quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Zilda Arns

Zilda Arns não trabalhava sob a luz dos holofotes. Militante católica, seu trabalho - que tanto incomodou a ditadura - era nas comunidades de base nos grotões do país. Era outra a sua visão de religião. Não tinha jatinhos nem mansões, nem redes de TV, não aplicava na fé como um investidor aplica na Bolsa e não recolhia sacos de dinheiro em galpões e estádios. Foi indicada para o Prêmio Nobel, não levou, pior para o Prêmio Nobel. Morreu solidária, como sempre viveu. É simbólico o seu fim, vítima de um terremoto, ao lado dos pobres do Haiti, um dos países mais miseráveis do mundo. Zilda parte com uma escolta de herois: os 11 militares brasileiros que morreram em ação humanitária. 

Nenhum comentário: