segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

No ano da Copa da Rússia, Gabriel Jesus deixa Tite sem dormir

Tite: preocupação na virada do ano. Foto de Lucas Figueredo/CBF
O drama de Gabriel. Reprodução Evening Post


Gabriel Jesus, o camisa nove no topo da "pirâmide, comemora um dos seus gols
na vitória contra o Chile, no último jogo das Eliminatórias. Foto de Lucas Figueredo/CBF

por Niko Bolontrin

Depois de um início arrasador no Manchester City, Gabriel Jesus sofreu duas contusões sérias e foi afastado por 60 e 20 dias, respectivamente. No último jogo do ano, ontem, contra o Chrystal Palace, caiu desequilibrado e torceu o joelho. Fará exames na próxima terça-feira para diagnosticar a extensão do problema. Poderá ficar sem jogar durante dois meses. Caso seja constatada ruptura dos ligamentos precisará de até seis meses para se recuperar. O primeiro jogo do Brasil será no dia 17 de junho. O ano começa com essa preocupação para Tite, que deverá pensar em esquemas alternativos para dois importantes jogadores brasileiros: Gabriel Jesus, com a torcida para que a contusão não se mostre tão grave, e Neymar. Esse, que se expõe ao zagueiros por seu futebol de qualidade e pela característica de furar defesas com variadas técnicas de dribles e controle de bola e, por isso, costuma perder a calma por tanto apanhar em campo, corre o risco de contusões, toc, toc, toc, ou cartões, sai pra lá, juiz. O lado positivo é que Tite terá tempo para se preparar para as eventuais ausências das duas importantes peças.

Ranking mundial dos 100 melhores jogadores de futebol de 2017 tem 10 brasileiros



por Niko Bolontrin

The Guardian divulga a tradicional lista dos 100 melhores jogadores de futebol do mundo em 2017.

A relação tem 10 brasileiros: Neymar (PSG, 3°), Marcelo (Real Madrid, 19°), Philippe Coutinho (Liverpool, 24°), Daniel Alves (PSG, 26°), Casemiro (Real Madrid, 28°), Gabriel Jesus (Manchester City, 39°), Thiago Silva (PSG,76°), David Luís (Chelsea, 83°), Alex Sandro (Juventus, 90°) e Fabinho (Monaco, 91°). E mais um ítalo brasileiro, Thiago Alcântara, do Bayern de Munique, 49°, e Diego Costa, naturalizado espanhol e que volta a ser jogador do Atlético de Madri, em 68°.

O inconsciente coletivo nas primeiras páginas...



Cada um com seus motivos e suas polarizações, o fato é que 2017 vai pro divã. Foi mal-humorado aqui e no mundo. Trump, Kim Jong-un, guerras, a tragédia dos imigrantes, Daesh, o terrorismo dos fanáticos lobos solitários...
As edições do Globo e do Estado de Minas estampam o mesmo sentimento: a hora de refazer o Brasil. O ano é de eleições e a hora é de botar na urna um voto cidadão. A bola estará com o eleitor. Ou em 2019 os jornais terão que reimprimir as capas de hoje.

Rio 2018: vai malandro

Que o Rio reaja em 2018. O Redentor está convidado a ajudar. Foto de Fernando Maia/Riotur

Foto de Gabriel Monteiro/Riotur

Foto de Fernando Maia/Riotur

Anitta brilhou. Foto de Gabriel Monteiro/Riotur

A cantora Ana Petkovik, filha do craque que foi ídolo no Flamengo. Foto de Alexandre Macieira/Riotur

Mocidade Independente de Padre Miguel no palco. Foto de Alexandre Macieira/Riotur
Copacabana, o entardecer antes da virada. Foto de Fernando Maia/Riotur


2018: Salve, Iemanjá. Fotos de Alexandre Macieira/Riotur

domingo, 31 de dezembro de 2017

Mr. Trumpinóquio...

De Carl Bernstein, repórter que ao lado de Bob Woodward apurou o Caso Watergate e implodiu Nixon, à CNN:

- "Não há motivo para acreditar em quase tudo o que Donald Trump diz, porque o que sabemos é que o presidente dos Estados Unidos e sua Presidência se caracterizam acima de tudo pela mentira". 

Agora vai! Segundo a Piauí, a Nasa vai levantar a imagem do picolé de chuchu


por Ed Sá 

Brizola faz falta. O gaúcho era bom em cravar apelidos nos políticos. E apelidos que levavam uma mensagem.

