quarta-feira, 22 de abril de 2020

Publimemória: Pastilhas Valda foi a "cloroquina" da Influenza no século passado


Especialistas internacionais desmentem que a cloroquina seja remédio para o coronavírus.No Brasil, virou receita presidencial. Mas não é de hoje que curandeiros apregoam poções milagrosas e salvadoras.

Veja o anúncio acima. As Pastilhas Valda eram apresentadas como capazes de curar "influenza, grippe, constipação, bronchites".

Compartilhe com o Planalto. De repente vai virar política nacional de saúde.

Abriram os shoppings em Blumenau! Virou muvuca

Veja o vídeo

"Meu papel, meu canudo de papel" - Elite brasileira adora inventar títulos em Harvard...

por O. V. Pochê

Harvard vai precisar cuidar da imagem. Primeiro passo é investigar rigorosamente todos os títulos que brasileiros alegam ter obtido na instituição. Não só Harvard. Outras universidades vão ter que passar o pente fino nos diplomas e certificados que a elite brazuka inclui nos currículos. Não é de hoje que rola essa onda de "doutor 171".

O advogado e professor de Direito Marcelo Uchôa comentou nas redes sociais, hoje, que é falso  o doutorado do ministro da Saúde, Nelson Teich. E o jornal GGN denuncia que a Universidade de York "não confirma informação de doutorado do novo ministro da Saúde".

Não é o primeiro caso. deputados, ministros,g  e até intelectuais já inflaram suas vidas pregressas com títulos prestigiados. Só que falsos.

Basta um brasileiro fazer uma visita guiada a Harvard para fantasiar o currículo. Se for inscrito como "ouvinte", já sai de lá com um doutorado.

Ou Harvard desmoraliza esses picaretas da academia ou daqui a pouco tem brasileiro ilustre pegando diploma no drive thru da universidade.

O psicopata é internacional


Leitura Dinâmica: se segura, malandro

* Crescem as suspeitas sobre a transparência do Ministério da Saúde sob nova direção. Sabe-se que a subnotificação é alta no Brasil. O risco agora é a manipulação da subnotificação, para baixo, claro, em sustentação à pressão de Bolsonaro, do gabinete do ódio e das carreatas da morte para o fim do isolamento (o pouco isolamento que o país conseguiu praticar). Para conscientizar a população falta uma live dos coveiros que estão dobrando expediente em várias capitais.

*  A pandemia na Europa inicia um lento ciclo de redução de casos e mortes. Muito lento. E começa a planejar a adaptação do isolamento social ao novo quadro. As principais cidades brasileiras estão entrando na fase mais dramática da pandemia: a hora em que o sistema de saúde não consegue dar conta das vítimas, especialmente aquelas que necessitam de respiradores dá conta. Agrava-se a fase de recolhimento de corpos nos hospitais e nas residências, a abertura das covas rasas, o drama das famílias e a angústia de médicos e enfermeiros. Pois é nesse momento que o psicopata e seu gabinete do ódio fazem pressão para o fim do isolamento. Vão colher cadáveres, como parecem desejar. Em tempo: dez estados já começam a relaxar oficialmente o isolamento.

* Alguém duvida que os atos que pedem a volta da ditadura partem do Planalto? Alguém acha que, por coincidência, Bolsonaro ia passando no local (também por acaso o quartel general do Exército) para ir a uma padaria ou, quem sabe, procurar o Queiroz e deu uma paradinha no meio da carreata da morte só para espairecer? Bolsonaro exalta um golpe, o de 1964, é produto de outro, o de 2016, já deu vários sinais de que gostaria de abduzir o Congresso, o STF, além de governadores e prefeitos incômodos.

* Os números da economia brasileira em fevereiro, antes do coronavírus, já eram um desastre. Estagnação, desemprego, balança comercial e indústria e consumo em baixa se destacavam entre outros indicadores do fracasso. Paulo Guedes e a mídia conservadora lamentam a toda hora que a Covid-19 atrapalha o Brasil na hora em que o país estava "decolando". Decolando para um buraco  maior? Menos enganação, por favor.

