sábado, 15 de novembro de 2014

Deu no Globo: chega ao cinema o romance "Quase Memória" que Cony considerava "infilmável"




O atores Charles Fricks e João Miguel vivem, respectivamente, no filme de Ruy Guerra, o Cony jovem e o pai do Cony, Ernesto Cony Filho. Eduardo Martins-Divulgação
Tony Ramos (na foto em cena da novela 'Guerra dos Sexos', vive Cony, idoso. Foto Divulgação TV Globo
(O Globo) RIO — À frente de uma equipe de muitos técnicos e assistentes, uma figura de cabelos brancos move-se com desenvoltura entre pesadas escrivaninhas de madeira, decoradas com antigas máquinas de escrever, mata-borrões, canetas-tinteiro e exemplares da revista “Fon-fon”. O cenário é a biblioteca do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da UFRJ, no Centro do Rio, cenografada como uma redação de jornal dos anos 1930, e o personagem que coordena a movimentação no ambiente é o cineasta Ruy Guerra, que checa as últimas marcações para mais uma cena de “Quase memória”, seu primeiro longa-metragem desde “O veneno da madrugada” (2005).
Aos 83 anos, e com uma disposição juvenil para o trabalho, ele não exibe qualquer sinal de ressentimento ou amargura por estar há quase uma década sem pisar em um set de filmagem.
— Há cerca de dez anos, decidi que só morrerei aos 116; alguns anos depois, corrigi para 117. A partir do momento em que você decide isso, e sem colocar Deus na jogada, porque sou ateu, descobre que tem tempo para fazer as coisas com tranquilidade. Minha meta é fazer 20 filmes; com este, faltam mais uns quatro. Estou feliz, com saúde ótima, fazendo o que quero, e sempre buscando experiências novas. Então, a questão é não perder tempo remoendo coisas — avisa o realizador moçambicano, radicado no Brasil há mais de cinco décadas, durante os intervalos das filmagens, visitada pela reportagem do GLOBO, no fim de semana.
O entusiasmo de Guerra é grande como sua persistência: ele tenta tirar essa história do papel desde 1995, quando o livro “Quase memória”, do jornalista e escritor Carlos Heitor Cony, foi lançado e rapidamente se tornou um best-seller, com cerca de 400 mil cópias vendidas.
De lá para cá, o projeto passou pelas mãos de diferentes produtores (Bruno Stropianna, Mariza Leão) e ganhou várias versões com o passar dos anos, numa tentativa de driblar imposições do mercado.
A que começa a se concretizar agora, com Tony Ramos, Charles Fricks e João Miguel encabeçando o elenco, é produzida, ao custo de R$ 3,7 milhões, por Janaina Diniz Guerra, filha do cineasta com a atriz Leila Diniz (1945-1972).
Considerado “infilmável” pelo próprio Cony, “Quase memória” é um compêndio de histórias vividas pelo pai do autor, o também jornalista Ernesto Cony Filho, um sonhador que, aos olhos do filho, conseguia transformar missões prosaicas, como fazer um balão de festa junina, em uma aventura épica.
Um misterioso pacote recebido por Cony em um quarto de hotel deslancha o fluxo de lembranças no escritor, que alimenta a narrativa do livro. O roteiro do filme, elaborado por Guerra, em colaboração com Bruno Laet e Diogo Oliveira, afasta-se do tom naturalista das adaptações anteriores, e investe mais na comicidade do texto que o inspirou.
— Os primeiros tratamentos de roteiro eram mais próximos do livro, que tem muitos personagens e locações, e atravessa décadas de História do Rio de Janeiro. Fui fazendo versões mais modestas, para caber em orçamentos menos complexos e, claro, mudei o conceito do filme, que agora está mais estilizado — explica o diretor de “Os fuzis” (1964), e outros filmes emblemáticos do Cinema Novo. — O humor já está lá, em alguns dos melhores trechos de “Quase memória”, que aqui, pelo formato do filme, ganhou um tom mais farsesco. É um filme sério que dialoga com a comédia rasgada, o que está sendo instigante para mim, porque implica em experiências de linguagem. (...)

LEIA NO GLOBO A MATÉRIA COMPLETA ASSINADA POR CARLOS HELI DE ALMEIDA, CLIQUE AQUI

Taylor Swift na capa... e o gosto de cada um

A cantora Taylor Swift está no auge da popularidade. É a bola, e a boa, da vez. Nessa semana, foi capa de três revistas. Mas cada editor fez sua leitura particular do novo fenômeno da música.



Reproduzido do Kinja


O site Kinja abriu o debate. "Todo mundo quer Taylor Swift em sua capa de revista esta semana. Todo mundo precisa de Taylor Swift em sua capa de revista esta semana. Mas em qual capa de revista Taylor Swift fica melhor? Quem revela a essência do fenômeno Taylor Swift?" Time, Bloomberg Businessweek e a Wonderland. Uma optou pelo close clássifo; outra fechou a foto nos olhos, nariz e boca; e a última surpreendeu com a imagem da cantora ao natural, sem maquiagem.
VEJA MAIS NO KINJA, CLIQUE AQUI


VEJA OUTRAS REVISTAS COM A ATUAL RECORDISTA DE CAPAS INTERNACIONAIS ACUMULADAS DESDE 2011, QUANDO A BILLBOARD A APONTOU COMO "MULHER DO ANO"


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CEEBE INFORMA: A PARTIR DA PRÓXIMA TERÇA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO, OS EX-FUNCIONÁRIOS DA BLOCH (LETRAS M, N e O) COMEÇAM A RECEBER PARCELAS DE CORREÇÃO MONETÁRIA DAS INDENIZAÇÕES TRABALHISTAS


A Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores (CEEBE), através de José Carlos Jesus, avisa:

A PARTIR DE TERÇA-FEIRA, 18 DE NOVEMBRO, ESTARÃO DISPONÍVEIS NAS AGÊNCIAS DO BANCO DO BRASIL OS PAGAMENTOS DE MAIS UMA PARCELA DA CORREÇÃO MONETÁRIA DOS VALORES REFERENTES AOS DIREITOS TRABALHISTAS DOS EX-FUNCIONÁRIOS (CREDORES DA MASSA FALIDA)  CUJOS NOMES COMEÇAM 
COM 
AS LETRAS M, N e O 