Entre outros, Gato Angorá (Moreira Franco), Sapo Barbudo (Lula), Rui Barbosa em Compotas (Paulo Brossard). Picolé de Chuchu para Alkmin, mas acho que é obra de José Simão. Marco Maciel ganhou de João Saldanha a alcunha de Mapa do Chile.  Golbery do Couto e Silva, com conhecimento de causa dos serviços de informação da ditadura, apelidou ACM de Toninho Malvadeza.

Geralmente, esses apelidos "pegavam".

A Lava Jato revelou muitas alcunhas em listas de empreiteiras, mas ficaram registradas nas fichas policiais e não caíram na boca do povo. Apareceram nas delações Anão (ACM Neto), Amigo (Lula), Fodão (Eliseu Padilha), Boca Mole (Heráclito Fortes), Bolinha ou Pescador (Anthony Garotinho), Kibe (Gilberto Kassab) etc.

Faltou Brizola em 2017: Luciano Huck, Gilmar Mendes, Bolsonaro, Carmen Lúcia, Henrique Meireles, Moro, Bretas, João Doria, Dodge, Barbosa, Geddel, Cunha e Aécio, para citar alguns,  estão à espera de apelidos "super bonder", aquele que cola na currículo das figuras e até na urna de votação.

Na última edição do ano, La Nacion revela que Argentina copia o "Modo Temer" de comprar votos


As últimas primeiras páginas de 2017...


BRASIL 





PORTUGAL


 ITÁLIA


ESPANHA


ESTADOS UNIDOS 





FRANÇA


VENEZUELA


Austrália abre as comemorações de 2018 e Donald Trump quer saber porque não "America First"


Donald Trump não entende de clima, não acredita em aquecimento global e decreta que o inverno rigoroso e nevascas provam que o planeta não está esquentando e ambientalistas mentem. O empresário-presidente confessou aos seus assessores que sempre achou que o Ano Novo começava na Times Square, em Nova York, e não entendia porque os australianos "se antecipam".
VEJA SYDNEY, AUSTRÁLIA, "ANTECIPANDO" A CHEGADA DE 2018, CLIQUE AQUI

sábado, 30 de dezembro de 2017

José Louzeiro, o jornalista e escritor que investigava crimes e descobria a vida que as tragédias escondiam

por José Esmeraldo Gonçalves

A Globo News noticia que José Louzeiro morreu dormindo, aos 85 anos. Um fim típico do maranhense generoso e sereno e com jeitão de poeta da sua terra.

Como jornalista, o material de trabalho do Louzeiro foi o drama humano, através de incontáveis reportagens policiais. Eu o conheci em 1976, na Fatos & Fotos. Louzeiro estava lançando o livro "Lúcio Flávio, o passageiro da agonia". No ano anterior, fiz para a F&F a cobertura do assassinato do então mais famoso bandido do Brasil, morto na prisão, e, logo depois, uma matéria exclusiva com a sua família, que me mostrou quadros que ele pintou na cela durante os últimos meses de vida.

Lúcio Flávio foi o assunto da nossa primeira conversa. Voltei a encontrar Louzeiro em outras redações, na Manchete, na Fatos e em vários veículos pelos quais passei em mais de 45 anos de carreira.

Louzeiro costumava dizer que o livro sobre Lúcio Flávio era um romance, embora tudo o que o leitor encontrasse na suas páginas fosse absolutamente autêntico.

Era sua marca contar o crime com estilo e extrair a vida que a repercussão e o sensacionalismo escondiam em casos como o da menina Aracelli, estuprada e morta por grã-finos de Vitória (ES), a tragédia de Claudia Lessin Rodrigues e o drama do menino Pixote e tantos outros.


A Fatos & Fotos publicava em 1976 o encarte semanal "um best seller em meia hora de leitura". Era um resumo dos últimos lançamentos. Louzeiro pensou mais como jornalista do que como escritor e autorizou sem problemas a condensação do seu próprio e recém-lançado romance, isso por achar que alcançaria ainda mais leitores, aqueles que não tinham tempo para ler o livro inteiro.

