quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Corrida eleitoral ainda está muito confusa no Rio e em São Paulo. Depois da eleição fica pior
por Eli Halfoun
Até a hora da verdade (aquela em que
novamente depositaremos nossa esperança nas urnas, mesmo sabendo que pouca
coisa ou nada mudará para melhor) muitos obstáculos precisarão ser vencidos e
muitas manobras serão feitas na corrida eleitoral. No Rio, por exemplo, o governador Sergio
Cabral não encontra a tranquilidade que esperava para eleger seu sucessor. Além
de uma grande queda de popularidade, Cabral enfrenta um a forte concorrência, além de conviver com o fim do sonho de pessoal de conseguir um ministério
(queria o de Minas Energia) e vislumbrava a possibilidade de ser o vice na
chapa de Dilma Roussef, substituindo Michel Temer.
Na sucessão ao governo do Rio, Cabral
enfrenta a falta de carisma e de popularidade de seu vice Luiz Fernando Pezão,
escolhido como seu candidato. Analistas políticos acham que o vice de Cabral
não tem a menor chance diante da candidatura do senador Lindemberg Farias, que
já conta com o apoio da presidente Dilma. Para piorar a situação aumentam as
especulações de que o PSDB estaria negociando a candidatura do apresentador Luciano
Huck para ser candidato ao governo do Rio. A política carioca está mesmo
virando um caldeirão. Também em
São Paulo, a sucessão do governador Geraldo Alckmin está
fervendo e já se fala até no possível lançamento do enfraquecido nome de José
Serra, que, aliás, ameaça até sair do PSDB para candidatar-se à Presidência da República
por outro partido. Por enquanto, Serra apóia o nome de Alckmin para a corrida
presidencial e luta para que o seu seja escolhido como candidato ao Governo do
Estado do qual se sabe também que o ex prefeito Gilberto Kassab não pretende abrir mão.
No PT, há quem insista na candidatura de Lula que já mandou um recado aos petistas: “vocês estão loucos”. Resumindo: todo mundo quer meter a mão nesse bolo. (Eli Halfoun)
Facebook já oferece até encontros espirituais
por Eli Halfoun
O Facebook, que não curto muito porque
considero um relatório público de vidas privadas, não é mais apenas uma espécie
de diário popular: está virando um novo espaço para anúncios inusitados. Quem
chama a atenção é o jornalista Giba Um que encontrou essa preciosidade: o
anúncio de uma sensitiva garantindo ter “uma maneira especial” de resolver
problemas. O anúncio diz: “Com sua sensibilidade ela é capaz de orientá-lo e
conectá-lo espiritualmente com energias mais sutis”. Faça sua consulta".
Agora até os santos estão “baixando” virtualmente. (Eli Halfoun)
Lincoln chega ao Brasil esse mês em dose dupla
por Eli Halfoun
Antes de chegar ao fim, o mês de
janeiro promete agitar com dois lançamentos: no dia 25 estréia o filme “Lincoln”,
de Steven Spielberg e estrelado por Daniel Dray Lewis, que é forte candidato ao
Oscar. Na mesma época chega às livrarias o filme de mesmo nome escrito pela
historiadora Doris Kaerns Goodwin e no qual Spielberg inspirou-se para fazer o
filme. O livro faz uma análise do estilo de liderança de Abraham Lincoln, da maneira
como ele entendia o comportamento humano e das alianças que construiu em seu
governo. Foi assim que ele se transformou naquele que é considerado “o mais
emblemático presidente dos Estados Unidos”. Até hoje não tem pra ninguém. (Eli
Halfoun)
Boni: uma história escrita com respeito e qualidade
por Eli Halfoun
Apesar de o personagem sempre fugir de entrevistas, a mídia nunca
deixou de enaltecer a importância de Boni (José Bonifácio de Oliveira Sobrinho)
para a televisão. Nem poderia, a história da televisão brasileira está realmente
dividida em duas partes: antes e depois de Boni. Foi o trabalho que realizou
como diretor da Globo que modificou completamente o ritmo e a qualidade de
nossa TV. Boni implantou, entre muitas outras coisas, um padrão de bom gosto que
é (deveria ser) hoje a cartilha seguida por todas as emissoras e em todos os
programas. É verdade que na maioria das vezes a qualidade não é a ideal, mas
mesmo assim o dedo de Boni está sempre presente. Há dias dei de cara com Boni
sendo homenageado no Programa Raul Gil. Certamente era uma reprise (nessa época
tudo é reprise), mas como não tinha visto a curiosidade (característica maior
de todo jornalista) me impediu de mudar de canal. A presença de Boni em programas
sempre foi rara: enquanto diretor da Globo, embora com um nome respeitado e
sempre citado, ele preferiu manter o digamos sigilo da imagem. Preferia não mostrar
a cara (só mudou quando lançou seu livro) porque o anonimato da imagem permitia
circular mais livremente em todas as áreas nas quais sempre teve muito para observar
e aprender. Boni não deixou sua marca apenas na programação: marcou sua presença
também na admiração e respeito de todos os profissionais, mesmo que na maioria das
vezes tenha sido muito exigente. Era assim porque se fazia necessário para chegar
ao esquema de qualidade que exigia para a televisão brasileira. Hoje Boni se
dedica à direção de seu próprio canal (já tem 53 retransmissoras no interior de São
Paulo) e sua participação em qualquer atividade televisiva continua sendo uma
referência de sensibilidade, conhecimento e sem dúvida qualidade. Todas as
homenagens que foram e serão oferecidas para Boni não serão suficientes para
enaltecer sua importância na televisão brasileira. Boni é a nossa televisão. É
a eterna busca da qualidade e do fundamental respeito ao telespectador. (Eli
Halfoun
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Perdeu a mala no aeroporto? Um gadget acha pra você
Veja mais no Consumer Reports. Clique AQUI
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
A privataria dos estádios ameaça o futebol?
