domingo, 19 de setembro de 2010
sábado, 18 de setembro de 2010
Uma puttana vai brilhar em Estoril
![]() |
Violante Placido, do filme "The American", na Playboy italiana. |




Aphrodite se quiser
Luis Inácio falou
* "Não vamos derrotar apenas os nossos adversários tucanos, nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como partido político e não tem coragem de dizer que têm partidos políticos"
* "E eles falam em democracia. A democracia que eles não suportam é dizer que a economia brasileira vai crescer mais de 7% neste ano."
* "Não sou eu [que] vou censurá-los, é o telespectador, é o ouvinte, e é o leitor que vai medir aquilo que é mentira e aquilo que é verdade. Essa gente [da imprensa] não me tolera. É por isso que essa gente, mesmo lendo nas pesquisas de opinião pública e vendo que tem apenas 4% que acham o governo ruim e péssimo. Deve ser na casa do Serra e na casa do Alckmin. Essa gente não tolera."
* O que eles não se conformam [é] que um metalúrgico fez mais universidades que todos os presidentes elitistas que passaram por este país e geramos quase 15 milhões de empregos com carteira profissional assinada. O que eles não se conformam é que os pobres não aceitam mais o tal do formador de opinião pública. Eles não se conformam é que os pobres estão conseguindo enxergar com os seus olhos, pensar com a sua cabeça, pensar com sua consciência, andar com as suas pernas e falar com sua boca. Não precisam do tal de formador de opinião pública. Nós somos a opinião pública e nós mesmo nos formamos."
Já o presidente do PT, José Eduardo Dutra, atacou a oposição.
* "[São] falsos defensores da liberdade que acusam o senhor [Lula] de governar em cima de palanques, mas eles sentem falta dos que governavam em cima de tanques".
Conclusão? Lula cutucou a onça: vai apanhar muito da mídia conservadora nos próximos dias.
Jornal do Brasil sai do papel para dobrar o número de leitores na internet
O que no início era uma imposição econômica para escapar da falência e para muitos uma temeridade e uma incógnita acabar com a edição impressa e transformar o Jornal do Brasil no primeiro jornal 100% digital do país está se transformando em uma agradável e até surpreendente realidade: ao mesmo tempo em que perdeu seu tradicional espaço nas bancas, o JB ganha mais leitores. Dados do Google Analytics publicados no próprio JB revelam que no primeiro dia ocorreram cerca de 650 mil visualizações de páginas, o que representou aumento de 92% de visualizações de suas páginas digitais, quase o dobro do dia anterior (31 de agosto). Confesso que nem com minha longa experiência jornalística estou convencido que o jornalismo virtual tem ou terá em curto espaço de tempo maior (ou pelo menos igual) importância e repercussão do que o jornal (e as revistas) de papel. Em jornalismo ainda vale não só o que está escrito, mas também e o que está impresso. Não tenho dúvidas de que o jornalismo virtual já é uma realidade e será muito forte daqui para frente: muitos outros veículos seguirão esse mesmo e pioneiro caminho do Jornal do Brasil que está escrevendo em sua bela história de 119 anos de jornalismo mais um importante capítulo: o da coragem e da audácia que só os pioneiros têm. Para conhecer o JB digital, que continua bem editado, basta fazer (http://jb.digitalpages.com.br/home.aspx) uma assinatura (R$ 9,90 mensais, o equivalente a 20% do preço da antiga assinatura).
A queda do Império Romano
60 anos de televisão são 60 anos de história do talento brasileiro
A televisão brasileira está completando 60 anos e a festa maior acontece em torno do pioneirismo de Assis Chateaubriand que trouxe a novidade para o Brasil. Nada mais justo que Chateaubriand seja o grande homenageado sempre que se fala em televisão no (e do) Brasil, mas somente 30 anos depois da TV Tupi ter exibido a primeira imagem no “aparelho mágico” foi que nossa televisão ganhou espaço, reconhecimento e prestígio internacional. Mesmo os que não aceitam o quase monopólio (monopólio é mesmo inaceitável) que a Globo exerce hoje é impossível deixar de reconhecer a importância da (das) emissoras dos Marinho. Foi a Globo que estabeleceu um novo padrão de qualidade para e na televisão brasileira. Exportou e exporta o talento nacional para o mundo. Mais do que contar a história dos 60 anos de TV no Brasil, o importante é mostrar que nunca se pode desacreditar das novidades. A caixinha mágica que trazia inexplicavelmente as pessoas para dentro de nossas casas teve um início de total desconfiança e descrédito (“isso não vai pegar") assim como tiveram depois o videocassete, o CD player, o computador, o celular e tudo mais que parece mágica da comunicação e por isso mesmo torna-se muito assustador no início. Em 60 anos de história, a televisão brasileira mostrou não só o talento e a capacidade de lidar e até melhorar o que é novo, mas também e principalmente que o brasileiro é suficientemente capaz conviver bem (e até melhorar) com qualquer novidade. Por mais avanços que a eletrônica apresente, o homem será sempre a principal e mais importante peça. Como foi e tem sido nesses 60 gloriosos anos de televisão no Brasil. Com um talento e uma técnica invejáveis.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Bolsa-Lexotan 2
Enfim um palhaço assumido na política

O mau humor e o bico furioso de quem sabe que já perdeu
Sabemos todos que pesquisas não definem eleições e sabemos também que, mesmo assim, são um forte indício de como será o comportamento do eleitor nas urnas - essa sim, a pesquisa definitiva e real. Há outros indícios que favorecem uma análise do resultado final. Um desses indícios têm sido, sem dúvida, o mau humor e nervosismo que o tucano José Serra (ele entrou para a disputa achando que sua vitória seria uma barbada) tem mostrado, especialmente depois da divulgação, na última quinta feira, de uma nova pesquisa Datafolha mostrando que Dilma Roussef está virtualmente eleita no primeiro turno com 51% dos votos contra 27%. Na medida em que todas as que as pesquisas praticamente definem o resultado final, os candidatos derrotados passam a apelar para acusações ofensas e um sintomático mau humor sempre que são solicitados para entrevistas. José Serra anda bicando tudo e todos, está com um indisfarçável mau humor e não consegue mais esconder a cara de quem já perdeu. Enquanto isso Lula gargalha triunfante e como um grande vitorioso: ninguém acreditava que ele faria de Dilma a sua sucessora com tanta, até agora, facilidade. Ainda falta um tempinho para a eleição, mas é bom que ela se defina logo no primeiro turno e tudo indica que acontecerá. Assim a vitória fica ainda mais incontestável.
Velha fórmula do “quem matou” busca mais audiência para “Passione”
O autor Silvio de Abreu deixou claro em muitas de suas entrevistas que “Passione” seria uma novela policial, ou seja, com assassinatos e, portanto, suspeitos para intrigar e mobilizar o público. O que não é nenhuma novidade em novelas, desde o “quem matou Odete Roitman" tomou conta da curiosidade popular e em conseqüência do noticiário da chamada imprensa de variedades, em 1988, na novela “Vale Tudo”, de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères. No caso de “Passione”, a trama policial saiu da novela e ganhou o noticiário com várias especulações sabiamente alimentadas pelo autor. Primeiro, insinuou que o assassinado da vez poderia ser Saulo (ótimo trabalho de Werner Schunneman); depois, a imprensa especulou o assassinato de Fred (Reinaldo Gianechinni) e, agora, é dado como certo o assassinato de Diana (Carolina Dickman) que se vier mesmo a ser confirmado revela que o casal romântico que seria formado com Gerson (Marcelo Anthony) não teve junto ao público a química que se esperava e a solução é tentar formar outros casais tanto para Gerson quanto para Mauro (Rodrigo Lombardi). Esse poderá ser mais um mistério na base do “com quem será com quem será que o Gérson (ou o Mauro) vai casar”. Silvio de Abreu incentiva a especulação em torno do assassinato de Diana, mas não dá muitas dicas sobre quem é o assassino e deixa claro que serão muitos os suspeitos (personagens não faltam) e o público terá de esperar até o fim pela revelação (até lá agüente-se as especulações e os joguinhos de adivinhação que as revistas costumam fazer). A outra dica policial de Abreu é a de que a morte de Gouvêa (Mauro Mendonça) no início da novela não foi natural como se pensa, mas também um crime. De assassinato em assassinato, “Passione” espera encher o papo de audiência e embora a fórmula do “quem matou” seja antiga e repetitiva mostra uma vez mais que ela sempre funciona. Em cinemas, teatro e televisão é mesmo assim: nada acontece uma única vez.
