sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Salve a mudança: novela encerra algumas tramas para ficar mais dinâmica. O público tem pressa


por Eli Halfoun
A autora Glória Perez pode ter errado a mão no início de “Salve Jorge”, mas quem conhece seu trabalho conhece também sua enorme capacidade de dar a volta por cima e acertar a mão. Começa a fazer isso nos próximos capítulos com a decisão de libertar Morena e Jéssica daquele quartinho onde nada acontece. A autora decidiu trazer as personagens de volta ao Brasil, mas não sem enfrentarem novos sacrifícios: elas virão acompanhadas de Russo que as obrigará a engolir pacotinhos contendo drogas para contrabandear. Na chegada Morena passará mal no aeroporto e assim as duas ganharão enfim a liberdade. Daí em diante a novela muda totalmente seu rumo: Morena ainda aprontará muito no Rio e Jéssica terá adiada a sua morte, que estava prevista desde o início. Tudo indica que assim como aconteceu em “Avenida Brasil”, “Salve Jorge” começará a dar desfecho para algumas tramas, o que pode incluir a descoberta de que Vanda é uma traficante de bebê. O coronel interpretado por Oscar Magrini descobrirá uma criança no carro de Vanda. Ao encerrar as tramas que se arrastam “Salve Jorge” ficará sem os assuntos que embromam sem fim, como se fossem conversas de vendedores chatos. Assim a novela poderá ficar com apenas no máximo duas tramas para reconquistar um público que não aguenta mais assistir capítulos em que durante meses nada acontece. A vida de hoje tem pressa. (Eli Halfoun)

Flamengo joga para a torcida “tabelando” com Robinho


por Eli Halfoun
Sei não, mas ao anunciar a disposição de contratar Robinho junto ao Inter de Milão, a nova diretoria do Flamengo comete o mesmo erro da ex-presidente Patrícia Amorim e joga para a torcida, como se ela (torcida) acreditasse em Papai Noel. Parece que o Fla não aprendeu nada com a catastrófica passagem de Ronaldinho Gaúcho e ameaça (pelo menos hipoteticamente) repetir o erro. Só que dessa vez será bem mais difícil já que Robinho pede mais de um milhão de reais por mês de salário, quantia que o Santos já se recusou a pagar e o Flamengo não tem a menor condição de fazer. Além do mais a anunciada vontade de Robinho em voltar jogar em seu país esbarra em uma barreira intransponível: a mulher e filho de Robinho só aceitam voltar para Santos e ficar mais próximos de todos os familiares. No momento não é difícil perceber que o Flamengo não tem bala na agulha para bancar a milionária transferência do craque, o que deixa mais evidente que a intenção é a de uma vez mais ludibriar uma torcida apaixonada que não merece. Nessas fantasias natalinas do futebol (todo final de temporada é a mesma coisa) o Flamengo assim como todos os endividados clubes brasileiros de futebol deveriam seguir o exemplo do Vasco, que já deixou clara sua terrível situação financeira, está perdendo seu elenco, mas se recusa a jogar para a torcida prometendo contratações que não poderá fazer. Prometer e não cumprir é a mesma coisa do que fazer um gol contra. (Eli Halfoun)

Globo tem o bolo inteiro mas não quer a fatia do desfile das campeãs no Rio


por Eli Halfoun
O fato de ter os direitos exclusivos para a transmissão de todos os desfiles (primeiro e segundo grupo) das escolas de samba não significa que a emissora vá ficar com o bolo inteiro: está decidida a negociar com outra emissora a transmissão do desfile das campeãs no Rio, o que a faria ficar fora da festa final. Acontece que o desfile das campeãs não atrai tanto público e por isso mesmo está difícil encontrar quem queira comprar uma fatia de bolo que pode azedar em audiência. (Eli Halfoun)

Novos planos para Xuxa na Globo: apenas um filme especial por mês


por Eli Halfoun
Desde que o público infantil também ficou mais exigente e passou a buscar outras opções de entretenimento na televisão, Xuxa começou a perder telespectadores e embora tenha mostrado carisma e competência como condutora de atrações não necessariamente infantis não conseguiu repetir seu estrondoso sucesso. O resultado é que assim como Renato Aragão, Xuxa também parece estar com o prazo de validade vencido na Globo para programas semanais, o que não a afastará da emissora, da qual, assim como Aragão, é um patrimônio. Os novos planos da Globo para Xuxa são idênticos aos sugeridos para Renato: ela será atração mensal com um filme produzido como atração especial, já que no cinema Xuxa continua sendo recordista de bilheteria. O público infantil evoluiu e não quer mais apenas programas com brincadeiras repetitivas e desenhos sem graça. (Eli Halfoun) 