por Omelete
Construidos com dinheiro público, alguns estádios da Copa serão privatizados em contrato que mais parecem "ação entre amigos". Fique pasmo: alguns regimes de concessão impedem que o concessionário tenha prejuízo. Se administrar mal o complexo esportivo, não tem problema, os cofres públicos comparecem e cobrem o buraco. Em outro caso, a concessão foi formatada a partir de um estudo feito por um dos grupos interessados em entrar no leilão. A maioria dos capitalistas brasileiros gosta de atuar assim, sem risco, amparados por uma rede de segurança paga por todos os brasileiros. Moleza dessa até 'nois", né? No caso de Minas Gerais, podem surgir alguns obstáculos inesperados. O Atlético Mineiro não está disposto a entrar no jogo dos novos donos do Mineirão. Vai preferir jogar no Independência. Algumas empresas que adquiriram camarotes no estádio já estão inseguras com o futuro futebolístico do Mineirão e começam a devolver os espaços reservados. Na Rio, não se sabe ainda mas, pelo menos em matéria de futebol, os clubes permanecem donos do espetáculo. Quanto vai custar ao Vasco, Flamengo, Botafogo, Fluminenses - para falar nos grandes já que os pequenos dificilmente entrarão no novo estádio -, jogar no Maracanã? Há um exemplo preocupante no Rio. Privatizada, uma arena construída para o Pan 2007 virou casa de shows. Ficou inviável para os promotores de campeonatos de vôlei, basquete, tênis, handebol e futebol de salão jogar na quadra ex-pública. Todos os últimos eventos esportivos na cidade se abrigaram no Maracanazinho. Quando este for privatizado, não se sabe ainda o rumo dos atletas das modalidades citadas acima. Podem ter que ir parar nas quadras de clubes ou pro Aterro, caso os concessionários cobrem taxas extorsivas. O Brasil é muito "exxxxpeeerrrto". O país constroi os estádios mas terá que pagar taxas e aluguel para que esses mesmos estádios recebam a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e a Olimpíada. É caso único na história dessas competições. Tá feia a coisa: os novos estádios certamente receberão shows, eventos religiosos, motocross, lutas, sessões de exorcismo, concursos de miss, de arremesso de troncos, levantamento de pneu de trator, festas hype, terão lojas, cinemas, spas, mas será que os clubes terão condições de pagar pra jogar futebol nesses complexos? E o preço dos ingresso será acessível ao povão torcedor? Muitos dirigentes têm dúvidas. A não ser, claro, que os cofres públicos subsidiem taxas e ingressos. Aí, tire o chapéu, amigo, o golpe seria de mestre. O Vasco planeja modernizar São Januário. Grêmio, São Paulo, Corinthians, Atlético, Coritiba, Internacional, Palmeiras, entre outros, valorizam seus próprios estádios. Flamengo ainda sonha em construir sua arena. Velhos beneméritos que ajudaram a construir os clubes avaliam que não podem ficar na mão dos novos concessionários. Enquanto não ficar claro como a privataria vai funcionar na prática, alguns dirigentes dos principais clubes brasileiros acham que Maracanã, Mineirão, Fonte Nova, Nacional, Castelão etc podem ser uma tremenda de uma bola dividida.
Construidos com dinheiro público, alguns estádios da Copa serão privatizados em contrato que mais parecem "ação entre amigos". Fique pasmo: alguns regimes de concessão impedem que o concessionário tenha prejuízo. Se administrar mal o complexo esportivo, não tem problema, os cofres públicos comparecem e cobrem o buraco. Em outro caso, a concessão foi formatada a partir de um estudo feito por um dos grupos interessados em entrar no leilão. A maioria dos capitalistas brasileiros gosta de atuar assim, sem risco, amparados por uma rede de segurança paga por todos os brasileiros. Moleza dessa até 'nois", né? No caso de Minas Gerais, podem surgir alguns obstáculos inesperados. O Atlético Mineiro não está disposto a entrar no jogo dos novos donos do Mineirão. Vai preferir jogar no Independência. Algumas empresas que adquiriram camarotes no estádio já estão inseguras com o futuro futebolístico do Mineirão e começam a devolver os espaços reservados. Na Rio, não se sabe ainda mas, pelo menos em matéria de futebol, os clubes permanecem donos do espetáculo. Quanto vai custar ao Vasco, Flamengo, Botafogo, Fluminenses - para falar nos grandes já que os pequenos dificilmente entrarão no novo estádio -, jogar no Maracanã? Há um exemplo preocupante no Rio. Privatizada, uma arena construída para o Pan 2007 virou casa de shows. Ficou inviável para os promotores de campeonatos de vôlei, basquete, tênis, handebol e futebol de salão jogar na quadra ex-pública. Todos os últimos eventos esportivos na cidade se abrigaram no Maracanazinho. Quando este for privatizado, não se sabe ainda o rumo dos atletas das modalidades citadas acima. Podem ter que ir parar nas quadras de clubes ou pro Aterro, caso os concessionários cobrem taxas extorsivas. O Brasil é muito "exxxxpeeerrrto". O país constroi os estádios mas terá que pagar taxas e aluguel para que esses mesmos estádios recebam a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e a Olimpíada. É caso único na história dessas competições. Tá feia a coisa: os novos estádios certamente receberão shows, eventos religiosos, motocross, lutas, sessões de exorcismo, concursos de miss, de arremesso de troncos, levantamento de pneu de trator, festas hype, terão lojas, cinemas, spas, mas será que os clubes terão condições de pagar pra jogar futebol nesses complexos? E o preço dos ingresso será acessível ao povão torcedor? Muitos dirigentes têm dúvidas. A não ser, claro, que os cofres públicos subsidiem taxas e ingressos. Aí, tire o chapéu, amigo, o golpe seria de mestre. O Vasco planeja modernizar São Januário. Grêmio, São Paulo, Corinthians, Atlético, Coritiba, Internacional, Palmeiras, entre outros, valorizam seus próprios estádios. Flamengo ainda sonha em construir sua arena. Velhos beneméritos que ajudaram a construir os clubes avaliam que não podem ficar na mão dos novos concessionários. Enquanto não ficar claro como a privataria vai funcionar na prática, alguns dirigentes dos principais clubes brasileiros acham que Maracanã, Mineirão, Fonte Nova, Nacional, Castelão etc podem ser uma tremenda de uma bola dividida.
Megan Fox na Sapucaí...
![]() |
Divulgação |
Confirmado: Megan Fox será a musa do camarote da Brahma na Sapucaí. A atriz também estrela uma campanha publicitária para a cervejaria, a ser veiculada no mês que vem. Descendente e europeus e indios americanos, ela personifica o visual abaixo, disputado por capas de revistas. Atuou nos filmes "Bem-vindo aos 40", "O Ditador", "Solteiros com Filhos", "Garota Infernal", "Transformers", entre outros.
Atletas em cena: jogadora de vôlei Luciene Escouto é estrela de comercial. E o filme proibido de Serena Williams
por JJcomunic
Luciane Escouto, a jogadora de vôlei recentemente contratada pelo time Rio de Janeiro para disputar a Superliga, é a estrela de um comercial bem humorado e bem clicado no You Tube e atualmente veiculado em emissoras de TV: o da marca de cosméticos Nivea. Nesse filme, os atores se destacam. São melhores do que muita gente que faz caras e bocas nas novelas. Reparem na atuação da "invejosa". Nota dez.
