Manual lançado em 2018 já fazia uma compilação das situações "cringe' |
Em vez de apelar para a peça de Albee, eu podia ter usado outro título-clichê dos sixties, “A hora e a vez (sic)...”, do conto do velho Rosa. Pois é, finalmente pintou no pedaço o grande mico pandêmico, a discussão ontológica entre zennials (nascidos entre meados dos nineties e começo da década 000) e os millennials (nascidos entre 1981 e 1996). Cringe lembra o igualmente rascante grunge, da geração Nirvana – alguém lembra ainda dessa velharia?
Resumindo: os zennials acusam os millennials de serem cafonas, com seu abuso de emojis e risinhos nas mensagens de texto (rsrsrs, kkkk), suas calças skinnies, seu apego a Friends e a Harry Potter. No mundo maluco em que vivemos, essa guerra generacional tem tudo para se transformar de repente numa guerra de gangues sanguinária como aquela entre os Sharks e os Jets em West Side Story; ou numa carnificina entre as torcidas organizadas de Botafogo e Flamengo com hora marcada pelas redes antissociais.
Enquanto guapo sobrevivente da geração pré-Segunda Guerra Mundial, não estou nem aí pra essa zorra toda cheirando a Pampers e Huggies. Como diria o colunista Ancelmo Gois, baby boomer de Frei Paulo, Sergipe: “Cringe é o cacete!”
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