por Flávio Sépia
Na Itália, o humorista Beppe Grilo, fundador e líder do Movimento 5 Estrelas, antissistema, ganhou enorme influência política, conquistou prefeituras, elegeu grandes bancadas de deputados, senadores e até eurodeputados. O comediante Volodymyr Zelenskiy é o atual presidente da Ucrânia. Na Bulgária, o cantor e apresentador Slavi Trifonov, que faz quadro cômicos ao lado de uma marionete, foi a surpresa em recentes eleições parlamentares, não desalojou do poder o partido majoritário mas vai ter influência na formação do novo governo.
O Brasil pode entrar nessa onda. Danilo Gentili, apresentador e humorista, é cogitado pelo MBL para disputar as eleições presidenciais ano que vem. A ideia que nasceu de uma piada pode evoluir para o palanque. Como as pesquisas dão Lula e Bolsonaro na ponta e o resto dos atuais presidenciáveis, tipo Ciro, Dória, Moro, Huck etc, patinando lá atrás, nada impede que outros partidos também recorram a comediantes. Por que não?
Tiririca - Já tem experiência política, é deputado federal. Foi o autor do slogan "vote Tiririca, pior do que tá não fica".
Dani Calabresa - Pode ser a chance de outra mulher voltar à presidência. Terá como bandeira a luta feminista contra assédio.
Didi Mocó - O Brasil finalmente assumiria ter um "trapalhão" no governo. E Joe Biden está aí para mostrar que idade não é problema.
Carlos Alberto Nobrega - Pode perfeitamente governar do banco da Praça é Nossa, que já funciona como uma espécie de ouvidoria pública.
Mamãe Falei, como é conhecido o deputado estadual de São Paulo Arthur do Val, é um liberal identificado com a direita, já levou uma tapa de Ciro Gomes, isso deve valer uns votos. Tem a opção de ser vice de Danilo Gentili.
Emilio Surita - do Pânico, ligado à facção mais à direita da rádio Jovem Pan ultradireitista.
Marcelo Tas - conduziu o humorístico CQC. O CQC acabou mas ele ainda é considerado "engraçado".
Tom Cavalcanti - A vantagem é que, se eleito, pode governar como vários dos seus personagens de acordo com a ocasião. Ana Maria Bela, Capitão Sentimento, Michel Tomer, Pedro Bilau e, principalmente, João Canabrava.
Paulo Guedes - Reparem nas declarações debochadas do comediantes da Economia. É uma veia de humor politicamente incorreto. Faz piada de tragédia e rindo sacaneia o povo. Tem chances como concorrente ao stand up do Planalto.
Humoristas que não saíram do armário. É muito cedo ainda e analistas acreditam que vão surgir outros candidatos. Não faltam comediantes não assumidos que podem tentar subir a rampa do Planalto. Damares, general Heleno, Mourão, Osmar Terra, Janaína Paschoal... 2022 promete.
Um comentário:
Que tal Damares? Com ela teremos a presença de Jesus na goiabeira, monitorando este país e, claro, supervisionando a "presidenta "Dalmares.
Postar um comentário