Jornalismo, mídia social, TV, atualidades, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVII. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
terça-feira, 13 de abril de 2010
Hoje tem marmelada?
deBarros
Hoje, na sua crônica na Folha de São Paulo, Carlos Heitor Cony, fala sobre a mania recente dos políticos, de um modo geral, iniciarem os seus discursos ou falas com o "brasileiros e brasileiras", "doutoras e doutores", e vai seguindo com as outras classes. A sua crônica destaca o elemento feminino agora presente nessas falas ou discursos. Se não me falha a memória, Getúlio Vargas começava os seus discursos com o: "Braaassiiileeiirrooss"! sendo essa forma seguida pelos oradores políticos posteriores. Quem começou modificando essa forma de se iniciar um discurso foi o presidente Sarney falando: "brasileiras e brasileiros". Os outros políticos da época entraram na jogada seguindo a escola do ex-presidente. Quem hoje não começa seus discursos, alguns previlegiando as mulheres como fazia o Sarney, outros, talvez machistas, previlegiando o sexo masculino?
Cony continua a sua crônica tecendo as suas criticas até chegar a uma das formas de comunicação com o público mais antigas que conhecemos: A do circo com o indefectível "respeitável público", que na sua opinião é a mais aceitável por igualar a todos como manda a Constituição.
Quando criança ia muito a circo e não me esqueço nunca de quando o palhaço Carequinha entrava no picadeiro, cantando:
"Macacada"
" Hoje tem marmelada?"e todos repetiam:
"Tem sim senhor!"
"Hoje tem goiabada?" e o coro alegre:
"Tem sim senhor!"
"E o palhaço o que é"?
E numa só voz o circo em peso repetia:
"É ladrão de mulher"!
Fico com a forma do Carequinha:
"Macacada"!
Reportagem publicada em site vence Prêmio Pulitzer
por Gonça
O jornal Washington Post levou quatro troféus no Pulitzer 2009 mas a grande surpresa foi a vitória do ProPublica, um site de notícias, independente e sem fins lucrativos, que ficou com o primeiro lugar em "Reportagem Investigativa" por uma extensa matéria sobre uma série de mortes numa clínica de Nova Orleans após a passagem do furacão Katrina. Uma claro sinal de que o jornalismo na rede avança e, o melhor, os leitores dependerão cada vez menos da massa de informação e de opinião orquestrada pelos grandes grupos de mídia e começam a dispôr, pelo menos, de canais opcionais ao "pensamento único". A categoria "Melhor Caricatura" também foi publicada apenas na internet, assinada pelo autor, Mark Fiore, no portal SFGate.com.
Veja os demais vencedores do Pulitzer. Clique AQUI
Vogue americana faz leilão para estagiários
por Eli Halfoun
Só faltava essa: Anna Wintour, a badalada editora (aparece mais do que a publicação) da edição americana da revista Vogue e que inspirou o filme “O Diabo veste Prada” (2008) encontrou mais uma maneira de aparecer: está promovendo, através do site da revista, um leilão que oferece estágio na redação nova-iorquina da publicação (fica no 12º andar do mais famoso edifício na Times Square). Estagiário que quase não tem chances agora tem que desembolsar algum se quiser ganhar experiência. Quem der mais ganhará, além do estágio, livros, um DVD do documentário “The September issue” e dois ingressos para a Fashion Week NY. É claro que Ana não quer ficar com o dinheiro: garante que a renda do leilão (começou com lance de mil dólares, mas pretende chegar aos 10 mil até o próximo dia 29 quando se encerram os lances) será toda revertida em benefício do RFK Center for Justice and Human Rigths, entidade que dá apoio a jornalistas, escritores, educadores e estudantes. De certa forma a iniciativa pode até ser louvável, mas é estranho, muito estranho, oferecer um pseudo emprego e cobrar caro por isso. Do jeito que a coisa vai não demora muito nós jornalistas teremos de pagar para trabalhar.
Só faltava essa: Anna Wintour, a badalada editora (aparece mais do que a publicação) da edição americana da revista Vogue e que inspirou o filme “O Diabo veste Prada” (2008) encontrou mais uma maneira de aparecer: está promovendo, através do site da revista, um leilão que oferece estágio na redação nova-iorquina da publicação (fica no 12º andar do mais famoso edifício na Times Square). Estagiário que quase não tem chances agora tem que desembolsar algum se quiser ganhar experiência. Quem der mais ganhará, além do estágio, livros, um DVD do documentário “The September issue” e dois ingressos para a Fashion Week NY. É claro que Ana não quer ficar com o dinheiro: garante que a renda do leilão (começou com lance de mil dólares, mas pretende chegar aos 10 mil até o próximo dia 29 quando se encerram os lances) será toda revertida em benefício do RFK Center for Justice and Human Rigths, entidade que dá apoio a jornalistas, escritores, educadores e estudantes. De certa forma a iniciativa pode até ser louvável, mas é estranho, muito estranho, oferecer um pseudo emprego e cobrar caro por isso. Do jeito que a coisa vai não demora muito nós jornalistas teremos de pagar para trabalhar.
Greve inoportuna contra uma população fragilizada
por Eli Halfoun
A apresentadora Ana Paula Araújo, que, aliás, está sendo incansável e perfeita na cobertura tragédia que ainda abala Niterói e todo o Rio, classificou de inoportuna a greve de ônibus de segunda-feira. Não poderia haver melhor definição: os grevistas aproveitaram um momento de fragilidade da população e a massacraram mais pisando em quem já está caindo, se arrastando. Nada contra as greves (já fiz muitas), um direto democrático e legítimo do trabalhador para reivindicações de salário e de melhores condições de trabalho. As greves, mesmo as mais justas, precisam ser repensadas com urgência já que quando acontecem atingem em cheio e violentamente não os patrões, mas sim e somente a população menos favorecida. Motoristas de ônibus fazem parte desse povo e assim fica uma briga de povo contra povo. É sempre assim: patrões se aproveitam de momentos de fragilidade (e nesse caso nem patrões são) para explorar o empregado cada vez que o desemprego ronda uma classe obrigando-o a trabalhar mais e mais para continuar no emprego ganhando mal, muito mal. No caso da greve de ônibus, a população que mora em áreas de risco ou próximo a elas e que já sofre muito com a preocupação e a ameaça de chuva, foi castigada uma vez mais e irresponsavelmente. A greve bem que podia e devia ficar para depois. Os motoristas que aderiram com inconsequência a essa greve esquecem que fazem parte dessa população explorada e assustada. É como diz um amigo meu: “os motoristas sempre esquecem que quando saem do carro viram pedestres como qualquer um de nós’".
A apresentadora Ana Paula Araújo, que, aliás, está sendo incansável e perfeita na cobertura tragédia que ainda abala Niterói e todo o Rio, classificou de inoportuna a greve de ônibus de segunda-feira. Não poderia haver melhor definição: os grevistas aproveitaram um momento de fragilidade da população e a massacraram mais pisando em quem já está caindo, se arrastando. Nada contra as greves (já fiz muitas), um direto democrático e legítimo do trabalhador para reivindicações de salário e de melhores condições de trabalho. As greves, mesmo as mais justas, precisam ser repensadas com urgência já que quando acontecem atingem em cheio e violentamente não os patrões, mas sim e somente a população menos favorecida. Motoristas de ônibus fazem parte desse povo e assim fica uma briga de povo contra povo. É sempre assim: patrões se aproveitam de momentos de fragilidade (e nesse caso nem patrões são) para explorar o empregado cada vez que o desemprego ronda uma classe obrigando-o a trabalhar mais e mais para continuar no emprego ganhando mal, muito mal. No caso da greve de ônibus, a população que mora em áreas de risco ou próximo a elas e que já sofre muito com a preocupação e a ameaça de chuva, foi castigada uma vez mais e irresponsavelmente. A greve bem que podia e devia ficar para depois. Os motoristas que aderiram com inconsequência a essa greve esquecem que fazem parte dessa população explorada e assustada. É como diz um amigo meu: “os motoristas sempre esquecem que quando saem do carro viram pedestres como qualquer um de nós’".
É a vida...
por Gonça
Em 2006, nos meses anteriores à Copa do Mundo da Alemanha, era praticamente impossível entrevistar Ronadinho Gaúcho. Entrevistas maiores, digo, com fotos exclusivas, não apenas declarações à beira do gramado ou em treinos. Acho que só o Zero Hora e a TV Globo conseguiam alguma coisa. O gaúcho era, então, figurinha carimbadíssima na desastrada seleção do Parreira. De lá para cá, o futebol do Ronaldinho sumiu, ficou na uti respirando por aparelhos. Deu alguns sinais de vida nos últimos dois meses. Dunga tem sido pressionado para convocar o jogador. A "campanha" se reflete na mídia: alguns veículos têm recebido sinais de fumaça vindos de Milão com sugestões de fotos e entrevistas com o antes reticente Ronaldinho Gaúcho.