Veja o vídeo, clique AQUI
Já a jogadora de tênis Serena Williams caiu na rede dos moralistas. Estrela de um comercial que lançava um game, ela viu seu vídeo banido da TV por ter sido considerado "sexy" demais.
Veja o vídeo. Clique AQUI
Transparência no dos outros é refresco...
por JJcomunic
Uma das boas leis aprovadas no Brasil recentemente é a que obriga orgãos e instituições publicas a divulgarem suas contas na internet. E a transparência praticada pela maioria, alguns ainda resistem e tentem driblar a lei, tem dado resultados. Mas tá aí uma prática que deveria avançar ainda mais. Por exemplo, ongs e organizações sociais, essa que em nome da terceirização têm abocanhando bilhões em recursos públicos federais, estaduais e municipais, beneficiados pela Lei Rouanet, por convênios etc, também deveriam abrir seus portais e mostrar como aplicam o dinheiro público. Simples: quem quiser privacidade ou temer a fiscalização pública que não recorra a verbas do povo. Mas há uma outra área onde a transparência pode avançar: na mídia. Quando uma instituição pública se envolve em corrupção ou falcatruas, logo é divulgado o nome do funcionário ou dirigente responsável. Perfeito. É isso mesmo que deve acontecer. E que se dê ao cidadão todo o direito de se explicar e se defender. Mas quando uma empresa privada está denunciada, por exemplo, por recorrer a mão de obra escrava, lê-se no jornal apenas a referência à pessoa jurídica. Mas que são os controladores?Quem é o explorador final dos "escravos"? O prédio desaba por falta de conservação e só se sabe que pertence a tal empresa. Se um ônibus cai de um viaduto logo o jornal dá o nome do motorista. Mas se o acidente tiver sido causado por falta de manutenção do veículo, pneus carecas etc, publicam o genérico nome da empresa mas não os nomes dos seus controladores responsáveis. Nome no jornal, por favor. E a mídia brasileira deve ser uma das poucas do mundo onde pessoa jurídica não apenas distribui nota oficial mas fala. "A estrada foi mal construída porque a prefeitura nos obrigou a entregar o serviço antes do prazo", disse a empresa, por telefone. "Não temos esquema de socorro porque o pedágio está barato e não temos dinheiro para admitir funcionários", explicou a concessionária. Transparência geral e irrrestrita, combinado?
Uma das boas leis aprovadas no Brasil recentemente é a que obriga orgãos e instituições publicas a divulgarem suas contas na internet. E a transparência praticada pela maioria, alguns ainda resistem e tentem driblar a lei, tem dado resultados. Mas tá aí uma prática que deveria avançar ainda mais. Por exemplo, ongs e organizações sociais, essa que em nome da terceirização têm abocanhando bilhões em recursos públicos federais, estaduais e municipais, beneficiados pela Lei Rouanet, por convênios etc, também deveriam abrir seus portais e mostrar como aplicam o dinheiro público. Simples: quem quiser privacidade ou temer a fiscalização pública que não recorra a verbas do povo. Mas há uma outra área onde a transparência pode avançar: na mídia. Quando uma instituição pública se envolve em corrupção ou falcatruas, logo é divulgado o nome do funcionário ou dirigente responsável. Perfeito. É isso mesmo que deve acontecer. E que se dê ao cidadão todo o direito de se explicar e se defender. Mas quando uma empresa privada está denunciada, por exemplo, por recorrer a mão de obra escrava, lê-se no jornal apenas a referência à pessoa jurídica. Mas que são os controladores?Quem é o explorador final dos "escravos"? O prédio desaba por falta de conservação e só se sabe que pertence a tal empresa. Se um ônibus cai de um viaduto logo o jornal dá o nome do motorista. Mas se o acidente tiver sido causado por falta de manutenção do veículo, pneus carecas etc, publicam o genérico nome da empresa mas não os nomes dos seus controladores responsáveis. Nome no jornal, por favor. E a mídia brasileira deve ser uma das poucas do mundo onde pessoa jurídica não apenas distribui nota oficial mas fala. "A estrada foi mal construída porque a prefeitura nos obrigou a entregar o serviço antes do prazo", disse a empresa, por telefone. "Não temos esquema de socorro porque o pedágio está barato e não temos dinheiro para admitir funcionários", explicou a concessionária. Transparência geral e irrrestrita, combinado?
Ex-jogador pode ser o novo “abre portas” da CBF
por Eli Halfoun
O ex-jogador Bebeto, hoje deputado
estadual no Rio, poderá ser o próximo contratado da CBF para atuar como uma
espécie de relações públicas junto a congressistas e ao governo federal para
fazer com que a entidade, repleta de acusações de desvios financeiros, seja
vista com mais simpatia. Bebeto não é ainda o nome confirmado, mas o presidente
da CBF José Maria Marin está decidido a adotar a sugestão de ter um ex-atleta
famoso e respeitado atuando no time da entidade para dar mais credibilidade às
decisões sempre muito discutidas. Sabe-se que uma das funções do atleta seria tentar conseguir para Marin uma audiência com a presidente Dilma Roussef, que não quer ver dirigentes
da CBF nem pintados de ouro. Ouro que, aliás, acumulam cada vez mais. (Eli
Halfoun)
Novo auxiliar do técnico Dunga é um programa de computador
por Eli Halfoun
Um dos maiores mistérios do futebol
no momento está ligado à volta de Dunga como técnico (dirigindo o Internacional
de Porto Alegre). Não que se duvide da capacidade do ex-jogador, mas sim porque
ele está inovando: para realizar seu trabalho Dunga passou a utilizar um software
de computador que mapeia todas as características dos atletas e como eles agem em campo. O técnico também
está utilizando esse programa na hora de sugerir nomes de jogadores para o Inter
contratar. O jogo agora é acabar com o mistério e descobrir qual é o nome do
novo programa utilizado por Dunga já que ele não fala no assunto e não entrega
o jogo em hipótese alguma. O computador ajuda a realizar um bom trabalho, mas
não quer dizer que qualquer técnico chinfrim como a maioria dos que anda por aí
conseguirá fazer times vencedores se não tiver talento para isso. No caso de Dunga
ele já provou que tem, até quando foi extremamente injustiçado no comando da seleção
brasileira. (Eli Halfoun)