Rede Record faz emissoras rezarem (e faturarem) mais em todos os estados



por Eli Halfoun
Decidido a atrair mais fiéis e em conseqüência mais dízimos para a Igreja Universal, o bispo Edir Macedo, o todo-poderoso da igreja e da Rede Record, está decidido a transformar a emissora em uma grande rede de cultos religiosos. A ideia, que já começa a ser colocada em prática, é fazer com que todas as retransmissoras espalhadas pelo Brasil deixem de exibir a programação gerada pela Record-mãe e passem a dedicar quase todos os horários a programas religiosos e locais. Com essa medida, a Record pretenderia não só fazer uma grande economia em salários (demitiria quase todos os funcionários das afiliadas), mas também triplicaria o faturamento com as doações de fiéis. É bom alguém lembrar ao bispo que concessão de televisão não é para isso e muito menos para funcionar como um cofrinho de arrecadação. (Eli Halfoun)

Coroas, já pra rua! É a política da Infoglobo...

por JJcomunic
Deu no Lidão, o jornal do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro: para a Infoglobo, empresa que edita os jornais O Globo, Extra e Expresso, jornalista perde a vaslidade aos 60 anos.Levantamento do Ministério do Trabalho encontrou provas sobre discriminação de idade.
Leia a matéria completa. Clique AQUI

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

No Brasil é bem provável que o mundo acabe em pizza

por Eli Halfoun

Previsões assim como análises políticas, econômicas ou esportivas não costumam valer nada. Portanto, não se impressione muito com o fim do mundo anunciado para essa sexta-feira, dia 21. O mundo não vai acabar, mas a notícia do final nos mostrou que vivemos mesmo no fim do mundo. É cômico ver na televisão pessoas que procuram cidades distantes acreditando que nela estarão a salvo. É ridículo ver (o Fantástico mostrou) um cientista construindo uma fortaleza em que supostamente estaria imune ao do fim do mundo. Fim.  Do mundo ou não, é fim, e pronto: nada escapa. No Brasil não há motivo para preocupações. Como aqui tudo sempre termine em festa é bem provável que o mundo também siga a receita, ou seja, acabe em pizza. Como o calor mortal que tem feito sugere. (Eli Halfoun)

“The Voice” das mulheres ganha mais uma edição na Globo

por Eli Halfoun

Embora a repercussão e em conseqüência a audiência, especialmente da final, não tenha sido a que se esperava, "The Voice Brasil" terá mais uma edição no ano que vem. A fraca audiência (apenas 13.0) da final é atribuída a uma decisão absolutamente previsível desde o inicio do programa: a maioria do público parecia não ter mais dúvidas de quem seria (e foi) a vencedora. Se os números de audiência não foram lá essas coisas, os da matemática financeira não deixaram a desejar. Só os dez milhões de telefonemas da final garantiram faturamento que justifica mais uma edição.

O "The Voice" é apenas mais um bom programa de calouros bem produzido e que nos mostra o quanto esse país melódico até no falar tem de dezenas de artistas espalhados por todos os estados. Mais uma vez ficou provado que somos musicalmente um país feminino. Só as mulheres disputaram a final, embora o programa tenha apresentado bons cantores em suas edições. A ala musical masculina parece encontrar mais dificuldades para conquistar espaço fonográfico. De qualquer maneira, o programa mostrou bons cantores, todos vocal e musicalmente infinitamente superiores do que os "telós" da vida que andam fazendo sucesso ultimamente. Sucesso felizmente meteórico e que por isso mesmo não dura muito. Ainda bem.  (Eli Halfoun)

Corinthians viaja longe e busca reforços na Itália e na Alemanha

por Eli Halfoun

Pode ser (e provavelmente é) reflexo do entusiasmo de suas últimas conquistas e de uma realmente histórica alegria e festa da torcida, mas o Corinthians parece disposto a vencer tudo e busca reforçar ao máximo a equipe de futebol. A direção do clube estaria mantendo contato com o Milan para fechar a contratação (por R$ 42 milhões) do atacante Alexandre Pato, que não esconde seu desejo de voltar a jogar no Brasil. Jornais e emissoras de televisão da Itália confirmam negociações que, por enquanto, estão na base do reconhecimento de terreno, ou seja, ainda tem muito jogo para ser jogado. Não é só: o "Coringão" estaria tentando também as contratações de Renato Augusto junto ao Bayer Leverkusen, da Alemanha, e do zagueiro Dedé, junto ao Vasco, que deve mesmo perder o superzagueiro. Ninguém que trabalhar em empresa que não paga os salários e que parece desestruturar-se cada vez mais em tudo.