Em 2006, nos meses anteriores à Copa do Mundo da Alemanha, era praticamente impossível entrevistar Ronadinho Gaúcho. Entrevistas maiores, digo, com fotos exclusivas, não apenas declarações à beira do gramado ou em treinos. Acho que só o Zero Hora e a TV Globo conseguiam alguma coisa. O gaúcho era, então, figurinha carimbadíssima na desastrada seleção do Parreira. De lá para cá, o futebol do Ronaldinho sumiu, ficou na uti respirando por aparelhos. Deu alguns sinais de vida nos últimos dois meses. Dunga tem sido pressionado para convocar o jogador. A "campanha" se reflete na mídia: alguns veículos têm recebido sinais de fumaça vindos de Milão com sugestões de fotos e entrevistas com o antes reticente Ronaldinho Gaúcho.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Vespa: uma história quilométrica desde 1952
por Eli Halfoun
Quem gosta de cinema certamente se lembra das cenas em que Audrey Hepburn desfilava em uma vespa na garupa de Gregory Peck em “A Princesa e o Plebeu” (de 1952), um dos filmes mais populares de sua carreira. Pois é: foram essa cenas que popularizaram a Vespa, o veículo criado na Itália por Rinaldo Piaggio. A quilométrica existência da Vespa ainda faz a alegria de celebridades como, entre outros, o estilista Stefano Gabanna (tem uma com uma pintura imitando pele de leopardo), o cantor Chris Martin e a atriz Gwyneth Pakltrow, que tem três Vespas iguais. A história da Vespa não está mais restrita ao Piaggio Museum em Pandora, Itália: ganhou também as 182 páginas do livro “Vespa”. Na obra, o autor Valério Boni reuniu 200 imagens para mostrar a evolução técnica e de design dos 138 modelos do veículo que foi o mais popular da década de 50. O livro é em inglês e pode ser encomendado através da Livraria Cultura. Entre as fotos, está a da Vespa customizada por Salvador Dali em 1962 para os jovens espanhois Santiago Gullién e Antonio Veciana que deram a volta ao mundo utilizando a scooter como principal veículo de transporte. A viagem virou o livro “En 79 dias: Vuelta al Mundo en Vespa”.
Quem gosta de cinema certamente se lembra das cenas em que Audrey Hepburn desfilava em uma vespa na garupa de Gregory Peck em “A Princesa e o Plebeu” (de 1952), um dos filmes mais populares de sua carreira. Pois é: foram essa cenas que popularizaram a Vespa, o veículo criado na Itália por Rinaldo Piaggio. A quilométrica existência da Vespa ainda faz a alegria de celebridades como, entre outros, o estilista Stefano Gabanna (tem uma com uma pintura imitando pele de leopardo), o cantor Chris Martin e a atriz Gwyneth Pakltrow, que tem três Vespas iguais. A história da Vespa não está mais restrita ao Piaggio Museum em Pandora, Itália: ganhou também as 182 páginas do livro “Vespa”. Na obra, o autor Valério Boni reuniu 200 imagens para mostrar a evolução técnica e de design dos 138 modelos do veículo que foi o mais popular da década de 50. O livro é em inglês e pode ser encomendado através da Livraria Cultura. Entre as fotos, está a da Vespa customizada por Salvador Dali em 1962 para os jovens espanhois Santiago Gullién e Antonio Veciana que deram a volta ao mundo utilizando a scooter como principal veículo de transporte. A viagem virou o livro “En 79 dias: Vuelta al Mundo en Vespa”.
Deu na Folha de São Paulo: memórias de Ruy Castro...
por Ruy Castro
Rio de Janeiro - Foi nos anos 80, pouco depois que a implantação dos computadores na Redação de um jornal carioca aposentou as máquinas de escrever. Era o futuro chegando e, com ele, o fim da matraca das teclas, das laudas amassadas e atiradas na cesta, das correções com xxxxxx cobertos de tinta e das matérias que tinham de viajar de mesa em mesa, do repórter ao editor, ao copy, ao secretário, ao diagramador e à oficina. Os computadores eram frios, silenciosos e perfeitos.
Um dia, o desastre. Uma pane paralisou o sistema na hora do fechamento da edição e ninguém conseguia achar a causa do defeito. Corre-corre, angústia entre os técnicos, desespero entre os editores. O tempo passando e o impensável iria acontecer: pela primeira vez em quase 60 anos, o jornal não sairia no dia seguinte.
Até que alguém da direção teve a ideia: mandar buscar no depósito, onde estavam esquecidas, acumulando umidade e poeira, as velhas máquinas de escrever. O jornal daquele dia teria de ser feito "no braço", como antigamente -como desde que existia jornal. Quando os contínuos entraram pela Redação trazendo as Remingtons nos ombros, houve um grito, um urro coletivo, como de gol. O jornal se fez e, no dia seguinte, o sistema se refez. O passado voltou para o seu lugar, mas foi bonito enquanto durou.
Pois, há mais de dez dias, também estou de volta ao passado. Uma instabilidade no Velox, serviço de internet da Oi, anterior à chuva no Rio, me deixou na mão. A visita de um técnico do Velox, solicitada, prometida e protocolada, não aconteceu. Em vez dela, o silêncio.
Com isso aqui estou, ilhado, sem internet, impossibilitado de receber e enviar mensagens e ditando palavras, vírgulas e aspas por telefone, inclusive esta coluna da Folha. Viva os anos 70.
(Transcrito da coluna de Ruy Castro para a página de Opinião da Folha de S. Paulo desta segunda-feira, 12 de abril. Ruy trabalhou na Manchete em várias épocas nos anos 60 e 70 e foi colaborador da revista nos anos 90)
Rio de Janeiro - Foi nos anos 80, pouco depois que a implantação dos computadores na Redação de um jornal carioca aposentou as máquinas de escrever. Era o futuro chegando e, com ele, o fim da matraca das teclas, das laudas amassadas e atiradas na cesta, das correções com xxxxxx cobertos de tinta e das matérias que tinham de viajar de mesa em mesa, do repórter ao editor, ao copy, ao secretário, ao diagramador e à oficina. Os computadores eram frios, silenciosos e perfeitos.
Um dia, o desastre. Uma pane paralisou o sistema na hora do fechamento da edição e ninguém conseguia achar a causa do defeito. Corre-corre, angústia entre os técnicos, desespero entre os editores. O tempo passando e o impensável iria acontecer: pela primeira vez em quase 60 anos, o jornal não sairia no dia seguinte.
Até que alguém da direção teve a ideia: mandar buscar no depósito, onde estavam esquecidas, acumulando umidade e poeira, as velhas máquinas de escrever. O jornal daquele dia teria de ser feito "no braço", como antigamente -como desde que existia jornal. Quando os contínuos entraram pela Redação trazendo as Remingtons nos ombros, houve um grito, um urro coletivo, como de gol. O jornal se fez e, no dia seguinte, o sistema se refez. O passado voltou para o seu lugar, mas foi bonito enquanto durou.
Pois, há mais de dez dias, também estou de volta ao passado. Uma instabilidade no Velox, serviço de internet da Oi, anterior à chuva no Rio, me deixou na mão. A visita de um técnico do Velox, solicitada, prometida e protocolada, não aconteceu. Em vez dela, o silêncio.
Com isso aqui estou, ilhado, sem internet, impossibilitado de receber e enviar mensagens e ditando palavras, vírgulas e aspas por telefone, inclusive esta coluna da Folha. Viva os anos 70.