Quarteto milionário enriquece ainda mais o futebol paulista
por Eli Halfoun
Nenhum bairrismo estadual pode
impedir que cariocas, mineiros, gaúchos e torcedores de todo o país deixem de
reconhecer que São Paulo tem hoje o melhor futebol do Brasil com os melhores
times e craques valorizados mundialmente. Com a chegada de Pato ao Corinthians
o futebol paulista passa a ter um dos mais valorizados quartetos do mundo formado
por Neymar (Santos) Ganso (São Paulo) e Paulinho (Corinthians). Juntos os quatro
craques estão avaliados em R$300 milhões. Se os quatro vierem a jogar juntos
no selecionado do Felipão a seleção brasileira valerá mais ouro no cofre e,
espera-se, em campo. (Eli Halfoun)
O melhor entre os muitos melhores era uma barbada para Messi
por Eli Halfoun
Era barbada, ou seja, ninguém tinha dúvidas
de que mais uma vez (a quarta) Lionel Messi seria eleito o maior craque do
mundo. A escolha promovida pela FIFA sempre me pareceu estranha: existem centenas
de deslumbrantes craques espalhados pelo mundo e fica estranho escolher apenas
um que (claro) se destaca pelo acúmulo de boas atuações, que é o conjunto da
obra durante o ano. Os méritos de Messi são indiscutíveis: ele é realmente um
senhor jogador de futebol e o que conquistou a maior visibilidade mundial. Não
dá para chutar a bola para o terreno baldio e deixar de enxergar também que o
nosso Neymar chegou bem mais longe do que esperávamos. Só o fato de ter sido
lembrado mostra a importância que Neymar conquistou no mundo esportivo, mas a
visibilidade fundamental para ser o melhor do mundo depende ainda das
temporadas que ele vier a fazer em times internacionais. Messi jamais seria
quatro vezes o melhor do mundo se continuasse jogando na Argentina e não no
espanhol Barcelona que o expôs em uma vitrine fundamental para ser lembrado e
escolhido como o melhor jogador de um mundo cheio de craques. Não cabe nenhuma
comparação entre o futebol de Messi e o de Neymar, mas ninguém tem dúvidas de
que mais dia menos dia Neymar ainda será reconhecido como o melhor do mundo.
(Eli Halfoun)
Pelé: enfim o brilho eternizado em uma merecida estátua
por Eli Halfoun
O Maracanã não foi o palco em que Pelé mais brilhou,
mas sempre foi o maior e mais importante palco (tomara que volte a ser) do
futebol brasileiro. Portanto, nada mais justo que seja também o local em que Pelé fique eternizado
com uma estátua (1,84m de altura e 300 quilos) como o maior craque que o mundo
conheceu. Aliás, Pelé merece estar eternizado não só na memória da torcida que
jamais o esquecerá (assim como não esquecerá o soco no ar com que comemorava
seus gols e que está reproduzido na estátua do Maracanã), mas também com
estátuas erguidas em estádios de todo o Brasil, principalmente São Paulo, e do
mundo onde sempre brilhou e fez brilhar o futebol brasileiro. Nesse momento
há quem ache que o dinheirão (são milhões) empregados na criação do cartunista Ique
em uma estátua de Pelé deveria ser utilizado para ajudar as vítimas da chuva e
melhorar a saúde e a educação. É um raciocínio demagógico se partirmos do
princípio de que a verba para as constantes vítimas de enchentes assim como
para a saúde e a educação não precisa ser exatamente a da cultura do esporte já
que o governo sempre destina verba (nunca é aplicada decentemente onde deveria
ser) para esses setores. Além do mais cultivar a memória esportiva e cultural do
país é um ato saudável e necessário até porque um país sem cultura e sem memória
tende a ser um país esquecido. Não há o que discutir em relação ao merecimento de
Pelé com e em todo o tipo de homenagens. Nosso craque mineiro transformou-se em
patrimônio mundial do futebol e tudo o que se fizer para imortalizá-lo será pouco.
Pelé não é só a mais importante marca do futebol brasileiro e mundial. Pelé é
história. (Eli Halfoun)
Amor e solidariedade não precisam de dinheiro. Precisam de atitude. Como a de Zeca Pagodinho.
por Eli Halfoun
Nos últimos trágicos dias que
atingiram a Baixada Fluminense, o cantor Zeca Pagodinho foi destaque
na mídia ao aparecer em meio à chuva prestando ajuda aos moradores de Xerém,
município de Caxias, onde ele tem um sítio. O maior e melhor exemplo que Zeca
deu nesse episódio não foi o de desembolsar uma boa quantia em dinheiro para oferecer
alimentos, colchões e água. Mais (muito mais) importante do que os digamos bens
materiais, o exemplo maior de Zeca foi a o da intensa, sincera e sempre possível
solidariedade. Zeca nos mostrou o quanto é fundamental estar presente nos momentos
mais difíceis de todas as pessoas. O que Zeca doou de verdade foi um ato de amor
- um ato de amor que não tenho dúvidas fincou raízes em todos os corações.
Talvez agora os que mais tem possam ter aprendido que não basta desembolsar um
cheque. É preciso participar ativamente, sair do comodismo de casas confortáveis
e seguras para dar estender a mão e o braço forte que sempre ajudam a salvar
quem está se afogando no mar de abandono e de lama. Zeca Pagodinho não quis ser
(e não é) nenhum herói. Seu heroísmo foi o de mostrar que só a intensidade e a
preocupação de amor solidário podem ajudar a salvar pessoas e em consequência
realmente melhorar a vida e o mundo. Zeca Pagodinho não deixou a vida o levar.
Foi lá para não deixar que a repetida tragédia não levasse outras vidas. (Eli
Halfoun)
A saúde precisa de atendimento emergencial para não morrer no corredor
por Eli Halfoun
Toda vez (é todo dia) que a televisão
mostra o revoltante caos que se instalou nos hospitais públicos do país, a
esperança diminui e faz crescer a certeza de que jamais a população será
atendida com respeito e dignidade em quase nada, e muito menos na saúde. É lamentável
e vergonhoso ver pacientes jogados, sofrendo e morrendo em corredores imundos de
hospitais que mais parecem campos de concentração. Não adianta culpar os
médicos: eles não têm culpa de nada e pelo contrário, tentam fazer um trabalho
heroico para vencer as dificuldades e o desconforto que também limitam e
impossibilitam o exercício digno da medicina. Também não adiantam mais os
discursos e as promessas: está realmente na hora do governo fazer um mutirão de
verdade para resolver os problemas da e de saúde no país. Faltam hospitais?