* O Globo de hoje denuncia que alguns advogados que atendem internos da Papuda, em Brasília, cobram até 900 reais para informar às famílias sobre o estado de saúde dos presos. Significa 300 reais a mais do que o auxílio  de 600 reais que Congresso e governo estipularam para parte da população.

* STF está investigando atos contra a democracia e a máquina política de geração de fake news. Vai acabar batendo no mesmo endereço ali mesmo na praça dos Três Poderes.


* Pausa para respirar. Em confinamento, Luma de Oliveira faz uma rara aparição especial. Nos Instagram, a eterna musa relembra Tom Jobim e publica texto que o maestro fez para ela.

* Os clubes de futebol falam na volta dos jogos, sem torcida. Dirigentes se reúnem. Vale uma pergunta: os jogadores foram ouvidos?

* Enquanto isso... a OMS recomenda que competições internacionais não voltem aos estádios, ginásios, pistas e piscinas antes do segundo semestre de 2021. O Coordenador de Futebol da CBF rebateu: "a OMS não entende nada de futebol". É candidato a abre-alas da próxima carreata da morte?.

* Deu azar. A Embraer, por decisão de Michel Temer referendada pelo seu sucessor, juntou seus trapinhos com a Boeing na hora errada. Logo depois a empresa americana se enrolou na mancada do perigoso jato 737 Max, que a fez entubar um mega prejuízo, e se deparou logo depois com cancelamentos de encomendas do setor aéreo embananado pela crise do coronavírus. Parece um abraço de afogados. A Embraer está tentando prorrogar a data final para a conclusão do acordo.

ATUALIZAÇÃO - A nota acima, sobre Boening-Embraer, foi publicada no dia 22 de abril. Dois dias depois, a empresa americana anunciou que estava caindo fora do negócio. Já abalada pelo escandaloso fracasso do jato 737 Max, até hoje impedido de voar, a Boeing não resistiu ao coronavírus que abala fortemente a indústria aeronáutica. A Embraer deve está se sentido como uma noiva que já cedeu seus encantos ao noivo durante uma noite e viu este se mandar antes do sol raiar.

terça-feira, 21 de abril de 2020

Fotomemória da redação - Brasília 60 anos: onde a encrenca começou

Jacinto de Tormes, da Manchete, chega a Brasília para cobrir
a inauguração da capital em 21 de abril de 1960. Reprodução Manchete

Brasília foi inaugurada na data de hoje, há 60 anos. Esperava-se que fosse Capital da Esperança. Em clima de ufanismo, o jornalista Jacinto de Thormes chegou ao Planalto Central, como integrante da equipe Manchete,  para cobrir o baile inaugural no Palácio do Planalto.

O Baile de Gala da inauguração de Brasília, há 60 anos, no salão do Palácio do Planalto. Manchete cobriu com pompa e circunstância a festa que entrou para a história como o "Baile da Ilha Fiscal 2.0". A "Capital da Esperança" estava destinada, pouco depois, a se tornar sede de um ditadura que durou 21 anos. Reprodução Manchete

Jacinto não sabia, mas iria testemunhar, na verdade, o Baile da Ilha Fiscal 2.0.

Pouco meses depois, Jânio Quadros seria eleito, tomaria posse em janeiro de 1961, renunciara sete meses depois, como parte de autogolpe (hoje, ironicamente, em moda) fracassado e jogaria o Brasil em uma sequência de crises. Em seguida, militares tentaram em vão impedir a posse do vice João Goulart, que não caiu naquele momento , mas governou por três anos sob alta instabilidade política. Em 1964, veio o golpe militar e os 21 anos de uma sangrenta ditadura.

E Brasília não justificou o título que os jornais e revistas lhe deram.

Hoje, 60 anos depois, é a Capital da Desesperança, onde a democracia está, mais uma vez, sob ameaça. 

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Entre a espada e a cruz...

O auxílio que o governo federal inicialmente relutava em dar (queria fixar em 200 reais) e que o Congresso passou para R$600 e decidiu liberar é importante para milhões de famílias, embora não resolva a grave emergência.
Mas tem um problema bem tipico da "pátria amada".
Em algumas comunidades, a milícia exige que as pessoas lhes forneçam os dados, e eles mesmos, os criminosos, dão entrada no pedido e cobram uma taxa de valor não informado.
Por outro lado, alguns pastores afirmam em rede social que os R$600 reais "foi deus que mandou" e avisam que a quantia está sujeita a dízimo.
É o povo entre a espada e a cruz.

Edição impressa da Revista Caras entra em quarentena por três semanas


Segundo notícia publicada no Portal dos Jornalistas, a revista Caras suspende sua versão impressa temporariamente. O motivo é a pandemia do novo coronavírus.

Mensagem aos assinantes informa a pausa forçada, inicialmente por três semanas, e avisa que a revista será mantida em seu formato digital.

A edição vista aí ao lado seria a última antes da quarentena editorial;

Dona Arminda: a lady do Russell

Dona Arminda, na foto a primeira à esquerda, em momento que demonstrava
seu companheirismo. Foi em um dos almoços de fim de ano dos ex-funcionários,
ao lado de Marta Souza, Nilton Rechtman, Alan Caruso e Juvenil Siqueira. 

A mesma generosidade mostrava ao participar da luta dos ex-funcionários pelos direitos trabalhistas após a falência da empresa. Na foto, de 2012, durante uma visita ao gabinete da Juíza Maria da Penha Nobre Mauro, em comitiva da qual faziam parte Murilo Melo Filho, José Carlos Jesus, José Alan Leo Caruso, Roberto Muggiati,  Jileno Dias, Zilda Ferreira, Genilda Tuppini, e o presidente do Sindicato dos Gráficos do Rio de Janeiro, Jurandi Calixto Gomes. Dona Arminda é a penúltima, da esquerda para a direita. 

Ontem, José Carlos Jesus, presidente da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores, recebeu  a mensagem abaixo, extensiva a muitos que passaram pela Bloch:

 "José Carlos e demais amigos de minha mãe Arminda, comunico seu falecimento hoje. Minha mãe cumpriu sua caminhada com louvor. Obrigada pela amizade e carinho de vocês". 
Abs.  Maria Joaquina. 

Dona Arminda Oliveira Faria era a lady do Russel. Elegante, prestativa, eficiente, ela exercia múltiplas funções ligadas ao cerimonial da Bloch. Jantares formais, abertura de exposições, lançamentos de livros, Prêmio Tendência, estreias de peças para convidados de Adolpho Bloch, toda a logística desses eventos tinha Dona Arminda na supervisão.

Às vezes, e não raro às pressas, era convocada para atender a redação da Manchete, quando ilustres personalidades davam entrevistas para a revista na própria editora, no 11° andar do prédio 766. Dona Arminda e sua equipe montavam um catering de classe. Certamente as entrevistas se prolongavam graças à "produção" caprichada, do ambiente ao menu.

Roberto Muggiati, ex-diretor da Manchete, conta que, em 1986, ajudou Adolpho Bloch a receber a dona do Washington Post, que visitava o Brasil: Ms. Katherine Graham. E encontro foi em um fim de tarde na espaçosa sala de visitas do décimo andar do 804, com sucos e biscoitos – era verão e fazia muito calor no Rio, um chá seria totalmente fora de questão. Tudo ia bem até que o bairro do Flamengo sofreu um apagão geral. Antes que a situação se tornasse constrangedora, Dona Arminda , prontamente providenciou um conjunto de castiçais e a conversa prosseguiu em clima tremeluzente. Deve ter sido a primeira vez que Katherine Graham deu uma entrevista à luz de velas.

Dona Arminda fará sempre parte das boas lembranças da Bloch. Como diz a sua filha, ela cumpriu sua caminhada com louvor.

domingo, 19 de abril de 2020

É oficial! Nova iorquinos já podem se casar via aplicativo Zoom.