A recente vitória do bicampeonato conquistado no Japão animou também a Caixa Econômica Federal que tem seu nome estampado na camisa do clube. A Caixa está tão entusiasmada quer investirá mais no futebol de uma maneira gral: fechou contrato (R$ 100 milhões até 2014) de patrocínio para a transmissão da Copa de 2014. Os direitos de transmissão da Copa pertencem a TV Globo, mas a Bandeirantes comprou a parte que também lhe permite transmitir os jogos. A Caixa também investirá na GloboSat patrocinando todos os eventos de futebol em 2013 na emissora. Outra decisão da Caixa é a de instalar uma agência no Itaquerão, o novo estádio do Corinthians. Resta saber se a torcida fará depósitos financeiros ou se apenas tentará encontrar um maneira de botar a mão na bufunfa. (Eli Halfoun)

Demora na execução das penas pode fazer o julgamento do mensalão cair em descrédito popular

por Eli Halfoun

Existem caminhos (e burocracias) judiciais que precisam ser cumpridos, mas bem que o STF podia escolher um atalho para mandar executar imediatamente a prisão e cassação dos condenados no histórico julgamento do mensalão. O fato é que a demora na execução das sentenças está criando na população uma irritação e um descrédito que pode acabar fazendo com que o julgamento do mensalão passe a ser visto apenas como mais uma demonstração de que nesse país se joga para a torcida quando se trata de política e de justiça. O resultado é que o povo, que ficou tão justificadamente entusiasmado com o julgamento e as punições de corruptos, já acredita que, como sempre acontece, tudo acabará em uma grande pizza. O julgamento do mensalão já entrou para a história, mas precisa fixar-se nela fazendo cumprir logo o que a Alta Corte decidiu. Até para que ela continue sendo Alta e respeitada em suas decisões. Além de uma profunda descrença e irritação a demora, mesmo que legalmente permitida e exigida acabará criando para os corruptos mais uma certeza de que sempre dá para meter a mão gananciosa no dinheiro do povo porque as condenações que resultariam de julgamentos sérios não seriam cumpridas e, se fossem, deixariam os condenados no bem bom da liberdade por muito tempo. O mensalão não pode ser visto pelo povo como mais um jogo de cena. Esse filme o povo já viu e sabe que não vale a pena ver de novo. (Eli Halfoun)

“Fantástico” fica em 2013 mas para continuar precisa mudar muito. Inclusive com mais audiência

por Eli Halfoun

O Fantástico, um dos mais antigos programas da Globo, tem vaga cativa na programação dominical da emissora, mas para que continue assim precisa passar por uma grande reforma. É o que acontecerá no ano que vem,. Ou seja, o programa precisará mudar muito, principalmente em audiência. A decisão de realizar mudanças foi tomada diante de assustadores baixos índices: o Fantástico encerra o ano com a pior média geral de todos os seus mais de 30 anos de história. Não se sabe ainda que mudanças estão previstas, mas sabe-se que o quadro Medida Certa, que nem com Ronaldo foi um fenômeno de audiência, procura agora uma mulher famosa que odeie regimes e exercícios para submeter-se ao desafio de emagrecer. Entre as atrizes da emissora são muitas as que odeiam exercícios e dietas, mas está difícil encontrar aquela que aceite assumir isso publicamente. Sabe-se também que o programa passará a dar mais ênfase para o humor e os musicais "que é o que o público quer nas noites de domingo".Também quer informações e boas reportagens, o que não tem sido o caso ultimamente. (Eli Halfoun)

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Lembra da CPI do Cachoeira? Saiu do forno "al dente"

Acabou em uma gigantesca pizza da oposição. Por 18 votos a 16, os deputados acabam de rejeitar o relatório do deputado Odair Cunha, do PT. Políticos, empresários e até jornalistas envolvidos estão até agora comemorando presente de Natal. O desfecho é tão surreal que foi aprovado um relatório paralelo de uma página e meia que apenas pede que a Polícia Federal e o Ministério Público "continuem as investigações". Começa que a PF e o MP funcionam independentemente das vontades do deputados. Além disso, se a CPI trabalhou por meses para apenas concluir essa besteira, qual foi mesmo sua utilidade? O fato mostra a força dos pesos-pesados da política, das corporações e do crime envolvidos na maracutaia.

