terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Quem diria! Marilyn Monroe é nome de igreja

por Eli Halfoun
Religião, fé ou negócio? Essa é uma questão que se impõe cada vez mais diante do grande número de templos evangélicos que surgem a cada dia e que são mesmo um grande negócio. Recebem benefícios fiscais totais e seus pastores têm isenção do serviço militar e direito a prisão especial, o que leva a crer que quando começarem a apurar realmente o que acontece em muitas dessas igrejas serão necessárias muitas, mas muitas mesmo, prisões especiais. Na onda desse novo e lucrativo negócio, surgem também os mais inusitados nomes e o mais recente é a Igreja Pentecostal Marilyn Monroe. Outros nomes inusitados são Abominação à Vida Torta, Cruzada de Emoções, Última Embarcação para Cristo, Habitantes de Dabir, Lugar Forte, A Cobrinha de Moisés e outras tantas entre as mais de 150 igrejas de todos os tipos, segundo recente levantamento. Enquanto essas igrejas criam nomes estranhos, a igreja católica parece apostar na cantoria: depois do padre Marcelo Rossi, que já vendeu cerca de 12 milhões de CDs e do padre Fábio de Mello, que já está na casa dos dois milhões de CDs vendidos, está surgindo mais um padre-cantor: é Juarez de Castro, que já lançou dois CDs e mereceu até uma indicação ao Grammy Latino. Agora o padre Juarez espera estourar nas paradas de sucesso já que Roberto Carlos autorizou a gravação de "Luz Divina", de sua autoria, que será o carro-chefe do terceiro CD do padre Juarez, que incluirá no novo disco também as músicas "Tente Outra Vez", de Raul Seixas, "Ouvi Cantar", de Zé Rodrix e Guarabira e "Monte Castelo", de Renato Russo. A continuar nesse ritmo não demora muito as igrejas serão transformadas em casas de shows e, aí sim, ganharão mais público.

Um comentário:

deBarros disse...

A igreja Evangéica de hoje é uma máquina de fazer dinheiro. Os templos evangélicos brotam do chão como se fossem pés de feijão. É um investimento, de início barato, porque nos primeiros momentos não precisa de templos.
Qualquer Praça de um cidadezinha serve de santuário. Em cima de um caixote, o pastor começa a pregação para uma meia dúzia de espectadores, que logo se transformam em centenas e de centenas milhares de pessoas carentes por acreditar em qualquer coisa que lhe apareça pela frente, dispostos a deositar um dízimo, da sua pobre renda, no chapéu do pastor. Aí começa a história de mais uma igreja evangéica, que aos poucos se transforma numa igreja do Edir Macedo.