Os que fazem parte desse grupo de letras já podem procurar as agências do Banco do Brasil munidos de CPF e Carteira de Identidade. É importante que ao chegar à agência informem claramente que ali estão para ‘receber um Mandado Judicial de Pagamento da Massa Falida da Bloch Editores’. Isso ajudará a direcionar a solicitação. Se, por acaso, surgir algum obstáculo, o credor deverá ir ao 4° andar do Fórum (Av. Erasmo Braga, 115, Centro, Rio de Janeiro, RJ) e dirigir-se à agência local do Banco do Brasil, que faz a coordenação geral da operação e orienta sobre os procedimentos.
Os demais ex-empregados da Bloch cujos nomes se iniciam pelas letras a partir de P receberão suas atualizações monetárias na medida em que o Cartório for liberando os Mandados dos grupos subsequentes, sempre em ordem alfabética. 
Os pagamentos estão sendo realizados por ordem da Exma. Sra. Dra. Juíza Titular da 5ª Vara Empresarial da Capital, Maria da Penha Nobre Mauro, aos ex-empregados da Bloch Editores habilitados como principais credores da Massa Falida da empresa. Vale ressaltar, mais uma vez, a determinação da juíza para a liberação de mais este rateio.
A expectativa e a confiança de todos é que essa etapa seja concluída o mais breve possível”.


AVISO IMPORTANTE 

PRÓXIMA ASSEMBLÉIA: SEXTA-FEIRA,  28 DE NOVEMBRO, 11 HORAS

No dia 28 de novembro, uma sexta-feira, acontecerá nova reunião dos trabalhadores da Bloch, às 11h, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, Rua Evaristo da Veiga, 16, 17° andar, Centro, Rio de Janeiro, RJ.



AINDA HÁ MUITO A CONQUISTAR. 
A MOBILIZAÇÃO CONTINUA!


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

E a PF está nas ruas...

Hoje foi um dia histórico. Uma grande oportunidade para o Brasil. Nunca antes neste país... super executivos de grandes corporações estiveram tão angustiados. Geralmente, a apuração dos "escândalos" não alcança os chamados corruptores. Boas novas, então.
* Aécio declarou que em Brasília deve ter gente sem dormir. Fato. Não só em Brasília. Muitos empresários que contribuíram para a campanha dele também estão sem dormir.
* Previsível: já tem jornal questionando se  prisões de executivos têm justificativa. Claro, o escândalo atingiu grandes parceiros da mídia. Gente de mesa e vinhos.
*Políticos de todos os partidos já estão achando que a operação da PF baleou os grandes "financiadores" de campanha. Ótimo. Fica claro, então, que campanhas eleitorais devem ter apenas financiamento público, igual para todo mundo.
* Assim como depoimentos foram vazados por motivos eleitorais, diz-se que a operação da PF vazou ontem, provavelmente pelas mesmas "fontes", para alguns empresários sortudos que viraram a noite "selecionando" documentos. Será?
* Os grupos suspeitos que tinham contratos com a Petrobras são tão grandes que têm contratos com governadores de todos os partidos. Daí a razão de essas grandes empreiteiras nunca terem candidatos exclusivos na hora em que abrem os cofres para financiar campanhas. Candidatos de todos as "ideologias" , favoritos ou não, descolam uma graninha. Vai que?
* Não dá para dizer que os grandes executivos são da "base aliada" nem que são comunistas de carteirinha. Eles jogam nas onze. Basta ver os relatórios dos custos de campanha do TSE. Por isso, o pânico entre os políticos é suprapartidário...
* Bancadas da Câmara se preparam para defender grandes empresários. Aguardem.
* Dúvidas: colunistas nervosos não sabem se apoiam ou não a operação ampliada da PF. Não era bem isso que tinham em mente... OK, é preciso combater a corrupção, mas pera lá, o doutor engaiolado hoje jantou com nosso patrãozinho ontem mesmo...
* Dizem que vários entre os presos hoje vão querer descolar uma delação premiada. Virou moleza. Uma perguntinha de um leigo: e se todo mundo embarcar na DP ninguém vai ficar preso ou todos terão pena reduzida?
* Decoradores famosos, chefs estrelados e personal trainers já estão se mobilizando para prestar serviços mais sofisticados na carceragem da PF. Ofurô, TV de 52', cuisine beleza, spa etc, a cela tem que estar à altura dos CEOs grampeados.
* Oposição diz que quer ouvir o "afilhado! de Dirceu. Deve ouvir mesmo. Mas é os executivos da Queiroz Galvão, da Mendes Jr, da Camargo Correia etc, etc, ninguém quer ouvir? kkkkkkkkkkkkkk
*  Financiadores e financiados trocaram telefones nervosos esta tarde.
* Aguarda-se para as próxima horas um tsunami de habeas corpus para um cardume de grandes peixes.
* Desse jeito a Avenida Paulista vai fechar por falta de quórum.
* Vai ter advogado passando o Natal no George V, em Paris acendendo charuto com nota de 100 euros.
* O suspense é tanto que o site da PF está congestionado. Tente acessar informações sobre a sétima etapa da Operação Lava Jato. Talvez mais tarde... agora vc não vai conseguir.
* Tensão total. Siglas partidárias estão tomando chá de valium com lexotan e maracujá.
* Veja, abaixo. Parece lista de convidados para festas vip em Maresias mas é a escalação do time da PF para a final do campeonato patrocinado pela marca Lava Jato:
No time da prisão preventiva: 
1. Eduardo Hermelino Leite, da Construtora Camargo Correa
2. José Ricardo Nogueira Breghirolli, da OAS
3. Agenor Franklin Magalhães Medeiros, da OAS
4. Sergio Cunha Mendes, da Mendes Júnior
5. Gerson de Mello Almada, da Engevix
6. Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia
No escrete da prisão temporária:
1) Dalton dos Santos Avancini, presidente da Construtora Camargo Correa
2) João Ricardo Auler, da Construtora Camargo Correa
3) Mateus Coutinho de Sá Oliveira, da OAS
4) Alexandre Portela Barbosa, da OAS
5) José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS
6) Ednaldo Alves da Silva, da UTC
7) Carlos Eduardo Strauch Albero, da Engevix
8) Newton Prado Júnior, da Engevix
9) Otto Garrido Sparenberg, da IESA
10)Valdir Lima Carreiro, da IESA
11) Ricardo Ribeiro Pessoa, da UTC
12) Walmir Pinheiro Santana, da UTC
13) Othon Zanoide de Moraes Filho, da Queiroz Galvão
14) Ildefonso Colares Filho, da Queiroz Galvão
15) Jayme Alves de Oliveira Filho, subordinado de Alberto Youssef
16) Adarico Negromonte Filho, subordinado de Alberto Youssef
17) Carlos Alberto da Costa Siva, emissário das empreiteiras
18) Renato de Souza Duque, ex-diretor da Petrobrás
19) Fernando Antonio Falcão Soares, lobista
16 investigados que sofreram bloqueios bancários:
1) Eduardo Hermelino Leite
2) Dalton dos Santos Avancini
3) João Ricardo Auler
4) José Ricardo Nogueira Breghirolli
5) José Aldemário Pinheiro Filho
6) Agenor Franklin Magalhaes Medeiros
7) Ricardo Ribeiro Pessoa
8) Walmir Pinheiro Santana
9) Sérgio Cunha Mendes
10) Gerson de Mello Almada
11) Othon Zanoide de Moraes Filho
12) Ildefonso Colares Filho
13) Valdir Lima Carreiro
14) Erton Medeiros Fonseca
15) Fernando Antonio Falcão Soares
16) Renato de Souza Duque
No esquadrão da condução coercitiva:
1) Edmundo Trujillo, engenheiro, diretor do Consórcio Nacional Camargo Correa
2) Pedro Morollo Junior, engenheiro civil, OAS
3) Fernando Augusto Stremel Andrade, engenheiro civil, OAS
4) Angelo Alves Mendes, engenheiro civil, diretor vice-presidente da Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A
5) Rogério Cunha de Olliveira, engenheiro eletricista, diretor da Área de Óleo e Gás -(Anog) da Mendes Júnior Trading e Engenharia
6) , Flávio Motta Pinheiro, economista, diretor Administrativo e Financeiro da Mendesprev – Sociedade Previdenciária
7) Cristiano Kok, presidente da Engevix Engenharia S/A.
8) Marice Correa de Lima, cunhada do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto
9) Luiz Roberto Pereira

