por Eli Halfoun
O jornal “Folha de São Paulo”
publicou recentemente que um “comentário malicioso” pode fazer com que a
apresentadora Ana Hickman recorra a Justiça para proibir que a também
apresentadora Adriane Galisteu cite seu nome no programa “Muito +” ou em
qualquer outro da Rede Bandeirantes. A notícia não teria a menor importância
(seria apenas mais um fofoca) se esse tipo de proibição judicial não
significasse também uma forma de censura. Se vier mesmo a buscar judicialmente
o seu desejo Ana Hickman não será a primeira a tentar exercer mais um tipo de
“cala boca” na televisão: Carolina Dickman fez isso com o “Pânico” quando ainda
era da Rede TV e recentemente Xuxa também conseguiu proibir a Bandeirantes de
citar seu nome por qualquer motivo. Tudo bem que alguns artistas tentem preservar
a intimidade, mas a Justiça não me parece ser o melhor caminho: diálogo existe
para resolver esse tipo de questão sem que seja necessário utilizar a
arbitrária censura de expressão. Essa é, como qualquer outra, uma maneira de
fazer a censura ganhar força novamente no país que tanto sofreu com ela e der
uma vez mais calar profissionais e de mostrar que sempre estaremos nas mãos da
censura, principalmente a autocensura que também aprendemos a exercer e que é
sem dúvida a pior de todas porque grampeia nossa sua bocas e nossos pensamentos.
(Eli Halfoun)
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