por Ed Sá
Aproveitei a deixa para dar a ele informações que – não sei por que – nunca lhe foram passadas e acrescentam muito à sua mitologia pessoal. Escrevi:
“Você lembra onde estava aquela noite? Claro que não – nem poderia. Você estava no ventre da sua mãe. Naquela noite nós voltávamos para casa de uma sessão de cinema, um filme sobre outra figura trágica. Lenny [Bruce]. Tinha caído uma chuva leve e a calçada estava molhada, sua mãe escorregou e caiu, protegendo com as mãos o barrigão de nove meses. Você se dá conta de que correu o risco de juntar-se a Lennon naquela noite? Depois, quando soubemos pela TV da morte de Lennon, sua mãe reparou que meus olhos estavam marejados.
– Está preocupado que meu tombo possa ter afetado nosso filho?
– Não, estou chorando porque o John Lennon morreu.
Meu filho nasceu, lépido e fagueiro, em 29 de dezembro. Completei o e-mail mencionando outro cacoete familiar também ligado aos Beatles. Quando completei 64 anos, em 6 de outubro de 2001, meu filho tocou para mim, do LP Sergeant Peppers, a faixa When I’m Sixty-four, que comenta sobre a velhice (!). Completei a mensagem:
“Dia 29 você vai fazer 44. Está me obrigando a ficar ainda por aí para tocar When I’m Sixty-four pra você daqui a vinte anos...”
Não resisto a escrever um pouco mais sobre o papel do DNA em matéria de gosto musical. E o “meu tipo inesquecível” aqui é o fotógrafo da Manchete Frederico Mendes, a quem o Alberto contemplou com um apelido-de-placa: O Encucadinho. Tivemos o primeiro filho à mesma época: Frederico, o Gabriel; eu, o Roberto. Um dia, num daqueles raros momentos de calmaria na redação, o Frederico se aproxima de mim com aquele seu ar de sofrência e o halo de dúvida hamletiana, e pergunta solenemente:
– Muggiati, você já tem alguma ideia de como vai fazer para o Robertinho gostar dos Beatles?
– Pô, Frederico, sem essa! Um pai tem de deixar que o filho faça suas próprias escolhas! O maior erro seria tentar “fazer a cabeça” dele...
Não só o Roberto, por conta própria, gostou dos Beatles, como me deu uns bons puxões de orelha apontando falhas no livro que publiquei em 1997, A revolução dos Beatles (Ediouro). E tinha então apenas dezesseis anos...
Azucrinado pelas doutrinações paternas, o Gabriel enveredou pelos meandros da alta literatura, estudando e doutorando-se em universidades norte-americanas. Só posso imaginar a decepção do encucado pai.
Encerrando, conto que a preferência maior do meu filho recai sobre o Bob Dylan. Confiram esta estatística: nestes dezessete anos de Europa, morando sucessivamente em Dublin, Milão e Edimburgo, o Roberto já assistiu a umas 50-60 apresentações do único roqueiro agraciado com o Nobel de Literatura. De Oslo a Praga, de Madri a Innsbruck (esse o 3.000º espetáculo da Never Ending Tour) e em três shows triunfais recentes no Royal Albert Hall de Londres.
COMENTÁRIO DE ROBERTO MENDONÇA MUGGIATI
* Faltou uma coincidência: no dia 9 de dezembro de 2009 vi em Arnhem, Holanda, meu primeiro show do Paul McCartney. Ontem, também um 9 de dezembro voltei a vê-lo, em Madri - pela última vez?”
Mas, recentemente, com uma Academia Paranaense renovada – acolhendo escritores de destaque como o historiador Laurentino Gomes, autor da trilogia Escravidão – iniciamos uma campanha consistente, Ernani Buchmann e eu, para inscrever o nosso vampiro de estimação ao Nobel de Literatura. O movimento ganhou força a partir do dia 4 de dezembro, quando a jornalista curitibana Isabela França assumiu o cargo de cônsul honorário da Suécia em Curitiba, com jurisdição sobre os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em minha última visita a Curitiba, no início de novembro, discutimos e fizemos planos, entusiasmados com a ideia. Afinal, se o Dalton chegou aos 99, poderia muito bem alcançar os 100 anos. Mas o Vampiro fez forfait, refratário à luz da fama, que sempre o incomodou...