Os noivos nova iorquinos já podem  se casar, oficialmente, via videoconferência. O governador Andrew Cuomo assinou decreto nesse sentido. Com aplicativo Zoom, cujo uso explodiu no mundo em tempo de Covid-19, os noivos poderão se conectar, juntos, com o cartório. Caso estejam confinados em locais diferentes, não tem problema, será feito um call múltiplo com todos os envolvidos.  Já a lua de mel, se será "analógica" ou virtual ,é uma decisão de cada casal.

Redações: coronavírus é o novo passaralho

O jornalismo já contabiliza contaminados e mortos pela Covid-19.

Além do vírus, outra ameaça ronda as redações. E não só no Brasil. Sites independentes estão sobre cerco econômico, canais de esportes reduzem equipes ou negociam cortes de salariais, contratos são suspensos. Há rumores de que Folha, Estadão, Valor Econômico, Caras, entre outros veículos, podem reduzir salários.

Assim, o jornalismo em geral e o impresso em particular, já combalido, serão vítimas do impacto econômico do coronavírus. Rafael Moro Martins, Editor Contribuinte Sênior em The Intercept Brasil, em artigo postado ontem, comenta e assunto e lança uma questão preocupante: a crise que fragiliza os veículos independentes embute um risco à democracia.

"É mais fácil para um governo antidemocrático como de Jair Bolsonaro dobrar empresas de mídia em dificuldades financeiras. Um dos heróis dele, o húngaro Viktor Orbán, asfixiou os jornais independentes, que cobriam o governo com altivez. Em seguida, partidários do ditador os compraram. Para alinhá-los ao governo ou, simplesmente, fechá-los", escreve Rafael Moro Martins.


Um pioneiro no isolamento social - E o mundo, quem diria, foi obrigado a imitar Howard Hughes

Howard Hughes em rara foto pouco antes de morrer e em pose dos anos 1940. 

O Princess Hotel, em Acapulco. Na cobertura o bilionários viveu sua quarentena particular. 

Em tempo de coronavírus, as pessoas em quarentena compartilham nas redes sociais a vista que veem das janelas. A paisagem acima foi o visual que Hughes contemplou durante quatros anos de isolamento.

O bilionário Howard Hughes sofria de misofobia. Trata-se do pavor extremo de se contaminar por vírus, bactérias, germes em geral. Com razão, ele achava que a vida moderna fazia circular vírus demais para o seu gosto imunológico.

O filme O Aviador, de Martin Scorsese, com Leonardo di Caprio no papel principal, mostra algumas  manias de limpeza do cineasta, engenheiro aeronáutico, fabricante de aviões e dono da extinta companhia aérea TWA. Mas na vida real, a paranoia era mais grave. Ele passou os últimos 25 anos de vida em semi-reclusão, sendo que os quatro anos finais absolutamente isolado em uma imensa suíte na cobertura do Princess Hotel, em Acapulco, México. Tudo que entrava nas dependências era desinfetado, empregados usavam luvas brancas e lenços de papel até para tocar em interruptores ou maçanetas. Ele lavava as mãos e tomava banho várias vezes ao dia. A faxina do local era feita com bactericidas hospitalares.

Deve ter funcionado. Hughes morreu de parada cardíaca em 1976, aos 70 anos.

O bilionário foi uma espécie de pioneiro no isolamento social, no caso dele, pessoal. Se vivo fosse, estaria preparado para vencer o coronavírus.

sábado, 18 de abril de 2020

DataPanis lista mais palavras do vocabulário do coronavírus

Coronacético - É o sujeito que por fundamentalismo ideológico, psicopatia ou sociopatia nega a existência ou os efeitos da pandemia. Palavra criada pelo Le Monde
Coronacrise - O impacto mortal da Covid-19 ampliado para a desarrumação da economia global.
Coronalive - Shows ou clipes caseiros produzidos durante a quarentena e transmitido pelas redes sociais. 

