terça-feira, 13 de junho de 2017

Passaralho político - Chargista do jornal da Tarde é demitido após ironizar "intocáveis" acusados de corrupção



Osmani Simanca, cubano naturalizado brasileiro, foi demitido pelo jornal A Tarde. Ele já vinha sofrendo pressões e advertências para "não mexer em determinados nomes e personagens". O chargista, que é premiado internacionalmente, publicou no Facebook a seguinte nota sobre o passaralho político que o atingiu.

"Serei sempre muito grato pela oportunidade que tive, quando há mais de 15 anos comecei a trabalhar em “A Tarde”, periódico com uma tradição jornalística de mais de 100 anos. Foi sem dúvida uma honra publicar, aprender e aperfeiçoar-me com meus caros colegas e amigos. Durante minha estadia no diário ganhei importantes prêmios nacionais e internacionais e meus desenhos publicados originalmente em “A Tarde” foram, frequentemente, reproduzidos por outros jornais e revistas ao redor do mundo.

Depois da penúltima mudança na direção do jornal comecei a ser questionado sobre o conteúdo das minhas charges, sendo algumas delas censuradas. Estes desenhos proibidos foram reproduzidos com grande sucesso em outras mídias. Havia muito tempo que textos e matérias completas dos meus colegas eram cortados, mas não a charge. A charge era um pequeno oásis num deserto de tesouras.

É difícil ter liberdade sem independência econômica. A maior parte da imprensa sempre dependeu da propaganda dos governos. Isto não seria problema caso estes governantes não pressionassem jornais e jornalistas, e se jornalistas e jornais democráticos não se deixassem pressionar para escrever elogios ou críticas desmerecidas. Nosso rumo deve ser sempre definido pela ética e pela virtude, coisas raras nestes tempos sombrios, cheios de ódio e intolerância. Dizia Joseph Pulitzer: “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”.

Com a última mudança na direção do jornal, as pressões aumentaram ao ponto que tive que explicar o que era uma charge, e qual era o papel da sátira política em uma sociedade democrática e na imprensa livre. Fui indagado sobre quem me dava as pautas ao que respondi que as pautas eram os fatos, os quais pesquisava em profundidade, consultando várias fontes e colocando minha opinião na forma do jornalismo gráfico, caracterizado pela charge ou caricatura política. Fui advertido para não mexer em determinados temas e personagens, uma tarefa impossível no meio da putrefação política e ética em que se encontra o Brasil.

Quero agradecer às demonstrações de solidariedade de meus colegas, amigos e leitores por referencia a minha demissão sem justa causa e cuja verdadeira causa, de maneira resumida, expliquei neste texto.

Termino aqui, com este pensamento de Eurípedes:

“Todo o céu é da águia o caminho, 
Toda a terra é do homem nobre a pátria”

Osmani Simanca

Avaí x Flamengo: a polêmica do pênalti marcado e desmarcado respinga no SporTV

por Niko Bolontrin

Todo mundo viu. Com o jogo Avaí 1x1 Flamengo, o árbitro Paulo Vollkopf marca um pênalti contra o rubro-negro. Uma confusão se instala em campo, jogadores do Flamengo pressionam o juiz, e quase três minutos depois, ele consulta o auxiliar da linha de fundo e desmarca a penalidade. O apito e o desapito foi o assunto das redes sociais. O SporTV, antes mesmo de rodar o replay, opinou que o pênalti não existiu. Após a repetição da cena em ângulo mais fechado, viu-se que o atleta do Avaí, Diego Tavares, não foi empurrado, mas teve o braço preso e aparentemente puxado pelo adversário (Everton) enroscado ao seu corpo. A demora em ouvir o auxiliar levantou a suspeita de interferência externa na decisão, o que é vetado pela FIFA. E não é o primeiro caso em que burla pode ter acontecido no futebol brasileiro. As redes sociais logo divulgaram o vídeo em que o narrador do SporTV, Luís Roberto, supostamente diz, logo após a marcação do polêmico pênalti,  "ih, vai consultar a gente de novo".  Luís Roberto desmentiu e alegou que sua fala foi, na verdade, "ih, vai consultar gente de novo", sem o artigo. O narrador atribui a repercussão a um "teoria da conspiração". Em todo caso, o Avaí pediu investigação da suspeita de interferência externa à arbitragem na desmarcação do pênalti em favorecimento ao Flamengo.


VEJA O VÍDEO QUE GEROU SUSPEITA DE INTERFERÊNCIA EXTERNA 
NO JOGO AVAÍ X FLAMENGO. CLIQUE AQUI

Cid Moreira: aos 89 anos, e atualmente "âncora" da Bíblia, ele adota cães abandonados e visual de profeta...


por Clara S. Britto 

A foto acima, que mostra Cid e Fátima Moreira, foi publicada no Facebook da ONG Dog's Haven, sediada em Petrópolis, que cuida de animais abandonados e promove campanhas de adoção.

O casal acaba de adotar três cachorros que estavam abrigados a instituição.

Não apenas pelo gesto louvável elogiado por centenas de internautas, a foto de Cid, de barba, ao 89 anos, ao lado da jornalista Fátima Moreira (que é autora da biografia do ex-âncora do Jornal Nacional), bombou na internet. Cid, que há alguns anos se dedica com grande sucesso a gravar salmos e textos sagrados, adotou, digamos, um visual bíblico.

domingo, 11 de junho de 2017

Juiz condena homem que difamou Fernanda Young, mas diz na sentença que por ter posado nua escritora tem "reputação elástica"


Deu no Conexão Jornalismo.
O juiz Christopher Alexander Roisin, da 11ª Vara Cível de São Paulo condenou o pernambucano Hugo Leonardo de Oliveira Correa, que atacou a roteirista e escritor através de um perfil falso na rede social.

Em 2015, ele a ofendeu e perseguiu no Instagram, chamando-a de "vadia lésbica" e outros termos.

Há poucos dias, a Justiça condenou o agressor a pagar 5 mil reais de indenização. O juiz justifica na sentença o valor não tão expressivo com o argumento de a autora ter posado nua, "de modo que sua reputação é mais elástica".