Por ser um repórter investigativo, quando o rótulo não era exceção e estava naturalmente implícito ao bom jornalismo, foi vítima da censura ao longo da ditadura. O livro "Aracelli, meu amor" sofreu com a tesoura do regime a pedido dos advogados das famílias influentes dos acusados. O crime - a menina foi drogada, estuprada e carbonizada - está impune até hoje. Os réus foram condenados em primeira instância, posteriormente a sentença foi anulada e, por fim, foram absolvidos. O desfecho surpreendente deve ter sido uma frustração para o jornalista e escritor que transmitiu em suas reportagens e em  livro toda a sua indignação sobre o bárbaro crime.

Na abertura da censurada  "O Marajá", da Rede Manchete, o...

...crédito dos autores e a referência aos caras-pintadas. As fitas da novela jamais exibida sumiram. A abertura
e algumas cenas podem ser vistas no You Tube. 

José Louzeiro talvez não imaginasse que a censura ainda o perseguiria mesmo após o fim da ditadura. Depois de escrever para a Rede Manchete, as novelas "Corpo Santo" e "Guerra sem Fim", ele criou com Eloy Santos "O Marajá" baseado no folhetim burlesco que foram os acontecimentos que levaram ao afastamento de Collor de Mello e seus saltimbancos. A minissérie iria ao ar em 1993 e já estava divulgando chamadas quando foi vetada pela Justiça a pedido do ex-presidente. Em um primeiro momento, as fitas gravadas teriam sido guardadas no cofre do próprio Adolpho Bloch. Após a morte do dono da Rede Manchete, em 1995, "O Marajá" foi dado como desaparecido.

Se existe vida após a morte, é capaz de o amigo Louzeiro investigar esse mistério lá de cima, agora sob o ângulo de quem tudo vê e ao lado de fontes que tudo sabem.

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

ÁLBUM DA MANCHETE • Dez anos separam as duas Santas Ceias


Por Roberto Muggiati



• 1977 – Da esquerda: Alberto de Carvalho, Ivan Alves (o Pato Rouco), Wilson Cunha, Flávio de Aquino, Sammy Davis Jr (papagaio-de-pirata, ao fundo), Roberto Muggiati (a caráter), Heloneida Studart, R. Magalhães Jr., Wilson Passos, Argemiro Ferreira, Pedro Guimarães, Ney Bianchi de Almeida, Carlos Heitor Cony, Irineu Guimarães.


• 1987 – Da esquerda: Lorem Falcão, Murilo Melo Filho, Nelson Gonçalves, Raul Giudicelli, George Gurjan, Eduardo Francisco Alves, Roberto Muggiati, José Egberto, Alberto de Carvalho, João Américo Barros, Wilson Passos, Sérgio Gonçalves. Na extrema esquerda, ao fundo, David Klajmic e Ney Bianchi em altos conchavos. Atrás do Wilson Passos, na divisória de vidro da redação, dá para ver o nome da Manchete em letras de ouro a que me referi em matéria recente, 1968-2000 – A Manchete no Russell.


Algumas analogias e contrastes. A primeira foto foi feita no 804, a segunda no prédio novo, o 766. Da primeira, restam quatro sobreviventes: Wilson Cunha, eu, Argemiro e Cony; o Sammy, talvez. Da segunda sobraram o Murilo, eu, o Egberto, o Barros e o Serginho.

Na primeira foto, eram treze à frente da mesa, mas não havia nenhum Judas. Já na segunda havia um Judas, vocês sabem a quem me refiro, e o seu assecla, acumpliciados talvez pelo fato de não terem coragem de sair do armário. Ambos já pegaram a barca do Estige e foram direto para o canto mais aquecido do Hades.

Em 1997, quando editei o número comemorativo dos 45 anos da Manchete, não houve foto da Santa Ceia, provavelmente porque não existia mais uma figura central na direção da revista. O que havia era uma troika paulista, que não deixou saudades. 

E, àquela altura, a Bloch já havia iniciado sua descida sem retorno, que culminaria no pedido de falência em 1º de agosto de 2000.


Bye, bye 2017...

Do site da Federação Nacional dos  Jornalistas

Deu no New York Times: Temer queria abrir as portas da cadeia, Dodge tomou a chave.




Memórias da redação: Aventura de Natal na Fatos & Fotos Gente

por José Esmeraldo Gonçalves

Em 1975, a Fatos & Fotos fez uma parceria com a People americana e se transformou em Fatos & Fotos Gente. 

A revista publicava matérias com celebridades americanas e, aqui, replicava o mesmo estilo de perfis e de fotos com as figuras equivalentes brasileiras. Mas não apenas celebridades entravam na pauta. Tal qual a People, a FF/Gente também se interessava por pessoas "normais" que, por algum motivo, desfrutavam dos seus quinze minutos de fama.