Deu no Globo: a membrana que pode dessalinizar a água do mar...

Reproduzido do Globo
por J.A. Barros
Esse homem é um cientista brasileiro, professor da UFRJ. Há 20 anos, segundo matéria no Globo, estuda a dessalinização da água através de um processo estudado por ele e outros cientistas. De acordo com as suas idéias, será possível captar a água do mar e levá-la para indústrias a um custo viável. A água produzida através do seu método, que tem por base membranas sintéticas que retêm moléculas indesejáveis, no caso, o sal, se torna límpida e saudável. Agora, fica a pergunta? O governo brasileiro se interessa por homens iguais a esse que sozinhos, com dificuldades financeiras, apontam soluções simples, científicas, e que, se apoiadas e executadas, fariam cessar o problema da falta d’água que ameaça não só o Brasil como o mundo? O Brasil poderia ser pioneiro nesse se desenvolvesse o método criado por ele e seus colegas.
Não levará muito tempo esse cientista e professor será convidado por países estrangeiros para aprimorar e usar lá fora a sua tecnologia pioneira.

Deu na New York Magazine: "coelhinhas" na máquina do tempo

A atriz Dolores del Monte, 1954. Hoje com 82 anos. Reprodução NYMag

Laura Eldridge, 1956. Hoje com 59 anos. 

Janet Lupo, 1975. Hoje com 64 anos. Reprodução NYMag

Helena Antonaccio, 1969. Hoje, com 65 anos. Reprodução NYMag
por Omelete
A New York Magazine viajou no tempo e foi buscar antigas coelinhas da Playboy para um ensaio de alto astral. Na boa, elas recriaram poses e chame. Como Dolores del Monte, da página central de março de 1954. NA época, ganhou 50 dólares para desafiar a América conservadora. Nas décadas seguintes, outras bunnies ajudaram a criar o império editorial e de entretenimento de Hugh Heffner. A propósito, alguém já perguntou uma vez ao todo-poderoso da Playboy como eles conseguiram transformar orelhas de coelho em acessório sexy. A New Yorker diz que essa é uma questão a ser desvendada pelos antropólogos, ou arqueólogos, do futuro.
LEIA MAIS E VEJA UM VÍDEO NA NEW YORKER, CLIQUE AQUI


Faltou o hino da SS ao fundo...


Depois de pedir a volta da ditadura militar, de solicitar a recontagem internacional dos votos, de pedir impeachment, de chamarem a Dilma de "cafetina", Lula de "moleque", de reivindicar a "volta do câncer" da presidente e do ex-presidente, de querer construir um muro separando o Nordeste, e ameaçar importar o Ebola para dizimar os pobres, os inconformados agora partem para a ignorância. Irritado com pacientes que reclamavam do atendimento (um deles teria se queixado de que faltavam profissionais), um médico teve um ataque de pelanca, como dizem. “O PT está deixando o País uma merda! Vocês são babacas”. Pelo menos, é o que mostra um vídeo impressionante gravado em um posto de saúde em Diadema (SP). Só falta o hino da SS nazista ao fundo. O caso foi registrado no distrito policial. O médico também teria discutido com um ex-vice-prefeito do PT que estava na recepção do posto com a mulher, após um comentário deste - "a situação aqui não está boa, não é doutor?". Aí o médico descabelou-se de vez. O detalhe é que o posto é municipal, o prefeito de Diadema, Lauro Michels, é do PV e apoiou Geraldo Alkmin para governador e Aécio Neves para presidente.
O comentário acima é do blog. A notícia original e o vídeo estão no Brasil Post. Clique AQUI 

Por trás do sucesso: Kim Kardashian na capa

O poderoso alter ego de Kim Kardashian na capa da Paper e...