Fernanda se sentiu mais uma vez ofendida, agora com o teor da decisão: "Eu, que sou escritora, fico me indagando o que significa uma reputação elástica. Tenho uma vida familiar discreta, sou casada há 24 anos, tenho quatro filhos. Essa "reputação elástica" não pode ser resultado de uma análise de assédio virtual ou verbal", diz ela, que vai recorrer .
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO CONEXÃO JORNALISMO, CLIQUE AQUI

Leitura Dinâmica: Gotham City decreta luto oficial... Batman morreu





por Ed Sá
Adam West, o Batman dos anos 1960, morreu ontem, aos 88 anos, em Los Angeles. Segundo a família, "após um batalha curta mas corajosa com a leucemia".
Para ilustrar uma reportagem sobre o ator, a Time foi buscar uma capa da revista Life, de 1966. Era o auge da popularidade de West, ano em que o seriado chegou à TV.




O cineasta Kevin Smith, que é roteirista de quadrinhos, postou no Instagram: "Oh Batman, meu Batman! Estou de pé na minha cadeira para homenagear #adamwest - o homem que era a imagem da Justiça e me fez querer ser uma boa pessoa quando eu era menino". 
No Brasil, o seriado foi exibido pela TV Tupi. E coube à EBal lançar aqui revista em quadrinhos com o herói da garotada. Ele apareceu pela primeira vez em uma publicação de 1947, junto com outros personagens. Em 1953, ganhou uma revista exclusiva (reprodução acima).



Boni pede demissão de Conselho de Turismo e revela que Prefeitura do Rio ameaça atravessar o samba no Carnaval 2018...

Reprodução
O Carnaval é um dos principais produtos culturais e turísticos do Rio de Janeiro.

Entre blocos e Sambódromo - aí incluídos os dias de ensaios abertos - e quadras das escolas com shows a partir de outubro, a festa atrai milhões de pessoas (em 2016, apenas nos dias de carnaval propriamente dito, foram 5 milhões de foliões) e gera receitas com turismo em torno de R$ 3 bilhões.

Tudo isso está em risco.

Convidado pelo prefeito Crivella, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, participava de um Conselho de Turismo que pretende contribuir com projetos para melhor aproveitamento do potencial do setor, no Rio.

Na semana passada, Boni, decepcionado com o marasmo, se desligou do Conselho. "Queria fazer inovações, mas não acontece nada, ficará tudo como está ou pior", confessou o empresário à coluna Gente Boa, do Globo.

Boni conhece carnaval e foi o responsável pela parceria entre as escolas de samba, representadas pela Liesa, e a TV Globo, que, queiram ou não, foi acordo fundamental para o crescimento do evento a partir da década de 1970.

A Globo, no ritmo dos seus interesses comerciais e de entretenimento, claro, entrou com uma extraordinária divulgação dos desfiles; e as escolas profissionalizaram o evento embaladas pelo talento de nomes como Joãozinho Trinta, Fernando Pamplona, Rosa Magalhães, Laíla, Max Lopes, Arlindo Rodrigues, Renato Laje, Paulo Barros, Leandro Vieira e tantos outros.

As revistas Manchete e Fatos & Fotos também tiveram participação histórica na valorização do carnaval, isso desde anos 1950 e 1960, com amplas coberturas. Em 1984, inauguração do Sambódromo, a Globo, então fazendo violenta oposição ao governo Leonel Brizola, não quis transmitir os desfiles. A Rede Manchete agradeceu, pediu passagem, ficou com a exclusividade naquele ano, registrou grandes audiências e ainda mostrou a Mangueira campeã. No ano seguinte, Boni colocou a Globo de volta na avenida em parceria com a Rede Manchete. Esse acordo durou vários anos. As revistas Manchete, Fatos & Fotos, Amiga e a Rede Manchete dividiam uma área de conteiners de produção no Sambódromo com a Rede Globo e, certamente, muitos repórteres do grupo Bloch viram o Boni em campo, na pista e na concentração, comandando pessoalmente a cobertura global.

Além de uma reconhecida paixão pelo carnaval, o então todo-poderoso da Globo tinha entre seus amigos alguns dos mais famosos patronos das escolas de samba. Jamais escondeu isso. Com els, dividia mesas na Plataforma, uma espécie de templo carioca encravado no Leblon.

Por tudo isso, no Conselho de Turismo de Crivella, Boni era o PhD do carnaval.

Já estamos em junho e se Crivella não disse a que veio nem em relação à própria administração e parece indeciso entre ser prefeito e orar em missão religiosa no exterior, porque daria atenção ao Carnaval? O prefeito sequer recebeu os representantes das escolas. No momento, os trabalhos na Cidade do Samba estão paralisados, o sorteio da ordem dos desfiles pode ser suspenso, funcionários foram demitidos, e não se sabe quanto será investido em forma de subvenção (e esse investimentem torno de 60 milhões de reais é um dos motores dos cerca de 3 bilhões que a cidade fatura, com turismo, consumo e serviços, durante o Caraval). Os blocos, também protagonistas da festa, têm queixas, a Riotur promete mudanças, mas a indefinição é o enredo do momento  em todas as alas.

Foi esse quadro de falta de transparência, excesso de burocracia, influências políticas e amadorismo que Boni, sem fantasias, colocou na rua.


Esgoto a céu aberto

Ar irrespirável: o jatinho da JBS que fez o voo da mentira. Reprodução


Foi uma semana fecal.

Houve a revelação de que Temer fez um voo-jabá no jatinho da JBS e o ilegítimo agora mais ilegítimo do que nunca negou a carona suspeita, mentiu, mas os fatos, esses desnaturados, desmascaram o elemento; o TSE (nas redes, internautas dão à sigla novas versões: "Tribunal Sem Ética", "Tribunal Sem Eleitores" ) escreveu cuidadosamente , como estava previsto e com o mesmo dedo oculto do passageiro que fez check in no jatinho, uma das páginas mais abjetas da história do Brasil; a Veja denunciou que o Planalto acionou a Abin para espionar o ministro do STF, Edson Facchin. E, como parte da estratégia para melar investigações sobre recebimento de propina, entre outras acusações, Temer também ajudou a  jogar um pouco mais de vergonha sobre certas figuras do jornalismo dominante ao plantar na mídia, com a ajuda de dois ou três colunistas amigos, fake news segundo a qual o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, havia pedido ao STF autorização para grampear Temer. O golpista nega a acusação, mas coincidentemente, nas últimas semanas, os mesmos rapazes e moças da press deram divulgação a supostas irregularidades cometidas por Facchin no exercício da advocacia, no passado, como um explícita tentativa de levantar dados para impedir o juiz de julgar os processos contra o Temer. Não saiam às ruas sem usar suas máscaras contra flatulências, especialmente se morar em Brasília: o poder e seus penduricalhos estão sem fraldas.


A título de ilustração, verifique aqui como as semanais traduziram a semana fecal que abalou o Brasil.

A Veja dramatiza a reação de Temer, que parte pra guerra
com suas armas de desmoralização em massa
A Época registra o flagrante da submissão do TSE.
A Istoé rasteja na crise
e tenta alvejar um "inimigo" de Temer 




quarta-feira, 7 de junho de 2017

Isso pode, Arnaldo? - Segundo o Observatório da TV, a Globo está cortando o vale-transporte internacional de Galvão Bueno



(do Observatório da TV)

Principal narrador esportivo da Globo e ligado a duas das principais atrações da emissora no departamento de esportes, Galvão Bueno vem perdendo regalias no canal carioca. As informações são da jornalista Keila Jimenez.
De acordo com a colunista, Galvão tem transmitido quase todos os eventos internacionais de dentro do Brasil, por conta da redução no número de viagens antes proporcionado pela emissora. Em épocas de crise e devido ao fato de a Fórmula 1 não render mais tanta audiência, os gastos com a cobertura feita diretamente do exterior passaram a pesar. Com narrações feitas em estúdio no Brasil, agora apenas repórteres viajam para cobrir os prêmios de Fórmula 1 ao redor do mundo.
No futebol, também houve diminuição de verbas para viagens. Em 2015, Galvão esteve em Berlim, na Alemanha, para narrar o jogo entre Barcelona x Juventus, pela final da Liga dos Campeões da Europa. Já em 2016, o narrador não foi enviado para a final em Milão, na Itália. Neste ano, a final entre Real Madrid e Juventus também não contou com a presença de Galvão em Cardiff, no País de Gales.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO OBSERVATÓRIO DA TV, CLIQUE AQUI

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Publicidade: o drive-thru que vai até o seu carro...


por Rick Rosano

Em vez de você ir ao drive-thru, o drive-thru vai até você. O portal americano de publicidade destacou nessa semana uma campanha brasileira da DPZ & T para o McDonald's. Para comunicar a acessibilidade da marca, a agência construiu uma unidade de drive-thru que vai até o seu carro.

A campanha foi divulgada em 25 de maio, o 1° Dia Drive no Brasil, uma ação de marketing da cadeia de fast food. O filme foi "uma forma irreverente de lembrar a todos que há um Drive da rede em nosso caminho e em qualquer lugar do Brasil", explicou Sergio Mugnaini, diretor-executivo de criação da DPZ&T.

Claro que as leis do trânsito vetariam essa lanchonete ambulante no meio da avenida, mas valeu pela originalidade. E até que quebraria um galho.

VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

Site reúne grampos da política brasileira. É um "House of Cards" em tempo real



por Niko Bolontrin 

Dois publicitários tiveram a ideia de reunir em um site sem fins lucrativos os grampos da Polícia Federal. A crise política brasileira, como se sabe, deixa as tramas do Capitólio, em Washington, na segunda divisão. E as gravações "Os Clássicos da Politica Brasileira" lembram um House of Cards mais tosco mas ao vivo.
Os autores da coletânea falaram ao site Blue Bus, que revelou a novidade. "O projeto nasceu da necessidade de encontrar todos os grampos da PF em uma única plataforma’’, disse Alex Villena. Jean Guelre, o co-fundador, completou: ‘‘Mesmo com todos os escândalos recentes ainda existem pessoas que não fazem ideia do que está acontecendo no país. Apenas organizamos os áudios para as pessoas ouvirem e formarem suas opiniões’’.

Você pode conhecer Os Clássicos da Política Brasileira e ouvir o grampo da sua preferência clicando AQUI 

Cinema fake news... o triunfo das vontades...

por O. V. Pochê

Sinal dos tempos. O Cinema Novo já passou nas telas, assim como a Itália teve o Neorrealismo e a França a Nouvelle Vague. O movimento cinematográfico mais em evidência no Brasil atualmente é o Neocoxismo Brasileiro.

Dizem que os cineastas integrantes desse fascio cultural não têm, aparentemente, problemas em levantar vultosos recursos para suas produções, embora, em pelo menos um dos filmes, os financiadores tenham preferido ficar ocultos, sabe-se lá porque, em uma espécie de caixa2 da humildade e contra a notoriedade.

O Neocoxismo já ostenta várias produções sob temas que vão da Polícia Federal, passando pela Lava Jato, plano econômico, a vida e obra do guru da direita Olavo de Carvalho etc. Vêm aí longas sobre o "papa" do fundamentalismo evangélico, o chamado "bispo" Macedo, sobre os "erros médicos" que teriam matado Tancredo Neves (não se sabe se haverá a participação de Aécio Neves) e sobre a epopeia do milionário Eike Batista.

Roteiristas com histórias no sovaco já batalham pela captação de patrocínio para filmes épicos sobre temas e personagens em voga no Brasil conservador. Aécio mesmo seria protagonista de uma das produções temporariamente adiada.  A ideia é que vários desses filmes entrem em cartaz no ano que vem, no calor das campanhas eleitorais. Um deles, que tentaria "humanizar" o Bolsonaro, já teria até um título: "O bruto também ama". Outro roteirista pesquisa a vida do Dória, tendo como paralelo a biografia e o twitter de Donald Trump. Haveria até em estudo um desenho animado crítico sobre Dilma, onde a ex-presidente apareceria como uma espécie da Cruella da política.  Estão na pauta para longas o próprio Temer que teria sua vida contada em "O menino do Tietê"; e a saga de Aloísio Nunes Ferreira, o tucano ex-guerrilheiro, inspiraria "Você é a doença eu sou a cura".