| Documentário da Globoplay (Kubrusly – Mistério sempre há de pintar por aí) |
Comoveram-me as imagens de Maurício Kubrusly deixando-se levar pela espuma dos dias na companhia do seu cão numa praia da Bahia. Quando recebeu o diagnóstico de Demência Fronto Temporal (DFT), chegou a pensar em recorrer à morte assistida, como o fez recentemente o poeta Antônio Cícero. “Não tenho mais o que fazer aqui”, falou. Sua mulher, a arquiteta Beatriz Goulart, o demoveu da ideia. Tudo começou quando ele não conseguia mais ler os jornais e esquecia fatos importantes. Aventou-se a possibilidade de Alzheimer, mas depois se confirmou a demência. Com um relacionamento de quase vinte anos em casas separadas, Maurício propôs a Bia morarem juntos. “Estou esquecendo todas as coisas...” Já são sete anos de luta e o casal tem vivido os últimos tempos no sul da Bahia, na placidez de Trancoso. Um pouco dessa história é contado no documentário da Globoplay Kubrusly – Mistério sempre há de pintar por aí.
Mesmo sem ter o physique du rôle, Kubrusly foi o apresentador de TV mais popular do país, do qual revelou facetas pitorescas e desconhecidas no quadro Me Leva, Brasil, ao longo de 17 anos em mais de 300 programas do Fantástico.
Todos os homens são mortais e o Kubrusly já recebeu o seu bilhete azul. Mas as imagens recentes de filmes e reportagens o mostram se divertindo muito, quase em estado de graça. Eu diria que, para ele, a Demência está sendo uma Sala VIP do Céu.
por Ed Sá
*Qualquer coisa sobre Jojo Todinho.
* Malafaia pela obra completa..
* Notícias recorrentes de supostos novos filhos de Neymar.
* Depois de virar tanta notícia, DNA para provar suposto filho de Gugu Liberatto deu negativo.
* Vexame. Filme sobre Silvio Santos, um equívoco cinematográfico.
* TBTs sobre Xuxa, Senna e Adriane Galisteu.
* Desavenças da família real britânica. Enchem o saco e vivem de produzir conteúdo para tablóides ingleses.
* Briga por lugar na janela. O caso do menino birrento, a mãe sem noção e a advogada que expôs vídeo de passageira.
* Família Bolsonaro. Diaristas da família Trump em Mar-a-Lago.
* Influenciers. Simplesmente por existirem.
* Tiago Leifert: sempre que abre a boca ou tecla opiniões bizarras.
* Demétrio Magnoli: por produzir opiniões caóticas e extremistas travestidas de "análise".
* O imbroglio de Gabigol no Flamengo, que durou o ano inteiro.
* A Red Bull dá asas a Max Vestappen, o piloto mais mau caráter que a Fórmula 1 já viu. Detestado no paddock e na pista pelos golpes baixos que pratica e pelo favorecimento que recebe dos organizadores das provas.
* Zelenski e seu uniforme de Chuck Norris, sendo que não dá um tiro sequer.
* Netanyahu. Por ser o sanguinário Netanyahu.
* Trump. O autoritarismo pelo voto.
* Congresso brasileiro. Por ser uma casa que reúne maioria de legisladores que se auto representam e defendem interesses próprios, nunca os da população.
* Desvios de emendas parlamentares. São tantos e impunes que a safadeza "prescreveu" na mídia.
* Caso Ana Hickmann e ex-marido Alexandre. Também já deu. Um ano na mídia...
* Qualquer coisa sobre Yasmin Brunet.
* Tédio: brigas virtuais de fãs de Xuxa e de Adriane Galisteu sobre a a herança sentimental de Ayrton Senna. Sendo que Senna não está nem aí.
Três lobbies poderosos balançam gavetas em Brasília. Um pressiona para que o governo aumente o número de voos no Santos Dumont prejudicando a recuperação do Galeão, ambos importantes aeroportos do Rio de Janeiro. Outro forte movimento quer a legalização dos cigarros eletrônicos comprovadamente mortais. Uma rica onda que recebe alegres "surfistas" é a da privatização das praias.
Independentemente do que acontece nos gabinetes, os três assuntos estão no cardápio de sucessivos encontros em mesas discretas dos restaurantes da capital.
por O.V.Pochê
- É exibicionista ideológico. Exibe em público as partes baixas do seu fanatismo.
- É competitivo. Por isso, quando lê um texto de um concorrente radical apressa-se a escrever algo ainda mais extremo.
- Escreve para o patrão. E costuma ligar para saber: "gostou, chefe? Hoje eu estava afiado".
- Quando não tem patrão ou patrocinador, escreve para a bolha de extrema direita. A excitação é quase a mesma.
- Quando é processado por mentir pede Pix aos seguidores para pagar advogado e indenização.
- Deprecia o Brasil mesmo em questões que passam longe da ideologia.
- Geralmente é mal-amado, como as antigas seguidoras de Carlos Lacerda e a exemplo do seu supremo líder.