...o anúncio da Nissan que pega carona na repercussão da foto na internet. 
por Omelete
A série de TV Seinfeld define-se como um "programa sobre o nada".  Com um texto de excelente qualidade, na produção, que depois de anos de sucesso foi encerrada e permanece no ar apenas em reprises, os personagens principais Jerry, Elaine, Kramer e George extraem humor de situações banais cotidianas. E a audiência ri, e muito, do "nada". A socialite Kim Kardashian é, mal comparando, a "celebridade do nada". Extraiu fama do acaso. Não é de fato atriz, não é cantora, não é dançarina, não é escritora, não é apresentadora, não é artista plástica, não é produtora, não é empresária mas, ao mesmo tempo, tornou-se tudo isso junto, após ficar famosa com o vazamento de um vídeo íntimo seu com o rapper Ray J (hoje está casada com outro, o cantor Kanye West). Filha de um rico advogado, Kim soube transformar os 15 minutos de fama em "business" pessoal. Tornou-se uma "reality star", uma nova categoria de celebridades impulsionada pela internet. Há muitos e muitas no Brasil. Mas a esperta Kardashian ainda tem um atributo extra que valoriza sua agenda de "presença vip" (também em voga no Brasil, quando "famosos" cobram um cachê para aparecer em eventos), a bunda, a mega bunda, que protagoniza a capa da revista Paper, ao lado de sua dona. Na rede, não se fala ou se mostra outra coisa, o que combina com a intenção da revista que anuncia na chamada de capa sua meta de "quebrar a internet". Rápida, a marca de automóveis Nissan já lançou um anúncio mostrando a traseira de um novo modelo com a frase "a nossa é maior". Kim e sua curvilínea parceira, a bunda, seguem faturando, embora uma sondagem da Parede Magazine a coloque entre as "celebridades mais irritantes", ao lado de Charlie Sheen, Lindsay Lohan e Donald Trump (5%). 
Mas os descontentes devem estar se referindo à própria Kim e não ao seu volumoso e bem-sucedido e autônomo alter ego. 

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O "apagão" da seleção rendeu Prêmio Esso para o jornal Meia Hora

A data, 9 de julho de 2014, é para esquecer. Mas a capa do Meia Hora é inesquecível. O jornal carioca ganhou merecidamente o Prêmio Esso de Primeira Página com o manchete “Não Vai Ter Capa”, publicada no dia seguinte da inacreditável derrota da Seleção Brasileira para a Alemanha na Copa do Mundo, a tragédia dos 7 X 1. Aqui, o devido registro da equipe que criou a capa do Meia Hora, que diante da derrota mostrou a criatividade que Fred, Hulk, Júlio César e companhia não mostram no dia do "apagão": Humberto Tziolas, Joana Ribeiro, Giselle Sant'Anna, Eduardo Pierre, André Hippertt e Sidinei Nunes, com o trabalho "Não vai ter capa", publicado no jornal Meia Hora.


Prêmio Esso de Jornalismo anuncia vencedores

Saiu o  listão dos vencedores do tradicional troféu criado pela Esso, que hoje é ExxonMobil. A premiação, que ano que vem fará 60 anos, teve como principal vencedor o jornalista Leonencio Nossa, do Estado de São Paulo, pela reportagem "Sangue Político", sobre assassinatos impunes de políticos e militantes, no Brasil pós-ditadura. Veja a relação dos vencedores.
RÊMIO ESSO DE JORNALISMO
Leonencio Nossa, com o trabalho "Sangue Político", publicado no jornal O Estado de S. Paulo.

PRÊMIO ESSO DE TELEJORNALISMO
Fábio Pannunzio, Victor Sá, Anísio Barros, Denis Romani, Alziro Oliveira, Fernanda Chamlian, André Pereira, Fábio Nikolaus, Raphael Cadamuro e Diego Costa, com o trabalho "O Avanço da Maconha", veiculado na Rede Bandeirantes.

PRÊMIO ESSO DE REPORTAGEM
Vinicius Jorge Sassine, José Casado, Danielle Nogueira e Eduardo Bresciani, com o trabalho "Farra de aditivos na Refinaria Abreu e Lima", publicado no O Globo.

PRÊMIO ESSO DE FOTOGRAFIA
Domingos Peixoto, com a sequência de fotos intitulada "Crime à Liberdade de Imprensa", publicada no jornal O Globo.

PRÊMIO ESSO DE INFORMAÇÃO ECONÔMICA
Vicente Nunes, Antonio Temóteo, Celia Perrone, Deco Bancillon, Diego Amorim, Luiz Ribeiro, Nívea Ribeiro, Rodolfo Costa, Rosana Hessel, Paulo Silva Pinto, Simone Kafruni e Vera Batista, com o trabalho "20 anos do real", publicado no Correio Braziliense.

PRÊMIO ESSO DE INFORMAÇÃO CIENTÍFICA, TECNOLÓGICA OU AMBIENTAL
Cristiane Segatto, com o trabalho "O Lado Oculto das Contas de Hospital", publicado na revista Época.

PRÊMIO ESSO DE EDUCAÇÃO
Daniel Barros, com o trabalho "A Diferença Começa na Escola", publicado na revista Exame.

PRÊMIO ESSO ESPECIAL DE PRIMEIRA PÁGINA
Humberto Tziolas, Joana Ribeiro, Giselle Sant'Anna, Eduardo Pierre, André Hippertt e Sidinei Nunes, com o trabalho "Não vai ter capa", publicado no jornal Meia Hora.

PRÊMIO ESSO DE CRIAÇÃO GRÁFICA - CATEGORIA JORNAL
Gil Dicelli, Luciana Pimenta, Guabiras e Pedro Turano, com o trabalho "Sertão a ferro e fogo", publicado no jornal O Povo.

PRÊMIO ESSO DE CRIAÇÃO GRÁFICA - CATEGORIA REVISTA
Rafaela Ranzani, Fernando Luna, Alex Cassalho, Bruna Sanches e Ian Herman, com o trabalho "De Olhos Fechados", publicado na revista Trip.

PRÊMIO ESSO REGIONAL NORTE/NORDESTE
Júlia Schiaffarino, com o trabalho "Vidas Partidas", publicado no Diário de Pernambuco.

PRÊMIO ESSO REGIONAL CENTRO-OESTE
Mateus Parreiras e Luiz Ribeiro, com o trabalho "A Nova Fronteira da Sede", publicado no Estado de Minas.

PRÊMIO ESSO REGIONAL SUL
Letícia Duarte e Félix Zucco, com o trabalho "Lições da turma 11F", publicado na Zero Hora.

PRÊMIO ESSO REGIONAL SUDESTE
Guilherme Amado, com o trabalho "Os Embaixadores do Narcosul", publicado no jornal Extra.


