por Eli Halfoun
Muitas vezes é o acaso que faz descobrir o caminho certo e, sem dúvida, proporciona os momentos mais surpreendentes da vida. Parece que o acaso empurra por absoluta falta de condições de produzir novelas, seriados ou qualquer tipo de programa que exija muito investimento e leva a discutível Rede TV (e discutível inclusive na conduta da direção com os funcionários) a descobrir aquele que pode vir a ser o seu melhor caminho e solução para a crise financeira em que a emissora está metida.
Sem condições de contratar atrações, a emissora abre as portas para acertos com apresentadores que bancam suas atrações e em consequência os próprios salários. A Rede TV caminha para transformar-se e na emissora dos programas de auditório. Programas de auditório não costumam ser muito recomendáveis porque existe sempre a mentirosa desculpa de que é preciso abaixar o nível porque é disso que o público gosta. Nada disso: programas de auditório podem ter uma produção de boa qualidade, o que não lhes tirará a característica de atuar diretamente para um público que está ali ao vivo. Com a contratação de Rafinha Bastos, de Gilberto Barros e provavelmente de Raul Gil a Rede TV se encaminha para ter um único segmento de programação e passar a ser a emissora dos programas populares que, repito, não precisam ser de baixo nível até porque quem é popular gosta do que é bom e o que é bom pode perfeitamente ser popular. A Rede TV pode estar encontrando (por acaso, é verdade) o seu melhor caminho para sair da crise, mas não precisa fazer programas de auditório de qualidade discutível. Ou seja: é precioso aprender a respeitar o público que está no auditório e o tde casa. Do contrário a Rede TV continuará indo para o brejo. (Eli Halfoun)
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