Na noite de Natal daquele ano, o adolescente paulista Pedro Antonio, de 16 anos, que vivia nas ruas do Rio e se virava trabalhando em obras ou ajudando ambulantes na Central do Brasil, pulou o muro do pátio de manobras do antigo aeroporto do Galeão, escondeu-se sob uma lona, aguardou os passageiros e, na primeira chance, subiu a escada e embarcou como clandestino em um DC-10 da Varig. Escondeu-se no banheiro e ocupou uma poltrona logo depois da decolagem. Só descobriu o seu destino quando o piloto anunciou o tempo previsto para a chegada em Madri. No aeroporto de Barajas, na manhã do dia 25 de dezembro, foi abordado por um funcionário, mas escapou quando era levado para averiguação.

A aventura de Natal do menino brasileiro, que perambulou pela cidade até ser localizado, repercutiu nos jornais. Era um personagem perfeito para a Fatos & Fotos Gente naquela semana. Pedro Antonio comoveu até as autoridades espanholas, ganhou roupas, foi logo liberado e embarcado de volta para o Rio, onde ficou sob a guarda do Juizado de Menores. Levei um bom tempo para convencer o juiz Antonio Campos Neto a permitir a entrevista. Ele entendeu que nossa matéria não mostraria o menino como um "delinquente" ou "infrator", o foco seria a aventura de Natal, e deu OK. Conversei com o viajante, que se mostrou inteligente e articulado e contou sua jornada com alguma dose de imaginação. Após ouvir os argumentos do fotógrafo Hugo de Góes - que precisava fazer algumas fotos no aeroporto - o juiz autorizou o menino a voltar ao velho Galeão.

As primeira fotos, como pode ser visto na reprodução da matéria (abaixo), foram feitas no interior da Rural Willys da reportagem. Mostrá-lo ao lado de um jato era a foto obrigatória de abertura, mas a segurança do Galeão não permitiu. A outra opção, banal, era fotografá-lo com a fachada do aeroporto ao fundo ou ao lado do muro da Estrada do Galeão, de onde era possível ver alguns aviões no pátio. Ao chegar perto do muro, tomamos a decisão temerária de pulá-lo, como o menino o fizera. Havia uma guarita bem distante, talvez não fôssemos vistos. Naquela hora nem pensamos nas possíveis consequências. Escalamos a parede, o menino posou e Hugo de Góes fez a foto que queria. Pareceu moleza. O "clandestino" tinha razão. "Foi fácil chegar à Espanha. Difícil foi uma viagem que fiz de Brasília para o Rio. O motorista me descobriu escondido no ônibus e queria me dar um pau. No avião, o pessoal é educado", concluiu o aventureiro do Natal.

A matéria foi publicada na primeira edição de 1976 há quase  - e inacreditáveis - 42 anos.



Fatos & Fotos Gente, janeiro,1976. Reproduções. Clique nas imagens para ampliar.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Viu isso, Romário? Um boleiro na Presidência: ex-craque George Weah ganha eleição na Libéria

Reprodução The Gãuardian
por Niko Bolontrin
Ex-jogador do PSG, do Milan, do Manchester City e do Chelsea, George Weah foi eleito presidente da Libéria com 61,5% dos votos.

Ele foi o único africano a ganhar, até hoje, a Bola de Ouro da Fifa.

O problema é Romário, Edmundo, Sheik, Renato Gaúcho, Felipe Melo, Adriano, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Muralha se empolgarem em repetir a dose por aqui em 2018.

Já viu? Em anúncio da revista Condé Nast Traveller 70 pessoas de 70 países imitam gestos e falas dos americanos...



CLIQUE AQUI 

Revistas fazem campanha para valorizar o jornaleiro

Editoras de revistas (Abril, Alto Astral, Caras, DJ, EdiCase, Ediouro, Escala, Europa, Globo, Pais & Filhos, Três e Radh) participam de uma promoção de verão "Juntou, Trocou" da Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER), em parceria com a distribuidora Total Publicações. 

A campanha começa em janeiro. As revistas que se reúnem nessa ação de marketing terão nas capas o logo da promoção e um selo no código de barras. O leitor deverá juntar três selos de cores diferentes e colar na cartela que vem dentro dos exemplares.

