terça-feira, 7 de julho de 2009

Bom programa

O GNT exibe nesta segunda-feira, dia 13, às 21h, o documentário inédito "James Brown: Padrinho do Soul" . Dirigido pelo francês Philippe Manoeuvre, o programa focaliza, segundo a divulgação do canal,  "o homem paradoxal que foi James Brown, morto em 25 de dezembro de 2006. Ele tinha fé em Deus, mas cantava "a música do diabo". JB cantou, nos anos 60, Say it loud, I'm black and proud  ("Diga alto, sou negro e tenho orgulho disso") e apareceu na TV para acalmar os ânimos dos negros quando estes se revoltaram contra a morte de Martin Luther King. Foi um músico auto-didata, além de atuante na luta pelos direitos civis.

Edições muito especiais




O Gonça já relembrou aqui a Manchete, Fatos &Fotos e Amiga diante de acontecimentos especiais que justificavam edições extras. Elvis Presley, Lennon, Kennedy, JK, João 23, Senna, Carmen Miranda, Tom Jobim... foram muitos. Na semana passada, faltou a Manchete nas bancas que exibiam Caras, Quem, IstoéGente, Veja, Época e capas de todos os jornais com o Michael Jackson. De tantas publicações, duas a destacar: a edição da Contigo, com o MJ de bad boy na capa; e uma revista especial, capa em tom prata, inspirada na edição da Time que o Panis antecipou aqui logo após a morte do cantor. Não são apenas fotos, há muito para ler. Fica aí o registro de um leitor.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Gloria Perez exportação


É mole? Caminho das Indias no Washington Post.
Reprodução, The Washington Post

 

Assombração

Fantasma

Fantasma pop: Elvis não morreu e Michael Jackson nem foi enterrado e já está dando pinta nos corredores de Neverland. Olha ele aí, meio transparente, perto de uma lareira. Confira nas imagens da CNN no link para o You Tube.
http://www.youtube.com/watch?v=h1-Zq_loKag

a mãe do new journalism

Agora, está explicado. Gay Talese não é o pai do new journalism. Aliás, o new journalism não tem pai, tem mãe. Em Paraty, na 7ª Flip, o escritor confessou que aprendeu com a dona Talese o faro jornalístico. Disse o escritor que ela "tinha profundo interesse nas histórias de suas clientes". Para a srs. Talese, que gerenciava uma boutique, "as pessoas comuns rendem boas histórias quando as conhecemos bem". Tá certa. Entre um vestido e outro, a madame se informava sobre o mundinho das clientes. Gay Talese não quis se aprofundar, mas está claro que a mama Talese era uma tremenda fofoqueira...

domingo, 5 de julho de 2009

A pergunta do Panis interativo...

O que você fazia em 1969? (pergunta válida para os maiores de 45/50 anos, por aí...)

Canal memória: "Pequeno passo, gigantesco salto..."


Lembram disso? Acho que a morte de Michael Jackson está atrasando matérias na imprensa. Mas o Panis se adianta: no dia 20 de julho de 1969, o homem chegou à Lua. E Neil Armstrong deixou a marca da sua bota no solo lunar e mandou uma frase que entrou para a história ("Este é um pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a humanidade"). A nave Apolo 11 levava ainda os astronautas Buzz Aldrin e Michael Collins. Um detalhe, hoje, qualquer videogame, relógio digital ou celular carrega processadores de dados muito mais poderosos do que os computadores IBM que guiaram o trio Saturno (foguete), Apolo 11 (cápsula) e Águia (módulo lunar). 1969? 40 anos... Estávamos em outro planeta: os carros da moda eram Corcel, VW 1600, Gálaxie, a máquina de escrever era Olivetti, gasolina do tigre da Esso... confiram nas reproduções acima...