Tragédia de Newtown: mídia finge que não vê polêmica da venda livre de armas

Jornal americano Rock Hill Herald publica a notícia sobre a tragédia de Newtown bem ao lado de um promoção natalina de venda de pistolas e fuzis
Por aqui, a cobertura jornalística da chacina de Newtown disfarça, olha pro lado, e não entra de sola em uma discussão que afeta o Brasil. Em 2005, a centro-esquerda brasileira perdeu plebiscito que proibia de vez o comércio de armas, lembra? O lobby da indústria de trabucos continua dando as cartas. Além disso, a maior parte do armamento que abastece os traficantes brasileiros vem dos Estados Unidos. Esse semana, uma revista semanal conseguiu publicar uma grande matéria sobre Newtown sem citar sequer o problema da venda livre de fuzis, pistolas e munição no país que é um triste campeão mundial nesse tipo de massacre.
Leia artigo de Alberto Dines no Observatório da Imprensa. 
Clique AQUI 


Rio luta contra projeto que causa dano ambiental à cidade

Essa polêmica da construção de um pier que prejudica inteiramente a paisagem e o visual que a cidade tenta recuperar na área do porto, é emblemática. De um lado, uma empresa autoritária que pretende construir o pier a qualquer custo. De outro, omissão das autoridades. Por enquanto, a pressão da opinião pública está  segurando a onda. Por conta de uma ação popular proposta pela deputada Aspásia Camargo (PV), a Justiça concedeu liminar impedindo o desastre ambiental. 

STF: Direita, volver!

Fotomontagem. Reprodução do site Democracia & Política
O Globo/Reprodução



O terreno é pantanoso. o Brasil inteiro quer o combate à corrupção sem tréguas a políticos e empresários ladrões. Mas, calma aí. Antes de tudo, esse combate, para ser legítimo, não pode ser partidário e com pretensões de ser um 'terceiro turno" de eleições democráticas. Durante o julgamento do chamado mensalão, o STF inovou na liturgia, criou novos procedimentos, patrocinou correria e escorou-se no tal "domínio do fato" para produzir algumas condenações sem provas.  A direita aplaudiu o reality show transmitido ao vivo. O passo do STF agora é ainda mais grave. Pretende abrir o precedente inconstitucional de cassar mandatos de parlamentares eleitos pelo povo. É surpreendente a ousadia de um Poder, que não é votado, que atropela o outro, que emana do povo. Que o Congresso decida sobre a cassação. Se considerar que há motivos, que retire os mandatos dos parlamentares "condenados" pelo STF. Se  não, que o Congresso seja julgado pela opinião pública e os parlamentares pelo eleitor. Assim é a democracia.  A pergunta é se o STF está com recaída nostálgica. Durante os cinco primeiros anos da ditadura militar, o tribunal ainda concedeu habeas corpus a políticos perseguidos pelo regime, embora, no mesmo período, nunca tenha contestado a inconstitucionalidade dos atos institucionais. Nos anos seguinte, rendeu-se  de vez z e vergonhosamente aos milicos.  Aliás, um dos ministros do atual STF costuma defender publicamente o regime que assassinou e torturou brasileiros.

O  texto abaixo foi escrito pelo jornalista Elio Gaspari para a Folha de São Paulo e O Globo.




Quando o Poder Legislativo está fraco, resta-lhe só a força da história.

"Se não prevalecerem as almas de bom-senso, o Supremo Tribunal Federal irá para um conflito de Poderes com o Congresso por causa dos mensaleiros condenados pela corte. Por quatro votos contra quatro está empatada a votação que poderá determinar a cassação dos mandatos de parlamentares delinquentes. O desempate virá do ministro Celso de Mello. Os juízes do Supremo são os guardiães da Constituição e suas decisões projetam-se sobre o funcionamento das instituições. Se a votação está empatada é porque a corte se dividiu quanto ao nó da questão: o mandato dos mensaleiros é deles ou encarna a vontade de seus eleitores? Se é deles, uma vez condenados pelo Judiciário é razoável que o percam, como perderia o emprego um motorista. Se o mandato é dos eleitores, paciência, a decisão é do Legislativo. (...)

Leia o artigo completo, clique  AQUI


















































Sétimo Céu, 1959: o dia em que Roberto Carlos foi galã de fotonovela...


Roberto Carlos e Mary Fontes na capa da Sétimo Céu. Reprodução

"Assim Quis o Destino". fotonovela da revista Sétimo Céu

Roberto em cena. Reprodução
por José Esmeraldo Gonçalves 
Um mergulho no baú de um dos maiores fenômenos de comunicação no Brasil, a fotonovela, revela um fato curioso: em 1959, quando, já no Rio, tentava abrir caminho na música, Roberto Carlos ganhou alguns trocados como galã de um drama em imagens da revista Sétimo Céu, da extinta Bloch Editores. A fotonovela de RC chamava-se "Assim Quis o Destino". O argumento era de Mary Lee, direção de fotos de Victor Gomes, fotografia de Alberto Jacob. RC fazia o papel de "Ricardo" e contracenava com Mary Fontes (Rosinha). L. Loureiro (Júlio), Ilka Monteiro (Liana) e José Fulgêncio (Mordomo). Na época, Roberto era datilógrafo do Ministério da Fazenda e tocava em festinhas particulares. Essa fotonovela da Sétimo Céu teria sido seu primeiro trabalho artístico. Ele participou ainda de mais quatro histórias. Um delas, bem mais tarde, sobre sua própria vida.



Barbosa faria bonito na eleição presidencial


por Eli Halfoun
Ninguém pode duvidar que o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, é hoje o homem mais respeitado e admirado do Brasil e tem todas as condições para concorrer a um cargo político, o que ele realmente não quer. Se quisesse, como insistem muito partidos que o convidam insistentemente, candidatar-se à Presidência da República, Barbosa faria bonito. A jornalista Mônica Bergamo, da “Folha de São Paulo”, é quem informa que pesquisa realizada na Ipespe, em São Paulo, revelou que 24% dos entrevistados “votariam com certeza em Barbosa enquanto 26% admitiram que poderiam votar. O Brasil está mesmo precisando de gente honesta e competente. (Eli Halfoun)

Americana Delta pode decolar na Gol


por Eli Halfoun
Boa notícia para os funcionários que foram arbitrariamente demitidos da Webjet: os 3% que a Delta possui oficialmente na administração da Gol (ocupa uma cadeira no Conselho de Administração) podem ser turbinados. Pela lei, estrangeiro não pode ter mais do que 30% de companhia aérea brasileira, mas a americana Delta estaria aumentando sua participação na empresa aérea brasileira que, como fartamente noticiado, atravessa um turbulento vôo financeiro. Ninguém confirma oficialmente a negociação, mas sabe-se quer como diria o Barão de Itararé há no ar muito mais do que apenas aviões de carreira. (Eli Halfoun)

Swarzenegger vem fazer força no Brasil para levantar dinheiro


por Eli Halfoun
O Brasil acaba de confirmar a primeira visita de celebridade internacional para abril de 2013. Quem vem aí é o ator Arnold Swarzenegger e felizmente não para atuar em filme: desembarca por aqui como representante do Arnold Sports Festival que pela primeira vez fará no Brasil uma edição de seu festival de fisiculturismo. O evento atende pelo nome do ator, que como se sabe, é bom nos “ferros”. Swarzenegger calcula que a versão brasileira do festival custará em torno de seis milhões de reais, mas renderá no mínimo dez vezes mais, já que a previsão é reunir pelo menos 35 mil visitantes no Centro de Convenções Sul America, no Rio. Carregar esse peso nos braços e nas costas é sem dúvida um esporte muito salutar para qualquer conta bancária. (Eli Halfoun)

domingo, 16 de dezembro de 2012

Corinthians faz o Brasil ser novamente campeão do mundo

por Eli Halfoun
Antes do início da partida que definiria (definiu) o Campeão Mundial de Clubes conversei com muitos torcedores de vários times do Rio e de São Paulo e me impressionou como alguns torcedores brasileiros torciam pela derrota do Corinthians e, em consequência, por mais um fracasso do futebol brasileiro. O Corinthians tem uma torcida inflamada, muitas vezes exagerada e agressiva e, no fundo, é isso que faz com que torcedores de outros clubes, tanto no Rio quanto em São Paulo, tenham uma espécie de desprezo por aquele que é sem dúvida um dos times mais populares do país e talvez (agora principalmente) do mundo. No fundo, os torcedores não corintianos não gostam mesmo é da torcida do Corinthians, invejam seu entusiasmo e odeiam os muitos exageros que cometem quando torcem sem medidas. Na partida contra o inglês Chelsea isso nem deveria importar muito. O Corinthians que estava em campo era um time brasileiro e me parece meio sem sentido torcer contra o Brasil em qualquer situação. A vitória do Corinthians fez uma vez mais o Brasil campeão do mundo. É isso o que realmente vale e interessa. (Eli Halfoun)

Para o jornal inglês, The Sun, título do Corinthians foi o "fim do mundo"


Corinthians é bicampeão mundial...

Gol do Guerrero - Reprodução TV Globo
A comemoração do Corinthians
Em campo, os jogadores responderam a quem não acreditava no time. A vitória do Corinthians é um injeção de otimismo no futebol brasileiro desgastado pela Era Mano Menezes e pelo pessimismo da mídia. Nos últimos anos, o complexo de inferioridade sempre entrava em campo junto com a Seleção. Que o título do Corinthians e de Tite marque a virada.

Deu na Folha...

Reprodução Folha de São Paulo
Reproduções Folha de São Paulo

sábado, 15 de dezembro de 2012

Volta de aquecimento...

A prova era de snow mobile em dia de Grand Prix considerado a F-1 da neve. Mas quem fez sucesso foi a modelo alemã Micaela Shaeffer, que resolveu dar uma voltinha de carona com um dos competidores. O frio na Áustria, em Saalbach, estava abaizo de zero grau mas a visão do aerofólio traseiro fez a neve derreter.
Veja o vídeo. Clique AQUI

Selinho premiado: virgem na Playboy

Reprodução Facebook
A catarinense Catarina Migliorini, 20, que leiloou sua virgindade na internet, estará na Playboy brasileira de janeiro. A revista anunciou pelo Facebook que a menina a capa da revista. O cachê não revelado virá se somar ao R$ 1,5 milhão que um japa pagou para o fuque-fuque e ao contrato para uma campanha de lingerie. Conclusão: o selo era premiado.

Mancada em tempo real...

por JJcomunic
Logo que foi divulgada a notícia do massacre de Newton, sites de várias TVs e publicações, como Fox News e CNN, colocaram no ar uma suposta página do Facebook do suspeito "Ryan Lanza". Fotos reproduzidas da página correram o mundo até que ‘amigos’ de Facebook de Lanza mostraram que aquele não poderia ser o verdadeiro assassino, até porque continuava postando mensagens, enquanto o Lanza verdadeira estava morto. "Fuck you CNN, nao fui eu.Cale a boca, todo mundo, nao fui eu”.“Eu estou no ônibus indo para casa agora, nao fui eu. NAO FUI EU , EU ESTAVA NO TRABALHO” – teve que escrever o Lanza vítima do erro da mídia apressada. Só depois do "mico", foi noticiado que o assassino era Adam Lanza, irmao de Ryan.

Tá decretado: se o sujeito é " calmo" e "solitário" pode ser um serial killer...

Alguém já disse que jornalista é o cara que tira conclusões mais rápido. E gosta de rotular também. Esse título hoje, da Folha, é típico. "Calmo" e "solitário vira indício de monstro. Se você é "calmo" e solitário", cuidado, seus vizinhos agora vão olhar atravessado. Vai que essas "terríveis" características escondam um sujeito que guarda um arsenal em casa e está só esperando a hora de disparar rajadas por aí? E se o assassino for gordo? Se for careca? Se sofrer de incontinência urinária? Se for "agitado" e "sociável"? Se for republicano? Se for democrata? Se for imigrante? Se for preto? Branco? Se for ateu? Se for carola? Se for jornalista? /o que ten a ver? Te manca, editor! Crítica ao comércio livre de armas nem pensar, né?

Nota fiscal incomoda muita gente, transparência incomoda muito mais...

Você já ouviu muitas vezes que o Brasil tem impostos altos. Existe até um painel badalado em São Paulo que faz essa conta. Faltam, claro, por um questão de honestidade, mais dois painéis: um que deveria somar as taxas privadas que os brasileiros pagam, do pedágio passando pelas taxas bancárias e de administração e muitas outras impostas por hospitais, escolas, planos de saúde etc. O outro contabilizaria isenções e renúncias fiscais. Mas quando o governo cria uma norma transparente - listar nas notas fiscais os impostos e taxas recolhidos pelos comerciantes - há resistência. Um deles chegou a dizer que seria impossível, que não há computador que resolva isso, que o consumidor ia sair das lojas com notas fiscais de mais de um metro de comprimento. No dia seguinte a essa estranha declaração, um técnico informou que um programa simples resolve esse "problema".
Não é que imposto no Brasil seja alto, em muitos casos é mesmo, o pior é que é injusto. Assalariados são descontados na fonte, a população paga os impostos na boca do caixa. Indústrias e comércio cobram a conta dos zé-manés mas dispõem de mil recursos para não transferir todo o arrecadado. Isensões, incentivos, prazos para repassar o dinheiro que, enquanto isso, rende em aplicações, labirinto de pessoas jurídicas, paraísos fiscais etc. E se, depois disso tudo ainda ficar devendo, tem o refis ( o refinanciamento secular do pendura).  Por isso, a CPMF, aquela taxa cobrada nos cheques e transações financeiras, e que era justamente proporcional, foi tão combatida e e devidamente torpedeada. Lembra? O governo foi derrotado de goleada. O que incomodava na CPMF não era o percentual, até baixo, é que o mecanismo de desconto servia para monitorar grandes transferências. Ou seja, era um obstáculo a mais nas 'lavanderias" de dinheiro ilegal. Por isso, o fim da CPMF é comemorado até hoje com champanhe e caviar. Tanto na Avenida Paulista quanto nos mafuás e doleiros e redutos de traficantes que têm a incômoda tarefa de "lavar" milhões de dólares sujos.
Um adendo, só pra relaxar: sabia que em Portugal lavagem de dinheiro atende pelo nome de "branqueamento de capitais"?

Onde estão os legisladores?



deBarros
A Proposta de Emenda à Constituição – a       PEC 37 – que tira do MP o poder de investigar não é apenas uma Emenda da Câmara. Não é tão simples como parece ser. Por trás dela vemos intenções que se tornam óbvias quando se juntam outras intenções – como por exemplo –  de regulamentar a imprensa brasileira atrelando-a a um cabresto controlador  de governo. Ao mesmo tempo que limita o MP de usar as suas atribuições investigatórias na busca de elucidações de crimes cometidos contra o patrimônio público impede a esse MP de junto com a Polícia Civil chegar ao êxito desejado de enquadramento dos possíveis criminosos descobertos em suas ações criminosas tanto na área civil como pública.
O Projeto não vem atender especificamente a este governo, no meu entender, ele visa atender a governos não só atuais como a futuros se estendendo, como não poderia deixar de ser, a governos municipais e estaduais.
O legislador, talvez levado por injunções políticas, na sua febre compulsiva de legislar acaba criando leis que vem a se tornar obstáculos  administrativos a qualquer governo que se pretenda ser governo.
Ao mesmo tempo que o Legislador procura tirar do MP uma de suas e inerentes funções, que é o poder investigatório, procura também dividir  com os Estados produtores de petróleo os “royatyes” – no caso o Estado do Rio e o Espírito Santo – que lhe são devidos pela pesquisa e retirada de suas costas oceânicas o precioso hidrocarbureto, a maior fonte de energia que move o mundo moderno.
Com a descoberta de novas e ricas jazidas de petróleo encontradas nas camadas do Pré Sal” a profundidades jamais pesquisadas em todo o mundo, até os dias de hoje, em águas oceânicas nas costas desses mesmos Estados, entenderam os legisladores que esses “royatyes” deveriam ser partilhados a partir de então com todos os Estados da República.
Seria justo essa partilha? Fica a pergunta que não será respondida em termos lógicos porque diante de projeto aprovado pela Câmara que divide por todos os Estados esses “royaties” e encaminhado ao governo para a sua assinatura pela Presidenta que veta exatamente  a cláusula de partilha criou-se  mais um impasse com emendas e projetos que por sua natureza intrínseca e polêmicas tornam-se eles discutíveis à luz de, no meu entender, de direitos adquiridos nos seus longos anos.
Como tirar do MP os seus direitos investigatórios de procurar desvendar crimes de natureza pública ou privada durante todos os anos que sob o Estado de Direito vem atuando e também reduzir violentamente os “royatyes” que de direito, durante todos os anos os estados do Rio e do Espírito Santo vem recebendo pela pesquisa e extração de petróleo de mares que banham as suas costas?
Onde ficam os direito adquiridos expressos na Carta Maior que regem qualquer outra lei que venha a ser criada que não pode ser superposta  a lei substantiva?
O que está acontecendo com os legisladores brasileiros?

