Danos na fonte. Foto: Prefeitura de Roma |
Restauradores avaliam os estragos. Foto Prefeitura de Roma |
Torcedores holandeses quebraram a fonte para reforçar o arsenal de pedras contra a polícia. Foto Prefeitura de Roma. |
Torcida organizada de time de futebol tem o mesmo DNA em qualquer país. Frequentemente, a ação organizada de torcedores desses grupos resulta em destruição de patrimônio público e em assassinatos. Na Europa, especialmente Inglaterra, Suécia, Alemanha, Itália e França, as polícias montaram bancos de dados de quem costuma se envolver em conflitos - que, na verdade, para eles é a prioridade, mais do que ver o jogo -, trocam informações, fotos e vigiam a movimentação em dias de jogos em uma tentativa de conter os holligans. No Brasil, o governo de instituir, há algum tempo, uma carteira de identificação dos integrantes das organizadas mas a iniciativa não prosperou de tão criticada que foi pela mídia. O resultado é que nem saiu a carteira nem qualquer providência para monitorar as gangues. As torcidas de clubes brasileiros, de vários estados, hoje, marcam brigas pela internet, invadem vestiários, campos de treinamento e até agridem jogadores. Costumam ser recebidas com tapete vermelho pelos cartolas interessados em apoio eleitoral. Sim, porque uma das estratégias deles é entrar para sócio dos clubes e passar a ter peso político.
Nessa semana, o Feyenoord holandês foi jogar contra o Roma. O jogo acabou em 1x1. Antes de voltar para casa, os holandeses circularam pela cidade e acabaram entrando em conflito com a polícia, que tentou impedir que a gangue depredasse a fonte Barcaccia - que tem mais de 400 anos e é assinada por Bernini - , na Piazza di Spagna. A intervenção evitou a destruição total da fonte, mas não os danos. O prefeito de Roma, Ignazio Marino, quer que o Feyenoord ou o Estado holandês pague os prejuízos.
Aqui no Brasil isso é fichinha e faz parte daquela lista de crimes "menores" - racismo, agressão contra mulheres, contra homossexuais, invasão de igrejas católicas e terreiros de religiões afro, homicídios em acidentes de trânsito, entre outros - aos quais ninguém dá muita bola.
2 comentários:
São uns animais, lá e aqui não faz diferença. Já não vou a estádio com meus filhos por ser impossível e ficar sujeito a agressões por parte desses bandidos. Nem polícia nem justiça ligam pra isso.
Esses europeus, em se tratando de futebol, são violentos mesmo. Uma torcida inglesa, há anos atrás, num estádio de futebol, se não me engano foi na Bélgica, foi de tamanha violência que causou a morte de algumas dezenas de torcedores com a derrubada de uma parte das arquibancadas.
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