domingo, 22 de novembro de 2015

ONU condena mortes de dois comunicadores no Brasil e pede mais proteção para profissionais da mídia

Foto: ONU/Sylvain Liechti

Escritório de direitos humanos da ONU para a América do Sul (ACNUDH) condenou em nota as mortes a tiros do radialista comunitário Israel Gonçalves Silva, em Pernambuco, e do jornalista e blogueiro Ítalo Eduardo Diniz Barros, no Maranhão. “Nos últimos anos, o Brasil vem aparecendo entre os países mais inseguros da região e do mundo para o trabalho dos comunicadores sociais”, disse o representante da ONU.
“Condenamos as mortes dos dois comunicadores e chamamos as autoridades a investigar e sancionar os responsáveis por esses crimes, para que fatos como esses não fiquem impunes”, afirmou o representante para América do Sul do ACNUDH, Amerigo Incalcaterra.
Juntamente com o manifesto de solidariedade com as famílias das vítimas, Incalcaterra expressou que a violência, intimidação e represálias fazem parte do dia a dia de muitos comunicadores sociais no país por conta de seu trabalho. Ele pediu às autoridades para adotar medidas efetivas para protegê-los.
“Nos últimos anos, o Brasil vem aparecendo entre os países mais inseguros da região e do mundo para o trabalho dos comunicadores sociais”, disse o representante regional. “O Estado deve adotar medidas urgentes para proteger a vida e a integridade física desses profissionais e reverter esse triste quadro”, expressou.
Incalcaterra pediu também para implementar a recomendação feita pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Brasil sobre a criação de um Observatório da Violência contra Comunicadores.
O representante relembrou que, em resposta a essa recomendação, o Escritório do ACNUDH na América do Sul produziu um projeto para estabelecer um órgão de pesquisa, proteção e prevenção da violência contra comunicadores e defensores de direitos humanos no país, apresentado a autoridades do governo brasileiro em 2013.
“Reiteramos a disposição do ACNUDH para cooperar com o Estado, com vistas a proteger os direitos dos comunicadores e defensores de direitos humanos no país”, disse Incalcaterra.
Fonte: ONU Brasil

4 comentários:

Corrêa disse...

São estes os jornalistas que ainda desafiam os poderosos, o resto come na mão das família senhoras de engenho, digo, de mídia

Gomes disse...

No interior é os poderosos fazem mesmo o que querem e esse crimes ficam sem condenação

Wilson disse...

Fazer jornalismo investigativos nos grotões do Brasil, ou tentar denunciar políticos e empresários, fazendeiros, grileiros, traficantes de madeira é morte certa. E geralmente são os pequenos veículos e emissoras de rádio regionais, agora blogueiros independentes, que comparam essas brigas e pagam com a vida.

J.A.Barros disse...


Esse país não consegue fiscalizar industrias que constroem barreiras para acumular seus detritos industriais, não consegue fiscalizar boites nas cidades, não consegue fiscalizar nada ou por falta de fiscais ou por relaxamento profissional do funcionário público ou por corrupção desses fiscais, como vai proteger profissionais da mídia no seu trabalho profissional?
Gente, esse país é uma mentira. O EX, numa entrevista a Roberto d'Avilla, respondeu a uma pergunta por que não foi feita reforma política no seu governo? Ele respondeu, daquele jeito agressivo que lhe é peculiar, de que para se fazer um reforma POLÍTICA no Brasil, seria preciso eleger uma nova assembleia Constituinte para essa tão esperada e desejada reforma.
Agora fica a pergunta: para eleger os mesmos "picaretas" batizados por ele quando foi eleito deputado federal?
É bom lembrar que o seu partido votou contra a Constituição de 1988.
Por falar em morte certa, até hoje, a morte do Prefeito Daniel continua um mistério.
Por falar em políticos é um espanto como o Berzoini engordou e o Vicentinho de termo "Armani " e gravata "Hermés". Não é engraçado?