Praia privada: no Rio sem dono, o Verão do crachá

O precedente é assustador. Embora a lei determine que praia no Brasil é terreno público, uma empresa conseguiu, em acordo com o Forte de Copacabana, ocupar uma área na orla, que será transformada em beach club para endinheirados. Moradores da região protestam mas a data de inauguração já está marcada. Se vale para um, vale pra todos. Não será surpresa se, em futuro próximo, cercadinhos vips invadirem Ipanema, Copacabana, Barra etc. Praia só pagando e com crachá.

Massacre de Newtown: sangue respinga nos defensores do self service e do delivery de pistolas e fuzis

por JJcomunic
O sangue derramado na escola primária de Newtown, pequena cidade em Connecticut, respinga nos políticos americanos - especialmente os ferrenhos defensores da liberação das armas para todos -, e em parte da opinião pública que é a favor dessa política da morte. O massacre que agora deixou 26 mortos é o quinto só este ano. O total de vítimas já ultrapassa o cifra 50. Ou  ponto 50, como eles gostam. A tragédia deve servir de alerta ao Brasil que por pressão da opinião pública adotou controle de venda de armas. Mas vale prestar atenção: há no nosso Congresso suspeitos projetos que amolocem esse controle. O Brasil paga seu preço pela liberaçaõ de venda de armas nos Estados Unidos: boa parte das pistolas e fuzis que abastecem bandidos por aqui vem de lá em fluxo continuo. Os jornais noticiam que a mãe do assassino de Newtown, também morta na chacina, foi quem comprou uma das pistolas utilizadas, além de um fuzil poderoso. Simples assim; escolheu, botou as armas no carrinho de compras, providenciou bastante munição e abasteceu o arsenal que vitimaria crianças e adultos. O lobby das armas é tão forte nos Estados Unidos que o país, após o 11 de setembro, criou ínúmeras formas de controles dos cidadãos na guerra contra o terrorismo mas não foi capaz de impôr obstáculos à venda aberta de armas leves e até de grande calibre. Obama, que se emocionou ao comentar a tragédia na TV, insinuou que é hora de mudar esse quadro. Na última campanha, ele pouco tocou no assunto. Fabricantes de armas são grandes financiadores de políticos de todos os estados. Apertar o cerco implica em perda de votos.  Mercadores de armas tamém por força do poderio financeiro recebem apoio de boa parte da mídia, com destaque para jornais regionais. É um nó difícil de desfazer. Custará muitos massacres e muitas vidas ainda.

"Salve Jorge": mais uma novela marcada até o fim pelo erros do começo



por Eli Halfoun
Quando uma pessoa comete um deslize, ou se preferirem um malfeito (expressão que a presidente Dilma fez virar moda) ela fica definitivamente marcada por seu erro que é sempre citado até quando o autor do deslize não cometa mais nenhum. É exatamente o que acontecerá com a novela “Salve Jorge” e em conseqüência com a boa autora Glória Perez: mesmo que a novela sofra uma grande reviravolta,o que já está acontecendo, será marcada até o final pelo fracasso inicial. “Salve Jorge” estreou debaixo de uma saraivada de críticas, que fizeram e fazem o público não “ligar-se” muito na novela. Agora está difícil retomar o público que se não mostrou grande interesse no início não acumulou entusiasmo que o faça retomar com atenção o acompanhamento dos capítulos (alguns muito chatos e repetitivos) diários.          “Salve Jorge” promete uma nova trama para ser discutida: o contrabando de órgãos vendidos clandestinamente para pacientes mundiais, como se fosse carne exposta no açougue. Glória Perez está tentando dar a volta por cima. Começa a conseguir, mas nem assim terá o público que esperava. “Salve Jorge” pagará até o fim até pelos erros do começo. (Eli Halfoun)