quinta-feira, 1 de março de 2012

Agora é preciso entrar na fila até para ficar doente


por Eli Halfoun
Já reparou, atento leitor, como as farmácias estão cada vez mais cheias como se fossem parques de diversões para as mais variadas doenças. Parece que virou uma espécie de moda dar “um pulinho ali na farmácia”. O maior número de fregueses só pode ser reflexo do melhor poder aquisitivo da população, que finalmente consegue adquirir os medicamentos (nem todos ainda) receitados ou retirá-lo, em alguns casos, gratuitamente, o que requer uma burocracia complicada. O consumidor tira (quando a internet não cai, o que é desculpa comum) o remédio para a pressão gratuitamente, mas diante de tanta fila e exigência acaba tendo de comprar um calmante. Talvez essa seja uma tática das farmácias para vender os calmantes (se bem que elas não dão nada de graça: o governo paga pelos remédios de pressão que as farmácias apenas fornecem). A população continua pagando o pato: antes não podia comprar (muito menos pensar em receber de graça) qualquer remédio e agora está obrigado a enfrentar fila, e a má vontade dos atendentes, além de outras dificuldades para comprar o remédio que necessita. Resultado: assim estamos ficando cada vez mais doentes. (Eli Halfoun)

Nenhum comentário: