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(da Redação)
Para crescer ainda mais, na próxima década, o Brasil precisa resolver gargalos de infraestrutura. Claro que quanto mais a chamada iniciativa privada construir com recursos próprios portos, ferrovias, aeroportos, hidrelétricas, metrôs, saneamento, estradas etc, melhor para os cofres públicos que poderão cuidar de saúde, educação, segurança, pesquisa etc. Mas na prática, mesmo quando obtêm "concessões" o empresário recorre a dinheiro público. Os governos, em todos os níveis, investem através de "parcerias" ou do BNDES ou outras agências regionais de fomento. o Globo cita o problema acima. A reforma do aeroporto de Fortaleza, administrado pela Infraero, foi entregue a um consórcio privado que não cumpriu prazos e, segundo o jornal, demonstrou não ter condições de conduzir a obra. A solução seria cassar o contrato que não foi cumprido. Mas o que se diz é que isso seria pior e resultaria em paralisação da obra por muito tempo até que outro consórcio assumisse. Ou seja: a coisa vira uma espécie de arapuca com "chantagem". E lá se vão mais recursos públicos drenados para empresas privadas. Já ouviu falar na Ferrovia Trnasnordestina? Começou em 2006, deveria ter sido concluída em 2010 e, agora, o prazo é 2016. É obra de grande interesse econômico para o Nordeste. O governo entregou a construção à
CSN (Companhia Siderúrgica Nacional)o projeto foi entregue para a Companhia Siderúrgica Nacional, que criou a empresa Transnordestina Logística S.A. (TLSA) para ser concessionária da ferrovia. É daí? É infraestrutura sob concessão, como pede o jornal. Funcionou? Infelizmente para o Brasil, não. Acontece que empresas privadas agem segundo seus interesses que não necessariamente os do país, isso é natural. De repente, os sócios resolveram pisar no freio, os acionistas apontaram outras prioridades... Também não se sabe se a empresa responsável será cobrada pela ineficiência e pelo incalculável custo do atraso da obra. Não é tão simples.