por Eli Halfoun
Desde que foi implantada por aqui a
televisão comete o mesmo e grosseiro erro: embora tenha evoluído muito, continua
apelando para a chamada emoção barata, ou seja, a que faz o público chorar com
os dramas e desgraças alheias na maioria das vezes sem qualquer respeito
humano. A televisão (pelo menos a nossa)
ainda não se convenceu que sua uma de suas principais funções é divertir e
fazer o público animar-se e rir ao máximo porque a vida já o faz chorar o
suficiente. A exploração de mazelas não acrescenta absolutamente nada a
mundialmente reconhecida grandeza da televisão brasileira. Os dramalhões não
podem continuar tendo espaço cativo para um público que precisa - e precisa
cada vez mais - de diversão, especialmente se levarmos em conta que para a maioria
dos telespectadores a televisão é o único lazer que ainda lhes permitem curtir.
A queda de audiência do “Caldeirão do Huck” está levando o apresentador a
repensar o programa: de agora em diante quer e vai investir mais - muito mais -
em entretenimento, ou seja, quadros leves e divertidos que acrescentem para o
grande público pelo menos um pouco mais de alegria. Se os quadros apelativos
servissem ao menos para ajudar parte da população seriam até necessários, mas
não é bem assim: não ajudam em nada nem as pessoas submetidas publicamente a uma
desgraça maior através de suas próprias desgraças. Com sensibilidade Luciano
Huck percebeu em tempo que o tempo é de avançar, mudar e acrescentar. Não se
pode continuar fazendo da televisão uma desgraça maior do que na maioria das
vezes ela já é. (Eli Halfoun)
Um comentário:
A televisão brasileira vive de imitar programas estrangeiros e o programa de Hulk não seria diferente, como programa do Faustão, o chato que já foi gordo e mais engraçado quando gordo . É muito mais fácil imitar programas de TVs de outros países do que criar. Como dizem que criar é copiar a TVGlobo entrou nessa com todos os pés. E agora? Vai continuar a imitar ou vai inventar? Não será um pouco tarde?
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