por O.V. Pochê
O ex-governador Sérgio Cabral finalmente revelou o motivo pelo qual cobrava propina adoidado.
Era vício.
Não podia ver uma obra que ia lá faturar um por fora.
Precisava de ajuda então, mas ninguém se tocou em apoiá-lo.
Se um pastor desses que exorciza safadeza por módica quantia houvesse lhe estendido a mão na época em que ele estava doidão por grana, o Estado do Rio de Janeiro teria economizado pra mais de bilhão de reais.
Fez falta também um instituição do tipo Corruptos Anônimos, onde Cabral e seus parceiros da política, da justiça e do empresariado pudessem reconhecer o vício e cumprir os doze passos para se livrar da terrível síndrome de embolsar dinheiro público.
Não sabe se Cabral tentou se curar, se passou por crises de abstinência dramáticas, se se debatia angustiado, se babava pelos corredores do palácio até que alguém lhe comprasse uma joia, um diamante que fosse, uma privada sofisticada, algo que finalmente o acalmasse. Não há registro de um médico caridoso que tenha lhe receitado doses decrescentes de propina como terapia para desintoxicar o corpo sedento por reais, dólares, mansões e lanchas.
Cabral sofreu calado, guardou para si o drama de manter contas na Suíça para alimentar seu vício.
E nós aqui pensando que o Sérgio Cabral que protagonizou a "farra dos guardanapos" em Paris era apenas um brasileiro que comemorava a Légion d'Honneur com que a França lhe enfeitou o peito. Nada disso. Ali estava um homem chapado pelo seu vício. Um ser humano rendido aos seus mais íntimos demônios.
Então tá. Se a moda pega, os corruptos de ontem e os "laranjas" da "nova era", que estão estreando agora, vão revindicar o direito a rehab. Não são corruptos, são propinômanos.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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3 comentários:
Pra mim eles tem no sangue o estigma do ladrão e Sérgio Cabral não foge a essa regra. É ladrão no sangue e na alma
Não podemos acreditar em uma virgula do que este corrupto vem afirmando para angariar simpatias do povo e criar uma nova imagem a de uma vítima do vício por dinheiro, inventado por ele. Ora, quem não gosta de dinheiro? Só ele é viciado em dinheiro? Ou a humanidade despreza esse dinheiro, essa moeda que comanda o mundo dos homens? Essa atual posição nada mais é do que uma estratégia para ao menos suavizar as suas penas, ou um Juiz e um governo corrupto se apiedarem dessa pobre alma e lhe concederem um indulto de Natal. Não diga que é impossível porque estamos no Brasil e neste país tudo é possível
Bem, vamos esperar que o Sérgio Cabral num surto de honestidade passe a revelar todos os grupos sociais de ladrões que assolaram o Estado do Rio. Vamos ter muita surpresa nos nomes e nas categorias sociais que naturalmente deverão se revelados. Muitas máscaras cairão.
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