- Detesta os fatos. Estes, quando verdadeiros e checados, atrapalham suas "análises".
- Consequentemente é atraído por fake news que "sustentam" suas pensatas.
- Chama os Estados Unidos de "América". Bota a mão no lado esquerdo do peito quando ouve o hino da "América".
- Considera Orlando a capital cultural dos Estados Unidos.
- Não nega wet dreams com Musk e Trump.
- Vibra quando Trump ameaça taxar os Brics em 100%. Acha isso politicamente orgásmico.
- Sonha em ver Bolsonaro na posse do Trump. Espera que Trump venha buscá-lo com um pelotão de marines.
- Só não se inscreve para ser mercenário na Ucrânia porque não tem cuecas suficientes.
- Considerando apenas os mega radicais, a facção de jornalistas kids pretos tem representantes nas páginas de opinião do Globo, pelo menos dois, na Folha, vários, no Estadão, idem, no Metrópoles um ensandecido, nos jornais do Sul muitos, na Globo News dois abaixo da linha da ética, na Jovem Pan, todos, nos sites e canais de extrema direita são incontáveis.
- É fácil reconhecê-los. Sempre que analisam denúncias sobre os crimes de Bolosonaro preocupam-se em arranjar argumentos para a linha de defesa do "mito", "mito", "mito".
Tive uma participação curiosa na filmagem de As moradas no primeiro semestre de 1962. Jornalista curitibano desde 1954 na Gazeta do Povo, passei uma temporada em Paris entre outubro de 1960 e fevereiro de 1962 como bolsista do governo francês estudando no Centre de Formation des Journalistes. De volta a Curitiba, trabalhei na Secretaria (ou Departamento) de Cultura do governo Ney Braga, sob a direção de Ênio Marques Ferreira, até o início de agosto de 1962, quando parti para uma temporada de três anos em Londres (até junho de 1965) contratado para trabalhar como Programme Assistant no Serviço Brasileiro da rádio BBC. Conheci Sylvio Back por volta de 1956-57, éramos colegas de imprensa, ele trabalhava no Diário do Paraná, onde editava um suplemento cultural chamado “Letras & Artes”, do qual eu era assíduo colaborador. O cinema era um tema importante, eu diria até dominante no suplemento. De volta a Curitiba em 1962, reatei minha amizade com o Sylvio. Encontrei-o em seu primeiro casamento e trabalhando na redação local da Última Hora, um arrojado projeto de Samuel Wainer com a edição produzida em Curitiba, impressa em São Paulo e distribuída diariamente em tempo hábil nas bancas de Curitiba. (O editor da UH paranaense era o paulista Ary de Carvalho, que elevou a venda do jornal de 6000 para 23000 exemplares diários. Depois ele fundou o jornal Zero Hora em Porto Alegre e se tornaria proprietário de O Dia do Rio de Janeiro.)
Solteiro, eu morava em casa de meus pais, à Rua Carlos de Carvalho esquina com Francisco Rocha, e rodava toda noite pela Curitiba boêmia no carro da família, um DKW, carro popular fabricado no Brasil entre 1958 e 1967 sob licença da fábrica alemã do mesmo nome.
Senti uma diferença notável entre a Curitiba que deixei em outubro de 1960 e aquela que reencontrei em fevereiro de 1962, com a radicalização política do confronto entre direita e esquerda, que acabaria levando ao golpe militar de 1964. Sylvio Back – mesmo ganhando a vida como jornalista – começava a dedicar mais horas do seu tempo ao sonho que faria dele um dos cineastas mais profícuos e polêmicos do país. Naqueles primeiros meses de 1962 iniciou a filmagem, com uma câmera na mão e muitas ideias na cabeça, do documentário As moradas, focalizando as primeiras favelas que apareciam na periferia da cidade. À falta de equipamento adequado para efetuar travelings, encontramos uma utilidade para o DKW de meus pais.
Eu ao volante e o Sylvio empunhando a câmera debruçado perigosamente sobre a janela traseira, fazíamos pequenos takes de filmagem, percorrendo distâncias de cinco a dez metros. Orgulho-me muito dessa participação – ainda que tosca e improvisada – no filme inaugural da bela carreira do amigo Sylvio Back.
Infelizmente, passados 62 anos, ainda não vi o produto final. Não tive acesso a um DVD de As moradas e – por inadequação técnica ou humana – nunca consegui abrir um link que me permitisse ver o filme. Mas espero um dia vê-lo e resgatar através de suas imagens o ar fresco das manhãs outonais daquela Curitiba perdida.