(Transcrito da coluna de Ruy Castro para a página de Opinião da Folha de S. Paulo desta segunda-feira, 12 de abril. Ruy trabalhou na Manchete em várias épocas nos anos 60 e 70 e foi colaborador da revista nos anos 90)
“Batmóvel” estaciona no Brasil e faz a festa dos curiosos
por Eli Halfoun
É uma besteira, mas mesmo assim muita gente tem curiosidade em conhecer o famoso carro do Batman “pessoalmente”. A hora é agora: para comemorar seus 75 anos a DC Comics, editora americana subsidiaria do grupo Warner Bros. e responsável pela série “Bravos e Destemidos”, com heróis como, entre outros, Mulher Maravilha, Superman e Aquaman, está trazendo para o Brasil o Batmóvel. O carro será exposto no Shopping Market de São Paulo, em Santo André e em Guarulhos durante esse mês. Não se sabe ainda se o Batmóvel virá para o Rio. Vai ver tem medo de ficar preso em uma das muitas poças d’água que insistem em nos atormentar. (Na reprodução, um dos clássicos Batmóveis da série)
É uma besteira, mas mesmo assim muita gente tem curiosidade em conhecer o famoso carro do Batman “pessoalmente”. A hora é agora: para comemorar seus 75 anos a DC Comics, editora americana subsidiaria do grupo Warner Bros. e responsável pela série “Bravos e Destemidos”, com heróis como, entre outros, Mulher Maravilha, Superman e Aquaman, está trazendo para o Brasil o Batmóvel. O carro será exposto no Shopping Market de São Paulo, em Santo André e em Guarulhos durante esse mês. Não se sabe ainda se o Batmóvel virá para o Rio. Vai ver tem medo de ficar preso em uma das muitas poças d’água que insistem em nos atormentar. (Na reprodução, um dos clássicos Batmóveis da série)
“Fantasma da Ópera” ganha continuação com novos personagens
por Eli Halfoun
Um dos maiores sucessos musicais da história, “O Fantasma da Ópera”, ganhou uma continuação escrita pelo mesmo autor, o inglês Andrew Lloydd Weber. Acaba de estrear no Adelphi Theater, em Londres (mesmo teatro do lançamento de “O Fantasma I”) a continuação intitulada “Love Never Dies”, inspirada no livro “Phanton of Manhattan” de Frederick Forsyth. A continuação recoloca em cena os antigos personagens que contracenam com novos personagens. “O Fantasma da Ópera” original já teve três versões no cinema é sucessão no teatro até hoje e o autor credita que a continuação seguirá a mesma trilha.
Um dos maiores sucessos musicais da história, “O Fantasma da Ópera”, ganhou uma continuação escrita pelo mesmo autor, o inglês Andrew Lloydd Weber. Acaba de estrear no Adelphi Theater, em Londres (mesmo teatro do lançamento de “O Fantasma I”) a continuação intitulada “Love Never Dies”, inspirada no livro “Phanton of Manhattan” de Frederick Forsyth. A continuação recoloca em cena os antigos personagens que contracenam com novos personagens. “O Fantasma da Ópera” original já teve três versões no cinema é sucessão no teatro até hoje e o autor credita que a continuação seguirá a mesma trilha.
Chuva provoca estragos desde 1915. E a notícia já saía no jornal
por Eli Halfoun
Não há nenhum exagero quando se diz que nunca se tomou providências para evitar os graves estragos que a chuva provoca no Rio. É um problema muito antigo. Olha só o que, segundo pesquisa do jornalista Marco Antonio Barbosa, o escritor Lima Barreto escreveu em 1915 no jornal "Correio do Norte": "As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro, inundações desastrosas. Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis. De há muito que a nossa engenharia municipal se deveria ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos. Como está acontecendo atualmente no Rio em função da chuva. Uma vergonha”.
A chuva também provou muitos estragos e verdades nas palavras. O governador Sergio Cabral foi incisivo: “Os casos de morte fatal foram poucos”. Errou no português (será que alguém conhece morte que não seja fatal?) e nos números (se mais de 200 vítimas é pouco, o que será muito?). Quem melhor definiu a situação foi uma vítima: ”Eu não tinha nada e perdi tudo”. O senador Francisco Dornelles entrou em cena para elogiar as autoridades: “O governador Sergio Cabral e o prefeito Eduardo Paes comandam a crise com competência”. É pouco: é necessária competência para evitar que crises desse tipo não se repitam. Discursos, comoção e promessas não resolvem nada. Nunca resolveram
Não há nenhum exagero quando se diz que nunca se tomou providências para evitar os graves estragos que a chuva provoca no Rio. É um problema muito antigo. Olha só o que, segundo pesquisa do jornalista Marco Antonio Barbosa, o escritor Lima Barreto escreveu em 1915 no jornal "Correio do Norte": "As chuvaradas de verão, quase todos os anos, causam no nosso Rio de Janeiro, inundações desastrosas. Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade, essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis. De há muito que a nossa engenharia municipal se deveria ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos. Como está acontecendo atualmente no Rio em função da chuva. Uma vergonha”.
A chuva também provou muitos estragos e verdades nas palavras. O governador Sergio Cabral foi incisivo: “Os casos de morte fatal foram poucos”. Errou no português (será que alguém conhece morte que não seja fatal?) e nos números (se mais de 200 vítimas é pouco, o que será muito?). Quem melhor definiu a situação foi uma vítima: ”Eu não tinha nada e perdi tudo”. O senador Francisco Dornelles entrou em cena para elogiar as autoridades: “O governador Sergio Cabral e o prefeito Eduardo Paes comandam a crise com competência”. É pouco: é necessária competência para evitar que crises desse tipo não se repitam. Discursos, comoção e promessas não resolvem nada. Nunca resolveram
domingo, 11 de abril de 2010
Equívoco
por Gonça
Aí embaixo há um comentário equivocado do meu amigo debarros. Este é um blog coletivo, aberto para o debate de opiniões. O administrador formal não interfere, a não ser em caso de ofensas ou acusações claramente infundadas ou levianas,.como já aconteceu. Debarros diz que foi cassado no seu direito.Como? O post está aí, ele mesmo o publicou livremente. Posts assinados são, aliás, de responsabilidade de quem os escreve. O debarros opina que as leis, sejam quais forem, devem ser respeitadas. Não é bem assim. Leis são feitas por grupos eventualmente majoritários e no poder. Podem e devem ser contestadas, sempre. Escravidão, no Brasil, era lei.Sorte que os abolicionistas não pensaram como o debarros. Os generais-ditadores no Brasil recente também produziram leis, muitas infelizmente em vigor até hoje, entre elas muitas dessas normas eleitorais não democráticas. São legítimas? Não. Devemos respeitá-las? Claro que não. O presidente Lula protestou contra os casuísmos da Lei Eleitoral, que muda a cada eleição, e especialmente contra as interpretações variadas de juízes pelo Brasil afora. Reforma política com voto distrital, financiamento público de campanhas, ficha limpa para candidatos, candidaturas livres sem filiação partidária, acabar com os tais três senadores por estado (armação política da ditadura que persiste até hoje), rever salários e mordomias de políticos etc, há muito o que mudar. Um cidadão honesto e bem intencionado que pretenda se candidatar a um cargo político, vereador que seja, da sua cidade, não consegue. A não ser que se submeta às leis que a "máfia" dos partidos políticos impõe. Há quem pague para conseguir legenda. Isso é legítimo? Não. É a cassação dos direitos de um cidadão. Mas debarros diz que lei é lei, deve ser obedecida a ferro e fogo. As ditaduras sempre produziram leis. O nazismo, inclusive. Legitimidade é outra coisa. Houve até um juiz que alegando preceitos legais quis proibir debates políticos como este, em blogs, em ano eleitoral. Vamos obedecer? Claro que não. Amigo debarros, desobediência civil, já!
Aí embaixo há um comentário equivocado do meu amigo debarros. Este é um blog coletivo, aberto para o debate de opiniões. O administrador formal não interfere, a não ser em caso de ofensas ou acusações claramente infundadas ou levianas,.como já aconteceu. Debarros diz que foi cassado no seu direito.Como? O post está aí, ele mesmo o publicou livremente. Posts assinados são, aliás, de responsabilidade de quem os escreve. O debarros opina que as leis, sejam quais forem, devem ser respeitadas. Não é bem assim. Leis são feitas por grupos eventualmente majoritários e no poder. Podem e devem ser contestadas, sempre. Escravidão, no Brasil, era lei.Sorte que os abolicionistas não pensaram como o debarros. Os generais-ditadores no Brasil recente também produziram leis, muitas infelizmente em vigor até hoje, entre elas muitas dessas normas eleitorais não democráticas. São legítimas? Não. Devemos respeitá-las? Claro que não. O presidente Lula protestou contra os casuísmos da Lei Eleitoral, que muda a cada eleição, e especialmente contra as interpretações variadas de juízes pelo Brasil afora. Reforma política com voto distrital, financiamento público de campanhas, ficha limpa para candidatos, candidaturas livres sem filiação partidária, acabar com os tais três senadores por estado (armação política da ditadura que persiste até hoje), rever salários e mordomias de políticos etc, há muito o que mudar. Um cidadão honesto e bem intencionado que pretenda se candidatar a um cargo político, vereador que seja, da sua cidade, não consegue. A não ser que se submeta às leis que a "máfia" dos partidos políticos impõe. Há quem pague para conseguir legenda. Isso é legítimo? Não. É a cassação dos direitos de um cidadão. Mas debarros diz que lei é lei, deve ser obedecida a ferro e fogo. As ditaduras sempre produziram leis. O nazismo, inclusive. Legitimidade é outra coisa. Houve até um juiz que alegando preceitos legais quis proibir debates políticos como este, em blogs, em ano eleitoral. Vamos obedecer? Claro que não. Amigo debarros, desobediência civil, já!