Faltam sim, mas se todos sabem que faltam não seria (é) o caso de melhorar o
atendimento nos que ainda podem funcionar. A população não tem mais saúde para
ouvir promessas e esperar por mais um, dois ou três anos para que novas
unidades hospitalares sejam construídas. O momento é emergencial e o mais
importante é tirar a saúde da UTI antes que toda a população morra nos corredores
de hospitais que deixaram de ser unidades de saúde faz tempo. (Eli Halfoun)
O fusível tá torrando
por JJcomunic
O tal do sistema elétrico brasileiro está em crise. É o que diz a mídia. Tá dando choque na privatização de 15 anos atrás? Empresas que assumiram linhas e distribuição não cumpriram metas de investimento. Novidade? Nenhuma. Você vai cumprir? Nem eles. Melhor lucrar com o que foi arrematado em leilão alegre (lembram? Era todo mundo sorridente ao bater o martelo) do que desembolsar dinheiro dos "investidores". É torcer para que venha a chuva. Mas especialistas dizem que há outras marolas por trás dessa onda de apagões. Uma certa reação às medidas do governo para baratear a conta de luz que é uma das mais caras do mundo; e o nervosismo do mercado livre de compra e venda de energia (aquele que lembra o antigo over nigth e onde dois garotos e um telefone podem faturar milhões na boa, entre um Black Label on the rocks e uma tequila Camino Real ao sal.). Dizem as bruxas que tem especulador a perigo por ter vendido energia barata a prazo sem ter como entregar. É que o preço, com as termelétricas fumaçando a toda, está agora nas alturas. Vai ter gente metendo o dedo na tomada.
Dura lex tucana: em SP polícia não pode mais atender vítima de crime...
por JJcomunic
Agora é lei: policiais de São Paulo está impedidos de atender vítimas de crimes. Mesmo que o sujeito esteja sangrando pela orelha, tem que aguardar o Samu. Não pode pôr a mão no indigitado. Se já é difícil polícia chegar ao local do crime... A situação grotesca vai ser a seguinte. Tá lá a vítima estendida no chão, sangrando da veia femural atingida por um balaço, e a autoridade limita-se a dizer: "Aguarda aí, mano, o trânsito tá engarrafado na Marginal mas o torniquete tá chegando". A perguntinha que não quera calar é a seguinte: e se a vítima for o Secretário de Segurança que baixou a norma já publicada no Diário Oficial?
Agora é lei: policiais de São Paulo está impedidos de atender vítimas de crimes. Mesmo que o sujeito esteja sangrando pela orelha, tem que aguardar o Samu. Não pode pôr a mão no indigitado. Se já é difícil polícia chegar ao local do crime... A situação grotesca vai ser a seguinte. Tá lá a vítima estendida no chão, sangrando da veia femural atingida por um balaço, e a autoridade limita-se a dizer: "Aguarda aí, mano, o trânsito tá engarrafado na Marginal mas o torniquete tá chegando". A perguntinha que não quera calar é a seguinte: e se a vítima for o Secretário de Segurança que baixou a norma já publicada no Diário Oficial?
domingo, 6 de janeiro de 2013
Campanha do Desarmamento volta para conscientizar a população. Arma não é enfeite e nem brinquedo
por Eli Halfoun
Ainda existem muitas pessoas que se
orgulham de ter uma arma em casa e precisam estar conscientes de que a mesma
arma que acredita poderá defendê-lo é a que pode provocar sua morte. Armas não
são enfeites e muito menos segurança doméstica. Por isso mesmo o Brasil retomará
esse ano a Campanha do Desarmamento, que no ano passado fez com que fossem
entregues 61 mil armas e 365 mil munições. O país pagou R$ 12 milhões em indenizações. Sem
a força da campanha, o número de entrega de armas caiu. Calcula-se que há no
Brasil é de 20 milhões de unidades. A decisão de retomar a Campanha do Desarmamento
foi apressada depois da tragédia americana que provocou a morte de 20 crianças e
6 adultos na escola de Newtown. Armas são perigosas até nas mãos de quem sabe e pode
usá-las, imaginem nas dos que não podem e não sabem. (Eli Halfoun)
Primeira Crítica: o país precisa ser repensado e mais justo
por Nelio Barbosa Horta (De Saquarema)
Todos concordam que o desenvolvimento do Brasil está na
ordem do dia e sua economia em franca ascensão no cenário mundial,
fazendo com que as maiores economias do mundo
reconheçam as grandes conquistas do governo e do povo brasileiro.
Mas é certo também que, em determinados setores da vida no país,
existem falhas que comprometem este raciocínio e que precisam ser
repensadas com o objetivo de, cada vez mais, aperfeiçoar nossos
projetos-futuros e a democracia participativa. Ao mesmo tempo em que a imprensa espanhola diz que o país deles enfrenta a maior dívida em 100 anos, que o desemprego aumenta
pelo quarto ano consecutivo, a Grécia anuncia recessão há cinco anos,
com o desemprego chegando a 25%, vemos no Brasil, ao lado do otimismo
econômico, desigualdades sociais alarmantes capazes de desestruturar a
própria Constituição vigente no País.
A seca, o dramático apelo da população nordestina, certamente o maior
problema do país, que anseia por solução há anos, a corrupção, problema
crônico em todas as camadas da sociedade, violência jamais vista,
tráfico sendo responsável pela degradação das famílias, criminosos
sendo absolvidos ou com penas muito abaixo das que deveriam
ser aplicadas, enfim uma verdadeira inversão de valores, que, em alguns
momentos, chega a nos dar vergonha de um país com tamanhas
desigualdades sociais. Como disse Rui Barbosa:
”De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto
ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos
maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter
vergonha de ser honesto”.
Sêca, um eterno problema
A transposição do São Francisco, não vai resolver nada, a não ser fazer com
que ele seque completamente . A única transposição que esta medida trará será
a da seca, fazendo com que inúmeros municípios ribeirinhos ao “Velho Chico”
sofram com a falta d'água. Seria necessária uma transposição das águas do norte,
das maiores bacias hidrográficas do mundo, onde chove o ano inteiro ou uma
dessalinização das águas do mar, medida tomada em países do Oriente Médio,
onde água não é problema. Com o fim da seca, muitos moradores teriam como se fixar nos seus
estados e municípios, com suas criações e suas plantações sem pensar em viajar
para o sul na busca de melhores condições de vida, ou de morte...