sábado, 4 de julho de 2009

Baú do Gonça











Frio em Petrópolis, calmaria no sótão-escritório do Gonça, hora de revirar o baú de livros. De lá sai um pequeno tesouro, nem sei se o Nelson Motta ainda tem um exemplar, deve ter, vou perguntar, mas vale postar o achado neste eclético blog. A edição original lançada em 1968 pela The New American Libary é baseada no desenho animado Yellow Submarine, por sua vez inspirado em histórias que o jornalista Lee Minoff extraiu de letras das canções dos Beatles. Um ano depois, Nelson Motta fez uma inspirada adaptação brasileira para a Editora Expressão e Cultura, com "bolação" - diz o expediente - e orientação editorial de Fernando de Castro Ferro, "apoio moral" de José Carlos Oliveira, direção de arte de Chisnandes, paginação e montagem de Ventura. A capa anunciava: "Uma nova e explosiva dimensão em cinema. Um livro pra frente como nunca se viu - Os Beatles - Submarino Amarelo". A tradução, como não podia deixar de ser, usa e abusa dos termos da época. Pepperland, o país imaginario onde tudo acontece, virou Pilantrália. Superbacana, ademã, genial, vamos balançar... O surrealismo e a louca alegoria ainda permitiam um segunda leitura cheia de alusões ao momento que o Brasil vivia, sob os coturnos da ditadura. Há a Luva Dedo-Duro, os Azulões, dados a acessos de fúria e cercados de bajuladores, expressões como "tudo cinzento em Pilantrália". No final, a música vence os autoritários Azulões. Mas John, Paul, Ringo e George alertam na última página: "Temos um comunicado muito sério! Novos azulões, cada vez mais azuis, foram vistos na vizinhança da sua casa, amigo, gostaríamos de sugerir que você... comece a cantar!". E completava com um último aviso: "Os inimigos talvez não sejam azuis, podem ser... verdes".

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Jimi Hendrix e Michael Jackson: duplo mistério?


Enquanto a polícia ainda procura respostas para a morte de Michael Jackson, uma bomba pop-rock explode em Londres. Por coincidência, chega às livrarias essa semana o livro de memórias Rock Roadie, do produtor James Wright, que trabalhou com Jimi Hendrix. Até aqui, a versão aceita sobre a causa da morte de Hendrix crava em asfixia por vômito provocado por overdose de drogas na madrugada de 18 de setembro de 1970. Wright, hoje com 65 anos, garante em seu livro de memórias que o guitarrista foi assassinado por um gangue que invadiu seu hotel, em Londres, e o obrigou a ingerir uma grande quantidade de pílulas para dormir e vinho. E mais, o líder da gangue, segundo Wright, era Mike Jeffery, “road manager” de Hendrix e ex-integrante das forças especiais inglesas. O próprio assassino teria confessado o crime em 1973. Wright diz que guardou segredo até hoje por puro medo. E só com a morte de Jeffery, recentemente, em um desastre de avião, dispôs-se a revelar toda a história. O motivo do crime? Hendrix estava insatisfeito com prejuízos financeiros provocados pelo seu “road manager” e já teria tomado a decisão de demiti-lo. Revoltado, Jeffery decidiu eliminar o guitarrista. Posteriormente, teria embolsado dois milhões de dólares pagos por uma seguradora. Entrevistado pelo The Times,o diretor John Boyd, autor de um dos primeiros documentários sobre Jimi Hendrix, em 1973, diz que a história de James Wright, é absurda. Mas a polêmica está aberta.

Fotografia em Revista

Para quem estiver em Sampa: a Fundação Armando Alvares Penteado e a Editora Abril promovem a exposição Fotografia em Revista. A mostra fica aberta ao público até 12 de Julho de 2009. De terça a sexta-feira, das 10h às 20h, e sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h. Recomendável para maiores de 16 anos. Contém imagens de nudez parcial e violência. No link abaixo, você pode fazer uma visita virtual. Clique em galeria e conheça ou reveja o trabalho de grandes mestres da fotografia. Repórteres fotográficos que brilharam e brilham em Veja, Playboy, Contigo, Vip, Realidade, Nova, Placar e outras publicações da Editora Abril, estão aí. Vale a pena conferir.

http://www.fotografiaemrevista.com.br/

Uma atriz de várias faces







Sou fã de Flávia Alessandra. E, quando gosto de alguém, seja quem for, amigo, parente, namorado, jogador, cantor, ator ou atriz, enfim, não tenho vergonha de expressar minha admiração em público e ressaltar as qualidades que esta pessoa possui. No caso de Flávia Alessandra, linda, bem humorada e guerreira (adoro gente guerreira), basta dizer:
“Luz, câmera, ação”, pra que ela se transforme. Seja numa dançarina de pole dance como a personagem Alzira que interpretou em de Duas Caras, de Aguinaldo Silva, numa executiva como a Dafne de Caras e Bocas, de Walcyr Carrasco ou em femme fatale ao ser clicada para um ensaio fotográfico para uma revista semanal. Com este penteado e este modelito preto, vocês hão de concordar comigo que ela arrasou na performance. O responsável pela transformação é o maquiador das celebridades Alê de Souza que também está de parabéns. (Foto/Isto é Gente/Divulgação)