Jornalista colombiana perseguida. Essa a mídia brasileira não deu
A Federação Europeia de Jornalistas denuncia: a Inglaterra negou visto à jornalista colombiana Claudia Julieta Duque, que iria a Londres receber prêmios por diversas reportagens sobre violação de direitos humanos na Colômbia. Segundo a FEJ, a jornalista foi sequestrada, passou dez dias em cativeiro, por conta das denúncias, e sofre perseguições por parte de do governo e de políticos. Uma das suas reportagens investigou a morte do jornalista Jaime Garzon e responsabilizou orgãos de segurança do governo e resultou em uma condenação de um dos chefes do serviço. Anteriormente, a Inglaterra havia elogiado Claudia Julieta Duque pelo seu trabalho. Além de ter sido sequestrada, a jornalist já foi obrigada a deixar o país três vezes em seguidas ameaças de morte. Seu jornal deu isso? Provavelmente, não. Para a mídia comercial brasileira, que apoiou até o golpe em Honduras, a Colômbia é o novo shangrilá da América do Sul.
iPhone 4, que nada! Vá de iPhone retrô...

Um dia a casa cai
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Do baú do paniscumovum: o candidato-robô segundo a Pif-Paf



Futebol: no tempo dos apelidos
O post mais abaixo sobre a primeira transmissão de futebol via twitter e os bordões de Waldir Amaral faz lembrar uma época em que os locutores tornavam a narração de um jogo ainda mais saborosa usando apelidos até hoje famosos. Relembre alguns:
Nilton Santos era a Enciclopédia; Vavá, o Leão da Copa; o goleiro Pompéia, o Constelattion; Zagalo, o Formiguinha; Amarildo, o Possesso; Almir, do Vasco, o Pernambuquinho; Rivelino, o Garoto do Parque; Pepe, o Canhão da Vila; Didi, o Príncipe Etíope...
Nas ruas a opinião política de quem sabe o que diz
Tempo de eleição permite e justifica todo tipo de comentário nas calçadas ocupadas por um cada vez maior número de entregadores de propaganda eleitoral instruídos para elogiarem o candidato mesmo que não saiba direito quem é candidato que, digamos, representam. Em uma movimentada esquina da rua Conde de Bonfim, na Tijuca, um propagandista tenta convencer a eleitor a votar em um canditado a deputado federal e vende seu peixe: “Esse tem história, trabalha muito, trabalha sério e é honesto”. Um senhor que também ouve a argumentação limita-se a dizer para o rapaz: "Esse candidato que você descreveu ainda não nasceu”.
E mais não disse. Nem era necessário.
Tim Maia ganha musical e filme sobre uma vida que parecia (mas não era) ficção
O delicioso e movimentado livro “Vale Tudo - O som e a fúria de Tim Maia" que Nelson Motta lançou há meses sairá das estantes para ganhar vida no palco: está sendo (era inevitável) adaptado como musical e também ganhará uma versão cinematográfica. A vida de Tim Maia parecia mesmo ficção, mas tudo o que está deliciosamente narrado no livro é a mais a pura verdade. Tim Maia viveu como um personagem no qual acabou se transformando.
Da série Bolsa-Lexotan: Serra queria "apagar" a televisão...
por Gonça
Há tensão no ar, lado a lado. A campanha se acirra e não dá para prever o que vem por aí. Ontem, na CNT, Serra não gostou de uma pergunta da Márcia Peltier sobre o suposto dossiê fiscal. "Se a entrevista é essa, não preciso ficar". Na discussão, o tucano, irritado, acusou a entrevistadora de repetir o argumento do PT de que a quebra do sigilo fiscal teria acontecido antes da campanha. "Faz de conta que eu não vim", disse, antes de ser convencido a ficar até o fim da entrevista. Uma repórter do portal Terra gravou um áudio da encrenca. Em um trecho, Serra diz "apaga aqui". Márcia pergunta: "O que senhor quer que apague?". "Ué, a televisão", diz o candidato. Marcia dirige-se à equipe, com audível ironia: "Apaga a televisão, gente".(Foto:Divulgação/CNT)
Para ouvir o bate-boca, vá ao You Tube e veja a matéria do Terra. Clique AQUI
Datafolha: Dilma sobe, Serra estaciona
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Futebol via twitter
Lembra dos bordões do locutor esportivo Waldir Amaral, da Rádio Globo? "Tem peixe na rede do Flamengo", "Estão desfraldadas as bandeiras do Vasco", "Choveu na horta do Vascão", "Indivíduo competente o Roberto, dez é a camisa dele" eram algumas das suas marcas registradas que ecoavam no Maracanã e no Brasil. Tudo isso leva a uma novidade: o jogo Fluminense e Corinthians, no Engenhão, hoje, dá o ponta-pé inicial na primeira cabine de transmissão de um jogo via twitter do mundo. Anote os endereços dos "locutores": @OCriador, @MrManson, @Na_kombi, @Cmerigo e o casseta @Beto_Silva. A transmissão também poderá ser acompanhada, ao vivo, no site www2.ale.com.br/cabine
A Cabine é comandada pelos humoristas Silvio Lach e Ulisses Mattos (do @Na_Kombi).