As leis e os homens
deBarros
Cassaram os meus direitos de fazer comentários sobre as postagens do blog. Como comentar e me defender de acusações injuriosas se tiraram de mim, esse direito sagrado de a elas responder.
Meus caro Gonça, José Bonaparte, no 18 Brumário, salvou a cabeça do seu irmão, Napoleão Bonaparte, de ser separada do seu corpo, pela guilhotina, com os bons argumentos usados em sua defesa diante da Assembléia. Mas, os bons argumentos não significam que o defendido seja um caracter à toda prova e que não tenha infrigido a Lei em algum momento. Sim, a Lei foi desrespeitada e insultada. Juizes, foram ofendidos pelo maior Magistrado de um país, o seu presidente. Pode não ser uma boa Lei, mas é uma Lei e como tal tem que ser respeitada. Pode ser uma colcha de retalhos, mas são leis que vem regendo o comportamento dos homens na sociedade brasileira, até os dias de hoje. Temos que respeitá-las e cumpri-las e o exemplo maior desse comportamento é o presidente do país.
Não é rosnando e vociferando com palavras agressivas e insultuosas que se governa e se impõe diante de uma nação, sedenta de gestos heróicos, comportamentos honestos e dignidade de atos e ações.
Chega de atos desonestos, de agressões moraes, de infidelidades e jogos políticos, chega de esperteza de pretensas raposas políticas, que usando de artifícios e palavras pérfidas jogam partidos contra partidos, homens contra homens e a Nação essa grande figura subjetiva é esquecida e jogada nos "lixões" dos Municípios brasileiros.
Mas, gonça me amigo, não me calarei. continuarei a gritar contra os erros e incoerências de nossos governantes.
É Tudo Verdade
No alto, o cineasta José Padilha e o idealizador e diretor do festival Almir Labaki. E a sala cheia no primeiro dia de exibição dos documentários.
por GonçaComeçou na sexta-feira, 9, no Rio e em São Paulo (vai até o dia 18), a 15ª edição do "É tudo verdade", festival de exibições de 71 documentários de 27 países. A entrada é gratuita em todas as sessões. No Rio de Janeiro, as sessões serão realizadas no Unibanco Artplex, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Instituto Moreira Salles, no Ponto Cine Guadalupe, no Cine Santa Teresa e no Cinemark Downtown. Com direção do critico Amir Labaki, o "É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários" é uma co-realização da Petrobras, CPFL Energia, CCBB, Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, Riofilme e Ministério da Cultura. (Fotos: Divulgação)
Veja a programação AQUI
Rio solidário
O jornalista Mauricio Azedo, presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), pede aos associados da entidade que se integrem à corrente de solidariedade às vítimas das enchentes e desabamentos em Niterói, São Gonçalo e Rio de Janeiro. Alimentos não-perecíveis e produtos de consumo podem ser enviados para a sede da Guarda Municipal, na Rua Bambina 37, ou às suas unidades locais.
Nicole Scherzinger em comercial... segura essa, censura!
por JJcomunic
A morena Nicole Scherzinger, a vocalista do grupo Pussycat Dolls, esteve no Brasil no carnaval, curtiu o camarote da Brahma no sambódromo carioca mas também trabalhou por aqui. O resultado, um comercial da C&A, já está no ar. Nicole, para quem não sabe, era a namorada do piloto Lewis Hamilton (nas transmissões da Globo, a câmera sempre focalizava a cantora nos boxes e Galvão exaltava a beleza da moça). Hamilton andava muito mal nas curvas e levou um ponta-pé da morena. O prejuízo maior foi dos mecânicos da equipe, que tinham o que ver durante as corridas de F-1 que andam monótonas pra caramba. Para festejar o domingo de sol, colo neste post dois links: um mostra o comercial da C&A; o outro, um clipe das Pussycats, antigo mas antológico.
Para ver o comercial, clique AQUI
Para ver o clipe, clique AQUI
Publicidade: pagando pra ver
por JJcomunic
A Proteste Associação dos Consumidores, entidade sem fins lucrativos e apartidária, acionou o Ministério Público Federal de São Paulo sobre a veiculação de publicidade na programação da Tv paga brasileira, que já é apontada como um das mais caras do mundo. O MPF/SP abriu uma consulta pública - "Televisão por Assinatura e Transparência nas Relações de Consumo: a quantidade de programação, quantidade de publicidade e o direito à informação" - para definir novas regras para a publicidade nesses canais, após queixas de assinantes de TV sobre o excesso de comerciais.
Se os assinantes já estão pagando para ver anúncio, preparem-se: na contramão dos interesses da sociedade - como sempre - roda na Câmara dos Deputados um projeto que pretende dar aos canais a cabo o mesmo tempo de publicidade, ou seja, 25%. Alô, eleitores, já repararam como a maioria dos deputados e senadores nunca nos surpreende? Invariavelmente, fica ao lado do mais forte.
A propósito, conheça o site do Proteste. Clique AQUI
A Proteste Associação dos Consumidores, entidade sem fins lucrativos e apartidária, acionou o Ministério Público Federal de São Paulo sobre a veiculação de publicidade na programação da Tv paga brasileira, que já é apontada como um das mais caras do mundo. O MPF/SP abriu uma consulta pública - "Televisão por Assinatura e Transparência nas Relações de Consumo: a quantidade de programação, quantidade de publicidade e o direito à informação" - para definir novas regras para a publicidade nesses canais, após queixas de assinantes de TV sobre o excesso de comerciais.
Se os assinantes já estão pagando para ver anúncio, preparem-se: na contramão dos interesses da sociedade - como sempre - roda na Câmara dos Deputados um projeto que pretende dar aos canais a cabo o mesmo tempo de publicidade, ou seja, 25%. Alô, eleitores, já repararam como a maioria dos deputados e senadores nunca nos surpreende? Invariavelmente, fica ao lado do mais forte.
A propósito, conheça o site do Proteste. Clique AQUI
Luiza Brunet é a nova jóia das jóias
por Eli Halfoun
Não é para qualquer uma. Aos 30 anos de carreira Luiza Brunet tem mais uma importante conquista: foi convidada para ser a nova embaixadora de um dos maiores concursos de design e revelação em jóias de ouro do mundo. O “AngloGold Ashanti Auditions Brasil 2010” é realizado bianualmente na China, Índia, África do Sul e Emirados Árabes. A edição brasileira será no dia 16 de novembro em Belo Horizonte e terá como tema “Sincronicidade – Valores Humanos Através dos Tempos”. (Na foto/Divulgação, Luiza posa no Parque Nacional da Capivara, no Piauí).
Não é para qualquer uma. Aos 30 anos de carreira Luiza Brunet tem mais uma importante conquista: foi convidada para ser a nova embaixadora de um dos maiores concursos de design e revelação em jóias de ouro do mundo. O “AngloGold Ashanti Auditions Brasil 2010” é realizado bianualmente na China, Índia, África do Sul e Emirados Árabes. A edição brasileira será no dia 16 de novembro em Belo Horizonte e terá como tema “Sincronicidade – Valores Humanos Através dos Tempos”. (Na foto/Divulgação, Luiza posa no Parque Nacional da Capivara, no Piauí).
Memórias da redação: aconteceu na...
por Gonça
O ano, não sei, deve ter acontecido aí pelo começo dos anos 80. O local: um dos campos do aterro, em frente ao prédio da Manchete, no Russell. Era um torneio de peladas entre as redações. Formaram-se vários times naquela semana. Um deles, este poderoso esquadrão aí em cima. Agachados, da esq. para a dir: Sergio Costa, Vicente (do telex), Nilton (dos Serviços Editoriais), Arnaldo Niskier (era um ponta-esquerda esperto) e Tarlis Batista com o filho. Em pé: não lembro o nome do colega (recorda-se debarros? era um bom meio de campo); Nei (da Ele/Ela); Janir de Hollanda (dirigia Mulher de Hoje e outras revistas); Esmeraldo (Fatos&Fotos); Aldo Wandersman (hoje trabalha em design, na equipe do Hans Donner; e o bom goleiro Toninho (atual editor de Esportes do Globo). Esse time da foto foi formado apenas para o torneio festivo das redações. Mas houve uma época em que a Fatos&Fotos fechava obrigatoriamente até 14h das sextas-feiras. Daí que, com a tarde livre, a redação formou um esquadrão que se "concentrava" no Novo Mundo e, em seguida, devidamente "dopado", jogava no Aterro. O tal time estreou jogando contra uma equipe da vizinhança, acho que da Glória. Perdeu, claro. Mesmo assim publicamos a foto em uma coluna da F&F, anunciando que o time tinha apenas uma derrota no seu cartel. A legenda omitia o fato de que a turma jogara apenas uma vez e perdera. Resultado: o telefone da redação não parava de tocar. Eram times das redondezas, Catete, Flamengo, Tavares Bastos... que queriam desafiar pinguços da F&F. Bons tempos.
