Neymar se despede da seleção, no Chile. Depois da Copa do Mundo, Copa América é a segunda competição oficial que o craque não leva até o fim. Foto Rafael Ribeiro/Divulgação CBF |
Com todo o reconhecimento ao craque que é no Barcelona, o Neymar da seleção não se destaca, digamos, pela produtividade em competições oficiais. Reclama, cai seguidamente, prende e tudo isso o leva a virar alvo de zagueirões e a irritar árbitros. Falta ao garoto de Santos a velha e boa malandragem, no bom sentido, aquela 'estratégia esportiva' com que Pelé, Garrincha, Rivelino, Jairzinho, entre outros, de cabeça fria, levavam adversários ao desespero. Pelé era um mestre na 'guerra invisível' que se desenrola em campo, tratando-se de um esporte onde o contato e o confronto, físico são permanentes. Tanto nas provocações quanto nas respostas às agressões, ele não perdia o foco no seu objetivo: a vitória. A grande maioria dos jogadores da seleção atua como titular em clubes de ponta do futebol mundial. Isso significa que mesmo aqueles que não são super craques possuem qualidade técnica. Criticados pela mídia brasileira, Firmino e Douglas Costas acabam de protagonizar transações milionárias na Europa: o primeiro para o Liverpool e o segundo para o Bayern de Munique. O mesmo conjunto que falta à seleção e que atrapalha Neymar também prejudica outros jogadores. Com o calendário atual e com os clubes europeus obrigados a ceder jogadores apenas nas "datas Fifa", não há sequência de para treinos para buscar tal conjunto. Nos últimos 20 anos, no mínimo, as seleções brasileiras entram em competições oficiais e vão, na própria competição, jogo a jogo, corrigindo erros. Às vezes, isso dá certo, às vezes, não. Tem sido assim nas últimas Copas. O Neymar da seleção é, talvez por isso, muito impaciente e irritadiço ao tentar resolver o jogo sozinho. Muito marcado, não consegue dar sequência a muitas jogadas e perde de vez a calma. Por tudo isso, acho positivo, seja lá o que aconteça, que a seleção faça dois ou três jogos sem o Neymar. Dificilmente, mantido o estilo atual, Neymar jogará todos os jogos da pesada Eliminatória que o Brasil vai precisar passar para chegar à Rússia. A seleção deve, portanto, aprender a jogar sem o camisa 10 e a não entrar em parafuso cada que o seu principal jogador fica de fora.
Um comentário:
O problema do Neymar devser coo o Imposto de Renda, que não deve ter declarado o valor real da negociação com o Barcelon que está enfrentando o mesmo pzoblema.
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