Fotomemória da redação: Ivan Locci e os perigos que ressurgem. Por Guina Araújo Ramos

por Guina Araújo Ramos (do blog Bonecos da História

São tempos espantosos, estes, os da pandemia do novo Coronavírus, os da COVID-19. O certo é que nossa geração, em termo mundiais, simplesmente não viveu nada parecido.

O perigo é, objetivamente, mortal, posto que não há cura e nem vacina. Resta-nos apenas uma defesa parcial, uma quarentena indefinida, que teria um prazo final, mas é continuamente estendida enquanto a quantidade de vítimas cresce.

Ao perigo maior, o da contaminação com o vírus, vão se acrescentando outros, que vão de uma possível obesidade, forçada pela angústia que a imobilidade provoca, até os riscos dos acidentes caseiros, incluindo, aliás, as dificuldades de convivência entre parentes que nunca conviveram tanto... Riscos de acidentes que se exacerbaram até mesmo pela falta de prática de muitos no uso dos recursos que têm em suas próprias casas. Ainda bem que uma crise tão profunda trouxe à tona um impressionante movimento de solidariedade coletiva.

Ivan Locci - Rio de Janeiro, 1984 - Foto Guina Araújo Ramos

Daí, me lembrei da criança que, vítima de um desses acidentes caseiros, recebeu, no correr dos anos 1980, um apoio fundamental para a sua recuperação (e integração na sociedade), apesar dos traumas que sofreu: o italiano Ivan Locci, que continua grato ao Brasil.

À época, este era um acidente até corriqueiro: um jato de álcool lançado ao fogo, a partir de uma garrrafa plástica, que retornava ao corpo da pessoa e fazia nele um incêndio particular. As crianças eram as vítimas mais frequentes, a ponto de o álcool líquido ter sido substituído no comércio pelo álcool em gel. Muitos adultos, nos churrascos e nas fogueiras juninas, também sofreram destes males, ou foram responsabilizados pelos sofrimentos de seus filhos (e foi, aliás, o caso do pai de Ivan Locci).
Agora, como recurso na defesa contra a pandemia, o álcool 70° está de volta às lojas, e às casas, e seus riscos também. Diante do caos da saúde pública (que já existia, mas está sendo levada ao absurdo), dificilmente quem se queimar no uso do álcool terá tratamento de qualidade. Nem, muito menos, o tratamento especialíssimo que o garoto Ivan Locci teve, o de ser operado pelo mais importante cirurgião plástico brasileiro (talvez do mundo, à época), o médico, professor e até membro da Academia Brasileira de Letras, o Dr. Ivo Pitanguy.

Ivan Locci - Rio de Janeiro, 1984 - Foto Guina Araújo Ramos

Fotografei o menino Ivan Locci, para o Jornal do Brasil, no anos de 1984, em um pequeno hotel do bairro do Flamengo, durante um dos seus vários retornos ao Rio de Janeiro, para revisão das cirurgias que vinha fazendo desde 1981, as quais recuperaram minimamente as feições do seu rosto.
Fiquei feliz de encontrar agora, revendo o assunto em pesquisa na Internet, algumas imagens recentes de Ivan Locci, de um evento do ano de 2017, em Gênova, na sua Itália natal.

Fico feliz também por recuperar a figura de Ivo Pitanguy, com quem tenho a alegria adicional de dividir a data de nascimento, 5 de Julho, a quem também fotografei, em sua famosa clínica da Rua D. Mariana, mas lamento não ter em mãos estas fotos (creio que para Fatos & Fotos, por conta de alguma celebridade que ele “retocara”, como Marisa Berenson). E nem saber mais como encontrá-las.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Humor, por favor. No Charlie Hebdo, a volta ao trabalho...


Velho Oeste: quando a cloroquina não existia

O charlatão Merriweather (Martin Balsam) no filme "Pequeno Grande Homem".. 

por Ed Sá

A figura do charlatão era recorrente nos westerns clássicos. Geralmente envergando cartola e casaca, o sujeito percorria as trilhas empoeiradas do Oeste e parava nas pequenas cidades para vender suas poções.