Um roteiro que tem sido bem recebido na Fiesp, que já foi denunciada por financiar a repressão, é um que "desmistifica" a tortura nos tempos da ditadura. Estaria também em fase de captação, mas já tem galá protagonista, estrela da Globo escalada e nome, é uma comédia: "Só DOI quando CODI", que pretende ser o primeiro blockbuster dos cineastas do Neocoxismo.

O diretor Josias Teófilo, que tem no seu currículo o filme sobre o guru da direita Olavo Carvalho, está, segundo o Diário de Pernambuco, trabalhando na produção de um documentário sobre o humorista Danilo Gentili. O longa pretende denunciar ao mundo o holocausto do humor cometido pelos vilões do politicamente correto.

Os cineastas do Neocoxismo também estão trabalhando ativamente para lançar nos próximos anos  séries on demand. Algumas estão em fase de procura de cast: "Milagre, a divina cura gay; uma minissérie-documentário sobre "Escola sem Partido", mostrando como o ensino distorcido leva alunos à cracolândia; "Sem terra e sem vergonha", sobre militantes latifundiários; e "Trabáia, trabáia, negro", longa que vai denunciar que a escravidão não existiu.
   

Do Meio&Mensagem: CBF TV entra em campo

(do Meio & Mensagem)
Os próximos amistosos da Seleção Brasileira, em 9 de junho contra Argentina e 13 de junho com a Austrália, não serão exibidos pela Globo. Na tarde dessa segunda-feira, 29, a emissora confirmou que não chegou a um acordo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).  Os jogos serão veiculados na TV Brasil e, de acordo com a Folha de S.Paulo, no Facebook.
O Facebook não comentou o caso, mas afirmou em nota que “experiências iniciais com eventos esportivos têm trazido grandes resultados para os fãs, radiodifusores e detentores de direitos. Trabalhamos com nossos parceiros para ajudá-los a alcançar seus objetivos de negócios, atingir novas audiências, monetizar seus conteúdos e experimentar formatos de transmissões interativas, sociais e com foco em mobile.”
Mesmo posicionamento dado ao Meio & Mensagem em abril, durante questionamentos sobre propostas oferecidas aos clubes Atlético Paranaense e Coritiba, que protagonizaram a primeira transmissão de um clássico pela internet.


LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO MEIO & MENSAGEM, CLIQUE AQUI

Mercado de luxo do Rio perde dinheiro sujo e entra em crise... E conheça aqui a agência independente de jornalismo investigativo que revelou há seis meses alguns petiscos do menu da corrupção

Reprodução Sportlight
Há quase seis meses, o site de jornalismo investigativo Sportlight, divulgou uma grande reportagem sobre o vertiginoso sucesso de um empresário ligado a Sérgio Cabral e membro destacado do elenco da "Turma do Guardanapo" e da "República de Mangaratiba".

Marco Antonio de Luca, o empresário guardanapeiro,  é um dos proprietários de uma "joia" cravada em plena orla do Leblon: o super quiosque de luxo Riba, uma espécie de point dos coxinhas.

O Riba, que tem mais três filiais, é apenas parte do "império" Luca, do qual fazem parte as empresas de alimentos Masa e Milano, principais fornecedoras de refeições e merendas para a prefeitura e o estado do Rio de Janeiro.

O empresário finalmente caiu na Lava Jato e foi preso na última quinta-feira pela Polícia Federal.

A reportagem do Sportlight era sustentada por documentos, mas, curiosamente, a grande mídia chegou atrasada ao caso que envolve o Riba ou não achou que merecesse espaço. Ponto para o Sportlight que, em janeiro, mostrou o cardápio suspeito do quiosque chique que, ironicamente, tem entre sua clientela muitos dos manifestantes champanhotas que foram para as ruas com a camisa da CBF pedindo o "fim" da corrupção. A investigação prossegue e muita sujeira ainda pode aparecer debaixo dos croquetes.


O Globo publicou ontem matéria sob o título "Efeito Lava-Jato esvazia mercado de luxo do Rio".  A reportagem focaliza restaurantes, especialmente. Mas, além da crise e dos problemas de segurança que afetam o Rio, grande parte do segmento comercial que atende ao chamado topo da pirâmide social entrou em parafuso por um motivo mais relevante: virou chave de cadeia. Acontece que ex-ilustre parcela da população que sustentava o milionário mercado de luxo está mais suja do que valão de esgoto da Baixada. Muitos restaurantes, joalherias, imobiliárias, agências de automóveis, locadoras de helicópteros e jatinhos, representantes comerciais de lanchas e grifes de moda sofisticada acusam, literalmente, o golpe. Conhecidos políticos e empresários, seus clientes, estão presos, investigados ou com contas bloqueadas. A prisão ou o afastamento de muitos corruptos e corruptores abala toda uma cadeia de beneficiários, desde aqueles que auferiam lucros com o superfaturamento de obras e serviços à estrutura comercial que se beneficiava dos esquemas, direta ou indiretamente, na ponta do consumo.
E esse pessoal trambiqueiro carregava no bolso um atrativo a mais para o mercado de luxo: os fulanos corruptos e suas famílias pagavam em dinheiro. Sujo, mas dinheiro.

Em tempo: o jornalismo independente fica devendo essa à Sportlight.
(Para conhecer outras pautas da agência, acesse AQUI)

domingo, 4 de junho de 2017

Sobrou pro Cristo...

Reprodução The Guardian

por Ed Sá

A Arquidiocese do Rio protestou contra uma charge publicada no jornal inglês Guardian, que mostrou o Cristo Redentor segurando um saco de dinheiro e uma arma.

Uma ofensa a um símbolo de fé e marca do Rio e do Brasil, queixou-se o cardeal Dom Orani Tempesta.

Talvez.