Violência urbana, mais presídios, penas mais rigorosas
Outro grande problema do país atualmente, é o da violência urbana. Há um consenso
entre os criminosos de que a impunidade é sua aliada e que não existe castigo
tão rigoroso que iniba as ações de grupos de extermínio, sequestros, roubos a
pedestres e instituições bancárias, queima de ônibus (em São Paulo o número de
veículos incendiados é assustador). Mata-se sem qualquer motivo, apenas para fazer
parte da estatística. O governo, deveria também destinar mais verba para construção
de mais presídios de segurança realmente máxima, onde
a corrupção de policiais seria punida exemplarmente.
Saúde, uma vergonha para o Brasil
Temos visto, pelo noticiário, que a saúde no país está muito atrasada
em todos os sentidos. Hospitais como o INTO, deveriam existir em todos os
municípios, descentralizando o atendimento, reduzindo a procura além de
atendentes mais qualificados, para que crianças e velhos não sejam mortos por
absoluta incompetência de médicos e enfermeiras formados não se sabe onde nem como!
Olha nós aí: Brasil ganha destaque em revista francesa de economia
por Eli Halfoun
“Brasil: o país onde todos devemos
estar” - essa é uma das frases destacadas no texto da reportagem que a revista
francesa “Challenge”, especializada em economia, dedica ao Brasil em sua última
edição. A reportagem fala das oportunidades de investimentos no Brasil. A capa
é ilustrada com uma foto da presidente Dilma Rousseff envolta em nuances verde e
amarela. A revista também está recheada de anúncios brasileiros e muita gente
acredita que a digamos homenagem ao Brasil é resultado do investimento feito
com os anúncios. Pode até ser, mas de qualquer maneira é a economia brasileira mostrando
sua força ao mundo. Resta saber se o mundo realmente acredita. Deve acreditar
até porque do jeito que anda a economia no exterior não há muito do que duvidar
em relação ao Brasil. (Eli Halfoun)
Domingo é dia de loura...
![]() |
Reprodução. Foto Marcos Serra Lima/Paparazzo |
Luize Altenhofen, fotografada por Marcos Serra Lima, está no novo ensaio do Paparazzo. A atriz e modelo, que gosta de esportes, recentemente participou do reality Nas Ondas do Rio, do programa “Esporte Espetacular”. Veja mais, clique AQUI
Homenagem que Niemeyer não pediu...
por JJcomunic
Péssima ideia. O deputado Chico Alencar lança a campanha para que a Esplanada dos Ministérios passe a se chamar Esplanada Oscar Niemeyer. Até a ditadura, cujos generais ainda batizam cidade, pontes etc e plantaram um horrendo mastro de bandeira, não ousou nomear com apadrinhados avenidas, quadras e superquadras.Dizem que Niemeyer e Lucio Costa, criadores da cidade, detestavam o risco de ver suas concepções servindo a promoções pessoais. A ideia é de jerico, por dois bons motivos. Brasília em si já é a maior homenagem ao genial arquiteto; e a "boa causa" vai servir apenas para abrir a porteira de homenagens indevidas. Aguardem Avenida Sarney, Eixo Tancredo, Superquadra Curió, Asa Norte Sergio Fleury, Asa Sul Ulysses, Jardim Marina Silva, Torre Joaquim Roriz...
Péssima ideia. O deputado Chico Alencar lança a campanha para que a Esplanada dos Ministérios passe a se chamar Esplanada Oscar Niemeyer. Até a ditadura, cujos generais ainda batizam cidade, pontes etc e plantaram um horrendo mastro de bandeira, não ousou nomear com apadrinhados avenidas, quadras e superquadras.Dizem que Niemeyer e Lucio Costa, criadores da cidade, detestavam o risco de ver suas concepções servindo a promoções pessoais. A ideia é de jerico, por dois bons motivos. Brasília em si já é a maior homenagem ao genial arquiteto; e a "boa causa" vai servir apenas para abrir a porteira de homenagens indevidas. Aguardem Avenida Sarney, Eixo Tancredo, Superquadra Curió, Asa Norte Sergio Fleury, Asa Sul Ulysses, Jardim Marina Silva, Torre Joaquim Roriz...
sábado, 5 de janeiro de 2013
Lar, doce lar... Vocês não vão acreditar, mas eu já morei num hospício...
por Nelio Barbosa Horta (de Saquarema)
Dizem que de músico, poeta e de louco, todos nós temos um pouco... será? Em 1934, do século passado, eu ainda não era nascido, mas minha família acompanhou o suicídio do compositor Ernesto Nazareth, encontrado numa cachoeira próxima da Colônia Juliano Moreira, com a água passando sobre sua cabeça e cujas mãos pareciam estar executando alguma composição inédita. Nazareth era um dos internos da colônia.
Nos anos 40, quase todas as famílias pobres daquela época enfrentavam grandes dificuldades financeiras, e, por consequência, a moradia era dos maiores problemas. Meu pai, que trabalhava num Cassino, ficou desempregado quando eles foram fechados e sempre que se fala em Cassino, o primeiro nome que vem à mente é o Cassino da Urca, pela sua beleza, luxo e glamour. Os Cassinos no Brasil foram fechados pelo decreto-lei 9215, de 30 de abril de 1946, do presidente Eurico Gaspar Dutra. Meu tio, que eu só conhecia por tio Antonico e que era casado com a irmã da minha mãe, Maria Luiza, havia sido nomeado Administrador da Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá. A família dele, minha tia e oito filhos, lembro das minhas primas, Licinha, Carmita e Esther, e dos primos Antônio Jorge, Henrique Aristarco também chamado de “garoto”, Walter, Paulo e Oswaldo.
Eles moravam numa linda casa na própria Colônia, e sabendo das dificuldades que meu pai enfrentava, na busca de um lugar para morar, ”tio Antonico”, ofereceu um anexo, nos fundos, para que nós morássemos durante o tempo que ele fosse administrador. O anexo era pequeno, quarto, sala, cozinha e banheiro, mas meu pai aceitou imediatamente e a nossa família ficou em paz e ”acomodada”. Minhas irmãs e eu, dormíamos na sala, onde cohabitava uma enorme quantidade de baratas. Havia, no forro da casa, uma abertura por onde, à noite, principalmente no verão, todas as baratas do mundo voavam em vôo rasante, sobre nós, aterrissando nas nossas cobertas. Uma de minhas irmãs ficou tão traumatizada com a quantidade de baratas, que precisou fazer um tratamento psicológico no Samdu da época. Ela passava as noites em claro com medo das ”voadoras.”