Com isso, terá direito a uma nova revista. A promoção vai até março de 2018. A intenção é estimular o leitor a voltar às bancas de jornais de todo país.
MAIS DETALHES NO SITE DA TOTAL PUBLICAÇÕES, CLIQUE AQUI

No lugar certo, na hora exata. Foto dos casais reais garante o Natal de mãe solteira britânica...


por Jean-Paul Lagarride
A britânica Karen Anvil foi à missa de Natal na Igreja de Santa Maria Madalena, em Sandringham, e saiu com uma das fotos mais visualizadas no mundo neste fim de ano. Ela fez o que as agências de fotografia estavam à caça: uma imagem casual de William, Kate Middleton e o novo casal Meghan Markle e Harry. Karen explicou que se surpreendeu ao ver o grupo caminhando em sua direção, apontou o celular e gritou "Feliz Natal!" O quarteto, que já ganhou o apelido de "fab four", não teve como não olhar e sorrir. Ao publicar a foto no twitter, ela recebeu elogios e o conselho dos próprios fotógrafos da família real: registrar logo os direitos da foto. De fato, choveram propostas em seguida. Uma agência adquiriu e vários jornais, como The Independent, abaixo, publicaram a imagem. Karen, que é mãe solteira, afirmou que o dinheiro será útil para pagar a faculdade da filha..





Leitor paga multa porque falou que jornal estava "uma merda"

por O.V.Pochê

Se por acaso você estiver lendo um jornal qualquer e achar que o dito está muito ruim, não fale isso em voz alta. Jamais diga ou escreva em rede social "esse jornal hoje tá uma merda". Um advogado lia a Gazeta, de São Bento do Sul, quando se indignou com uma matéria que transcrevia a opinião do escritor Umberto Eco de que "as redes sociais deram voz a uma legião de imbecis" e foi desabafar no Facebook. O leitor escreveu que o jornal era útil para seus cachorros nele depositarem fezes e xixi e, quando isso acontecia, havia "uma simbologia" em ver "merda misturada com merda". Um juiz condenou o advogado a indenizar o jornal em 10 mil reais. A informação está no DCM.

Com o Brexit, Grã-Bretanha apaga a União Europeia dos passaportes. E o documento brasileiro continua incluindo a caricatura de "comunidade" Mercosul na capa. É mico!


por Jean-Paul Lagarride

A Grã-Bretanha se prepara para mudar o passaporte. Como uma das numerosas mudanças provocadas pelo Brexit, o documento de capa vermelha com a referência à União Europeia será aposentado e voltará o antigo, em azul.

No passaporte brasileiro, Mercosul é tosca caricatura da União Europeia. 
O Brasil deveria se inspirar no exemplo e eliminar a referência ao fracassado Mercosul nos passaportes nacionais. É um mico internacional. Primeiro, o Mercosul é um tratado comercial e não uma comunidade de nações. E nem como união aduaneira funciona plenamente. Além de incluir o nome da falsa "comunidade", o Brasil eliminou o brasão da República e botou na capa do passaporte as cinco estrelas que simbolizam os países da união aduaneira Mercosul. Algum burocrata viajou com dinheiro público à Europa e se encantou com a ideia de imitar o documento europeu, provavelmente ignorando que quando era apenas um tratado econômico a União Europeia não alterou a designação de origem nas capas dos passaportes.
O passaporte dos "hermanos" também
paga o mico do Mercosul

O Mercosul foi gestado durante o desastrado governo de José Sarney e oficializado no igualmente esculhambado governo Collor. O que explica o monstrengo. Nunca decolou de fato, serve para governantes posarem para fotos de "estadistas" quando se reúnem ao som de La Cucaracha. Ou pra igualar seus portadores como potenciais usuários da revista íntima em aeroportos.

Praticamente nada aconteceu nas trocas comerciais entre o Brasil e alguns países da América do Sul que não tivesse acontecido se o Mercosul não existisse. E ainda criaram o Parlatino (cujo nome incorpora ingenuamente a expressão racista aplicada aos sul-americanos), que não funciona e é apenas uma caricatura do Parlamento Europeu.

Hoje, o Mercosul é uma pesada âncora que impede o Brasil de assinar acordos comerciais bilaterais com a União Europeia. Pelo tratado, ou todos assinam ou ninguém. Ou seja, é o abraço dos afogados ou dos borrachos. 

O nome Mercosul deveria constar apenas dos passaportes do políticos e autoridades. Estes sim indicados para a fila do scanner que flagra dólares escondidos nas cuecas públicas.