Mas o Cristo do Corcovado é, no caso,  a vítima da associação entre políticos e empresários corruptos, tanto quanto todos nós. Lava Jato, violência acirrada pela crise econômica, tudo está aí traduzido com imediata comunicação. Como seria também uma forte imagem o chargista do Guardian mostrar o Big Ben, hoje, vestindo luto ou envolto em um cinto de bombas, no momento em que Londres sofre mais um brutal atentado terrorista de inspiração fanático-religiosa. Seriam tão somente recursos jornalísticos.

A "ofensa" está nos fatos, não nas charges que os denunciam.

"Jornalismo" à venda: conversa gravada entre Aécio Neves, Moreira Franco e Douglas Tavolaro, sobrinho do "bispo" Macedo, indica negociação para entrevista na Rede Record em troca de patrocínio da Caixa...

(do DCM) 
Conversas entre o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral de Governo) e um executivo da TV Record indicam uma negociação para a emissora ter demandas atendidas pela Caixa Econômica Federal em troca de fazer uma entrevista com o presidente Michel Temer (PMDB).

A conversa, travada entre Aécio e Douglas Tavolaro, sobrinho do bispo Edir Macedo e vice-presidente de jornalismo do grupo, fala em “juntar tudo num pacote e sair”.

Em outra conversa, citando o conhecimento do presidente Temer do pedido da Record, Aécio cobrou o ministro Moreira Franco para “entrar no circuito com o cara da Caixa” e este disse que já tinha encaminhado a demanda da emissora.

Tratava-se de um pedido de patrocínio da Record à Caixa — que foi negado pela área técnica do banco. Segundo a Caixa, foi o próprio Moreira Franco quem encaminhou o pedido da emissora. A entrevista da Record com Temer não foi realizada.

Em mais de um momento, durante um telefonema, Aécio e Moreira Franco dão a entender que há o aval de Temer. Em todos os diálogos, o telefone grampeado é o do senador Aécio Neves. Os grampos foram realizados na noite de 19 abril.

LEIA MATÉRIA COMPLETA E OUÇA A GRAVAÇÃO NO SITE DCM, CLIQUE AQUI

sábado, 3 de junho de 2017

Quinze anos sem o repórter guerreiro • TIM LOPES NASCEU NA MANCHETE



Reprodução timlopes.com.br

por Roberto Muggiati

Da maré humana que escoou por MANCHETE ao longo das décadas, havia aquela que chafurdava nos subterrâneos obscuros da Bloch. Era a raça dos "siris", como eram chamados os contínuos. Camisa azul claro, calça azul marinho, eles percorriam todos os andares da casa e — além dos serviços básicos, como ir aos bancos e pagar as contas dos bacanas — executavam também as mais insólitas tarefas. E envolviam-se nas histórias mais estranhas.

Sammy, à minha direita, na redação
da Manchete, anos 70
Um deles, o Sammy Davis, caolho, muito parecido com o cantor americano, prometeu a Adolpho Bloch que convenceria a dona da casa vizinha ao prédio da Manchete a vender o terreno para ele. Depois de uns cinco anos de conversa, a velha senhora cedeu e Adolpho pôde construir seu terceiro prédio, colado aos outros dois. Se Sammy levou a almejada comissão — de um ou de outra, ou de ambos — ninguém ficou sabendo.

Um contínuo do Justino Martins, o Rosinei, que levava revistas para o escritor francês Jean Genet, hospedado ao lado, no Hotel Glória, acabou virando caso do escritor, homossexual militante, que ficou alguns meses no Rio. Rosinei parece ter gostado da sua nova atividade e também prestou serviços de delivery sexual para uma ex-repórter da Manchete que tinha virado autora best-seller e escrevia suas colaborações em casa.
Contínuo era profissão de alta rotatividade na Bloch. Como o mordomo dos romances policiais, o contínuo era sempre o culpado. E na revista Manchete, o setor mais nervoso da empresa, a toda hora tinha "siri" na fritura. O novo contínuo chegava sempre desconfiado, com o rabo entre as pernas, achando que iria sobrar para ele.

Em meados dos anos 1970 apareceu um destes, o Paulinho, garoto sério, tratando todo mundo de senhor, sem nenhuma intimidade. João Luiz Albuquerque, o chefe de reportagem, já nos primeiros dias falou: "Eu conheço esse cara de algum lugar." E ficou semanas matutando. Um belo dia, com um sorriso de triunfo, João Luiz exibiu um exemplar da coleção de Fatos&Fotos do início dos anos 1960. O nosso Paulinho era o famoso “Pablito Cubano”, menino pobre da Baixada que viajara no trem de aterrissagem de um avião do aeroporto do Galeão até Havana. Recebido com honras de chefe de estado por Fidel Castro, Paulinho foi repatriado e voltou ao Rio de avião, desta vez numa confortável poltrona.

Nos primeiros tempos da nossa masculina mensal EleEla, dirigida por Carlos Heitor Cony, vivíamos o auge do AI-5 e dos Anos de Chumbo. Peitinho de fora, nem pensar! Não eram permitidos nus, as moças apareciam de biquíni, e os textos eram bem comportados. Apesar de toda essa repressão, a ditadura militar exigia ainda a censura prévia. Antes da impressão, as páginas da revista, em arte final, eram levadas pelo contínuo à casa da censora — não sei por que, no caso do EleEla o censor era uma mulher. Certa vez, o Netto, que fazia este serviço, foi recebido pela censora num peignoir transparente. Rapaz sério, recém-casado, Netto — superado o choque inicial — desculpou-se polidamente dizendo que tinha de "fazer os bancos" e voltaria mais tarde.

Foi nesse berço improvável de heróis que surgiu um dia Arcanjo Antonino Lopes do Nascimento, nascido em Pelotas, RS, quarto de doze filhos. Aos oito anos, a família mudou-se para o Rio de Janeiro, instalando-se na favela da Mangueira. Aos vinte anos, em 1970, Arcanjo Antonino encontrou guarida como contínuo no Domingo Ilustrado, jornalão semanal dirigido por Samuel Wainer, que Adolpho Bloch resgatava do exílio parisiense após o golpe militar de 1964.