Censura de duas caras
por JJcomunic
Veja se não é coisa de aiatolá fundamentalista: censuraram o comercial da Paris Hilton sob o argumento de que defendem a tradição e a moral da família brasileira, mas liberam um comercial que está passando por aí que "vende" a idéia de que uma certo analgésico faz seus problemas voarem, desaparecerem. e não apenas a dor de cabeça. A autorregulamentação não foi implantada para defender o consumidor? Ou esse "comprimido contra problemas" é a maior descoberta da ciência ou é propaganda suspeita. Mas até agora a cana dura sobrou para a loura Paris Hilton.
Veja se não é coisa de aiatolá fundamentalista: censuraram o comercial da Paris Hilton sob o argumento de que defendem a tradição e a moral da família brasileira, mas liberam um comercial que está passando por aí que "vende" a idéia de que uma certo analgésico faz seus problemas voarem, desaparecerem. e não apenas a dor de cabeça. A autorregulamentação não foi implantada para defender o consumidor? Ou esse "comprimido contra problemas" é a maior descoberta da ciência ou é propaganda suspeita. Mas até agora a cana dura sobrou para a loura Paris Hilton.
Já na Harper's Bazaar de maio...
Nas revistas, mais 15 minutos de fama para ex-BBBs...
O chefe de Arte na redação
deBarros
O texto que se segue embaixo foi postado em forma de comentário de um texto do Gonça sobre novelas e etc, sobre o comentário da jornalista Maria Alice. Achei que seria importante para esclarecer àqueles que desconhecem o processo de trabalho de uma redação jornalística, e resolvi, para torná-lo mais transparente, postá-lo na página nobre do Blog. É preciso se saber quem é quem em uma redação.
"Como sempre, o "Chefe de Arte", de uma redação é esquecido nas citações que envolvem os personagens de uma redaçào. O engraçado nessa história é que sem o "chefe de arte ou diagramador vai ser dificil botar o bloco na rua. As fotos e os os textos não vão sozinhos para a gráfica para serem impressos em forma de revistas, jornais ou qualquer outro formato gráfico. É preciso que esses elementos sejam trabalhados e transformados em páginas gráficas e através desse modelo serem impressas. Quem dá forma gráfica a essas informações é o tão esquecido e menosprezado pelos "coleguinhas jornalistas", o Chefe de Arte. Mas, os "coleguinhas" se esquecem até que ele existe, não só como profissional como pessoa humana. Entre esses profissionais, muitos tinham grau superior como Wilson Passos, antigo Chefe de Arte da Revista Manchete, que era formado em Engenharia Aeronáutica. Nelson Gonçalves, assistente de Arte do Wilson Passos, era formado em Odontologia. O Chefe da Arte J.A.Barros era bacharel em Direito e curso incompleto em Belas Artes.Esses profissionais eram capacitados até para exercerem qualquer cargo na redação. Mas, os "coleguinhas jornalistas" não pensam assim: não é Maria Alice?"
sábado, 10 de abril de 2010
Basta apenas um pequeno motivo
deBarros
Amigos, acabo de assitir e ouvir pela TV – horrorizado – a fala do presidente em um dos seus discursos, num palanque, inaugurando uma obra inexistente de um projeto fantasioso batizado de PAC I.
Em toda minha vida, acompanhando esse processo político brasileiro, desde a eleição, em 1950, do dr. Getúlio Vargas, confesso que nunca vi um presidente do país se pronunciar com tanto ódio e revolta contra o poder constituido brasileiro como o fez o atual o primeiro mandatário do Brasil.
Em pé, diante da bancada de orador, seguindo o seu estilo com voz rouca, os indicadores das mãos apontando para um inimigo invisivel na platéia, dando suas rodadinhas em cima dos pés ora para o lado direito, ora para o lado esquerdo, com movimentos ensaiados bem ao estilo marqueteiro, destilava, no seu discurso, ódio incontido contra o sistema judiciário brasileiro.
Dos seus olhos, saiam fumaça, injetados de sangue, com uma baba bovina escorrendo do canto da boca, vociferava contra um simples juiz de direito que, no cumprimento do seu dever, seguindo a lei que rege o sistema eleitoral deste país, o multou duas vezes por ter infringido essa mesma lei, ao citar nominalmente, em uma das solenidades públicas, ao inaugurar mais uma obra inacabada do PAC I, o seu candidato à presidencia da República.
"A regra é clara", como diria um comentarista esportivo. A lei veta qualquer campanha eleitoral em atos solenes patrocinados pelo governo constituido, muito menos citar nomes de candidatos a cargos eleitorais.
O que me impressionou, realmente, foi a demonstração de se achar com um poder tão forte, que lhe daria autoridade para exprobar e o mais importante não aceitar atos dentro da lei, como a condenação do juiz, com isso, pregando a desobediência civil, ostensiva, contra um dos poderes da República, no caso o do Judiciário.
Não pude deixar de identificar no presidente, um transtorno psicológico à luz da medicina como um "magalomaníaco" atacado por ilusões de grandeza, poder e superioridade, caracterizado pela obsessão em realizar atos e feitos grandiosos.
Essa é a realidade do processso político brasileiro e não podemos fugir dela e tomarmos muito cuidado, porque toda essa agressividade pode levar a um "coup d' etat" e sem mais nem menos, podemos estar diante de mais um regime ditatorial liderado por um ditador.
Cadê o humor?
por Gonça
Vida Alheia", dirigido por Miguel Falabella, alcançou discretos 19 pontos de audiência. A Globo queria mais. O público esperava algo mais divertido e inteligente. Pretensamente roteirizado no "ritmo" dos seriados americanos - fórmula que geralmente mostra excelentes diálogos -, o programa do Falabella tem texto tedioso, sem imaginação e, surpreendentemente sem o humor e a fina ironia que o tema pede.
Parece levar seu foco - as revistas de celebridades - muito a sério, com um traço de ressentimento, como se fosse uma desimportante e ingênua "vingança dos famosos" contra as revistas de celebridade. Como se encenasse um debate acadêmico ou sociológico, sei lá o quê. Besteira. Revistas de celebridades não dão muito o que pensar. São um fato. Vendem fofocas, eventos, a intimidade das celebridades. São novidade? Não. Tenho aqui na minha estante exemplares encadernados de A Scena Muda, de 1921, que abordava os filmes e as vidas das primeiras estrelas de Hollywood. Entre outras coisas, a revista mostrava as mansões e os carrões do ídolos do cinema mudo e tinha uma seção intitulada "Os que vivem no écran" para contar o que acontecia na então "cidade dos sonhos". A Hola espanhola, que inspirou a Caras, é uma publicação semanal que está nas bancas desde os anos 40. Amiga, Contigo, que foi lançada há mais de quatro décadas, Revista do Rádio, Sétimo Céu, Intervalo... inúmeros títulos navegaram ou navegam nessas águas. Paparazzo? Velharia. Fenômeno que já existia nos anos 40.