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Um minuto

Há 40 anos, no dia 1º de julho de 1969, foi criada em São Paulo a Oban (Operação Bandeirantes), organização paramilitar e centro de tortura financiados por empresários brasileiros e multinacionais. Sob o pretexto de combater os inimigos da ditadura, a Oban perseguiu e assassinou opositores do regime. Empresas, executivos e alguns políticos, tutti buona gente, que deram suporte financeiro à organização, que também era financiada com o roubo dos bens das vítimas, ainda estão por aí. O país, aos poucos, esquece crimes como esses. Os descendentes daqueles que não resistiram à tortura, certamente, não.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Até breve, pessoal!

A caminho de Jundiaí, viajando pela primeira vez com a Azul. O voo saiu quase no horário: o atraso de quinze minutos foi devido ao movimento intenso no Santos Dumont. E foi tranquilo até Viracopos. A tripulação extremamente atenciosa incluindo um comandante simpático e bem-humorado. Estou agora num microônibus executivo para Jundiaí, ainda por conta da Azul. E tudo por módicos 99 reais...

Imprensa observada



O programa Observatório da Imprensa (TV Brasil), do jornalista Alberto Dines, permanece como boa opção para uma análise da chamada imprensa comercial, a grande mídia. Atualmente, os leitores se expressam através de blogs, twitters, sites de relacionamento ou em pesquisas interativas (na foto, a pergunta e o resultado sobre a polêmica do fim do diploma para jornalistas) como essa do Observatório. Mas os debates conduzidos pelo Dines são esclarecedores - mostram os acertos mas não escodem as distorções, interesses à frente da notícias e omissões -, e devem complementar essa nova postura do leitor, a de não comprar a notícia sem examinar a embalagem...

terça-feira, 30 de junho de 2009

Rogério Reis e Walter Firmo: dois craques da fotografia


Duas exposições essenciais. Ambas no Centro Cultural Correios, Rio, de hoje a 2 de agosto.

Av.Brasil 500, de Rogério Reis, é descrita como “uma viagem às ruínas da antiga sede do Jornal do Brasil”. Um dos blocos reúne trabalhos do fotojornalista em coberturas como a campanha da Anistia e Diretas-Já. O outro, é um registro emocionado das ruínas do prédio que sediou o Jornal do Brasil durante 29 anos. Na foto de divulgação (de André Arruda), Rogério Reis revisita os escombros da antiga redação do JB.

· Oropa, França e Bahia”, de Walter Firmo, fotógrafo que foi da Manchete, é o produto, como diz o texto de apresentação da exposição, “do aleatório”, “de portar sobre o peito uma câmera fotográfica com a biruta solta para um vento, venha de onde vier”.


É auspicioso?


Auspicioso deve ser a palavra mais usada na novela da Glória Perez. Vou tomá-la emprestado aqui.
Pode ser um bom sinal. Em 1969, há 40 anos, João Saldanha foi nomeado técnico da Seleção Brasileira e mandou a frase que entrou para a história: "Meu time são onze feras dispostas a tudo". Em seguida, na sua primeira coletiva, tirou um papel do bolso e já leu a escalação do time que acabava de assumir: "Titulares: Félix, Carlos Alberto, Brito... Piazza... Gerson... Jairzinho... Pelé... Tostão... Até hoje, foi o único treinador que fez isso. O capítulo seguinte, sabe-se, foi o TRI, em 70, no México, com Zagallo herdando o time. Pois o Globo de ontem, a propósito da conquista da Copa das Confederações, cravou a manchete Os Homens de Dunga e as aspas do gaúcho: "Recuperar-se de um 2 a 0 no intervalos, só é possível quando se tem uma equipe de homens, comprometida com a vitória". Parece frase do outro gaúcho, o Saldanha. De estilo diferente, Dunga não escalou o seu time de cara nem tem aquela fartura de supercraques mas aparentemente está chegando lá, a um ano da Copa da África do Sul. Apesar da pressão contrária de parte da imprensa, descartou alguns medalhões do fiasco da Alemanha e renovou a seleção com jogadores dispostos a suar a camisa. Campeão da Copa América, da Copa das Confederações e a um ponto da classificação nas Eliminatórias, o treinador parece ter silenciado as críticas. Mais do que isso, gente que detonava seu trabalho agora parece ser dunga-desde-criancinha. Até exageram ao exaltar qualidades que, na sua primeira experiência como técnico, ainda desenvolve. Ando desatento ou não tenho lido mais apelos para que a CBF troque o Dunga por Felipão, Parreira, Luxemburgo, Mano Menezes etc? Ano que vem, o Brasil comemora 30 anos da conquista do Tri. Vamos torcer para que o presente seja o Hexa. O auspicioso entrou em campo.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O fabuloso Arquivo da Manchete



Deu na primeira página do Globo de ontem: foto de Tom e Vinicius, provavelmente no terraço da casa do Poetinha, acho que no Jardim Botânico. O Globo usou a imagem (e creditou como do Arquivo Fotográfico Bloch Editores) para ilustrar uma reportagem sobre o afastamento de 13 diplomatas do Itamaraty, quando era ministro do Exterior o Magalhães Pinto, por ordem da ditadura, em abril de 1969, há 40 anos. Vinicius estava entre os cassados. Entre tantas, foi mais uma brutalidade da "milícia" civil e militar que mandava na época. Melhor para o país, que ganhou um poeta em tempo integral. Mas quero falar da foto. Roberto Muggiati, que foi diretor da revista Manchete, comentou sobre isso: "Não sei se são da mesma série daquela foto de grupo da MPB famosa, feita pelo Paulo Scheuenstuhl, mas com certeza foi feita no mesmo local", disse, referindo-se à reprodução da famosa foto da turma da bossa nova que está no livro "Aconteceu Na Manchete" (Editora Desiderata) e que documenta uma reunião dos maiores nomes da MPB no exato local. Provavelmente, a foto que o Globo mostra foi feita no terraço, mas não é da mesma série. Dá pra ver que Tom e Vinicius não estão com a mesma roupa. Infelizmente, o crédito não registra o autor da foto. São imagens que fazem parte do acervo da editora e que hoje integram o patrimônio da Massa Falida da extinta empresa. José Carlos Jesus, presidente da Comissão de Ex-Funcionários da Bloch Editores, diz esperar que a publicação da foto ajude a chamar atenção para o leilão do acervo, ainda sem data marcada, mas previsto para se realizar em breve. A importância cultural e jornalística do arquivo da Manchete é incalculável. Imagens em cores e preto e branco guardam o que de mais importante aconteceu no Brasil no século passado. Dos bastidores de movimentos culturais, como bossa nova, cinema novo, tropicália e a era dos festivais a crises políticas, golpes, as épicas coberturas de todos os carnavais, etapas detalhadas da construção de Brasília, guerras, Amazônia, moda, comportamento, Copas e Olimpíadas. Hoje, as revistas de celebridades estão na moda, mas Manchete, Amiga e Fatos & Fotos já faziam uma cobertura de personalidades (estão lá, de todas as épocas, Leila Diniz, Maysa, Garrincha, Roberto Carlos, Tom Jobim, Pelé, Elis, Jardel Filho e tantos outros). A qualidade do acervo é avalizada por muitos livros recentes que retratam gente ou acontecimentos dos anos 50 a 90 e que recorreram diretamente às fotos ou às reproduções desse material. Torço para que, após o leilão, esse fantástico arquivo fique em mãos competentes, que dele façam bom uso e, principalmente, não o deixem fechado em caixas. Que levem ao público através de livros, exposições etc a riqueza cultural ali registrada. O Rio - especialmente, que sediou a Manchete - e o Brasil merecem o resgate desse tesouro. Créditos (Arquivo Fotográfico Bloch Editores): a foto maior, de Paulo Scheuenstuhl, foi reproduzida da edição especial Manchete 45 Anos. A foto menor, da edição do dia 28/6/2009 de O Globo.

