domingo, 17 de janeiro de 2010

Sarmento, coração de repórter


por Gonça
Entre outros veículos, como O Globo e Correio da Manhã, o repórter Luiz Carlos Sarmento trabalhou na Manchete e Fatos&Fotos. Tinha alma e coração de repórter. Eu o conheci em 1985 na Fatos, publicação dirigida por Carlos Heitor Cony. Na época, Sarmento, com a garra que o caracterizava, cobriu a doença e morte de Tancredo Neves, o caso Baumgarten e outros. Era um jornalista de ação, acho que não buscava os fatos, os fatos o procuravam. Deve estar de plantão nas nuvens, para onde um infarto o levou em 2005. Em 2008, José Amaral Argolo e Gabriel Colares Barbosa lançaram "Luiz Carlos Sarmento, Crônicas de uma Cidade Maravilhosa", pela E-papers Serviços Editoriais (o livro, que é uma merecida homenagem ao nosso caro Sarmento, está à venda no site da E-papers em versão impressa e eletrônica (clique AQUI). Um dos episódios narrados pelos autores é justamente sobre o repórter Marcelo Escobar e o fotógrafo José Avelino, citados no post abaixo. Sarmento estava escalado para ir à Bolívia no lugar do Escobar. Mas os dois resolveram disputar no cara ou coroa. Escobar ganhou e partiu para a sua derradeira cobertura. Durante anos, Sarmento não se perdoou, sentia-se culpado pela morte do amigo já que a missão era inicialmente sua. Esta e outras histórias estão no livro que tem depoimentos de jornalistas que trabalharam com Sarmento, como Carlos Heitor Cony e Zevi Ghivelder.

2 comentários:

Eliane Furtado disse...

Companheiro do dia a dia de reportagem. Grande figura.

deBarros disse...

Amigos, tive a honra de conhecer Luiz Carlos Sarmento, uma noite em um Bar no Leme, há muitos anos atrás. Ele era ainda muito jovem e de paletó e gravata afroxada no colarinho. Espírito boemio dividimos umas cervejas naquele Bar. Alguns anos se foram e vim encontrar Luiz Carlos Sarmento trabalhando para a revista O Cruzeiro, de paletó e gravata afroxada no colarinho, onde eu tambem trabalhava. Uma noite saimos para dividirmos umas cervejas, desta vez acompanhados pela sua esposa. Às 6 horas da manhã, na Praça 15, consegui me despedir do Luis Carlos Sarmento e pegar uma Lancha que ia para Niterói.
Anos mais tarde vim, novamente, encontrar Luiz Carlos Sarmento, agora na Manchete, do mesmo jeito, de paletó e gravata afroxada no colarinho, mas com alguns cabelos brancos adornando a sua cabeça, mas o repórter ativo de sempre. Luiz Carlos Sarmento vivia reportagem, respirava reportagem. Era o repórter acima de tudo, Na Fatos fez várias matérias e sempre à disposição do Editor para qualquer trabalho. A última vez que estive com o Luiz Carlos Sarmento, ele estava indo pra São Paulo, de paletó e gravata afroxada no colarinho, fazer uma matéria. Amém!