Reprodução
O rapaz de vinte anos ostentava uma frondosa cabeleira afro, que lhe valeu o apelido de Tim, dado pelo próprio Wainer. Ele abraçou orgulhoso o novo nome – Lopes, Tim Lopes – e passou a usá-lo nas primeiras matérias que fez para as revistas menores da Bloch, no vistoso prédio da Rua do Russell, na Praia do Flamengo. Repórter investigativo, era o que gostaria de ser, o sonho da sua vida. Um sonho que concretizou, para aprender – com a vida – que repórter investigativo é uma profissão de altíssimo risco neste país.



"É Nóis!" : ouça a trilha sonora perfeita para o atual "momento cívico".


por Niko Bolontrin 

...Só mesmo tocando um baita forró! 
Cadeia para os corruptos !

Porque hoje é um sábado - e o mesmo vale para todos os dias - os brasileiros deveriam pegar seu país de volta.

É hora de dar um ponta-pé nos engravatados.

Talvez não haja nada mais deprimente do que ver enfileirados políticos de rabo preso soltando a voz para cantar o Hino Nacional em solenidades onde, sabe-se, depois, fazem conchavos propineiros. Seja lá o que for patriotismo, esses bandidos com mandatos passam longe disso. O hino, nem o país, é deles. É das ruas...

Aproveitando que junho é o més do forró, o povão dos "arraiá" se apropria do seu som.

Em janeiro de 1999, o Bar do Pirata, em Fortaleza, gravou o álbum Forró do Pirata. Uma faixa se destacou: o Hino Nacional em ritmo de forró. A "Casa Grande" reagiu, vozes conservadoras e engravatadas repudiaram o arranjo do sanfoneiro Adelson Viana, com direito a acordes de "Asa Branca", de Gonzagão.

Na época, o Ministro da Cultura, Francisco Weffort, aprovou por telegrama a gravação. Não viu no forró nacional nenhum desrespeito.

Mas o Ministério Público teve um piripaque e entrou na Justiça contra a adaptação forrozeira do hino. Só oito anos depois, o juiz federal José Eduardo de Melo Vilar Filho autorizou a execução daquela versão que já era dançada nos becos e bares do Ceará.


A propósito, o Simpatia Quase Amor, o tradicional bloco de Ipanema, criado durante a campanha das Diretas-Já, nos 80, tem uma tradição: durante a armação, na rua Teixeira de Melo, faz a multidão cantar o Hino Nacional em ritmo de samba. É o Brasil à luz e ao som das ruas, distante das trevas e arrotos dos palácios do Planalto.

OUÇA A SANFONA DE ADELSON VIANA, CLIQUE AQUI

E VEJA O BLOCO SIMPATIA QUASE AMOR CANTANDO O HINO NACIONAL AO RITMO DA SUA BATERIA, CLIQUE AQUI



sexta-feira, 2 de junho de 2017

Os dias da esquerda festiva eram assim, segundo Elizabeth Lebarbenchon, protagonista de uma matéria da Fatos & Fotos em 1968...



Recentemente, Roberto Muggiati, ex-diretor da Manchete e da Fatos & Fotos, publicou no Panis, um texto sobre a fotógrafa Zulema Riba e uma matéria de comportamento feita nos anos 60 em torno da "esquerda festiva".

Ipanema, Cine Paissandu, Castelinho, Oklahoma, Jangadeiro, Lamas, Zeppelin e outros points dos jovens estudantes e intelectuais da época eram locações obrigatórias. O blog também está publicando a série "Fotografia- Manchete 65 anos - A Exposição Impossível", com reproduções de imagens do acervo desaparecido da extinta Bloch.

Essas duas matérias despertaram lembranças da leitora e designer Elizabeth Lebarbenchon. Ela enviou ao Panis o comentário que se segue:

"Quando fui passar minhas férias com a família em Copacabana, estávamos no Castelinho,eu Elizabeth , meu primo Renato Polli , minha irmã Heloisa e suas amigas Eliane e Regina, quando fomos abordadas pela fotógrafa da Fatos e Fotos Zulema Rida, e texto de Antonio Texeira Junior, para uma reportagem. Fomos inúmeras vezes clicadas, eu estava tomando um suco de laranja e fui então fotografada e minha foto ocupou a metade da página 46, com o tema "Esquerda Festiva se diverte", a foto ficou linda, guardo até hoje a revista "Fotos e Fotos" com a Leila Diniz na capa. 
Na época tinha acabado de completar 18 anos e também descontentes com a política que atravessava o Brasil, conversávamos distraídas, alegres sobre os acontecimentos, meu pai, tinha loja de armas em Florianópolis, nossa família não poderia ser da esquerda de jeito nenhum, causou saia justa, meu pai foi chamado para dar esclarecimentos ao exército. Tenho a Revista inteira e a reportagem vou comentar no meu blog com a foto. hoje vou postar a foto e falar da reportagem, meu endereço: http//betinhathomaselli.com.br

A data da reportagem 15 de fevereiro de 1968 . Fatos e Fotos . Tema : O que há de novo na Esquerda Festiva." 


Como prometeu, Elizabeth postou no seu blog (http://betinhathomaselli.com.br/nossos-dias-eram-assim/ ) uma reprodução da matéria que tinha o título "Close-up da Esquerda Festiva" e assim descrevia seus adeptos:

Em geral, ela usa mini saia e eles tem barbas, só usam calça Lee e camisa de marinheiro, embora detestem militares e os americanos (“esses imperialistas”). São insatisfeitos, rebeldes, do contra, auto suficientes e autores de frases que, não raro, pertencem a Sartre ou  a Jean-Luc, Godard. Assim é o jovem da esquerda festiva ou Geração Paissandu", 

As fotos de Zulema falam por si e mostram o típico jovem idealista da época nos modos e figurinos. Já o  repórter, Antonio Teixeira Júnior, descreve o "universo carioca" mas deu ao texto um certo tom irônico e generalizou estereótipos do tipo "decoram livros para show de erudição", "consideram os pais burgueses decadentes, mas toleram a mesada" e por aí foi. Enfim, eram preconceitos comuns à "maioria silenciosa" da época.