Google arrenda histórico hangar de dirigíveis ameaçado de destruição. Rio e Recife preservam memória dos Zeppelins



Hangar One, agora do Google. Reprodução
Tem um pouco a ver com o post abaixo. O Google pagou US$ 1,2 bilhão pelo aluguel do chamado Hangar One, da Nasa, Moffett, na Califórnia, pelos próximos 60 anos. O imenso prédio será usado para pesquisa e testes nas áreas de robótica, exploração espacial, aviação e novas tecnologias, segundo informa a própria agência espacial americana. Recentemente, o Google comprou a empresa de satélites Skybox Imaging. Os executivos da gigante da internet dizem que faz parte do acordo restaurar e preservar uma instalação histórica, que estava ameaçada. O Hangar One, de estilo moderno, foi construído em nos anos 30, projetado pelos engenheiros da Zeppelin, como abrigo para o dirigível militar USS Macon. A Nasa planejou adota-lo como uma das suas instalações mas o projeto nunca foi à frente. O Hangar One é uma das últimas instalações originais para dirigíveis preservadas no mundo. Poucas sobreviveram. Nos Estados Unidos existe um antigo hangar, no Ohio, mas de dirigíveis Goodyear. Os hangares de Zeppelin, na Alemanha, foram destruídos em bombardeios aliados. No Rio, Base Aérea de Santa Cruz, permanece, bem conservada, o imenso hangar do Zeppelin (construído me 1933) que fazia a linha Alemanha-Brasil. E, em Recife, no Campo de Jiquiá, está o único mastro de atracação de Zeppelin ainda existente, no mundo. 
Hangar do Zeppelin, Base Aérea de Santa Cruz, Rio. Reprodução


O Hindenburg em Santa Cruz, anos 30,  no Rio. Reprodução
O hangar, em Santa Cruz, preservado pela Força Aérea Brasileira. Foto FAB>


Torre de atração do Zeppelin, a única que restou no mundo. Fica em Recife. Reprodução Facebook

Philae pousou... no cometa que "canta"...


AEE
Philae 67P AEE

Cometa AEE
Durante décadas, a União Soviética e os Estados Unidos detiveram o monopólio espacial. Havia nos terreiros do Tio Sam uma corrente republicana que chegou esboçar uma legislação que tornava o espaço uma extensão do território norte-americano. A ideia não prosperou, até porque do outro lado estava a então poderosa União Soviética. Com o fim da Guerra Fria e dos trilhões de dólares da corrida armamentista que a alimentou, a exploração espacial perdeu forças e a Nasa, verbas. A Rússia foi obrigada a cuidar de graves problemas econômicos após o desmonte da URSS. Manteve seu programa espacial, mas sem grandes investidas, além da participação na Estação Espacial e só recentemente, passou a recompor sua indústria de Defesa. Os Estados Unidos continuam com o bem-sucedido programa de lançamento de sondas rumo a Marte, especialmente, além de conquistas como as do eficiente telescópio Hubble, mas desativaram os ônibus espaciais, sem sem outros lançadores operacionais para pôr no lugar. A saída foi privatizar o setor, mas até agora não se revelou eficiente já que os custos são estratosféricos e empresário quer lucro, de preferência imediato, o que não combina com a pesquisa planetária. E acidentes recentes como o da nave SpaceShip Two e do foguete Antares, ambos privados, não ajudam. Daí, o tabuleiro do espaço abriu-se para outros jogadores, Índia e China, principalmente, além da Agência Espacial Europeia. Essa última, um consórcio, tem tradição e foram suas pesquisas que levaram a França a se tornar uma ativa lançadora de satélites comerciais. Mas o feito da AEE divulgado ontem é impressionante e mostra que sua capacidade tecnológica está muito além do que se imaginava. Os cientistas europeus conseguiram, pela primeira, vez, pousar equipamento em um cometa. Há quem diga que, diante da dificuldade e da precisão de uma missão dessas, pousar na Lua é como estacionar no pátio vazio de um shopping. Liberado pela sonda Rosetta, o módulo Philae se acoplou ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, Formados por poeira, gases e compostos químicos, os cometas podem dar as pistas que faltam para desvendar como se deu a formação dos planetas e como começou a vida na Terra, já que uma das hipóteses é que tenha origem em material bioquímico trazido por cometas. Nos próximos dias, as câmeras da sonda enviarão mais imagens do cometa e seus instrumento analisarão o material. Os cientistas da AEE tentam resolver único imprevisto da operação: os quatro arpões que deveriam fixar o módulo na superfície do cometa ainda não foram acionados. O que significa dizer que Philae está solta, apenas pousada, em um objeto voador desembestado. A outra dificuldade já era prevista: as baterias do módulo devem durar 64 horas. Esse é o tempo que Philae tem para fazer o máximo de tarefas. O robô poderá ser recarregado através de painéis solares, mas só se o movimento natural do cometa permitir que a luz do sol alcance o equipamento. Para os cientistas da AEE, que comemoraram o feito ontem, o suspense ainda não terminou. Depois de dez anos de trabalho, eles dependem agora dos arpões e das baterias. Em tempo, uma dica do google: Philae é o nome de um ilha do Nilo, onde havia muitos templos. Já Rosetta, todo mundo sabe, é o nome da pedra com inscrições que foram a chave para a "tradução" dos hieróglifos egípcios.
Nas primeiras horas, a nave-robô, antes de resolver mistérios, criou um; o "canto" do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, Os cientistas da AEE ficaram surpresos ao captarem um som,
provavelmente produzido pela colisão de partículas neutras com as de alta energia do cometa. O mistério provoca agitação entre os internautas. As "explicações" são as mais variadas: "É um ET pedindo 'me ajudem, estou preso dentro de um cometa'"; "é um ET fazendo pipoca"; "é Lobão protestando contra Dilma"; "é Aécio chorando a derrota"; "é Roberto Carlos cantando"...
OUÇA O ÁUDIO DO "CANTO" DO COMETA, CLIQUE AQUI 


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Duília Fernandes de Mello: revista Manchete inspirou a menina brasileira que hoje é astrofísica da NASA


Reprodução Revista Contigo!