Em 1960, Fellini apenas deu nome ao batalhão de fotógrafos que caçava estrelas na Via Veneto, em Roma, no seu célebre "La Dolce Vita" (na reprodução da foto de Eli Sorci, à esquerda, o fotógrafo Tazio Secchiaroli, um dos mais famosos paparazzi italianos, foge do ator Walter Chiari, na Via Veneto, em Roma). A Manchete lá pelos anos 60 publicou um flagrante da bela Mylene Demongeot, a loura atriz francesas, de biquini, solitária, em uma madrugada na praia de Copacabana. Na mesma época, mandou um fotógrafo a Buenos Aires apenas para flagrar a lua-de-mel de Tutu Quadros, filha de Jânio. O que pode haver de novo é uma poderosa "indústria de entretenimento", que agrupa eventos, celebridades, meios de comunicação em geral, publicidade, marketing, merchadising e campanhas. Com tudo isso, girando milhões de reais, o fenômeno se potencializou com o segmento do jornalismo de celebridades à frente. O seriado do Falabella tenta tirar uma casquinha oportunista dessa onda. No seu primeiro episódio, "Vida Alheia" estava centrada demais em picuinhas de redação, uma tramazinha para consumo interno. Quem conhece redações sabe como aquilo lá estava fora da realidade, mas mesmo essa fidelidade que a trama busca sem conseguir alcançar nem tem tanta importância, ficção é ficção. Gilberto Braga fez uma novela chamada "Celebridade", que tinha a intenção de mergulhar nesse mesmo universo, o das revistas de fofocas. O núcleo da redação não atraiu o interesse esperado e, ao longo da trama, quase desapareceu em função de outros contextos da novela bem mais interessantes. O público parece mais ligado - e isso é natural -, em celebridades e está se lixando para o que acontece na redação de uma revista de celebridades. O que os leitores compram nas bancas - e como compram, somados, os quatro ou cinco dos principais títulos dessas revistas já batem o milhão de exemplares semanais, sem contar a audiência de sites, programas de TV, suplementos e colunas dos grandes jornais - é a notícia não o backstage da mídia. Talvez Falabella esteja ansioso demais para acertar, já que sua recente incursão em novelas - "Negócio da China" - revelou-se um fracasso para os padrões da Globo no horário. Muita calma nessa hora. Vamos esperar o segundo episódio. E checar se, pelo ibope, o público deu uma segunda chance ao novo seriado. O primeiro capítulo de "Vida Alheia" foi tão chato quando aquelas legendas que sites, revistas e colunas costumam publicar: "fulano caminha pela calçada do Leblon", "fulano cuida da boa forma andando na orla"... E eu com isso?
Vida Alheia", dirigido por Miguel Falabella, alcançou discretos 19 pontos de audiência. A Globo queria mais. O público esperava algo mais divertido e inteligente. Pretensamente roteirizado no "ritmo" dos seriados americanos - fórmula que geralmente mostra excelentes diálogos -, o programa do Falabella tem texto tedioso, sem imaginação e, surpreendentemente sem o humor e a fina ironia que o tema pede.
Parece levar seu foco - as revistas de celebridades - muito a sério, com um traço de ressentimento, como se fosse uma desimportante e ingênua "vingança dos famosos" contra as revistas de celebridade. Como se encenasse um debate acadêmico ou sociológico, sei lá o quê. Besteira. Revistas de celebridades não dão muito o que pensar. São um fato. Vendem fofocas, eventos, a intimidade das celebridades. São novidade? Não. Tenho aqui na minha estante exemplares encadernados de A Scena Muda, de 1921, que abordava os filmes e as vidas das primeiras estrelas de Hollywood. Entre outras coisas, a revista mostrava as mansões e os carrões do ídolos do cinema mudo e tinha uma seção intitulada "Os que vivem no écran" para contar o que acontecia na então "cidade dos sonhos". A Hola espanhola, que inspirou a Caras, é uma publicação semanal que está nas bancas desde os anos 40. Amiga, Contigo, que foi lançada há mais de quatro décadas, Revista do Rádio, Sétimo Céu, Intervalo... inúmeros títulos navegaram ou navegam nessas águas. Paparazzo? Velharia. Fenômeno que já existia nos anos 40.
Em 1960, Fellini apenas deu nome ao batalhão de fotógrafos que caçava estrelas na Via Veneto, em Roma, no seu célebre "La Dolce Vita" (na reprodução da foto de Eli Sorci, à esquerda, o fotógrafo Tazio Secchiaroli, um dos mais famosos paparazzi italianos, foge do ator Walter Chiari, na Via Veneto, em Roma). A Manchete lá pelos anos 60 publicou um flagrante da bela Mylene Demongeot, a loura atriz francesas, de biquini, solitária, em uma madrugada na praia de Copacabana. Na mesma época, mandou um fotógrafo a Buenos Aires apenas para flagrar a lua-de-mel de Tutu Quadros, filha de Jânio. O que pode haver de novo é uma poderosa "indústria de entretenimento", que agrupa eventos, celebridades, meios de comunicação em geral, publicidade, marketing, merchadising e campanhas. Com tudo isso, girando milhões de reais, o fenômeno se potencializou com o segmento do jornalismo de celebridades à frente. O seriado do Falabella tenta tirar uma casquinha oportunista dessa onda. No seu primeiro episódio, "Vida Alheia" estava centrada demais em picuinhas de redação, uma tramazinha para consumo interno. Quem conhece redações sabe como aquilo lá estava fora da realidade, mas mesmo essa fidelidade que a trama busca sem conseguir alcançar nem tem tanta importância, ficção é ficção. Gilberto Braga fez uma novela chamada "Celebridade", que tinha a intenção de mergulhar nesse mesmo universo, o das revistas de fofocas. O núcleo da redação não atraiu o interesse esperado e, ao longo da trama, quase desapareceu em função de outros contextos da novela bem mais interessantes. O público parece mais ligado - e isso é natural -, em celebridades e está se lixando para o que acontece na redação de uma revista de celebridades. O que os leitores compram nas bancas - e como compram, somados, os quatro ou cinco dos principais títulos dessas revistas já batem o milhão de exemplares semanais, sem contar a audiência de sites, programas de TV, suplementos e colunas dos grandes jornais - é a notícia não o backstage da mídia. Talvez Falabella esteja ansioso demais para acertar, já que sua recente incursão em novelas - "Negócio da China" - revelou-se um fracasso para os padrões da Globo no horário. Muita calma nessa hora. Vamos esperar o segundo episódio. E checar se, pelo ibope, o público deu uma segunda chance ao novo seriado. O primeiro capítulo de "Vida Alheia" foi tão chato quando aquelas legendas que sites, revistas e colunas costumam publicar: "fulano caminha pela calçada do Leblon", "fulano cuida da boa forma andando na orla"... E eu com isso?
Chuvas, governantes, políticos e "lixões"
debarros
Em Niterói desgraça pouca é bobagem. As nossas tragédias são medidas em números de vítimas. No incêndio do Circo, mais de 400 pessoas tiveram suas vidas tragadas pelas chamas das suas lonas de cobertura. Cada habitante de Niterói ou teve um parente ou teve um amigo vitima daquele acidente por demais trágico. Até hoje, os que sobreviveram trazem em seus corpos as cicatrizes das dolorosas queimaduras que sofreram. Nessa semana, mais um acidente trágico acontece em Niterói. Em cada Bairro, em cada canto desta cidade e no seu municipio vizinho, São Gonçalo, a chuva em precipitação torrencial e fora do comum, desceu dos céus fazendo deslizar morros, barrancos, árvores e por maior tristezas casas construidas nas encostas do morros, que deslizaram com a avalanche de terras e barros levando com elas seus moradores. Em um dos locais, em que se deu uma das tragédias, as casas foram levantadas em cima de um antigo "lixão" ou aterro sanitário, que encharcado pelas águas da chuva, desceu morro abaixo e com ela mais de 40 casas fora soterradas, matando os seus ocupantes, Famílias inteiras desapareceram no turbilhão de terra e lixão. Agora, que não me venham os governantes dizer que não sabiam que em todos os locais em que se deram essas tragédias havia risco de vida. Claro que sabiam, tanto é que em todos esses locais havia pontos de luz registrados na companhiaa de luz e água encanada pela Cedae, além de arruamentos em alguns. Vamos botar na cabeça e cobrar sempre desses governantes e políticos integridade, honestidade e dever cívico porque no fim eles são os verdadeiros responsáveis por essas tragédias.
Em Niterói desgraça pouca é bobagem. As nossas tragédias são medidas em números de vítimas. No incêndio do Circo, mais de 400 pessoas tiveram suas vidas tragadas pelas chamas das suas lonas de cobertura. Cada habitante de Niterói ou teve um parente ou teve um amigo vitima daquele acidente por demais trágico. Até hoje, os que sobreviveram trazem em seus corpos as cicatrizes das dolorosas queimaduras que sofreram. Nessa semana, mais um acidente trágico acontece em Niterói. Em cada Bairro, em cada canto desta cidade e no seu municipio vizinho, São Gonçalo, a chuva em precipitação torrencial e fora do comum, desceu dos céus fazendo deslizar morros, barrancos, árvores e por maior tristezas casas construidas nas encostas do morros, que deslizaram com a avalanche de terras e barros levando com elas seus moradores. Em um dos locais, em que se deu uma das tragédias, as casas foram levantadas em cima de um antigo "lixão" ou aterro sanitário, que encharcado pelas águas da chuva, desceu morro abaixo e com ela mais de 40 casas fora soterradas, matando os seus ocupantes, Famílias inteiras desapareceram no turbilhão de terra e lixão. Agora, que não me venham os governantes dizer que não sabiam que em todos os locais em que se deram essas tragédias havia risco de vida. Claro que sabiam, tanto é que em todos esses locais havia pontos de luz registrados na companhiaa de luz e água encanada pela Cedae, além de arruamentos em alguns. Vamos botar na cabeça e cobrar sempre desses governantes e políticos integridade, honestidade e dever cívico porque no fim eles são os verdadeiros responsáveis por essas tragédias.
