sexta-feira, 18 de novembro de 2022

A Copa triste

Com a Copa do Catar, a FIFA pensou muito mais nos dólares dos sheiks do que no futebol e criou o desastre perfeito. 

O Catar é um Estado fundamentalista e autoritário. Uma ditadura que desrespeita direitos humanos e oprime muitos dos seus habitantes, principalmente as mulheres. Cada estádio construído para a Copa, assim como cada um dos suntuosos edifícios de Doha e de outras localidades têm as marcas do sangue derramado por imigrantes que os construíram em condições de trabalho escravo. O país já foi denunciado por isso em instâncias internacionais inúmeras vezes. Calcula-se que centenas desses morreram nos últimos anos.  O clima festivo em torno da Copa ficará restrito praticamente aos torcedores estrangeiros e, mesmo assim, contidos pelas rigorosas leis islâmicas.  Fora das quatro linhas, tudo parece falso nessa Copa feita como se fosse um reality show a ser visto pela TV e  gerado em um estúdio. 

Claro que, no gramado, quando a bola rolar, o fascínio do futebol vai prevalecer. Brasil, França, Alemanha, Portugal, Espanha, Inglaterra e outras potências do futebol vão garantir o espetáculo. A Copa terá uma identidade triste apesar da alegria que os craques vão proporcionar. A FIFA merece cartão vermelho e nem precisa chamar o VAR. (José Esmeraldo Gonçalves).



Um comentário:

J.A.Barros disse...

Independente destas observações, a arquitetura dos Estádios é maravilhosa, fantástica, esxtraordinária. Interessante constatar que os povos árabes sempre demonstraram uma rica arquitetura, nos seus palácios, decorados com lindos desenhos, cheios de Imaginação e criatividade. Observamos nas fotos de sua cidade, prédios com uma arquitetura bem avançada e muito bonitos. Nota-se nas fotos , um prédio seguindo um formato fálico e sem ofender e nem assustar ao ocidental, ao vê-lo pela primeira vez.