por Eli Halfoun
Em uma emissora de rádio do Rio (acho que era a excelente Rádio Jornal do Brasil) ouvi, mas juro que entendi, mas não compreendi, uma comentarista política dizer que a cassação do agora ex-governador de Brasília José Roberto Arruda foi uma espécie de, digamos, prêmio. Como ele foi cassado por infidelidade partidária fica com o benefício de poder concorrer a qualquer cargo eleitoral assim que lhe der na telha. Se a cassação tivesse sido, como deveria, por corrupção estaria inelegível por oito anos. De qualquer maneira é um prêmio: político corrupto não poderia voltar a concorrer nem ao cargo de síndico do prédio em que mora nunca mais. Essa história de perdoar ladrão não está com nada porque quem se envolveu com corrupção uma vez se envolverá sempre. A corrupção faz parte do DNA do corrupto seja ele quem for. Permitindo que qualquer político cassado volte a concorrer a um cargo público quem está sendo punido é o povo. Que na verdade já foi punido por ter votado mal.
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