Garçons perdem o emprego para robôs
por Eli Halfoun
Todos nós sempre imaginamos (ou seria soubemos?) que a febre da criação de seres mecânicos, ou seja, robôs, é para substituir o trabalho do homem. Começou antes do que se esperava: um restaurante especializado em comida japonesa inaugurado na Tailândia abriu mão dos garçons de carne, osso e sentimentos para utilizar robôs no atendimento aos clientes. O Hajime Restaurant fica em Bancoc e, de saída, “contratou” quatro robôs que desfilam nos salões vestidos de samurais. Os robôs-garçons foram feitos por encomenda em uma fábrica japonesa e cada um custou US$ 930 mil. Como os robôs são mais atraentes do que a comida o restaurante anda lotado (é preciso fazer reserva com muita antecedência) e os proprietários já pensam em filiais e encomendaram mais robôs que, além de servir as mesas, são utilizados também na limpeza do restaurante ao final do expediente. Como se vê, os robôs estão sendo explorados pelos patrões como, aliás, os homens sempre foram.
Todos nós sempre imaginamos (ou seria soubemos?) que a febre da criação de seres mecânicos, ou seja, robôs, é para substituir o trabalho do homem. Começou antes do que se esperava: um restaurante especializado em comida japonesa inaugurado na Tailândia abriu mão dos garçons de carne, osso e sentimentos para utilizar robôs no atendimento aos clientes. O Hajime Restaurant fica em Bancoc e, de saída, “contratou” quatro robôs que desfilam nos salões vestidos de samurais. Os robôs-garçons foram feitos por encomenda em uma fábrica japonesa e cada um custou US$ 930 mil. Como os robôs são mais atraentes do que a comida o restaurante anda lotado (é preciso fazer reserva com muita antecedência) e os proprietários já pensam em filiais e encomendaram mais robôs que, além de servir as mesas, são utilizados também na limpeza do restaurante ao final do expediente. Como se vê, os robôs estão sendo explorados pelos patrões como, aliás, os homens sempre foram.
Solidariedade mora nas áreas de risco. Ainda bem
por Eli Halfoun
Dói de chegar às lagrimas ver através da televisão a tragédia que matou e deixou quem está vivo ainda está sem rumo e sem nada. Ao mesmo tempo em que nos comovem essas tragédias, que embora cada vez maiores, não são novidades no Rio, nos mostram que essa solidariedade da qual tanto falamos ou escrevemos também mora nos locais atingidos pelas tragédias. Os heróis bombeiros e a Defesa Civil estão sempre lá no local se desdobrando para minimizar uma situação que é uma grande dor para a qual por mais que se faça não há solução imediata: só o tempo - e não o meteorológico – curará as feridas dessa tragédia, mas sem dúvida deixará medo e cicatrizes para sempre. Repare só como são as próprias vítimas que juntam toda a dor para transformá-la em solidariedade. As pessoas que não tem materialmente mais nada é que se desdobram, para ajudar quem ficou com menos ainda. Essas pessoas - verdadeiros heróis de um povo heróico - ficam sem nada, mas não perdem o amor próximo e em consequência a solidariedade. Não me lembro de algum dia ter visto nas classes melhor favorecidas exemplo tão intenso de ajudar. Fica claro que a tal da solidariedade da qual falamos muito da boca pra fora existe sim, mas mora nas chamadas áreas de risco. Ainda bem que mora lá. Do contrário as tragédias seriam sempre maiores.
Dói de chegar às lagrimas ver através da televisão a tragédia que matou e deixou quem está vivo ainda está sem rumo e sem nada. Ao mesmo tempo em que nos comovem essas tragédias, que embora cada vez maiores, não são novidades no Rio, nos mostram que essa solidariedade da qual tanto falamos ou escrevemos também mora nos locais atingidos pelas tragédias. Os heróis bombeiros e a Defesa Civil estão sempre lá no local se desdobrando para minimizar uma situação que é uma grande dor para a qual por mais que se faça não há solução imediata: só o tempo - e não o meteorológico – curará as feridas dessa tragédia, mas sem dúvida deixará medo e cicatrizes para sempre. Repare só como são as próprias vítimas que juntam toda a dor para transformá-la em solidariedade. As pessoas que não tem materialmente mais nada é que se desdobram, para ajudar quem ficou com menos ainda. Essas pessoas - verdadeiros heróis de um povo heróico - ficam sem nada, mas não perdem o amor próximo e em consequência a solidariedade. Não me lembro de algum dia ter visto nas classes melhor favorecidas exemplo tão intenso de ajudar. Fica claro que a tal da solidariedade da qual falamos muito da boca pra fora existe sim, mas mora nas chamadas áreas de risco. Ainda bem que mora lá. Do contrário as tragédias seriam sempre maiores.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Das várzeas brasileiras para os gramados do Cazaquistão
deBarros
Afeganistão, Curdistão, Cazaquistão.
O Brasil nos seus tempos coloniais exportou "ouro", em toneladas para Portugal. Depois, com o esgotamento das suas reservas de ouro passou a exportar "açúcar" para a Europa. Com a Revolução Industrial entrou de cabeça na exportação de "borracha"na sua forma primária em bolas de látex. O Brasil, se tornando um país agricola, investiu nas plantações de café e logo se fez o maior exportador de "café" no mundo. Hoje, não é mais o grande exportador dessas matérias. Perdeu o café para a Colômbia e países da África. A borracha para os campos de plantação das seringueiras na Ásia. O ouro deixou para a África. Mas, como um grande jogador, que sempre tem uma carta escondida na manga, passou a exportar o que?: jogador de futebol. Matéria essa sem grandes custos. São arregimentados nas várzeas e campos de futebol praticados por meninos de rua, Nas escolinhas de futebol e nos times de acesso nos grandes clubes de futebol do Brasil afora.
Não há time de futebol hoje, na Europa, que não tenha em seus quadros um ou dois – até gêmeos –pretensos craques de futebosl "made in Brazil".
Mas, o Brasil não se conformou só com a Europa. Era pouco para ele. A Ásia se tornou o seu objetivo final. O último país seria aquele que nunca – nenhum brasileiro vivo – conheceria ou ouvira falar: Cazaquistão. Alguma vez um jogador brasileiro pensou em sair do morro do Alemão e ir jogar futebol no Cazaquistão?
Pois bem, a internet está noticiando a morte de um brasileiro, jogador de futebol, "Made in Brazil", ao fazer o aquecimento antes do jogo de um time do Cazaquistão. Ele morreu e foi retirado do campo e o seu time empatou com o adversário, por 0x0. Parece que ele fez falta.
Contas e cartas
deBarros conta
Neste mês fui obrigado a pagar juros de mora de três contas que me chegaram atrasadas, – além da data de vencimento – causando com isso prejuizo financeiro para as minhas pobres economias. O importante, nesse caso, é entender, como um empresa de tamanha responsabilidade, como os Correios e Telégrafos, pois a seu cargo fica a correspondência entre os cidadãos de um país, correspondências essas que trazem nas suas cartas esperanças no presente e no futuro. Declarações de amor e de paixões. Passagens tristes nas suas vidas. Passagens alegres de carinho e de amizade sincera. Ao mesmo tempo, cartas de ódio e de rancores. Promessas de retaliações e de cobranças. Enfim, pedaços de vidas que são externadas em simples cartas mas que não são entregues aos seus destinatários por essa empresa, neste infeliz país, que vive sob o regime de uma empresa estatal.
Será essa modalidade de estatal que candidatos a cargos eletivos querem para esse país? É esse o modelo de Estado Forte preconizado e desejado por políticos do Brasil? Se é esse, amigos, teremos um Estado falido sem mesmo antes de começar.
Pobre Estado Forte que não consegue, por pura incompetência, entregar aos seus destinatários as cartas, tão queridas, enviadas pelos seus remetentes aos seus amores afastados em campos de batalha, em trabalhos em outros paises, em hospitais internados por qualquer motivo ou em leitos de morte recebendo as últimas palavras de amor e de dor.
Estado Forte, foi o de Hitler e de Mussolini sem falar no Estado terrivelmente Forte de Lênin de Josip Stalin. Será esse Estado Forte desejado pelos postulantes a cargos eletivos?