O relóóóooogio maaaaaaaarca!!!!!! Saudades do grande Waldir Amaral, que marcou gerações de torcedores.
Lady Gaga entra para a universidade como tema de estudo
As faculdades norte-americanas costumam colocar entre as matérias que lecionam o estudo das biografias dos grandes nomes da literatura americana como, entre outros, Ernest Hemingway e John Steinberg. Os tempos mudaram e personalidades musicais também estão virando tema de aulas, caso de Lady Gaga que entrou na grade curricular com Gaga for Gaga Sex, Gender e Idendity (Gaga por Gaga Sexo, Gênero e Identidade). O tema foi desenvolvido pela aluna de pós-graduação Christa Ramanosky que propõe aos alunos analisarem o fenômeno pop através de suas músicas e videoclipes e a influência no comportamento sexual e nos movimentos feministas. A discussão e o curso são para alunos de pró-graduação da Universidade de Virginia.
Ronaldo, 100 velinhas para 100 quilos
Ronaldo, o Fenômeno, continua sendo alvo de gozações por conta de uma gordura que por mais que se esforce não consegue ficar livre. Quando viu o jogador com o número 100 na camisa do Corinthias, Marcelo Tas, o apresentador do CQC, não fez por menos: “Pensei que 100 na camisa de Ronaldo era marca dele na balança, não as velinhas do bolo do Timão”. Dá no mesmo.
Suposto caso de Luiza Brunet com Lula só existe na internet
As hoje chamadas revistas de celebridades (já foram chamadas de revistas de fofocas) sempre são acusadas de fazer repercutir e até de criar as grandes fofocas artísticas. Não é bem assim que a banda toca: as grandes fofocas geralmente ganham generosos espaços nas chamadas revistas (e jornais) sérias, como se fazer revista de celebridade fosse uma brincadeira de jornalismo e não é não. Pelo contrário: é muito mais difícil e complicado. Agora mesmo é a respeitada Veja faz repercutir a fofoca de que Luiza Brunet teria um caso com o presidente Lula. Na nova edição de Veja, a própria Luiza fez questão de tocar no assunto em entrevista para a repórter Sandra Brasil. Luiza puxou a conversa para deixar claro que está perplexa com o boato que invadiu a internet. ”Não sei" -fala Luiza - "de onde surgiu isso de dizer que tenho caso com homens poderosos. Nenhuma dessas pessoas me mandou um ramo de flores, nem me convidou para jantar. Ninguém chegou às vias de fato”. Diz mais a modelo: ”Li em sites da internet que tenho um caso com o Lula. Não tenho esse caso. Isso não é real. Só encontrei o presidente em eventos, sem a menor possibilidade de abordagem e Dona Marisa estava sempre com ele. Ela é gentil, adorável, extremamente simpática. Além do mais não é meu tipo de comportamento ter relacionamento com homem casado. Não quero me infiltrar num lar”.
O desmentido de Luiza Brunet é mais uma amostra de que é preciso muito cuidado com o que se veicula e lê na internet. Não se trata de cercear o acesso à internet, ma sim de ensinar que é preciso ter base para divulgar informações.. E acima de tudo respeito.
“El Bodeguero” está de volta em uma jovem voz feminina
Quem quiser ouvir novamente o chá-chá-chá “El Bodeguero”, um dos maiores sucessos musicais da década de 50 na inconfundível voz de Nat King Cole, dispõe de uma nova e moderna versão no mercado. Composta em 1955 por Richard Egues, a música faz parte do repertório do primeiro CD da jovem cantora Maria de la Riva, filha de um mineiro com um cubano. Ex-lojista, ex-assessora de imprensa e ex-integrante da banda Alta Fidelidade, Maria tenta carreira solo com um CD no qual revive outros sucessos. Além de “El Bodeguero” ela gravou “Aos pés da Santa Cruz” (Marino Pinto e Zé da Zilda) e “Adeus Maria Fulô” (Sivuca e Humberto Teixeira) e vários sucessos cubanos de uma época em que se fazia mais música e menos barulho.
