Nota reproduzida do Globo, 24-11-2019 |
O pessoal que lava dinheiro é criativo.
Traficantes, sonegadores, milicianos, corruptos em geral, contrabandistas de armas, agiotas, o crime organizado, a turma de políticos da rachadinha etc, todos exploram as mais diversas maneiras de "legalizar" fortunas. Houve um tempo em que a máfia italiana dava preferência a lavar dinheiro montando redes de restaurantes. Hoje são mais sofisticados: investem em construtoras e empresas de coleta de lixo.
O Brasil já registrou alguns flagrantes em algumas dessas modalidades. Mas o chamado leque de opções é vasto. Já houve igreja evangélica denunciada como lavanderia, facilitada pelo fato de dízimo não pagar imposto e a contabilidade nessa área ser ficção. Abrir e fechar lojas também serve para maquiar grana suspeita. Os mais sofisticados usam paraísos fiscais, contas secretas no exterior e empresas de fachada. Adquirir obras de arte é prática adotada no mundo da lavagem mais branca. Comprar do sorteado, por um valor mais alto do que o prêmio, bilhetes de loteria ou talões da megassena e assim "legalizar" dinheiro sujo é jeitinho que já foi aplicado no Brasil.
Novidade é o que está na coluna de Lauro Jardim, no Globo, hoje. A nova estratégia do crime é "investir" em duplas sertanejas.
A música pode não ser grande coisa, mas a máquina de lavar não tem nada de caipira.
Um comentário:
Gente, deve ser um bom negócio lavar dinheiro. Todo mundo tá lavando o que tem.
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