No mais, a Fatos & Fotos mostrou em tempo real cenas que remetem à atual série da Globo  "Os dias eram assim".

Veja, abaixo, nas reproduções feitas por Elizabeth, então com 18 anos e protagonista da reportagem.










100 diplomatas brasileiros criticam Temer em carta aberta e condenam autoritarismo e violência policial contra manifestantes




Recentemente, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil criticou duramente a ONU por condenar a extrema violência policial contra manifestantes que protestam contra o governo de Michel Temer. O fato motivou a reação de mais de 100 diplomatas brasileiros, que reconhecem a correção da posição das Nações Unidas e, em carta aberta intitulada “Diplomacia e Democracia”, tornam públicas suas preocupações com a crise social, política e institucional que agita o Brasil. Os diplomatas pedem a retomada do diálogo e de consensos mínimos na sociedade brasileira, fundamentais para a superação do impasse. O documento "Diplomacia e Democracia" repercutiu na mídia internacional, em veículos como ABC, The Atlantic, New York Times. Telesur etc.

Leia a carta, abaixo.
"Nós, servidoras e servidores do Ministério das Relações Exteriores, decidimos nos manifestar publicamente em razão do acirramento da crise social, política e institucional que assola o Brasil. Preocupados com seus impactos sobre o futuro do país e reconhecendo a política como o meio adequado para o tratamento das grandes questões nacionais, fazemos um chamado pela reafirmação dos princípios democráticos e republicanos.

Ciosos de nossas responsabilidades e obrigações como integrantes de carreiras de Estado e como cidadãs e cidadãos, não podemos ignorar os prejuízos que a persistência da instabilidade política traz aos interesses nacionais de longo prazo. Nesse contexto, defendemos a retomada do diálogo e de consensos mínimos na sociedade brasileira, fundamentais para a superação do impasse.

Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, a consolidação do estado democrático de direito permitiu significativas conquistas, com reflexos inequívocos na inserção internacional do Brasil. Atualmente, contudo, esses avanços estão ameaçados. Diante do agravamento da crise, consideramos fundamental que as forças políticas do país, organizadas em partidos ou não, exercitem o diálogo, que deve considerar concepções dissonantes e refletir a diversidade de interesses da população brasileira.

Para que esse diálogo possa florescer, todos os setores da sociedade devem ter assegurado seu direito à expressão. Nesse sentido, rejeitamos qualquer restrição ao livre exercício do direito de manifestação pacífica e democrática. Repudiamos o uso da força para reprimir ou inibir manifestações. Cabe ao Estado garantir a segurança dos manifestantes, assim como a integridade do patrimônio público, levando em consideração a proporcionalidade no emprego de forças policiais e o respeito aos direitos e garantias constitucionais.

Conclamamos a sociedade brasileira, em especial suas lideranças, a renovar o compromisso com o diálogo construtivo e responsável, apelando a todos para que abram mão de tentações autoritárias, conveniências e apegos pessoais ou partidários em prol do restabelecimento do pacto democrático no país. Somente assim será possível a retomada de um novo ciclo de desenvolvimento, legitimado pelo voto popular e em consonância com os ideais de justiça socioambiental e de respeito aos direitos humanos."
 

Polícia americana espiona jornalistas


(do Portal Imprensa)
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos estaria, de novo, espionando jornalistas norte-americanos. O objetivo seria descobrir quais fontes internas do governo estão vazando informações para repórteres. Suspeita-se que um militar de alta patente recém-aposentado seja o responsável.
Crédito:Divulgação

A denúncia foi feita pelo jornalista John Crudele, do New York Post. De acordo com uma fonte anônima, o Departamento de Justiça norte-americano recorreu à Corte de Inteligência e Vigilância Estrangeira do país, que autorizou que um grupo de jornalistas fosse alvo de grampos eletrônicos.
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Prorrogadas as inscrições para o quarto Prêmio Petrobras de Jornalismo

Foram prorrogadas as inscrições para a quarta edição do Prêmio Petrobras de Jornalismo. Profissionais de todo o país têm até o dia 29 de junho para inscrever suas melhores reportagens e concorrer em 13 categorias, que entregarão prêmios entre R$ 40 mil* e R$ 10 mil*.

Uma das grandes novidades deste ano é o lançamento da categoria especial de Inovação, que premiará o trabalho que se destacar pelo ineditismo do formato, da abordagem, do meio ou da linguagem. Outra novidade é o prêmio de Telejornalismo, exclusivo para as emissoras de televisão.

Como nas edições anteriores, o Grande Prêmio Petrobras de Jornalismo será concedido à melhor reportagem entre todas as inscritas. Podem concorrer os trabalhos veiculados entre 10 de julho de 2015 e 10 de janeiro de 2017 e as inscrições devem ser feitas pelo site www.premiopetrobras.com.br.

Fonte: Gerência de Comunicação Interna e Imprensa / Comunicação e Marcas - Petrobras

Embaixador da OIT, Wagner Moura entrevista trabalhadores resgatados da escravidão

(do site ONU Brasil) 

O trabalho forçado ainda é uma realidade para cerca de 21 milhões de pessoas em todo o mundo, afetando países em todos os continentes e gerando mais de 150 bilhões de dólares em lucros ilegais todos os anos.

Prática de raízes antigas na história, hoje a escravidão existe sob diversas formas: trabalho forçado, servidão por dívida, jornadas exaustivas e situações degradantes. Marcando o lançamento da campanha ‘50 For Freedom’, o ator e embaixador da Boa Vontade da Organização Internacional do Trabalho foi convidado a conhecer as histórias de Durval, Rafael, Judimar e Laudir.

A campanha “50 For Freedom” iniciou um movimento para pedir que pelo menos 50 países ratifiquem até 2018 o Protocolo da OIT sobre Trabalho Forçado. A assinatura significa o compromisso do país na garantia dos direitos dos trabalhadores, no aumento da fiscalização, no engajamento do setor privado e na prevenção, proteção e reabilitação dos trabalhadores resgatados da escravidão.
 Leia mais e confira aqui o vídeo.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Vem aí a 15ª Feira Literária Internacional de Paraty...

