por Gonça
Este blog já comentou o andamento, na verdade o não-andamento, das obras previstas para a Copa-2014. A situação se complica a cada dia. Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Adib), informa que o atraso nos investimentos no aumento da capacidade e modernização dos principais aeroportos brasileiros compromete e põe em risco a realização da Copa no Brasil. Ontem, em artigo na Folha, Cesar Maia avaliou que os prazos de construção e reforma dos estádios estão no limite. O ex-prefeito lembra que a Copa das Confederações, que é realizada um ano antes da Copa do Mundo, foi criada para que a Fifa avalie se os contratos foram cumpridos. Críticas à gestão Cesar Maia à parte, é fato que ele esteve à frente da cidade durante a preparação para o Pan-2007, evento de muito menor porte. O ex-prefeito, por experiência própria, aponta dificuldades usuais em processos de licitação, de desapropriação e de captação de investimentos como obstáculos a serem superados e que demandam tempo. O Engenhão - diz Cesar - foi construído em três anos, sendo que seis meses foram gastos para resolver conflitos sobre o uso do terreno.
Por enquanto, nada saiu do papel e, pior, muitos projetos ainda nem estão no papel. A Fifa já está em queda-de-braço com o São Paulo, dono do Morumbi, o único estádio privado na relação dos que sediarão jogos. E em São Paulo não há plano B. O Maracanã, por motivos muito provavelmente eleitorais, só será fechado para obras no segundo semestre. A previsão inicial era que o estádio trancaria os portões em março e as máquinas entrariam em campo.
Anotem: se o Brasil falhar, Colômbia pode ser uma alternativa. Estados Unidos outra. Em último caso, na emergência, um país europeu. Não está na hora de a mídia perguntar à dona Fifa o que está achando desse atoleiro?
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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3 comentários:
Sempre achei muito precipitado a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014. Primeiro por não achar o Brasil em condições para tal. Essa palavra condições encerra muita coisa. Todas as obras e projetos que já deveriam ter começado ainda não sairam da prancheta e muito menos estudos de execução estão prontos.
A FIFA, é muito rigida na fiscalização desses projetos que envolvem a Copa Mundial. Ela está atenta ao que se passa aqui no Brasil e não será surpresa se houver uma intervenção nesse processo e transferir a locação do campeonato para outro País sede.
Na Copa de 1950, realizada no Brasil, o Maracanã não ficou totalmente pronto. Me lembro que quando fui assistir a um dos jogos nesse Estádio, passei até por debaixo de andaimes. O Maracanã levou mais de três anos pra ficar pronto. Estou muito pessimista quanto a essa realização da Copa no Brasil. Pode ser que me engane e tudo dê certo, mas tudo indica que vão ficar pra última hora todos os projetos. Imagina: Metro chegando na Barra.
E não estou nem pensando nos Jogos Olímpicos para 2016
concordo com vc em parte, caro debarros. Só para complementar o meu post acima, quero dizer que sou totalmente a favbor da realização da copa no Brasil, vibrei com essa conquista, e espero que a mídia e entidades ligadas esporte e setores do governo pressionem para que os projetos sejam acelerados e comece o trabalho de campo. Sou otimista, mas não se pode esperar acontecer, há muito trabalho pela frente. O Brasil tem sim plena capacidade de sediar uma Copa e a Fifa sabe disso. Não é mais hora de comlexo de inferioridade. O país tem condições e competência já fartamente demonstrada em setores competitivos com os grandes países. Há obstáculos? Sim, os de sempre: políticos sem visão e certos empresários que veem a Copa como uma oportunidade para extrair o máximo de recursos públicos. Juntas, essas forças do mal, como estão constantemente demonstrando, podem fazer um estrago nos objetivos do país. A alemanha sediou uma Copa com ampla participação da iniciativa privada até em investimentos de risco (coisa que faz parte do capitalismo) mas aqui risco é uma plavra riscada das grandes corporações. Não há saída: o governo vai ter que bancar os principais projetos. E não falo das obras de infraestrutura, que são obrigação do governo, mas dos estádios. Nenhum, eu disse nenhum, será construido por empresários privados. Estes, sem dúvida, aparecerão depois para obter aquelas concessões baratinhas. Mas, apesar disso, torço para que a Copa saia do papel, será benéfica para o Brasil.
Gonça, não sei se você era nascido quando em 1950 o nosso Brasil sediou uma Copa do Mundo. Naquele tempo não existia a Barra como bairro e a populaçào era bem menor. NIterói, para se ter uma idéia, não tinha 60 mil habitantes. Hoje Niterói está chegando nos 600 mil moradores. O Rio de Janeiro muito, menos do que tem hoje. Mesmo assim nos dias de jogos do Brasil o Maracanã chegava nos 200 mil torcedores. Até porque as exigências da FIFA não eram tão severas como as de hoje. Pra FIFA, hoje, ajoelhou vai ter que rezar. São muitos itens para serem cumpridos e como vc mesmo diz o nosso empresariado não assume riscos e no fim quem tem de bancar toda as obras e exigências da senhora FIFA vai ser mesmo o governo. O que não é bom porque o dinheiro que deveria ser investido em Saúde, Educação, Transportes acaba sendo desviado para a Copa. O Brasil ainda não é um país muito rico. Com um PIB – assim me parece – que não chega a um trilhão de dólares é pra ele dificil bancar obras que não sejam aquelas que revertam em benefício do seu povo.
NO fim é aquela correria pra finalizar emprendimentos e fica tudo mal acabado. Tudo no Brasil fica pra última hora. Não é verdade?
Eu acho que o primeiro gol do Botafogo foi de falta em cima de um marcador do autor, que se apoiou nele – e até o derrubou – para cabecear a bola pro gol.
Vou sair agora e ir pro Bar pra sacanear o dono que é vascaino doente.
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