quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Nova geração de atletas olímpicos? Só em 2020, 24, 30

por Gonça
Os países que se transformaram em potências olímpicas, sejam capitalistas ou socialistas, só alcançaram esse status ao investir em formação de atletas. Não chegaram ao pódio apostando apenas em talentos já revelados mas buscando-os em escolas, universidades, clubes, quadras, piscinas e campos de grandes instituições ou de associações de bairro. E esta tarefa, a capacitação esportiva de jovens em geral ou de atletas em potencial, cabe, principalmente, às instituições públicas. O patrocínio privado, com raríssimas exceções, é projeto de marketing e alcança apenas os atletas consagrados, os famosos, que carregam a marca da empresa no uniforme e são divulgados em jornais, revistas e TVs. O atleta mesmo potencialmente promissor mas "desconhecido" não interessa ao patrocinador e muito menos à imprensa, que só os focaliza a partir do momento em que ganham títulos e visibilidade.
Por isso, é quase inútil, visando à Olimpíada de 2016, a iniciativa da Prefeitura carioca ao criar e patrocinar um "Time do Rio" formado por atletas digamos, quase master, que já participaram de vários Jogos e que, mesmo alcançando índices para competir daqui a quatro anos, terão, frente às novas gerações de atletas, muito provavelmente, um desempenho mais simbólico do que efetivo. Uma Olimpíada não se faz apenas de estádios mas de atletas. Para que os brasileiros não sejam apenas espectadores das medalhas alheias, é preciso que as autoridades invistam com seriedade na base e não em projetos de marketing político que pegam carona na fama de nomes consagrados. Com todo respeito, parte deste "Time do Rio" merece homenagens, deve até ser convidado para a Tribuna de Honra como forma de reconhecimento. Mas dificuilmente vai chegar às pistas de 2016. O verdadeiro "Time do Rio" ainda deve estar aí pelas escolas, campinhos e clubes do interior bem longe do olho míope ou oportunista de dirigentes e políticos.

Um comentário:

deBarros disse...

Vai ser dificil os nossos governantes entenderem que não se faz atleta de uma hora para outra. Os paises socialistas em um determinado momento da história entenderam que para competir com os paises do primeiro mundo precisariam investir seriamente nos esportes olímpicos, e foi o que fizeram. Os resultados se fizeram aparecer e esses paises vieram alcançar os primeiros lugares nas tabelas de premiação.
No Brasil isso não vai acontecer. O primeiro investimento feito foi a contratação de um ex- primeiro ministro da Inglaterra, hoje desempregado, que conseguiu um bom contrato com o Estado do Rio a peso de Euros. Pra que?
Em seis anos talvez ainda dê tempo para formar uma equipe de atletas de categoria a níivel dos atletas internacionais que virão para essa competição mais importante do Planeta Terra. Não acredito muito que isso venha a acontecer. Não vejo disposiçào do governo para tomar medidas de formação de atletas competitivos. Até porque desconfio que essa Olimpiada está fadada, não ao fracasso total mas a um sucesso bem mediocre para o que se queria esperar.