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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Odete Lara, a musa diz adeus

Odete Lara e Norma Bengell em "Noite Vazia",  Divulgação
No filme, o relacionamento das personagens chocou os moralistas da época.

Odete em "Bonitinha mas Ordinária". Foto divulgação

Na capa da Manchete, em 1958 e...

...em 1961

Na Passeata dos Cem Mil, em 1968, contra a ditaduras. Na sequência partir da esquerda; Eva Todor, Tonia Carrero, Eva Wilma, Leila Diniz, Odete Lara e Norma Bengell. Foto Reprodução Pinterest

Em Cannes, no começo dos anos 60. Reprodução Pinterest
A musa do Cinema Novo despede-se da vida. Morreu no Rio, na manhã desta quarta-feira, aos 85 anos, Odete Lara. A atriz sofreu um infarto. Paulista, de origem italiana, ela começou a carreira como garota-propaganda da TV Tupi. Mas foi no cinema que construiu sua trajetória, desde as produções da época da chanchada ("O Gato de Madame", "Absolutamente Certo" e "Mulheres e Milhões") até "Bonitinha, mas Ordinária", "Copacabana Me Engana", "O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro", "Os Herdeiros", "Quando o Carnaval Chegar", "Vai Trabalhar Vagabundo" e tantos outros. O seu último filme foi "Barra 68 - Sem Perder a Ternura", de 2001. Cantora, Odete gravou com Vinicius de Moraes e Baden Powell, em 1963, músicas como "Samba em prelúdio", "É hoje só", e "Deve ser amor". O seu filme-emblema é de 1964: o ousado "Noite Vazia", de Walter Hugo Khoury, onde contracenou com Norma Bengell e atuou em cenas que, na época, abalaram o Brasil moralista. Odete era "Cristina" e Norma vivia "Mara", ambas prostitutas, que são contratadas por dois milionários e protagonizam uma sequência de lesbianismo que, em pleno 1964, fez tremer as madames da marcha-com-deus-pela-democracia àquela altura politicamente excitadas.