A entrevista com Duília Fernandes de Mello foi publicada na Contigo! e reproduzida na revista da Catholic University of América. O texto abaixo, com extras e informações complementares, é especial para o blog. 
por José Esmeraldo Gonçalves

Pra lá da Via Láctea

Astrofísica brasileira que trabalha na Nasa e pesquisa a origem das galáxias conta como nasceu sua paixão pelas estrelas

A Pioneer 11 foi lançada em 1973. Destinava-se a explorar o espaço muito além de Marte. Os cientistas equiparam a nave com câmeras e instrumentos para mapear elétrons e prótons, medir temperaturas e investigar asteroides. Só esqueceram de instalar no painel um dispositivo capaz de  medir uma função subjetiva da sonda: a capacidade de influenciar pessoas. A milhões de quilômetros de distância, a Pioneer 11 enviava dados e fotos que fizeram avançar a ciência e, por tabela, traçaram o futuro de uma menina brasileira.Duília Fernandes de Mello (50), astrofísica do Goddard Space Flight Center e da Nasa, professora da Universidade Católica da América, pesquisadora da Universidade John Hopkins, ambas em Washington, e analista de imagens do telescópio Hubble, revela à Contigo! que sua paixão pelas estrelas e a motivação para estudar astronomia nasceram na órbita da Pioneer. “Quando eu era criança, admirava a lua cheia. Olhava e pensava, ‘puxa, já pisamos lá’. Mas o que realmente me motivou foi ver em uma revista Manchete, quando deveria ter uns 14 anos, as imagens dos planetas que a Pioneer enviava para a Terra. Eu queria saber como aquilo funcionava, como eram captadas aquelas cenas maravilhosas”, conta Duília, que atualmente mora em Baltimore, nos Estados Unidos. Impressionada com a tecnologia da sonda, a então adolescente - ela nasceu em Jundiaí (SP) e foi criada no subúrbio carioca de Brás de Pina - passou a escrever nos seus cadernos escolares os nomes do ídolo, Peter Frampton, do time, Flamengo, e da Pioneer. Era, certamente, a única menina na escola a ter uma “sonda favorita”. “Sempre adorei ficção científica, cresci vendo Star TrekPerdidos no Espaço eGuerra nas Estrelas”, recorda. A Pioneer 11 mergulhou no espaço profundo e parou de se comunicar com a Terra em 1995, ano em que a trajetória profissional da menina que a nave impulsionou começou a decolar. Já em janeiro de 1997, Duília, que se formou na Universidade Federal do Rio de Janeiro, era astrônoma do Observatório Nacional e estudava galáxias no Observatório Europeu do Sul (European Southern Observatory). E foi no ESO, em La Silla, no Chile, que ela fez sua primeira descoberta. Nada menos do que uma supernova, uma estrela que havia acabado de explodir. “Descobrir uma supernova foi bem emocionante. Principalmente pela forma como a encontrei. Eu estava sozinha, em um telescópio, observando galáxias, quando vi uma estrela que não deveria estar no campo em que estava pesquisando. Fiquei curiosa e tomei a decisão de avaliar o que era. Eu poderia ter simplesmente continuado a fazer o que estava fazendo e não ligar para a estrela intrusa. Mas a minha curiosidade levou à descoberta. Depois vi que a intrusa era uma supernova, que levou o nome 1997D”. Cerca de dez anos depois, Duília fez outra descoberta importante: um fenômeno a que batizou de “Bolhas Azuis”. A partir da sua pesquisa, que encontrou oito “bolhas” a 12 milhões de anos-luz de distância da Terra, cada uma contendo duas mil estrelas, a Nasa implantou um programa especialmente para detectar “bolhas azuis” em outras galáxias. Foi mais uma conquista entre tantas ao longo de uma carreira que neste 2014, em junho, mereceu o Prêmio Diáspora Brasil, na categoria Tecnologia da Informação e Comunicação, concedido aos cientistas que se destacam no exterior. Duília é um exemplo da dispersão de talentos brasileiros. “Em 1997,  tomei a decisão de sair do Brasil porque os investimentos eram muito limitados. Uma situação que não mudaria rapidamente pois o governo, na época, anunciava cortes severos no investimento em pesquisa. Nos últimos 10 anos, isto mudou. Se fosse hoje, eu não teria saído. Sei que agora é possível fazer ciência de primeiro mundo no Brasil. Mas a comunidade científica brasileira precisa se organizar, escolher projetos-chaves e investir nestes projetos para dar impulso à ciência e motivação ao jovem”, opina.
A “diáspora” empreendida por Duília a levou além do êxito científico. Quando ainda estava no Chile, ela não fez contato visual apenas com a supernova. Uma noite, ao tirar o olho do telescópio, “descobriu” o astrônomo sueco Tommy Wiklind (56), com quem está casada há 17 anos.  “O observatório de La Silla reúne astrofísicos e astrônomos de vários países. Foi lá que nos conhecemos. Somos muito felizes e temos muita coisa que nos une. Nossa paixão pela astronomia é uma delas, mas temos também grande paixão por viajar e explorar outras culturas. Não sabemos como seria o nosso relacionamento se não fossemos astrônomos”, constata Duília. Segundo ela, muitas mulheres astrônomas são casadas com astrônomos. “Imagino que temos um pouco mais de tolerância, pois entendemos a dedicação que a carreira requer”. A profissão exige, de fato, um ajuste frequente na sincronia do casal. Conciliar horários, por exemplo, nem sempre é possível. “Eu sou matutina, mas quando é preciso virar a noite, eu viro. Um astrônomo, quando vai observar, precisa passar a noite em claro e dormir durante o dia. E é difícil se desconectar do que se está fazendo”, explica. Recentemente, trabalhando com o Hubble, Duília capturou imagens do “Campo Ultraprofundo”, o que foi avaliado como um passo importante para desvendar a origem das galáxias. Uma pesquisa tão complexa, que tenta identificar imagens geradas há milhões de anos, torna difícil a um leigo imaginar como alguém pode sair de um trabalho como esse, quase uma máquina do tempo, e encarar uma rotina comum. “Não dá para desligar o cérebro, tem sempre alguma coisa no fundo do pensamento. Por exemplo, adoro pensar nos projetos quando acordo e vou tomar banho. Tomo grandes decisões no chuveiro”, conta, rindo. Duília, contudo, não se sente dividida entre “ficção” e realidade. “Eu lido com o universo como se ele fosse o meu laboratório. Estou sempre questionando o ser humano e como ele não se dá conta da vastidão do universo”, diz. Mesmo assim, há, é claro, espaço e tempo para a vida dita “normal”. Para muitos, persiste o estereótipo de que cientistas são seres descabelados como Einstein ou, atualizando a imagem, físicos mega nerds como os personagens Sheldon, Leonard, Howard e Rajeesh, do seriadoThe Big Bang Theory. Duília relata no livro Vivendo com as estrelas (Panda Books), lançado em 2009, um episódio que ilustra o preconceito. “Pensam que vivo no mundo da lua. Certa vez, um estudante universitário brasileiro me perguntou porque eu havia escolhido ser astrônoma, já que era bonitinha e parecia uma pessoa normal”, escreveu. Até hoje, ela acha que é difícil tirar esse rótulo do cientista. “Mas precisamos mostrar que não são todos assim e que todos podem chegar a ser cientistas, basta persistência e vontade”, diz ela, que lista alguns itens da sua porção “normal”. “Sou vaidosa, só não gosto de pintar a unha. Gosto de fotografia aérea. Temos um aviãozinho monomotor e enquanto Tommy pilota, eu tiro fotos da Terra vista de cima, cozinhar é um dos meus hobbies. Dou uma desacelerada no cérebro quando estou cozinhando. Não gosto muito de seguir receitas, vai tudo no improviso. Apenas no Natal sigo a receita da Julia Child (apresentadora já falecida de programas de culinária na TV americana) do prato francês Boeuf Bourguignon que, segundo o meu marido, é o melhor do mundo”, com conclui, bem-humorada. 

