sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Para justificar a destruição da Amazônia e as ameaças aos povos indígenas, Paulo Guedes apela até para o general Custer...

por O.V. Pochê 

Paulo Guedes ostenta diplomas mas é tão primário quanto o chefe Bozoroca. Juntos, transformaram o Brasil em um pária internacional. No momento em que não apenas ambientalistas, mas investidores e grandes corporações, sinalizam que o Brasil escalou o absurdo quanto à destruição da Amazônia, o frasista comete mais uma. Durante o recente evento virtual Aspen Security Forum, promovido pelo centro de estudos norte-americano Aspen Institute. Guedes justificou o crime ambiental e humanitário com toscos argumentos Disse aos americanos que eles também destruíram suas florestas e falou que aqui "não teve exterminações", o que é mentira, o Brasil matou milhões de índios e continua matando. O Ministro da Economia também citou o general Custer, que comandou forças-tarefas para exterminar tribos no Velho Oeste. Então tá, Guedes, na imagem ao lado, Custer chega a Manaus.

Se esse raciocínio idiota de Paulo Guedes prevalecer, o Brasil pode pedir licença para praticamente tudo. Imaginem se o "chicago boy" fosse buscar outras justificativas tão grosseiras quanto aquelas que apresentou ao Aspen Institute. Seguem alguns subsídios para o sujeito usar em outras reuniões internacionais. 

* Acabar com povos incômodos já que americanos eliminaram índios, os espanhóis exterminaram maias, incas, astecas, os australianos mataram aborígenes e colonizadores genocidas assassinaram milhões de africanos. No momento atual, pobre é chato, está sempre precisando de alguma coisa, seja saúde, educação ou respirador, assim não tem arrocho fiscal que resista.

* Europeus consumiram suas florestas como fontes de energia, porque pobre aqui teima em usar gás de cozinha caro?

* Japoneses até hoje contribuem com vigor para o extermínio de baleias. Podemos reforçar o almoço com todas espécies da Amazônia.

* Sukarno, na Indonésia dos anos 1960, eliminou o problema da oposição comunistas simplesmente abduzindo mais de 500 mil pessoas. 

* Se, irritados com o ritual democrático, os militares brasileiros fecharam o Congresso, enquadraram o STF e fizeram o que quiseram do Brasil entre 1964 e 1985, algo semelhante quebraria o galho e  resolveria um dos problemas do Guedes: ter que negociar com Câmara e Senado os pacotes econômicos empacados.

* Em vez de recomendar o isolamento social e distanciamento,  governos, antigamente, confinavam leprosos e vítimas do cólera em ilhas ou complexos que eram verdadeiras prisões. Os doentes eram largados longe, mas não atrapalhavam a economia, como no caso da Covid.

2 comentários:

J.A.Barros disse...

É preciso lembrar àqueles que exaltam a cavalaria americana por ter exterminado as nações dos "pele vermelhas ", que habitavam o oeste nas pradarias – do território americano – acompanhando as migrações dos "bisões " ( búfalos ), que eram a sustentação deles, é preciso lembrar, que o 7º Regimento da Cavalaria Americana, comandada pelo célebre General Custer, que comandou verdadeiros massacres de aldeias de índios, matando homens, mulheres, velhos e crianças além de em uma aldeia, não satisfeito com a matança dos índios, matou 800 cavalos de propriedade dos índios que foram assassinados. Esse mesmo Regimento da 7ª Cavalaria, foi vencida e exterminada pelos índios da nação Sioux, lideradas pelos seus chefes Sitting Bull e Crazy Horse, numa colina chamada Little BigHorne. Até hoje , esse local foi preservado pelo governo americano, como memorial e ponto Turístico, com as marcações exatas onde caíram mortos os soldados e o seu famoso General Custer, Contam, as tradições índias , que as mulheres dos índios, depois da batalha, se acercaram do corpo do General Custer, e com pedaços de pau, cutucávam os ouvidos do Custer, para deixa–los bem abertos para que no mundo dos espíritos ouvissem o que eles lhe falariam

J.A.Barros disse...

Aqui no brasil, as "Bandeiras", que conquistaram oeste brasileiro, cometeram exterminações contra os índios brasileiros, comandadas por Domingos Jorge Velho, Borba Gato e outros, principalmente no interior de São Paulo. Não vamos nos esquecer que tivemos aqui neste país os nossos "Generais Custers".