A cloroquina que Bolsonaro propagandeia não existia, mas o curandeiro andarilho vendia "remédios" para curar impotência, vermes, infestação de carrapatos, piolhos, veneno de cobra, disenteria e um pozinho para acelerar cicatrização de buracos de balas.

Claro que as meizinhas eram pura enganação. Mas isso não era problema para o charlatão. Como um nômade, ele vendia seus produtos em uma cidade e logo partia para outra.

Na vastidão do Oeste, o charlatão encontrava muitos outros otários sem precisar repetir a praça.

Eles também são contra o isolamento...

Segundo a Tupi FM, em áreas dominadas pelas milícias, o comércio agora vem sendo obrigado a funcionar. Simples: assim como o governo federal quer o povo na rua por temer perder dinheiro dos impostos, a milicia reclama por ver diminuir o caixa da extorsão que pratica junto aos comerciantes. Os criminosos não se preocupam com o número crescente de mortes. São contra o isolamento social e querem o comércio aberto porque não se pode curar o doente e matar a galinha dos ovos de ouro dos paramilitares que subjugam milhares de cariocas.
Um discurso já ouvido em algum lugar... 

"Espírito Santo de orelha" baixa em Bolsonaro

Bolsonaro usou um ponto eletrônico para sustentar seus pronunciamentos tanto na apresentação do novo ministro da saúde, ontem, quanto na posse, hoje. A fala é pausada e, entre uma frase e outra, aguarda a "cola" que vem dos bastidores. Ontem, o discurso foi tão lento que as redes sociais indagaram se o capitão inativo tinha tomado calmantes ou um litro de chá de maracujá..
Trata-se de uma inovação na comunicação do Planalto. Já foi usado antes o telempronter, mas Bolsonaro se atrapalha com o sistema.
O Planalto não informa a razão da mudança, nem se foi uma sugestão de Regina Duarte. A atriz tinha dificuldade para decorar falas nas novelas e a produção lhe pendurava o micro-equipamento na orelha. Na linguagem popular, Bolsonaro e Regina Duarte são amparados pela versão tecnológica do "espírito santo de orelha" que, segundo o dicionário, é "o indivíduo que procura auxiliar outrem murmurando-lhe respostas".

CNN americana: a vinheta que oferece calma...

Reprodução 

A CNN americana está, é óbvio, com um massiva programação sobre a Covid-19 no país que soma mais contaminados e mais vítimas fatais. A própria CNN exibe na tela o relógio fatal que conta a devastação que o coronavírus causa. O noticiário é geralmente assustador. Por isso, a rede americana criou uma vinheta que faz todo o sentido: são 30 segundos de calma sugeridos por uma série de imagens em câmara lenta. Uma janela para descontrair. Nem que seja para "viajar" por alguns segundos.  O conceito deve agradar ao pessoal da marijuana. 
A CNN propõe 30 segundos de cachimbo da paz.  

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Dias estranhos... O rock profético de Jim Morrison e The Doors


Em 1967, The Doors (Jim Morrison nos vocais, Ray Manzarek (teclados), Robbie Krieger (guitarra) e John Densmore (bateria) lançaram Strange Days. Não sabiam que escreviam um hino dramático para ser ouvido neste 2020. É a metáfora do coronavírus...


Strange Days  (Clique AQUI)

Os dias estranhos nos encontraram
Os dias estranhos nos rastrearam
Eles vão destruir
Nossas alegrias casuais
Nós temos que seguir em frente ou encontrar outra cidade

Sim!

Olhos estranhos ocupam salas estranhas
Vozes anunciarão o cansado fim
A anfitriã está sorrindo
Seus hóspedes dormem em pecado
Me ouça falar sobre o pecado e você sabe que isso é um

Sim!

Os dias estranhos nos encontraram
E através de suas estranhas horas, ficamos sozinhos à espera
Corpos confusos
Memórias mal usadas
Enquanto trocamos o dia pela estranha noite de pedra