Há muitos anos que não freqüento as salas de exibições cinematográficas. Hoje, por comodidade e até mesmo por terem diminuído sensivelmente o número dessas salas, escolhi ver cinema do sofá de minha sala diante do aparelho de TV. Sem precisar ficar comendo pipoca. Aliás, tem um canal com o nome de Pipoca. Até aí tudo bem. O problema é que venho notando que alguns canais vêm dublando os filmes que transmitem. Como moro em Niterói, a estação provedora era a Net - TV Cidade. Agora, parece que a Bandeirantes comprou essa estação pela subsidiária SIM TV. O resultado é que a SIM vem dando prioridades aos filmes dublados, o que para mim está se tornando um verdadeiro horror. Essa tendência vem desrespeitar e desfigurar o trabalho do ator. Ora, o ator para interpretar um papel, ele trabalha na criação da personagem que vai ser no filme. Pesquisa na história quem foi aquele que vai interpretar. Estuda seus hábitos, seus costumes sua vida enfim e procura nessa construção criar um tom de voz compatível com que se aproxime do seu personagem. A voz vem a ser a maior força de expressão do artista, além da expressão corporal.
A voz dá vida e alma a personagem.
Agora, vêm esses fariseus, para dar emprego a artista brasileiro desempregado ou sem talento para interpretar em teatro, novelas ou cinema o personagem.
Na verdade a dublagem está matando o cinema estrangeiro e fico achando que a finalidade realmente é essa. Matar o cinema que vem de fora para dar maior espaço ao cinema nacional.
Se continuar essa febre de dublagem, vou parar de ver cinema na televisão.
Não consigo ver um filme com Al Paccino, nem Marlon Brando sendo dublados por uma voz com sotaque paraibano. É demais!!!
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