Bolsa-Lexotan para os tucanos...
Baixou um estresse brabo. Em entrevista via internet, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem que Lula virou "chefe de uma facção". E citou até Mussolini. "Faltou quem freasse Mussolini. Alguém tem que parar o Lula". Pegou pesado. FHC não escolheu por acaso a palavra - "facção" - que embora tenha a acepção fração ou grupo de individuos partidários da mesma causa, é popularmente associada a bando ou facção do crime organizado. Além da dose de Lexotan para acalmar e controlar o desespero recomenda-se um pouco de história política: ninguém fez mais campanha em proveito próprio do que FHC, que fez passar a Emenda da reeleição e levou sua "facção" a ganhar mais um mandato. Bem que tentou emplacar um sucessor para o terceiro mandato mas o povo não quis. Lula aproveitou-se da lei e conquistou mais um período na Presidência, sem, infelizmente, patrocinar uma necessária reforma política que eliminasse da Constituição esse nebuloso entulho tucano. O que Lula está fazendo é uma legítima campanha para eleger a sua sucessora e candidata do seu partido. Existem leis que o impedem de usar na atividade partidária os meios que o cargo proporciona. E o TSE está aí para coibir eventuais excessos não apenas do Lula mas do ex-governador de São Paulo, o Serra, cujo partido também controla uma máquina pública. É assim em todas as democracias. Até nos Estados Unidos, na França e na Itália, países pelos quais o citado ex tem acessos dasluvianos de deslumbramento.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Rio, a década de ouro
Ficha limpa barrou mais de duzentos candidatos ficha suja
É pouco, mas é um bom começo: 242 é o número de registros negados com base na Lei da Ficha Limpa. Muitos ficha suja tentam de todas as maneiras reaver seus registros e por isso mesmo esse número pode mudar. Seria ótimo se fosse para mais. São Paulo, a que não pode parar parou diante da lei e teve 39 registros negados, entre os quais o de Paulo Maluf, que é um dos que tenta reverter a situação e acredita que se conseguir poderá ser eleito deputado federal por São Paulo com 500mil votos, mas tudo indica que ele e outros fichas justas ficarão apenas com a pretensão.
Varig no chão
Deu em vários jornais: as dívidas da velha Varig já somam R$18,6 bilhões, segundo relatório em poder da Justiça do Rio. Dobraram, em cinco anos de "recuperação judicial". São milhares de credores da empresa. Ex-funcionários, aposentados do Aerus, o fundo de pensão da companhia, Infraero, BR Distribuidora, empresas de leasing de aeronaves etc. Na verdade, a Varig foi dividida em duas: a marca e as autorizações de pouso e decolagem foram adquiridas, em leilão, pela Gol. A "velha" Varig ficou com essa dívida bilionária. Essa tática "esperta" de dividir uma empresa em dificuldade em "banda boa" e "banda podre" foi implantada na época das privatizações a qualquer custo, nos anos 90. Houve o Banerj "podre", a Rede Ferroviária Federal "podre", e por aí vai. Os "podrões" ficavam com as dívidas, inclusive trabalhistas. No caso das estatais, o pepino sobrou para os contribuintes. É incalculável o prejuízo público. De tão usada nos governos passados, a manobra passou a ser copiada por empresários. O triste é que entre as principais vítimas dessa "engenharia financeira", estão os direitos trabalhistas dos funcionários.
Revistas em debate
Durante o 4º Forum Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas), realizado nesta terça-feira, 14, em São Paulo, alguns números divulgados auxiliam as projeções de quem analisa o futuro das revistas. Segundo avaliações do Projeto Inter-Meios do primeiro semestre de 2010, o mercado se expandiu em 30%, enquanto o segmento de revistas cresceu em 23%. Há dez anos, as revistas tinhas 10,5% do total de investimentos em mídia. Hoje, a participação é de 6,8%. São cifras que representam um desafio para os editores de revistas. O detalhe é que, nos últimos meses, 13 novos títulos foram lançados no Brasil. Na contramão do pessimismo, há indícios de que as revistas teriam uma melhor "adaptabilidade" aos novos leitores eletrônicos, com o iPad, o que a curto prazo complementará o seu alcance.