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Belas modelos em calendário de casa funerária

Talvez, em vida, o falecido não tenha chegado tão perto de uma mulher tão bonita. Vaya con Diós... agora bem acompanhado. Reprodução Mirror

Um último chá, antes do paraíso. Reprodução Mirror. 
por Omelete
Deu no jornal Mirror. Uma empresa funerária da Polônia lança seu calendário para 2015. Belas modelos apresentam os caixões mais incrementados. Setores da igreja católica condenam a iniciativa, rotulam de desrespeitosa. Mas o dono da empresa, a Lindner, rebate que caixão não é um objeto sagrado. "É a última cama em que você vai dormir, não é um símbolo religioso". Segundo ele, a ideia foi do filho, mais antenado com as novas gerações de defuntos. As fotos foram tiradas na Cracóvia, um cidade com fortes influências católicas, o que deve ter incrementado ainda mais as reações.
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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Parem as máquinas: Jesus foi casado e teve dois filhos. É o que dizem escritores ingleses baseados em um pergaminho de 570dC. Na próxima quarta-feira, eles vão revelar os nomes dos filhos de Jesus


Um livro lançado na Inglaterra promete muita polêmica. Baseados em pesquisas e, principalmente, em um antigo manuscrito (que seria o Quinto Evangelho), os autores Simcha Jacobovici e Barrie Wilson relatam em The Lost Gospel que houve um complô para assassinar Jesus quando ele tinha 20 anos e que este foi casado com Maria Madalena, com que teve dois filhos. O Vaticano contesta a autenticidade do manuscrito.  
Os livros "O Código Da Vinci", de Dan Brown, e "Evangelho Perdido", de Niko Kazantzakis, além do filme "A Última Tentação de Cristo", também levantaram a hipótese de Maria Madalena ser a sra. Jesus. 
Jesus e Madalena. Reprodução
Dessa vez, os autores, que já escreveram outra obra do gênero, The Jesus Family, garantem ter evidências e que o livro baseado no pergaminho de 570dC não é de ficção. Maria Madalena é cultuada pelos católicos como a personificação do arrependimento. Já foi descrita como prostituta, freira celibatária e mística. Em Magdala, sua cidade, era vista como uma líder entre os que seguiram Jesus. Não o abandonou, ao contrário de muitos homens que o veneravam, seguiu Jesus até a crucificação e estava presente no túmulo quando da ressurreição (foi a primeira pessoa para quem Jesus apareceu). A intimidade com Jesus lhe dava uma proeminência semelhante à de Pedro. 
Cena do filme A Última Tentação de Cristo.
Alguns relatos dão conta de que os dois foram vistos se beijando. Foi essa suposta sexualidade que levou setores da igreja a criarem a versão de que ela seria uma prostituta, com o objetivo de desacreditar o seu impulso sexual natural. Os próprios Evangelhos ajudam a confundir esse aspecto da vida de Jesus. Há várias Marias, além da  Maria, mãe de Jesus. Maria de Betânia, irmã de Marta e Lázaro, Maria, mãe de Tiago e de José, e Maria, mulher de Cleofas. E são citadas mais três mulheres não identificadas e que, em algum momento, teria cruzado os caminhos de Jesus. Imprecisões como essas seriam agravadas pelo fato de os evangelhos não serem relatos de testemunhas oculares. Foram escritos entre 35 a 95 anos após a morte de Jesus, baseados em tradição oral. Jesus morreu por volta do ano dC 30. Para muitos arqueólogos e até teólogos, não são documentos frios ou científicos "de história", mas produtos da memória da memória afetada pelo tempo e pela interpretação em cadeia, como acontece com muitos relatos orais recolhidos em tribos seculares.  
A polêmica, mais uma, está lançada. E em entrevista coletiva, nesta quarta-feira, 12/11, os autores de The Lost Gospel garantem que vão revelar os nomes dos filhos de Jesus.

Porto Alegre tira a roupa...


Reprodução Huffpost
por Omelete
Deve ser o sol na cabeça. Ou a cabeça quente, circuitos cerebrais sobrecarregados, em curto, diante das pressões cotidianas. Vale o registro da súbita mania de algumas gaúchas de tirarem a roupa em
público. E de maneira atlética, sempre correndo seja a favor do vento ou contra a brisa primaveril. Devem ter lá suas razões. Melhor respeitá-las. Além dos casos de nudez avulsa e solitária, aconteceu na capital gaúcha uma corrida dos pelados, marcada no Facebook. Quinze pessoas compareceram.

O novo paladino...