A 15ª Feira Literária Internacional de Paraty divulgou sua programação e as atrações para as 18 mesas de debates. A edição FLIP 2017, que homenageia as obras de Lima Barreto, vai de 26 a 30 de julho. A curadoria da feira será feita pela jornalista Joselia Aguiar.

Veja a programação di evento em Paraty (RJ)

Quarta-feira, 26 de julho

19h15 Mesa 1 – Sessão de abertura - Lima Barreto: triste visionário

Quinta-feira, 27 de julho

10h Território Flip | Flipinha - Mesa Zé Kleber: Aldeia
12h Mesa 2: Arqueologia de um autor
15h Mesa 3: Pontos de fuga
17h15 Mesa 4: Fuks & Fux
19h15 Mesa 5: Odi et amo
21h30 Mesa 6: Em nome da mãe

Sexta-feira, 28 de julho

10h Território Flip | Flipinha - A pele que habito
12h Mesa 7: Moderno antes dos modernistas
15h Mesa 8: Subúrbio
17h15 Mesa 9: Na contracorrente
19h15 Mesa 10: A contrapelo
21h30 Mesa 11: Por que escrevo

Sábado, 29 de julho

10h Território Flip | Flipinha - VOCO
12h Mesa 12: Foras de série
15h Mesa 13: Kanguei no Maiki – Peguei no microfone
17h15 Mesa 14: Mar de histórias
19h15 Mesa 15: Trótski e os trópicos
21h30 Mesa 16: O grande romance americano

Domingo, 30 de julho

10h Território Flip | Flipinha - Ler o mundo
12h Mesa 17: Amadas
15h Mesa 18: Livro de cabeceira

MAIS INFORMAÇÕES, AQUI

Fotografia - União Europeia lança portal com milhões de imagens históricas...

Torre Eiffel, Exposição Universal, Paris, 1900, Léon & Levy, (Parisienne de Photographie, In Copyright)

Garage Marbeuf, Paris, 1931-1934, François Kollar, (Parisienne de Photographie, In Copyright(

Nicola Perscheid. Grande Canal, Veneza. 1929. Museu Kunst und Gewerbe Hamburg, 

A União Europeia acaba de lançar uma biblioteca virtual com mais de 2,2 milhões de fotografias. A Coleção Europeana reúne obras da Biblioteca Britânica, Museu do Louvre, Berlinische Galerie e Biblioteca Nacional da França, entre outras instituições. A plataforma é atualizada com frequência e promove exposições temáticas. Uma delas, a “Fotografia industrial na era das máquinas”, com imagens do início do século 20. Já o canal Europeana Photography mostra imagens e documentos de 50 instituições de 34 países que documentam os primeiros 100 anos da fotografia no continente europeu. PARA VISITAR A COLEÇÃO EUROPEANA, CLIQUE AQUI


Renata-san de quimono no JN. O twitter se divertiu com o figurino da âncora...

Reprodução


por Clara S. Britto
O twitter se movimentou ontem para trolar a âncora Renata Vasconcellos, que fez uma chamada do Jornal Nacional, no intervalo da novela, usando um figurino inusitado. "Renata Vasconcellos saiu do banho, esqueceu de tirar o robe e foi direto apresentar o Jornal Nacional", comentou uma internauta. Outro perguntou se ela tinha acabado de sair da aula de judô.  Mais tarde, quando o JN entrou no ar, ela usava uma blusa formal. Aí a especulação na web foi que a direção tinha reclamado do "robe! porque a bancada não era octógono de  UFC ou MMA. Alguém na Globo estava com saudade do Senhor  Miyagi.

Filme com Branca de Neve gorda e feia revolta a comunidade plus size




por Clara S. Britto
Convidada para dublar um longa-metragem de animação produzido na Coréia do Sul, a atriz Chloe Moretz não imaginou que por isso ia receber críticas ferozes nas redes sociais.

É que o filme "Red Shoes & e os Sete Anões" ("Sapatos Vermelhoes & os Sete Anões") mostra uma "Branca de Neve" alta e magra que, ao tirar o sapato alto, torna-se baixa, gorda e feia. Foi o que bastou para o trailer gerar acusações de preconceito e discriminação na web.

O cartaz do longa pergunta: "E se a Branca de Neve não fosse mais bonita e os sete anões não fossem tão baixos?"

A atriz Chloe Moretz alegou que aceitou o trabalho por se tratar de "uma personagem feminina poderosa" e ficou chocada pela forma como as mulheres gordas são caracterizadas e que esse enfoque não foi aprovado por ela e nem pela sua equipe. Embora não seja plus size, Chloe Moretz tem 1.63cm de altura.

Recentemente, a atriz foi detonada na rede por publicar a foto acima, de topless. Justamente ela que havia criticado a socialite Kim Kardashian por constatemente postar fotos nuas nas redes sociais.

Atleta tenta beijar repórter e é eliminado de torneio

Reprodução You Tube

por Jean-Paul Lagarride
O tenista Maxime Hamou forçou a barra e tentou beijar a jornalista francesa Maly Thomas, do canal Eurosport, quando era entrevistado durante o Roland Garros, em Paris. A direção do torneio eliminou o atleta. A repórter afirmou que se não estivesse ao vivo teria dado um soco em Hamou. O tenista pediu desculpas através da rede social. A equipe de estúdio do Eurosport também recebeu críticas por rir da cena. VEJA O VIDEO AQUI 

No lugar certo. Mexicano lança papel higiênico "Trump", que promete "suavidade sem fronteiras"


por Ed Sá
Um protesto que pode dar lucro e ainda ajuda uma boa causa. Incomodado com as ofensas que Donald Trump dirige ao México, o advogado Antonio Battaglia, de Guanajuato,  lançou um papel higiênico de baixo custo e deu ao produto o nome do presidente dos Estados Unidos.
O "Trump Paper" promete "suavidad sin fronteras".
Battaglia avisa que já registrou a marca Trump para o produto higiênico e que 30% do lucro será destinado a instituições de Guanajuato que apoiam migrantes e deportados. A notícia foi divulgada pela revista Expansión.