sábado, 27 de junho de 2009

Panis no Chico e Alaíde

A dupla do Panis, Jussara e Alice, com o casal mais do que simpático, a atriz e cantora Úrsula Corona e o cantor e compositor Bena Lobo, filho de Edu Lobo.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Metrô, Estação Catete

Sai do cinema cantarolando uma música de Zé Ramalho, que estava na cabeça:
"ÔÔÔÔ, vida de gado, povo marcado, povo feliz..."
Já eram 18h e desejava ir à inauguração da exposição de fotos do meu amigo e fotógrafo Paulo Marcos e me achava naquele momento, perto do Largo do Machado. Pensei no Metrô, estação Catete, que fica em frente ao Palácio do mesmo nome, para mim, de tristes e boas memórias. Tristes, porque nunca me esqueci da noite que passei em claro esperando a vez de entrar nesse Palácio para prestar a minha homenagem ao Presidente Getúlio Vargas, que tinha se suicidado, na noite anterior.
Boas memórias, porque alguns momentos de relaxamento e tranquilidade passei nos jardins desse Palácio, nas horas que o almoço me proporcionava. Nessa ocasião, trabalhava na Bloch Editores, revista Manchete, que ficava a menos de um quarteirão desse recanto palaciano.
Quando cheguei na Estação, levei um susto. Um trem estava parado, de portas abertas, com passageiros ainda tentando entrar e não conseguindo. De tão cheio, o trem não dava partida, mesmo porque não podia. A composição só entra em movimento com as portas fechadas.
Bem, pensei comigo mesmo, o próximo virá mais vazio e poderei embarcar. Depois de dez minutos de espera chegou o trem e claro, era a hora do "rush", me lembrei então, mas tinha que pegar aquele trem de qualquer jeito, Foi então, que me passou pela cabeça um dcumentário, que mostrava cenas do Metrô de Tóquio, não muito diferente do que se passava no Metrô do Rio de Janeiro, nessas horas.
A única diferença era que, em Tóquio, guardas uniformizados, atenção para o detalhe, de luvas brancas, empurravam, gentilmente pelas costas, os passageiros, que ainda teimavam em viajar naquele trem. Assim, todos conseguiam entrar no vagão escolhido.
As portas do trem se abriram e começou a correria. Me joguei, como os outros, em direção da porta empurrando os da frente e sendo empurrado pelos que vinham atrás. Na altura da porta esbarrei com a massa de gente que já estava lá. Os que estavam dentro do vagão resistiam a dar espaço para não ficarem mais apertados. Aos poucos, fui vencendo a resistência e de repente me achava dentro do vagão. Como?, até hoje não sei. Nunca me esquecerei da posição em que fiquei e viajei naquele trem. A minha perna esquerda ficou levantada no ar. Tive que me apoiar nos corpos dos outros passageiros para não cair. À minha frente, estava uma mocinha, bem bonitinha até, que com seus olhos arregalados me olhava aflita. Minha mão direita tinha ficado entre o meu peito e o dela pressionando os seus seios. enquanto a minha mão esquerda, não sei como, foi parar nas minhas costas, na altura do meu quadril, infelizmente contra, pelo volume, o chamado órgão genital do passageiro que estava atrás de mim. O meu pé direito ficou virado para as minhas costas. Como consegui isso, confesso que não sei.
O trem saiu da Estação e comecei a pensar na próxima parada, que seria a da Glória. Mais passageiros iriam entrar e mais apertados ficaríamos. Na estação, mais uns cinco passageiros entraram com bastante vontade empurrando a massa humana em que fomos transformados nos levando para perto da porta contrária. E lá fomos, eu agarrado a mocinha, que cada vez mais arregalava os olhos com a minha mão ainda sobre os seus seios e ainda o incômodo volume na minha trazeira que teimava em permanecer no mesmo lugar, mas o volume também não se mexia, o que me deixava mais tranquilo.
Faltava mais uma Estação, a da Cinelândia. Se conseguisse passar por essa parada sem enfrentar mais passageiros para embarcar, pensei: 'na próxima, a do Largo da Carioca, estarei a salvo'.
Respirar num vagão superlotado, espremido entre pessoas que voltavam do trabalho para as suas casas, cansadas e estressadas pelas dificuldades encontradas nessa viagem é uma tortura. Só faz idéia quem passou por essa experiência. Todos os cheiros do mundo invadem as suas narinas. Cheiro de tabagistas, talvez seja o pior, porque o cheiro pega na sua roupa, no seu cabelo, na sua pele e custa a sair mesmo depois do terceiro banho seguido. O da cachaça da vontade de vomitar, fora outros cheiros impublicáveis.
Passamos pela Cinelândia intactos. Só conseguiu entrar mais uma pessoa que, coitada, ficou espremida, grudada mesmo, na porta do vagão.
Chegamos enfim, à Estação Carioca. Quando o trem parou e abriu as suas portas, gente, eu não saí, fui cuspido com tanta violência que fui parar na parede de mármore da Estação.
Não me machuquei mas, respirei aliviado. Prometi a mim mesmo nunca mais viajar de Metrô nesse horário. É sacrifício demais. Com as pernas bambas e dormentes me dirigi a passos lentos para o velho casarão, na Praça 15, onde morou a Dona Maria I, a Louca, onde estava acontecendo a exposição fotográfica do meu amigo fotógrafo Paulo Marcos, ainda com a música do Zé Ramalho na cabeça:"
ÔÔÔÔ, vida de gado, povo marcado, povo feliz..."

