Milhões de "imbecis" e "idiotas", segundo a visão do governo, ocuparam as ruas do Brasil. Das capitais às pequenas cidades. Por apoiar incondicionalmente o confisco da Previdência, parte da grande mídia praticamente ignorou manifestações anteriores contra o regime (aparentemente, para evitar marolas políticas que atrapalhem o novo "herói", o Guedes), mas dessa vez, pela amplitude, foi impossível. Um dos principais fato da semana estava nas ruas.
No mesmo dia do grande protesto que mirou os cortes brutais na Educação, a Veja fez grave revelação sobre o caso Flávio Bolsonaro ao publicar matéria exclusiva sobre um documento de 87 páginas onde o MP detalha suposta simulação de "ganhos de capital ficticios" (através de uma negociação massiva de imóveis) que encobririam “o enriquecimento ilícito decorrente dos desvios de recursos” da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Foi a segunda grande pauta da semana.
Apenas um jornal, o Estadão, deu a notícia em chamadas de primeira página. A Folha tangencia o assunto na primeira limitando-se à quebra de sigilo dos investigados. O Globo não deu espaço na capa e registrou o fato na 8, com menor destaque, sendo a matéria principal daquela página o pedido da defesa de Fabrício Queiroz para suspensão da quebra de sigilo. Caso aceito, esse pedido beneficiará o clã no poder.
Os jornais devem alegar que a matéria sobre a suposta ficção imobiliária era exclusiva da Veja. Daí preferirem não dar moral à rival. Mas em épocas passadas reportagens da Veja, também exclusivas e com base em relatos vazadas da Lava Jato repercutiam amplamente nos jornais, na TV, no rádio e nas mídias digitais dos concorrentes.
Eram outros tempos. Agora, no mínimo, tais opções são curiosidades da edição.
3 comentários:
A mídia criou esse caos ao derrubar Dilma e quebrar a constitucionalidade. Pra os magnatas da imprensa do interessa as reformas da providência e acabar com impostos que eles não pagam mesmo e financiam a longo prazo.
Quem quebrou a constitucionalidade ao aprovar o "impeachment " da dona Dilma, foram na verdade o presidente do Senado, na ocasião, Renam Calheiros e o ministro do STF Lewandowisky ao partirem o artigo 52 da Constituição, que prevê o " Impeachment " em dois artigos inexistentes, quer dizer a dona Dilma perdia o direito de se candidatar a presidência da República do brasil mas mantinha o direito de concorrer às eleições para outros cargos eletivos. Aí a Carta Magna deste infeliz país foi rasgada e o pior, rasgada por um ministro do STF que tem como função básica é a de zelar pela Constituição brasileira
Quem derrubou Dilma presidente eleita cassada sem crime e sem provas é o responsável pela situação atual
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