Meu pai também trabalhava como revisor no Jornal do Comércio, cujo horário de fechamento era à noite e ele só chegava em casa, isto é, na “Colônia“, de madrugada. Ia de bonde. A Colônia só abria os portões, às 6 horas da manhã, de sorte que meu pai tinha que esperar três horas para poder entrar em ”casa”.
Para passar o tempo, ele conversava com alguns internos, que, acordados, ficavam na grade, do lado de dentro falando com meu pai, do lado de fora. Alguns falavam do abandono das famílias, outros que eram jogadores de futebol e cantores famosos e que só estavam ali por “engano“ dos médicos e dos familiares. Havia um que pedia segredo ao meu pai, para que não revelasse a ninguém, mas ele era o ”Francisco Alves, o Rei da Voz”. Em seguida, estufava o peito e abria a voz de madrugada, estridente e desafinada, uma agressão aos ouvidos da vizinhança e ao verdadeiro Rei da Voz.
Os internos, naquela época, faziam serviços na casa do meu tio e tinham os seus “negócios”, isto é, vendiam doces, balas, fogos de São João na vizinhança e faturavam uma graninha, muito pouco, mas que dava para as suas despesas mais urgentes. Já naquele tempo, os ”garotos da rua” se aproveitavam da ingenuidade dos internos e pagavam as compras que faziam com tampinhas de cerveja e refrigerantes, que eram achatadas nos trilhos pelos bondes. Eles garantiam aos internos que era dinheiro e, eles, coitados, acreditavam...
Por mais incrível que pareça, e apesar das dificuldades financeiras, nunca tivemos informação de qualquer tipo de violência na Colônia, daquela época, contra quem quer que fosse. A administração do meu tio, parece, foi bem recebida por todos os internos e familiares que, agradecidos, elogiavam e falavam da direção bem sucedida onde todos os internos eram tratados com respeito e dignidade.
(Nelio Barbosa Horta)
Memórias da redação: Aconteceu no...
Previsões: apenas uma maneira de fazer leitores ficarem otimistas
por Eli Halfoun
Acredita em previsões quem quer e
geralmente crê porque é uma maneira de abastecer-se de otimismo e esperança em
relação ao futuro e até ao presente. Nunca acreditei em previsões astrológicas,
numerologia e outras crendices que ajudam a vender jornais e revistas e fazem
muitos “adivinhões” rechearem as carteiras com “consultas” pagas a peso de
ouro. Minha descrença não é apenas porque sou mais um dos muitos céticos que se
espalham pelo mundo: não acredito porque sei como previsões de jornais e revistas
são feitas. Durante muitos anos fui o “astrólogo” substituto do jornal Última
Hora quando editava o segundo caderno e o astrólogo oficial não enviava as
previsões. Como o espaço precisava ser preenchido, lá ia eu preparar o horóscopo
do dia seguinte sempre com a preocupação de copiar o estilo do astrólogo
titular e de não carregar de pessimismo nas previsões dos signos dos amigos e colegas
de redação. Nosso astrólogo oficial era o falecido professor Raji, um realmente
estudioso (professor de verdade) da astrologia, mas que mesmo assim não tinha
condições de prever o destino de milhares de leitores. Na revista Amiga, repeti
a dose de adivinhações criando as previsões feitas por pais de santo (depois os
jornais populares copiaram) sempre com a preocupação de não deixá-los falar
demais prevendo situações desagradáveis. Fazíamos também previsões gerais tipo
“vai morrer uma pessoa famosa” (sempre morre), “as chuvas castigarão alguns
estados no verão (sempre castigam) e outras tantas previsões que na verdade
são apenas repetições do cotidiano. Embora revistas especializadas em astrologia
e previsões apareçam aos montes todo final de ano, quem se der ao trabalho de consultar
o que disseram as revistas antigas perceberá que é sempre e tudo a mesma coisa.
Talvez por isso mesmo a televisão esteja abrindo mão de fazer previsões em seus
programas jornalísticos ou de variedades. Ninguém que não sejam os políticos
que continuar enganando o povo.
Sem crença mas com bom humor
Quem não acredita (não são poucos)
precisa respeitar os que acreditam e levar tudo com bom humor. Foi o que fiz
quando um amigo também jornalista insistiu em levar-me a um pai-de-santo que leria
o meu destino nos búzios. Fui lá e quando entrei na sala em que as consultas
eram realizadas, o pai-de-santo colocou a mão na testa (dele é claro) jogou os búzios
e mandou essa:
“Não vejo você com nenhum problema”.
Não resisti e mandei a minha:
“Não vê porque é cego. Eu entrei
puxando a perna”
(sequela de um AVC que tive aos 26
anos e que carrego até hoje). (Eli Halfoun)
Vendedoras de porta em porta estão deixando as mulheres de “pernas pro ar”
por Eli Halfoun
Os tempos mudaram mesmo: até recentemente
mulheres só vendiam de porta em porta cosméticos, acessórios de beleza, utilidades
domésticas e roupas. Agora está aumentando o volume de vendas (e de vendedoras)
que oferecem de porta em porta os chamados brinquedinhos eróticos para, como
dizem as vendedoras, “apimentar a relação”. O surgimento de novas e
especializadas promotoras de vendas não acontece somente porque os casais estão ficando mais
espertos e liberais. As vendas também foram impulsionadas pelo sucesso dos
filmes “De Pernas Pro Ar” que estão até funcionando como modernos filmes
educativos sexuais. (Eli Halfoun).
Tabelinha milionária vai tirar o Maracanã da boca do povo
por Eli Halfoun
Todo mundo sabe que a milionária
reforma do Maracanã foi bancada com o dinheiro de nossos impostos, mas como
sempre a população não será a maior beneficiada: duas empresas privadas é que
deverão ficar numa boa explorando o estádio e o povo. Embora o arrendamento do
Maracanã vá depender de concorrência, é possível adiantar quem ficará com o
melhor pedaço do bolo: acredita-se que nenhuma empresa terá condições de concorrer
contra a sociedade armada pela IMX de Eike Batista e a construtora Odebrecht.
Em outras palavras: mais uma vez nós é que teremos de pagar muito para que eles
tenham muito lucro. (Eli Halfoun)
Não é mágica: mesmo elenco faz o mesmo espetáculo em dois teatros diferentes
por Eli Halfoun
A estréia da competente escritora Thalita
Rebouças no teatro, com a adaptação de seu primeiro livro (“Tudo por uma Pop
Star”), está inaugurando uma boa novidade: o espetáculo será apresentado na mesma temporada e pelo mesmo elenco em dois diferentes espaços, um no Teatro Clara
Nunes, na Gávea, Rio e outro no Centro Cultural João Nogueira, no Méier. Para
que isso possa acontecer foram criadas cópias dos cenários que ficarão montados
nos dois espaços para que evidentemente o elenco se apresente em dias alternados.
