por José Esmeraldo Gonçalves
Caramba! Arnaldo Jabor parece deprimido hoje na sua crônica no Globo. Escreveu umas coisas meio bobas, confessa que está sem assunto, diz que não entende o Brasil, mas sem querer querendo, como Chapolin Colorado, revela alguma coisa parecida com seu ponto de vista histórico. Não escreveram neste blog outro dia sobre as "zelites"? Pois é isso: a câmera do Jabor está montada no tripé da elite, sem duplo sentido, por favor.
Não acredita? Veja a trucagem que ele faz do Brasil em cinco décadas:
Antes de 64 - "nos animava a construir um país, romanticamente. Era ilusão? Era. Mas tinha gosto pela vida".
Durante a ditadura - "aquele verde-oliva que nos cercou como uma epidemia de vil patriotismo? Era terrível? Sim. Mas nos dava o 'frisson' de lutar contra o autoritarismou ou de sermos "vítimas" das porradas da História."
Anos 70, pós-Tancredo, Collor e Plano Real - "Já passei pelas drogas e desbundes da contracultura, pelo depressivos anos cinzentos post-mortem de Tancredo, passei pelos rostos amarelos e verdes do impeachment, pelo azul da esperança do Plano Real".
"Frisson" de levar porrada, azul da esperança, depressão pós-Tancredo? Sei não, parece texto da grãfina de nariz de cadáver do Nelson Rodrigues (que ele gosta de citar, aliás).
Se tiver paciência, vá lá e leia. O cineasta tem pensatas inacreditáveis. Entre outras coisas, diz que "O povão prefere um autoritarismo populista". Povão quem?, cara-pálida...
Um comentário:
Jabor, insuportável!!!!!
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