Reprodução Folha de São Paulo. |
Sociólogo e dublê de jornalista, Demétrio Magnoli é uma espécie de Bolsonaro ilustrado. Pelo menos em matéria de Covid-19. Ainda em março, quando a epidemia começava a desembarcar no Brasil, ele levava o liberalismo ao extremo e defendia que cada cidadão fosse livre para resolver se faria o isolamento social ou não. Quando os casos explodiram e as mortes idem, tornou-se menos explícito, mas a fagulha bozoroca jamais se apagou. É o que o sociólogo deixou claro em artigo na Folha, no último dia 31. O sujeito critica "professores recalcitrantes" por não voltarem às aulas. Isso com o Brasil explodindo de coronavírus e batendo recordes macabros a cada dia. Como não há sentido na volta dos professores apenas às salas de aula, o articulista, por extensão, pretende que os alunos também marquem um encontro com o vírus no transporte coletivo, por exemplo, e o levem para as escolas e lares. O artigo repercutiu nas redes sociais. E a falta de sensibilidade não foi exatamente elogiada. Magnoli desconhece a realidade dos professores aqui fora. Deve ter plano de saúde, por exemplo.
Um comentário:
Essa volta às aulas neste fim de ano, atacado pela pandemia que devasta o mundo, na minha opinião, não é aconselhável, não é prudente e é na verdade expor, não somente os professores, a esse mortal virus, mais os meninos, que está comprovado que eles estão sujeitos a serem contaminados, apesar de antes dizerem que praticamente não estavam incluídos nos.grupos de risco. Esse ano escolar, já está perdido e nesses meses restantes, não recuperarão o tempo perdido. Perguntaram aos pais se eles concordam com essa volta às aulas? Acredito que não. Perguntam aos professores se estão de acordo com essa volta às salas de aulas? Claro que não. Esse procedimento submeterá os professores a um processo de esgotamento profissional e estresse, que naturalmente os levará a um recolhimento doentio. O mesmo acontecerá com os pais dos alunos, que sem dúvida, sofrerão terríveis angústias, sabendo que seus filhos estarão expostos ao contágio do Covid–19. As vacinas, em tempo recorde, estarão prontas para serem aplicadas em massa, como na Russia, que pretende em outubro deste ano, vacinar toda sua população. Por que não esperar alguns meses?
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