Janaína Araújo. Reprodução TV |
Quem inaugurou o sistema no CRAS do Paranoá, DF – foi Janaína Nunes Araújo, 44 anos. Hipertensa, obesa, sofrendo de ansiedade, depressão e síndrome do pânico, ela não resistiu a oito dias sem atendimento na fila.
Janaínas não costumam morrer tão cedo, elas só passaram a existir depois que Leila Diniz deu esse nome a sua filha, nascida em 19 de novembro de 1971. A partir daí o nome que homenageia Iemanjá se tornou um favorito no Brasil. Entre as Janaínas que se destacaram está Janaína Conceição Paschoal, nascida em São Paulo em 1974, jurista, política e uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mas nem todas alcançarão o sucesso como ela, que foi até convidada para vice de Bolsonaro. Muitas, provavelmente, são vítimas potenciais de feminicídio e outras podem até estar reservadas para o extermínio na fila, como a pobre da Janaína Nunes Araújo.
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