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Primeiro, Ronaldo Fenômeno, que empresaria jogadores e, agora, Mano Menezes, o treinador da seleção, incentivam a ida de Neymar para jogar na Europa. Que Ronaldo tenha eventuais interesses comerciais, problema dele. Mas a posição do Mano Menezes é criticável. Claro que não demora muito, o mercado levará o craque do Santos para um clube estrangeiro.
Mas já houve uma época em que o que era bom para a Seleção era bom para o futebol brasileiro. Vê-se que, agora, os rumos são opostos. A permanência de Neymar no Santos mobiliza crianças, atrai torcedores e valoriza até a Seleção, que pela primeira vez em muitos anos tem um dos seus principais destaques atuando no Brasil. O torcedor se identifica com o time, ao contrário do que vem acontecendo com as muitas formações globe-trotters dos últimos anos.
Mas Mano quer que Neymar vá para longe, escafeda-se.
Não é à toa que vem caindo a audiência dos jogos do Brasil na TV, junto com a queda no ranking da Fifa. Mas Mano quer ver o Neymar a 13 mil quilômetros de distância. Se o Neymar resistir às próximas "janelas" do mercado, essa deverá ser a principal desculpa de um treinador que já testou quase 100 jogadores e não tem um time formado nem padrão de ataque ou defesa. Como Neymar continua jogando no patropi, Mano não consegue montar uma seleção. Por dedução, a culpa pelo fracasso que se anuncia será do Neymar. Isso é piada?
A propósito, o Brasil ganhou cinco Copas. Três com times formados por jogadores que atuavam em casa; uma, em 1994, com um um time misto, quase a metade jogada aqui; em 2002 havia entre titulares e reservas 11 jogadores, embora os "estrangeiros" fossem ampla maioria entere os titulares. No desastre de 2006, os "nacionais"não tiveram vez, praticamente. Em 2010, havia uns três gatos pingados: Robinho, que voltara pro Santos, Gilberto, do Cruzeiro e Kleberson, do Flamengo.
Conclusão: "estrangeiro" não garante Copa. Ao contrário.
Percebeu, Mano Menezes?
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