por Eli Halfoun
Religião, fé ou negócio? Essa é uma questão que se impõe cada vez mais diante do grande número de templos evangélicos que surgem a cada dia e que são mesmo um grande negócio. Recebem benefícios fiscais totais e seus pastores têm isenção do serviço militar e direito a prisão especial, o que leva a crer que quando começarem a apurar realmente o que acontece em muitas dessas igrejas serão necessárias muitas, mas muitas mesmo, prisões especiais. Na onda desse novo e lucrativo negócio, surgem também os mais inusitados nomes e o mais recente é a Igreja Pentecostal Marilyn Monroe. Outros nomes inusitados são Abominação à Vida Torta, Cruzada de Emoções, Última Embarcação para Cristo, Habitantes de Dabir, Lugar Forte, A Cobrinha de Moisés e outras tantas entre as mais de 150 igrejas de todos os tipos, segundo recente levantamento. Enquanto essas igrejas criam nomes estranhos, a igreja católica parece apostar na cantoria: depois do padre Marcelo Rossi, que já vendeu cerca de 12 milhões de CDs e do padre Fábio de Mello, que já está na casa dos dois milhões de CDs vendidos, está surgindo mais um padre-cantor: é Juarez de Castro, que já lançou dois CDs e mereceu até uma indicação ao Grammy Latino. Agora o padre Juarez espera estourar nas paradas de sucesso já que Roberto Carlos autorizou a gravação de "Luz Divina", de sua autoria, que será o carro-chefe do terceiro CD do padre Juarez, que incluirá no novo disco também as músicas "Tente Outra Vez", de Raul Seixas, "Ouvi Cantar", de Zé Rodrix e Guarabira e "Monte Castelo", de Renato Russo. A continuar nesse ritmo não demora muito as igrejas serão transformadas em casas de shows e, aí sim, ganharão mais público.
Jornalismo, mídia social, TV, atualidades, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVII. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
A igreja Evangéica de hoje é uma máquina de fazer dinheiro. Os templos evangélicos brotam do chão como se fossem pés de feijão. É um investimento, de início barato, porque nos primeiros momentos não precisa de templos.
Qualquer Praça de um cidadezinha serve de santuário. Em cima de um caixote, o pastor começa a pregação para uma meia dúzia de espectadores, que logo se transformam em centenas e de centenas milhares de pessoas carentes por acreditar em qualquer coisa que lhe apareça pela frente, dispostos a deositar um dízimo, da sua pobre renda, no chapéu do pastor. Aí começa a história de mais uma igreja evangéica, que aos poucos se transforma numa igreja do Edir Macedo.
Postar um comentário