.E mais não se disse. Seria cômico se não fosse sério, como, aliás, muita coisa nesse país mais cômico do que sério. (Foto:Divulgação)
No tempo em que a imprensa pensava...
por Gonça
A situação atual da imprensa - seus valores, opiniões, tendências e a própria qualidade do jornalismo praticado no Brasil - tem sido muito discutida. Põe-se em questão o equilíbrio dos veículos, o forte engajamento político não declarado mas dissimulado no noticiário, o fato de os meios de comunicação permanecerem nas mãos de grupos econômicos e financeiros e de senadores, deputados, ex-senadores, ex-deputados e, agora, com forte propósito político, também das igrejas. Tudo isso mostra que faz falta uma opinião alternativa agora e fará mais falta ainda em 2010, ano de eleições. Jornais, revistas e TVs se recusam, no Brasil, a declarar seu voto formalmente antes da cobertura das campanhas. É uma prática comum em alguns países e mais honesta. Sabendo claramente quais são os candidatos que um jornal apoia, o leitor, e eleitor, faria uma leitura mais transparente do noticiário. Aqui, prefere-se a dissimulação.
Mesmo na época da ditadura, manteve-se, ainda que em precárias condições, uma imprensa alternativa, de pouco alcance, é verdade, mas simbólica e combativa. Atualmente, apenas na Internet (e ainda bem) há manifestação de pensamento, críticas e idéias que escapam ao refrão geral da mídia. A classe - os jornalistas - ainda faz em alguns sindicatos, associações ou universidades, tentativas de discutir os meios de comunicação. Recentemente, participei de um seminário da UFRJ que abriu espaço para um desses debates mas a discussão não chegou à sociedade, nenhum jornal se interessou pela pauta e as questões interessantes ali levantadas se encerraram na sala de aula.
Do baú do paniscumovum recolhi algumas publicações que reproduzo acima. É curioso como nos anos 70 e até meados dos 80 existiam várias revistas com conteúdo crítico e informativo sobre os meios de comunicação. Entre as mais conhecidas estavam os Cadernos de Jornalismo e Comunicação, editado pelo Jornal do Brasil, e a Revista de Cultura da Vozes. A publicação do JB era dirigda por Alberto Dines e editada por Armando Strozemberg. Entre os redatores, Renato Machado. O número 34 dos Cadernos, de fevereiro de 1972, trazia uma matéria sobre design de embalagens, discutia o "complicado ofício de criar a persusão", alertava sobre os "perigos das generalização" na mídia e informava sobre "o lucro crescente dos Rolling Stones ao deixar o underground" (expressão da época levada pela poeira do tempo). Na Revista de Cultura Vozes, de 1975, os temas eram mais complexos: de "Hegel&Heidegger, Satanismo e Bruxaria", à "Teologia da Graça Libertadora" e ao artigo "O Corpo bem temperado, o jazz, o rock e os limites do formalismo". Era dirigida pelo frei Clarêncio Neotti, tinha como secretário de redação o escritor Moay Cirne e o teólogo Leonardo Boff entre os colaboradores. Mas havia espaço para matérias como a da capa sobre o fenômeno dos Quadrinhos. A revista Comunicação, do Departamento de Jornalismo de Bloch Editores, era dirigida por Arnaldo Niskeir e editada por Antônio Carlos da Cunha. Na coordenação, José Carlos Jesus; Luiz Paulo Silva cuidava da pesquisa. Circulou nas décadas 70/80. A edição reproduzida aqui debatia o "Ensino da Comunicação", o "Merchandising, a publicidade através de sua mais recente novidade", e contava os dois anos de sucesso da Rede Manchete. Uma reportagem assinada por Lenira Alcure (uma das autoras do livro Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou) abordava o lançamento dae uma revista semanal de informação e análise, a Fatos, publicação que durou um ano e meio e foi abortada por setores da Bloch sob a acusação de que era "comunista". Revendo esses títulos, fica evidente que os jornalistas não dispõem, atualmente, de veículos que os façam parar para pensar. E tanta autossuficiência é o motor da arrogância, dos superpoderes e da deturpação do ofício de noticiar, refletir e da opinião privada a prevalecer sobre a opinião pública.
Caetano Veloso, o homem-melancia
por Omelete
Calma aí! Não vale a pena tanto barulho em torno do Caetano. Manja essas mulheres-frutas que dão mole aí na mídia? Pois é, o Caê é assim, um homem-melancia que dá opinião fatiada nos jornais, nas revistas e nos sites. Nem mesmo a declaração de voto do baiano na Marina Silva deve ser levada a sério. No máximo, é votinho de primeiro turno, no segundo Caê estará no colo do Serra. Alguém duvida?

Calma aí! Não vale a pena tanto barulho em torno do Caetano. Manja essas mulheres-frutas que dão mole aí na mídia? Pois é, o Caê é assim, um homem-melancia que dá opinião fatiada nos jornais, nas revistas e nos sites. Nem mesmo a declaração de voto do baiano na Marina Silva deve ser levada a sério. No máximo, é votinho de primeiro turno, no segundo Caê estará no colo do Serra. Alguém duvida?
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Mickey Mouse mutante
por Gonça
Já que o tema do post de Eli Halfoun é o Zé Carioca, aí vai uma informação paralela divulgada hoje na coluna da Debora Schach, do site Blue Bus: a Disney planeja mudar a imagem de Mickey Mouse, o personagem criado em 1928. O rato bonzinho, meio gente boa demais, estaria perdendo prestígio entre a garotada. A Disney testará a nova personalidade do Mickey em um game que mostrará o herói com traços menos ingênuos, reações de mau humor e mais parecido com o rato irreverente dos primeiros desenhos. A propósito, clique no link e veja o primeiro filme de Mickey Mouse (1928). O primeiro filme do Mickey
Já que o tema do post de Eli Halfoun é o Zé Carioca, aí vai uma informação paralela divulgada hoje na coluna da Debora Schach, do site Blue Bus: a Disney planeja mudar a imagem de Mickey Mouse, o personagem criado em 1928. O rato bonzinho, meio gente boa demais, estaria perdendo prestígio entre a garotada. A Disney testará a nova personalidade do Mickey em um game que mostrará o herói com traços menos ingênuos, reações de mau humor e mais parecido com o rato irreverente dos primeiros desenhos. A propósito, clique no link e veja o primeiro filme de Mickey Mouse (1928). O primeiro filme do Mickey
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