Simulação do projeto que ocupará área verde. Reprodução |
Imagem do Google Earh mostra a Floresta do Camboatá, em Deodoro, área remanescente da Mata Atlântica. Reprodução |
O local escolhido para construção da nova pista abriga a Floresta do Camboatá, a última reserva urbana e plana da Mata Atlântica na cidade. Além disso, elimina o verde em uma região carente de matas. Obviamente, haveria outros terrenos para a construção da pista.
E o que o estado tem a ver com isso? Se as contas públicas estão críticas, se falta dinheiro para escolas e hospitais e se a privatização é a palavra de ordem, que se licencie o empreendimento para que um empresário compre o terreno e construa o autódromo à margem da Via Dutra, por exemplo, ou na ponta dos ramais ferroviários. Não tem sentido o estado entrar em uma obra particular - sob o engodo de parceria que acaba se tornando, como tantas outras, mais pública do que privada, ainda mais uma que acaba com uma reserva - enquanto vende na "black friday" muitos dos seus bens exatamente sob o argumento de que setor público deve ser concentrar nas suas finalidades.
A consciência ambiental na Europa é, como se sabe, acentuada. Quem sabe os verdes e consumidores em geral da Alemanha, França, Itália, Inglaterra e Áustria, sedes de equipes como Mercedes, Renault, Ferrari, Aston Martin e Red Bull, denunciem o desprezo pelo meio ambiente e pressionem as marcas para um boicote ao autódromo do Rio. É a esperança que resta. Ou, pelo menos, que essa briga São Paulo vença.
3 comentários:
O Rio sem dinheiro vai fazer autódromo? Irresponsabilidade. E vai sim custar dinheiro público, há viu empresário bancar isso sozinho?
Por que não criar um novo autódromo no Rio de Janeiro? Discuto apenas o local.
A F1 que usa combustíveis poluentes está em decadência. Em médio prazo será substituida por corridas de carros eletricos. Sem falar que o excesso de regras com corridas sendo decididas por pneus fez a competição perder a graça e audiencia. Sem falar no jogo de equipe que altera o que seria decidido na pista.Tanto que os novos donos da F1 tentam atrair público jovem. As corridas sobrevivem porque governos pagam uma baba para receber a corrida ainda de olho na divulgação pela TV. É business não mais esporte
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