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Odete Lara e Norma Bengell em "Noite Vazia", Divulgação |
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No filme, o relacionamento das personagens chocou os moralistas da época. |
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Odete em "Bonitinha mas Ordinária". Foto divulgação |
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Na capa da Manchete, em 1958 e... |
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...em 1961 |
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Na Passeata dos Cem Mil, em 1968, contra a ditaduras. Na sequência partir da esquerda; Eva Todor, Tonia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengell. Foto Reprodução Pinterest |
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Em Cannes, no começo dos anos 60. Reprodução Pinterest |
A musa do Cinema Novo despede-se da vida. Morreu no Rio, na manhã desta quarta-feira, aos 85 anos, Odete Lara. A atriz sofreu um infarto. Paulista, de origem italiana, ela começou a carreira como garota-propaganda da TV Tupi. Mas foi no cinema que construiu sua trajetória, desde as produções da época da chanchada ("O Gato de Madame", "Absolutamente Certo" e "Mulheres e Milhões") até "Bonitinha, mas Ordinária", "Copacabana Me Engana", "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro", "Os Herdeiros", "Quando o Carnaval Chegar", "Vai Trabalhar Vagabundo" e tantos outros. O seu último filme foi "Barra 68 - Sem Perder a Ternura", de 2001. Cantora, Odete gravou com Vinicius de Moraes e Baden Powell, em 1963, músicas como "Samba em prelúdio", "É hoje só", e "Deve ser amor". O seu filme-emblema é de 1964: o ousado "Noite Vazia", de Walter Hugo Khoury, onde contracenou com Norma Bengell e atuou em cenas que, na época, abalaram o Brasil moralista. Odete era "Cristina" e Norma vivia "Mara", ambas prostitutas, que são contratadas por dois milionários e protagonizam uma sequência de lesbianismo que, em pleno 1964, fez tremer as madames da marcha-com-deus-pela-democracia àquela altura politicamente excitadas.
2 comentários:
A geração de 30 está indo embora.
Os heróis de ontem estão acabando e seus espaços não estão sendo ocupados por novos heróis.
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