Nova Iorque continua a perfurar o subsolo expandindo o seu metrô. Na Itália, a mesma coisa, o metrô continua se expandindo assim como no resto da Europa. O metrô, no entender dos especialistas, técnicos e administradores urbanos, é o grande meio de transporte de massa nas grandes metrópoles, que atende, com velocidade, sem engarrafamentos, os usuários das cidades.
Há mais de cinquenta anos, um grupo de investidores japoneses veio ao Brasil trazendo a proposta de implantar uum sistema ferroviário de transporte de passageiros através de túneis subterrâneos abertos sob a cidade. A única condição seria a exploração do sistema pelo período de 90 anos. Claro que as forças "progressistas" procurando resguardar o país de invasões extrangeiras, pôs logo nas ruas a campanha do "o metrô é nosso". Os japoneses foram embora e ainda hoje o Rio não tem um sistema de metrô que atenda a sua população.
Logo depois, se já não tinha metrô, passou também a não ter mais os bondes. Os políticos administradores, eleitos pelo povo, acharam que o bonde era um veículo ultrapassado e acabaram com ele e inauguraram o troleybus, que não deu certo, sem ninguem dar uma explicação. O Rio ficou sem metrô, sem bonde e sem troleybus.
Um grande presidente deste país, que quis fazer 50 anos de administração em 5 anos, ergueu uma cidade num planalto desértico, implantou uma industria automobilística que acabou com a malha ferroviária e pra não ficar só nisso acabou também com o serviço de cabotagem, que, através dos Itas, trazia os nordestinos, fugitivos das secas, para o Sul Maravilha. Como castigo para esses nordestinos, obrigou-os a viajarem nos famosos "paus de araras" em viagens sufocantes que quando não matava a metade chegavam no Rio ou em São Paulo mais mortos do que vivos, depois de vários dias de viagem em cima da carroceria de caminhão.
São Paulo, como sempre saiu na frente, o seu metrô não fica a dever em nada aos melhores metrôs do mundo e continua perfurando e expandindo o seu sistema de transporte. Tem estações que têm três plataformas de acesso.
O Rio de Janeiro continua com um sistema de metrô altamente deficiente, atendendo precariamente à sua população, que continua engarrafada, presa nos onibus que infestam a cidade, levando horas para chegar ao seu destino.
Por ocasião dos Jogos Panamericanos, os governos Federal e Estadual juraram de pés juntos que levariam o metrô até a Barra. Não cumpriram a promessa e, novamente, com eventos como a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016, voltaram novamente a jurar – agora até pela mãezinha deles – que o metrô chegaria na Barra da Tijuca.
Até a Praça General Osório, ele chegou. Um carioca mais atrevido e incrédulo pregou no meio da praça uma placa com o texto "No Passarás". Quem viver verá!
5 comentários:
Bom texto, debarros. Só um comentário: quando os bondes foram desativados, entre 1963 e 1967, as forças que você chama de "progressistas" estavam nas cadeias do ditador Castelo Branco. Já havia mortos a contabilizar e torturados a lamentar. Você, depois que aderiu aos neo-liberais, vê fantasmas na histróia do Brasil. No mais, está cerot, um grande lobby de empresários e políticos, não esqueça dos empresários corruptos, não são apenas os políticos, se mobilizou para um dos maiores absurdos em matéria de transportes urbanos: destruir um sistema de transporte coletivo, como os bondes, sem que nada houvesse montado e planejado para pôr no luhar. Os ônibus elétricos nãso chegaram a cobrir nem um quarto do que os bondes cobriam no Rio de Janeiro. Foram implantados também em desastrada operação que custou bilhões aos cofre públicos em São Paulo, Salvador,onde os bondes também foram enviadas para o ferro-velho. Obra da ditadura mais corrupta que o Brasil já conheceu.
Conculindo: uma ditadura obviamente não "progressista" e assumidamente de direita, capitalista e fechada com a "livre iniciativa" (que ajudou a implantar o autoritarismo e dele se beneficiou durante décadas). Nessa, a chamada "esquerda" festiva ou não, sindicalista ou não, está inocente.
Se esqueceu de mencionar o grande crime contra esse país, cometido pelas forças liberais ou neo-liberais, tendo à frente o grande presidente dos 50 em 5, que acabou, vou repetir em caixa alta: ACABOU, com a malha Ferroviária e a Cabotagem no Brasil, ainda os meios de transporte de massa, mais barato e eficiente que o homem criou. Haja visto, que foi através do trem que os EUA se agigantou expandindo as suas fronteiras até o Oceano Pacífico. A Europa inteira é cortada pela maior malha ferroviária que o homem pode criar. Em Moscou vc pega um trem e – apesar da neve acumulada em seu leito – atravessa os Urais chegando a Sibéria. Neste país, de uma dimensão territorial imensa, não tem uma estrada de ferro que parta da Central do Brasil e chegue a Nova Iguaçu sem transtornos.
Qualquer governo, Gonça, de direita ou de esquerda que recupere esses meios de transportes de massa, transformará o Brasil no maior país do mundo. Esse país precisa se comunicar através de um eficiente e econômico meio de transporte e aíi então cresceremos e poderemos dizer de cabeça erguida com orgulho de que o Mundo se curvou diante do Brasil.
JK de certo cometeu erros ou cedeu a interesses ao priorizar o automóvel, mas foi a ditadura corrupta que desmontou tudo e deixou que virasse sucata a malha ferroviária do país. Hoje, atrasado no tempo, o governo tenta construir novas ferrovias com a Norte-Nordeste e outras.
Não caro Wilson, foi o JK quem acabou mesmo com esses meios de transporte. A Indústria de Automóveis desembarcou no Brasil para ganhar a parada e ganhou.. No final do seu governo, as empreiteiras descarregavam em páginas das Revistas Cruzeiro e Manchete publicidade de inaugurações de estradas de rodagem em todo o país, especialmente em Minas Gerais. O presidente do DNER era um mineiro que ficaria famoso, chamado Eliseu Resende.
Enquanto isso os Sinca Chambor os Aero Willis e os Fusquinhas eram despejados nas ruas de todo Brasil. A Companhia de Comércio e Navegação. do Henrique Lage, com os seus navios de pequeno porte chamados Ita, foi sufocada financeira e ecnomicamente e fechou as porta e com ela os Itas desapareceram. Os últimos trens da Leopoldina tentaram resistir, mas em vão, A pressão foi demais e sem dinheiro os trens ficaram sucateados e se acabaram.
A estratégia se fechara e hoje se essa Indústria entrar em colapso o país vai atrás. Muitos segmentos da sociedade serão atingidos violentamente e muitas e muitas empresas irão à falência.
Ainda se tem tempo para virar esse jogo e partir para reestruturação desses dois meios de transporte. Esquece o trem bala que é uma obra para mais de 10 anos e com os tantos bilhões de dólares que seriam gastos com esse trem, recuperem a malha ferroviária e os canais de navegação dos navios de Cabotagem. O óleo que movimenta os navios é mais barato que a gazolina e os trens movidos a energia elétrica seriam ainda muito mais econômicos que a gazosa.
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