É sem dúvida uma inovadora forma de atrair mais público sem fazê-lo deslocar-se
por longas distâncias, o que, dependendo do espetáculo, pode ser apenas e lamentavelmente
perda de tempo. (Eli Halfoun)
Mulheres entram na briga para tirar Dilma da Presidência da República
por Eli Halfoun
Se quiser reeleger-se para a
Presidência da República (analistas políticos acreditam que é barbada) Dilma
Rousseff terá de enfrentar pelo menos duas outras candidatas femininas. Não há ainda
confirmação, mas já se fala que Marina Silva pode ser, com seu novo partido, uma
das concorrentes da presidente Dilma. A outra seria a ex-deputada Luciana Genro
(filha do governador do Rio Grande do Sul Tasso Genro) pelo PSOL que já teve (em
2005) Heloisa Helena como candidata. Agora Heloísa tentará reeleger-se
senadora. E pensar que houve tempo em que se dizia que política não era coisa
de mulher. Agora elas é que estão dando também as cartas politicamente. (Eli
Halfoun)
Que país é esse?
por Eli Halfoun
Legalmente não há, pelo menos por
enquanto, nenhum impedimento, mas mesmo assim é muito estranho que o deputado
José Genoíno (até recentemente apenas um suplente) tenha a coragem (ou seria
cara de pau?) de tomar posse em um cargo do qual será cassado não demora muito.
Episódios desse tipo (e muitos ainda virão) só fazem aumentar na população
a desconfiança de que, como tudo nesse país, o julgamento do mensalão corra o
risco de terminar em pizza.
Não se pode negar que a presença de Genoíno na Câmara dos
Deputados em Brasília, muito bem acompanhado de sua bonita filha Mariana,
mostra o quanto os condenados no mensalão não parecem envergonhados de nada.
Nem ruborizados ficam. Por mais que se diga inocente, José Genoíno é um condenado
que continua circulando livremente e querendo o emprego que diz ter conquistado
nas urnas com o voto de eleitores certamente bastante desavisados. Será que
outro qualquer condenado comum sem prerrogativas políticas pode pleitear seu
emprego de volta e continuar andando por aí livremente?
Enquanto o julgamento do mensalão não
for transformado em realidade, a população, que nada entende de firulas
judiciais, terá todo o direito de acreditar, como, aliás, sempre acreditou que
nesse país a Justiça não funciona que tarda e falha e que é muito mais cega do
que parece. (Eli Halfoun)
Erotismo marca a história dos livros em 2012
por Eli Halfoun
Quem gosta de fazer estatísticas não
deve esquecer que 2012 pode ser lembrado com o um ano editorial "erótico" por conta
do sucesso dos livros “50 Tons de Cinza”, de E.L. James, que vendeu 57 milhões de
exemplares no mundo. Nesse total, o Brasil colaborou com o consumo de cerca de 600 mil livros. Na esteira de “Tons de Cinza” vieram outros livros eróticos
de sucesso entre os quais “Toda Sua” e “Profundamente Sua”, de Sylvia Day que
vendeu, de saída, 120 mil exemplares por aqui. O novo ano promete mais leitura
erótica: em maio será lançado mais um livro da série “Pra Sempre Sua”. Pelo
visto estamos mais lendo do que fazendo ou fazendo mais com novos incentivos. (Eli
Halfoun)
A chuva e a seca carregam tudo. Só não levam a esperança
por Eli Halfoun
A chuva é nova, mas a história é
antiga: todo ano se repete com o temporal que desaba em janeiro. Todo mundo sabe
que mais dia menos dia a tragédia virá porque nada se faz
para impedir que ruas alaguem, casas caiam, pessoas que nada tem fiquem com
menos ainda. É impressionante como a natureza é mais cruel justamente com os
mais indefesos: a mesma chuva que mata e provoca estragos quase sempre irrecuperáveis
em locais que parecem esquecidos pelas autoridades e até por Deus é a que o ano
inteiro faz falta no nordeste e também mata deixando um rastro de miséria que, como a tragédia das enchentes, leva qualquer um às lágrimas. Não se tem feito
muito (na verdade quase nada) para impedir que a história se repita no sul, no
sudeste, no norte ou no nordeste. Ninguém pode impedir a ação da natureza, mas
é perfeitamente possível pelo menos tentar impedir que essa mesma natureza que
nos alimenta também nos mate. Se entra ano sai ano a história é sempre a mesma
e se todos sabem disso deveriam saber também que um trabalho de proteção e de prevenção
deveria ser realizado o ano inteiro (acelerado em dezembro) para impedir que
vidas já sacrificadas sejam carregadas morro abaixo e se transformem apenas em
um amontoado de lixo, que é, aliás, como essa pobre e grande parcela da
população é tratada há anos. Seja no excesso de água ou na tragédia da seca a
única coisa que ainda resiste é a esperança de pessoas que no peito e na raça
aprenderam a recomeçar e a jamais perder a esperança. Esperança ajuda, mas não
é solução. (Eli Halfoun)
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Deu na Vejinha: Manchete desaconteceu e virou bar temático no Estácio
![]() |
Reprodução: Veja Rio |
Leia mais, clique AQUI
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
"Atuar é estúpido". Frase de Jennifer Lawrence à Vanity Fair...
por JJcomunic
A atriz de "Jogos Vorazes", Jennifer Lawrence, está na capa da Vanity Fair. Na entrevista, ela vai na contramão da vaidade e da arrogância de muitas estrelas, até de baixa luminosidade, e declara que "atuar é estúpido". E deixa bem clara a importância que atribui às figuras que movem a indústria do entretenimento.
"Por que eu seria arrogante? Não estou salvando a vida de ninguém. Médicos salvam vidas. Eu estou fazendo filmes."
A atriz de "Jogos Vorazes", Jennifer Lawrence, está na capa da Vanity Fair. Na entrevista, ela vai na contramão da vaidade e da arrogância de muitas estrelas, até de baixa luminosidade, e declara que "atuar é estúpido". E deixa bem clara a importância que atribui às figuras que movem a indústria do entretenimento.
"Por que eu seria arrogante? Não estou salvando a vida de ninguém. Médicos salvam vidas. Eu estou fazendo filmes."
quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Para investidores, trem bala brasileiro vai entrar nos trilhos...
Assinar:
Postagens (Atom)