J.A.Barros

Michael Jackson na Manchete 3


Michael Jackson na Manchete 2


Michael Jackson na Manchete 1


Farah Fawcett: Bela e Sexy para sempre


Quem não lembra de sua pele bronzeada, do seu corpo esbelto, do belo sorriso e dos seus cabelos. Maravilhosos!
A belíssima juba de raios dourados, inspirou mulheres do mundo inteiro a querer imitar seu penteado. Inclusive eu, como todo boa leonina que adora um juba, fazia de tudo para ter o cabelo igual ao da deusa sexy dos anos 70. Pra falar a verdade, queria ser igual a ela, mas de todos os atributos que Farah possuia e que eu mencionei acima, a
única coisa que tinhamos em comum, era as madeixas. Modéstia a parte, elas sempre foram muito elogiadas pelos coiffeurs. Foram não, ainda são. Mas voltando a minha diva, lembro que o rosto de Farah aparecia em todo lugar, em pôsteres, camisetas, bonecas, e que na época, ela virou sinônimo do glamour californiano.
Farah ficou famosa com a personagem Jill Munroe, da série "As Panteras", do trio que incluia Jaclyn Smith e Kate Jackson, era a estrela mais comentado do seriado. O sucesso de seu penteado se tornou tão grande que o New York Times
certa vez o descreveu como "uma obra de arte ... emblemática de mulheres no primeiro estágio da liberação - forte, confiantes e cheias de alegria".
E, assim que vamos lembrar de Farah, forte, guerreira e cheia de alegria. (Photo by MPTV)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Michael Jackson 1


A morte de Michael Jackson expôs uma fragilidade da netmídia: a pressa. No fim da tarde, vários portais brasileiros e até uma agência de notícias postaram a informação na correria, na base do quem vai dar primeiro, sem checar a veracidade. Minutos depois, corrigiram. Quase mandam um "foi mal". O cantor estava ainda na uti e não havia confirmação oficial da sua morte. A CNN (na foto) também vacilou. Ou tentou uma certa esperteza. Estampou a informação da morte, explorou o "dies" em maiúsculas, mas se resguardou na segunda linha de caracteres. Deu a notícia mas com um pé atrás. Se não se confirmasse a morte, a culpa - ou "barriga" no jargão jornalístico - estava lá escrito, seria do L.A Times. A internet exige uma velocidade de Fórmula-1 e, para alimentar suas "rotativas" digitais e sair na frente, jornalistas preferem correr risco: teclam, enviam e checam depois. Nesse vai-e-vem, Michael Jackson foi dado como "morto", "ressuscitou" e só "morreu" de vez quase uma hora e meia após a primeira notícia.

Michael Jackson 2


Entre tantos sucessos de Michael Jackson, o vídeoclipe Thriller fica como um logotipo da sua trajetória e uma bizaarra estética dos tais anos 80. Sátira de filmes de terror, o vídeo reuniu um timaço: do diretor John Landis ao arranjador Quincy Jones passando pelo ator Vincent Price. Foi premonitório também. MJ, que virou zumbi na trama do Thriller, encarnaria, anos depois, um fantasma em vida. O lugar-comum "descanse em paz" é mais do que adequado ao ponto final do atormentado astro pop.



quarta-feira, 24 de junho de 2009

Salvaram-se todos

Deu no Folha On Line
24/06/2009 - 17h45

Avião da FAB sofre duas panes elétricas com dois deputados a bordo


e o Fradinho baixinho do Henfil diria... isso não é pane, é faxina...