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Polícia investiga página de médicos anti-Dilma no Facebook. Chama-se ironicamente "Dignidade Médica" e prega "holocausto" no Nordeste

Reprodução IG

domingo, 9 de novembro de 2014

Diretamente da Europa, Omelete mostra o Brasil que está em alta e faz uma análise política da "base aliada". Nem Aécio, nem Dilma, nem falta d'água, nem pedidos para a volta da ditadura... o Brasil é notícia no exterior por algo menos doentio: um concurso de beleza



Reprodução Daily Sunday: análise política da "base aliada"

por Omelete
O samba virou sertanejo, o carnaval virou Disneylândia, o futebol abriu as pernas para a Alemanha, a política virou piada (o Muro de Berlim caiu há 25 anos e os 'coxinhas' querem combater o "perigo vermelho"), sobrou o quê pra levar a sério? A preferência nacional. Um concurso que nasceu no Brasil é o novo assunto da mídia mundial. A revista The Economist até parou de encher o saco e estampou em página dupla o índice glúteo em alta na Bolsa de São Paulo. Outro conhecido programa estrangeiro, o Manhattan Connection, resolveu designar seus comentaristas para fazer um workshop e um brainstorm para descobrir do que se trata, já que aparentemente o assunto nunca esteve na pauta deles. Pretendem fazer uma reportagem investigativa sobre o tema provando que é uma ofensa à mulher brasileira e o Nordeste é responsável por mais essa baixaria. A Fiesp está reunida para saber o impacto do concurso nas exportações. Comentaristas de economia ainda não sabem se o PIB será 'impactado', mas já disseram que a culpa é do Lula. Revistas semanais preparam denúncias baseadas em documentos achados na mochila de um bolivariano não identificado com transcrição de escutas telefônicas que garantem que  tudo não passa de um complô contra a família brasileira. O PSDB já pediu a abertura de um CPI e, assim que o resultado for anunciado, será requerida a recontagem de votos. O ministro Dias Toffoli já disse que vai atender à solicitação. Eduardo Cunha já avisou que quer a presidência da comissão apuradora do concurso e ameaça desfazer a "base aliada". Arnaldo Jabor quer fazer um filme sobre o tema, relacionado com o medo freudiano e o desejo jungiano, os traumas da formação católico-ocidental no seminário e a compulsão suicida da sociedade capitalista induzida pelo Nordeste. Um jornal inglês avalia que o índice de felicidade está em alta no Brasil, elogia a forma física das meninas bem alimentadas, com bastante proteína, e atribui as curvas erradamente ao sucesso do Fome Zero, do Lula. Um colunista de um grande jornal corrigiu a informação dizendo que, na verdade, o mérito é do programa social Comunidade Solidária, de FHC, onde tudo começou. 
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Um livro revela: como os nazistas levaram os norte-americanos à Lua e porque, anos depois, Reagan impediu que os homens de Hitler fossem investigados


REPORTAGEM PUBLICADA NO HUFFPOST



É comum, até hoje, no cinema e na literatura, além de ter sido um tema muito explorado pela propaganda durante a Segunda Guerra, classificar a América do Sul como um território de refúgio de nazistas. O que, em parte, é verdade, como demonstram muitas reportagens feitas no Brasil, Argentina, Paraguai e Chile, principalmente. Recentemente, um desses documentários na TV a cabo abordou o assunto sob um título exagerado: "América Latina, o continente nazista". Não chegou a tanto e, pelo menos no Brasil e na Argentina, alguns foram capturados. O fato é que, se muitos vieram mesmo para o Sul, muitos mais, seriam milhares, se abrigaram no Norte, nos Estados Unidos, e exercendo importantes funções públicas e privadas. O Huff Post publica interessante matéria sobre o assunto. "Nazistas", segundo o portal de notícias, "serviram como pedras angulares do avanço científico dos Estados Unidos, pós-Segunda Guerra Mundial, trabalharam para a NASA, ajudaram a desenvolver foguetes enquanto calmamente enterravam seu passado sob elogios da comunidade científica local". Especialistas, acadêmicos e pensadores foram empregados pelo governo dos EUA, apesar dos seus currículos de atrocidades. Em livro lançado há poucas semanas, o jornalista Eric Lichtblau revela que Washington trabalhou ativamente para proteger os nazistas de qualquer investigação. "The Nazis Next Door: How America Became a Safe Haven for Hitler’s Men,”, algo como "Os Vizinhos Nazistas: como a América tornou-se um refúgio seguro para os homens de Hitler", mostra como um programa do governo, chamado "Operação Paperclip", importou profissionais nazistas de várias áreas. Werner von Braun, o lendário cientista que comandou o programa espacial americano, tinha na sua ficha anotações sobre sua atuação no importante cargo de supervisor de uma fábrica movida a trabalho escravo. Von Braun era apenas o profissional mais notório da tropa que se abrigou em cidades norte-americanas. Outro nome destacado foi Hubertus Strughold, prestigiado e premiado nos Estados Unidos apesar de ter orquestrado experiências científicas em cobaias humanas no campo de concentração de Dachau. Parte dessa operação de abrigo a nazistas já era conhecida. Outras potências, como a União Soviética, também capturaram, no pós-guerra, alguns cérebros nazistas. Afinal, a tecnologia dos foguetes V-2 e dos primeiros caças a jato eram apenas alguns dos avanços alemães que interessavam aos vencedores. Uma das novidades do livro é que, além de aprofundar a investigação a níveis chocantes, Lichtbau levanta detalhes de um complô inédito e relativamente recente: por pressão da Casa Branca, no governo republicano de Ronald Reagan, o Departamento de Estado congelou e destruiu provas do passado dos nazistas responsáveis por crimes de guerra, impedindo que fossem punidos pela Justiça ou caíssem nas mãos de caçadores de criminosos de guerra. "Assim", diz o Huffpost, "os EUA se tornaram um refúgio para alguns dos mais notórios comparsas de Hitler. Um dos casos emblemáticos é o de Arthur Rudolph, o alemão que ainda é aclamado como o pai do foguete Saturno V, que levou os Estados Unidos para a Lua. Depois de trabalhar no país durante décadas, ele voltou para a Alemanha, onde morreu em 1989, em paz, apesar de ter confessado seus crimes. 
Um detalhe que não está no Huffpost mas este blog ajuda a relembrar: em 1972, durante a ditadura, Werner von Braun esteve no Brasil, onde manteve encontro com os militares, incluindo o ministro da Aeronáutica. O inventor das V-2 foi a São José dos Campos, sede de algumas empresas de pesquisa militar. Na época, um objetivo da ditadura era desenvolver uma forte indústria armamentista. 
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