por JJcomunic
Sabe-se que celebridades ou candidatos à fama têm necessidade vital de aparecer, tanto quanto seres humanos normais precisam respirar. Muitos reclamam, às vezes, do "assédio" mas tudo não passa de jogo de cena. Se somem da mídia, procuram as colunas, lamentam que não são reconhecidos, anunciam projetos que nunca se realizam, contam que estão "formatando" um programa infantil ou, como já aconteceu, inventam "casos" e "romances" com astros internacionais. São criativos na estratégia para chamar atenção. Neste carnaval, em um camarote da passarela carioca onde não se ouvia sambas-enredo e que parecia estar a milhares de quilômetros dos desfiles das escolas, uma "celebridade" paulista contava que estava "viajando muito", tinha muitos contratos para fazer "presença vip" (aquela modalidade de marketing em que um "famoso" dá pinta em um evento em troca de cachê), chegou a pensar em descansar no carnaval mas acabou se decidindo a "fazer o Rio".
"Fazer o Rio" é a nova tática das "celebridades" paulistas. Já que não dá para caminhar na orla das marginais Pinheiro e Tietê nem ver o por-do sol na 25 de março fingindo que não está nem aí para os paparazzi, o jeito é pegar a ponte-aérea.
Funciona assim: o "famoso" que quer aparecer um pouco mais em colunas, sites ou revistas, se manda para o Rio, pergunta ao seu assessor de imprensa qual é a boa do momento, indaga onde estão os fotógrafos (alguns até contratam um para facilitar a operação-aparecer) e vai à luta. Encara o circuito Leblon, Barra, Praia da Reserva, Bailinho, Letras&Expressões, Dias Ferreira, vai à estréia teatral da vez, o show do momento, curte um ensaio da Grande Rio, passeia no calçadão, descola um convite boca-livre para o Londra, vai ao Fashion Mall... No dia seguinte, bomba nos sites e acaba, depois, em jornais e revistas. Não tem erro.
As chamadas "celebridades globais", que têm a sorte de já precisar circular na cidade, praticam o "fazer o Rio" naturalmente. Mas para apresentadores e elencos do SBT, Record, RedeTV, modelos em fim de carreira que querem descolar um programa, assistentes de palco que lutam para chamar atenção da Playboy ou da Sexy, ex-BBBs, ex-fazendeiros e promotores de eventos, "fazer o Rio" é uma questão de sobrevivência. Quem tem grana banca o "investimento". Quem não está muito abonado arruma uma promoção cinco-vezes-no-cartão na TAM ou na Gol. O importante é "fazer o Rio".
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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2 comentários:
Boa JJ as celebridades são todas chatas. Só fsalam na primeira pessoa (talvez nem saibam conjugar o resto do verbo),fazem de tudo para aparecer e usam como prática falar mal da imprena - imprensa da qual tanto precisam. Quem gosta, a qualquer custo, de ser celebridade só pode ser doente (do pé na hora do samba e da cabeça todo o tempo).Só um grave desvio psicológico explica essa necessidade vital de aparecer quando na verdade a maioria deveria mesmo era desapacer. Para o de
todos ,incluindo os próprios.
Tem uns meu caro JJ, que não se satisfazem em "fazer o Rio", querem "fazer o Brasil" também. Acho que não é preciso lembrar o nome, porque tá Tão na cara, que não é dificil adivinhar quem seja. Não é JJ?
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