Mãos de tesoura

Tem um anúncio sinistro rolando na Tv. Já viram? É um desses institucionais para educar a galera. No caso, uma campanha para evitar que marmanjos urinem na rua. Louvável. Uma mulher fala que o Rio é bonito, as praças são legais, blá, blá, blá... Enquanto ela fala, um cara, ao fundo, rega uma árvore. O texto do tal anúncio é educativo mas pega pesado quando a dona lá diz com todas as letras que gostaria de ter uma tesoura! Pra que? Nem insinua, deixa claro que é pra cortar o dito cujo do meliante que urina na rua. Tudo bem que é uma tremenda falta de educação, mas tesoura?Quem escreveu essa anúncio???? O Goebbels?

Deu na Contigo


Festa de lançamento do livro do Renato Sérgio sobre o ator Mauro Mendonça. Livraria da Travessa. Rio de Janeiro

Decisão da 5ª Turma do STJ:

Tribunal decide que exploração sexual de menores não é crime, desde que as menores já tenham sido exploradas antes... (Jornal O Globo - 24/06/09)

Paris-Rio: duplo olhar

Sophie Elbaz e Thiago Barros trocam de cidades e mostram o resultado na exposição "Diversidades". Dois fotógrafos, um brasileiro e uma francesa, retratam, cada qual com seu foco, o lugar onde o outro vivia. O resultado está na mostra em cartaz, até 2 de agosto, no Centro Cultural da Justiça Federal, no Rio de Janeiro, como parte da programação oficial do Ano da França no Brasil. "Cada um vivenciou do seu jeito a cidade do outro. Enquanto Sophie mergulhou na sensualidade do Rio, Thiago experimentou a precisão geométrica, a visão cartesiana de Paris", explica o curador brasileiro Milton Guaran. Thiago foi a Paris em julho e agosto, e Sophie veio ao Rio em novembro e dezembro. A francesa trabalhou durante vários anos na agência Sigma, cobrindo vários conflitos em todo o mundo, sobretudo na África. Bom programa. 

 

 

 



O Rio vai correr

Neste domingo, 28, pista livre para 15.400 inscritos na Maratona Caixa da Cidade do Rio de Janeiro. Em meio a essa multidão, que bota o pé na estrada a partir de 8h da manhã, largando do Recreio e chegando no Aterro, há alguns nomes conhecidos não exatamente por suas qualidades atléticas: os cantores Paula Toller,Toni Garrido e Dado Villa Lobos, a apresentadora Cinthia Howlett, o chef Olivier Cozan, as atrizes Juliana Didone e Thayla Ayala. Além, é claro, dos melhores maratonistas profissionais do mundo. Vanderlei Cordeiro de Lima, medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004 (aquele que foi atropelado por um padre maluquete), não corre mais profissionalmente mas participará do revezamento Rio 2016 na Maratona do Rio de Janeiro, prova simbólica em apoio à campanha para a sonhada Olimpíada carioca. 




Pasquim 40 anos

Editora Desiderata

Sig e Jaguar autografam


Especial para a fotógrafa do Panis.

Pasquim 40 anos


Humor em dois tempos: na comemoração dos 40 anos do Pasquim, o CQC, com Felipe Andreoli, entrevistou alguns integrantes a turma do Pasquim.

Pasquim 40 anos


A máquina do tempo estaciona no Bar Lagoa: boa parte da turma do Pasquim se reencontra para festejar os 40 anos do histórico "jornaleco", no ótimo sentido. Na foto de Jussara Razzé para o Panis, Ziraldo autografando, Zuenir Ventura, Casé eOtávio Augusto.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Pasquim 40 anos

No Bar Lagoa, Roberto Muggiati, um dos autores do Aconteceu na Manchete, da Editora Desiderata, e a atriz e escritora Maria Lúcia Dahl no lançamento da edição comemorativa dos 40 anos do Pasquim, com as capas mais marcantes da história do jornal e os volumes I,II,III, da Antologia do Pasquim, também da Desiderata.