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Thereza Collor faz mídia com livro de fotografias
por Eli Halfoun
Thereza Collor já ocupou muito espaço na mídia com vários assuntos (alguns que ela nem gosta de lembrar), mas agora faz a mídia com o lançamento de “Alagoas, um olhar”, seu primeiro livro de fotografias. Foram seis anos de trabalho para mostrar em 420 páginas a cultura, história e o povo de Alagoas. Foi Thereza quem concebeu, criou, produziu, fotografou e editou o material para “quem deseja conhecer a região e as particularidades de Alagoas além das informações encontradas nos guias de turismo”. O lançamento do livro que tem apoio do governo de Alagoas será no próximo dia 14 no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo. O livro pode até não ser bom para ler, mas certamente é ótimo pra ver.
Thereza Collor já ocupou muito espaço na mídia com vários assuntos (alguns que ela nem gosta de lembrar), mas agora faz a mídia com o lançamento de “Alagoas, um olhar”, seu primeiro livro de fotografias. Foram seis anos de trabalho para mostrar em 420 páginas a cultura, história e o povo de Alagoas. Foi Thereza quem concebeu, criou, produziu, fotografou e editou o material para “quem deseja conhecer a região e as particularidades de Alagoas além das informações encontradas nos guias de turismo”. O lançamento do livro que tem apoio do governo de Alagoas será no próximo dia 14 no Museu da Casa Brasileira, em São Paulo. O livro pode até não ser bom para ler, mas certamente é ótimo pra ver.
Experiência de idosos não pode ir para a lata de lixo
por Eli Halfoun
Não demora muito a população brasileira (e talvez mundial) de idosos será maior do que a de jovens. Vários estudos comprovam isso, assim como mostram que é possível ter longevidade até na saúde e na força física. Mesmo assim os idosos continuam sendo alijados, principalmente por aqui, do mercado de trabalho, de atividades sociais e muitas vezes até da vida como se já estivessem sobrando. Os velhos ainda podem ser muito úteis em vários setores e se não tem mais (mas isso só depois, às vezes bem depois, dos 80 anos) a mesma capacidade física para desenvolver alguns tipos de trabalho podem ser muito úteis como, por exemplo, excelentes e experimentados conselheiros e apaziguadores em um mundo cada vez mais desagregado e incompreensível também no sentido de um jovem não querer ouvir e muito menos entender outro jovem. Uma vez mais é a ciência quem garante que pessoas mais velhas “são mais sábias e sabem administrar conflitos humanos”.
O estudo avaliou 247 pessoas e foi feito pela Universidade de Michigan, Estados Unidos. A pesquisa diz que “não se trata de quantos fatos um pessoa conhece ou da capacidade de operar um controle remoto universal, mas da capacidade de lidar com desentendimentos”. O estudo conclui também que “os mais velhos têm maior probabilidade, na comparação com jovens e pessoas de meia-idade, de perceber que as pessoas podem ter valores diferentes, reconhecer incertezas, aceitar que as coisas mudam e reconhecer outros pontos de vista”. “O efeito da idade - diz ainda o estudo – na sabedoria se mantém em todas as classes sociais, níveis de educação e de pontos de vista”.
Fica claro uma vez mais que tratando nossos velhos como estamos fazendo jogamos fora a sabedoria de quem já viveu muito para também ensinar muito. Idosos podem, sim, trabalhar e ser excelentes conselheiros para qualquer tipo de empresa. Experiência e sabedoria não precisam de força física. Só de vida vivida.
Não demora muito a população brasileira (e talvez mundial) de idosos será maior do que a de jovens. Vários estudos comprovam isso, assim como mostram que é possível ter longevidade até na saúde e na força física. Mesmo assim os idosos continuam sendo alijados, principalmente por aqui, do mercado de trabalho, de atividades sociais e muitas vezes até da vida como se já estivessem sobrando. Os velhos ainda podem ser muito úteis em vários setores e se não tem mais (mas isso só depois, às vezes bem depois, dos 80 anos) a mesma capacidade física para desenvolver alguns tipos de trabalho podem ser muito úteis como, por exemplo, excelentes e experimentados conselheiros e apaziguadores em um mundo cada vez mais desagregado e incompreensível também no sentido de um jovem não querer ouvir e muito menos entender outro jovem. Uma vez mais é a ciência quem garante que pessoas mais velhas “são mais sábias e sabem administrar conflitos humanos”.
O estudo avaliou 247 pessoas e foi feito pela Universidade de Michigan, Estados Unidos. A pesquisa diz que “não se trata de quantos fatos um pessoa conhece ou da capacidade de operar um controle remoto universal, mas da capacidade de lidar com desentendimentos”. O estudo conclui também que “os mais velhos têm maior probabilidade, na comparação com jovens e pessoas de meia-idade, de perceber que as pessoas podem ter valores diferentes, reconhecer incertezas, aceitar que as coisas mudam e reconhecer outros pontos de vista”. “O efeito da idade - diz ainda o estudo – na sabedoria se mantém em todas as classes sociais, níveis de educação e de pontos de vista”.
Fica claro uma vez mais que tratando nossos velhos como estamos fazendo jogamos fora a sabedoria de quem já viveu muito para também ensinar muito. Idosos podem, sim, trabalhar e ser excelentes conselheiros para qualquer tipo de empresa. Experiência e sabedoria não precisam de força física. Só de vida vivida.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Uma pausa "fofa" no meio do dia de caos no Rio de Janeiro
Lixo da história
por Gonça
Hoje, uma estátua do ditador Francisco Franco, que ensanguentou a Espanha, foi retirada de um quartel. Uma recente lei impede homenagens ao antigo regime dos fascistas espanhois. E o Brasil? Este ainda mantém cidades, pontes, escolas e viadutos batizados com os nomes dos generais-ditadores. Ainda bem que, na maioria dos casos, o povo vai nos apelidos muito mais legítimos e respeitáveis: a ponte é Rio-Niterói, o viaduto em SP é Minhocão... Que assim seja até que alguma lei jogue a memória desse pessoal na fossa da história.
Hoje, uma estátua do ditador Francisco Franco, que ensanguentou a Espanha, foi retirada de um quartel. Uma recente lei impede homenagens ao antigo regime dos fascistas espanhois. E o Brasil? Este ainda mantém cidades, pontes, escolas e viadutos batizados com os nomes dos generais-ditadores. Ainda bem que, na maioria dos casos, o povo vai nos apelidos muito mais legítimos e respeitáveis: a ponte é Rio-Niterói, o viaduto em SP é Minhocão... Que assim seja até que alguma lei jogue a memória desse pessoal na fossa da história.
O luxo está ficando um lixo. Quem diz é Ocimar Versolato
por Eli Halfoun
O estilista Ocimar Versolato, que durante muitos anos foi o nome brasileiro da moda mais respeitado em Paris, está morando agora na Itália, onde lança os produtos de sua linha de cosméticos. Sem papas na língua, Ocimar abriu o jogo em entrevista para Heloísa Tolipan sobre o sucesso da moda brasileira no exterior e garante que nossa moda não é respeitada em outros países, com exceção da moda praia “que tem um certo reconhecimento”. Ocimar acha que essa coisa de luxo ficou fora de moda de tanto que usaram a palavra indevidamente. Fala aí, Ocimar: “Primeiro a palavra luxo no Brasil virou arma de publicitários para vender conceito aos clientes. Tudo virou luxo. Temos vendedor de loja dando curso de luxo, temos marcas de tudo com versão luxo, então, agora, vamos inventar o novo luxo, como se luxo mudasses dependendo a que ele é associado. São piadas essas frases de efeito em época de crise, uma anedota. Luxo é luxo, novo luxo é frase de marqueteiro que deveria estar bem longe disso tudo, pois, quem não sabe o significado não deveria chegar perto”.
O estilista Ocimar Versolato, que durante muitos anos foi o nome brasileiro da moda mais respeitado em Paris, está morando agora na Itália, onde lança os produtos de sua linha de cosméticos. Sem papas na língua, Ocimar abriu o jogo em entrevista para Heloísa Tolipan sobre o sucesso da moda brasileira no exterior e garante que nossa moda não é respeitada em outros países, com exceção da moda praia “que tem um certo reconhecimento”. Ocimar acha que essa coisa de luxo ficou fora de moda de tanto que usaram a palavra indevidamente. Fala aí, Ocimar: “Primeiro a palavra luxo no Brasil virou arma de publicitários para vender conceito aos clientes. Tudo virou luxo. Temos vendedor de loja dando curso de luxo, temos marcas de tudo com versão luxo, então, agora, vamos inventar o novo luxo, como se luxo mudasses dependendo a que ele é associado. São piadas essas frases de efeito em época de crise, uma anedota. Luxo é luxo, novo luxo é frase de marqueteiro que deveria estar bem longe disso tudo, pois, quem não sabe o significado não deveria chegar perto”.
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