Escrevi o texto acima em resposta a um e-mail de Rosane Kaminski, pesquisadora da Universidade Federal do Paraná, especializada na obra cinematográfica de Sylvio Back. Ela já publicou dois livros sobre os longas-metragens que ele fez quando ainda morava no Paraná e escreve atualmente sobre o primeiro filme dele, As moradas, lançado em 1964. No final da tarde quente do primeiro domingo de dezembro, abri mão não do lazer – o descanso do escritor é escrever e estou mergulhado numa matéria interminável para a revista Piauí – e concentrei minha memória naqueles seis meses ensanduichados entre dois anos de Paris e três anos de Londres – um período perdido, ma non troppo, em Curitiba, que na minha autobiografia intitulei Seis meses num DKW. Pouco antes da meia-noite, Rosane me respondeu, “exultante” com o depoimento, e presenteou-me uma cópia de As moradas digitalizada pela Cinemateca Brasileira. Viajei no tempo ao longo daqueles dez minutos de imagens desbotadas, sentindo-me às vezes ao volante do DKW. A trilha minimalista, com os estudos para violão de Villa-Lobos tocados por Turíbio Santos – lembrando incrivelmente a cítara do húngaro Anton Karas em O terceiro homem – conferem dramaticidade ao texto despojado, isento de qualquer ilusão (“Hoje só há liberdade para morrer. Os homens nem mais soltam grunhidos perturbadores. Toda essa longa viagem, no entanto, promete uma chegada, pois os homens se revezam e não desistem”.)
por Niko Bolontrin
Mesmo campeão, Vestappen, o mau caráter da Red Bull, joga sujo. No GP do Catar ele foi punido por andar em baixa velocidade na classificação pra prejudicar a Mercedes de George Russell. Perdeu aprnas uma posição no grid, o que o deixou no lucro.
Sobre punições, a propósito, esse GP foi recordista em penalidades aos pilotos. Com o campeonato decidido a F1 distribuiu sentenças inclusive ao Vestappen, o tetra campeão beneficiado quatro vezes pela bandeira amarela, uma para cada título. Provavelmente como as punições não valem mais nada os fiscais quiseram demonstrar a isenção que não tiveram ao longo do ano.
Criticar colegas estrangeiros de trabalho por causa do sotaque pode ser considerado assédio racial.
É o que um tribunal inglês acaba de concluir após julgar o caso de um brasileira que era gerente de engajamento e marketing no departamento de artes criativas da Hertfordshire University. Elaine Carozzi alegou no processo que falava bem inglês, mas os colegas insistiam em dizer que não a entendiam. Carozzi denunciou que seu sotaque foi usado "como um parâmetro para avaliar sua capacidade profissional". Diante das pressões, ela renunciou ao cargo, isso após um ano inteiro de trabalho. A Hertfordshire University será comunicada da decisão para providência s. Foi o segundo julgamento do caso. No primeiro ela perdeu a causa, mas ganhou o direito de recorrer. A vitória de Corazzi poderá impactar litígios semelhantes.
por Niko Bolontrin
O problema do craque francês não é apenas a difícil convivência com os companheiros. O vestiário, como os boleiros denominam a fornalha que é o espaço, principalmente quando o time vai mal. Não lhe bastam os gols que faz - e agora nem está fazendo tantos. E gostaria de fazer todos os gols do time. Que os demais jogadores tivessem apenas a missão de lhe servir a bola. No PSG, criou intrigas com Messi, Neymar, Cavani, Di Maria, Suárez...
Quando o Real Madrid anunciou a contratação do francês, foram muitos os jornalistas da mídia esportiva europeia que apontaram o risco. Ninguém dúvida que Mbappé é um super craque. O problema é que ele não se adapta a time algum. Quer que todo o time se adapte a ele.
Aconteceu mais cedo do que se esperava a crise do Real Madrid. O treinador Ancelotti dá sinais de que por questões políticas internas está cedendo às vontades de Mbappé. Diz que é preciso paciência. O francês atravessa uma fase de "falta de confiança". Confiança é o que surpreendentemente está faltando no próprio Ancelotti.
Como fez no PSG e na seleção francesa, Mbappé está fritando alguns jogadores do Real Madrid. O caldo da paella está entornando. Baixar o fogo do francês é o desafio de Ancelotti, um dos treinadores mais vencedor do futebol europeu
| Vladimir Neto interpretando ele mesmo. Foto: Reprodução de vídeo veiculado pala Globo |
No meio do furacão da denúncia do golpe de Bolsonaro e seus kids pretos, repórteres da sucursal da Globo em Brasília encenaram um reality de quinta série mostrando "como trabalham". Imaginavam, talvez, estar protagonizando uma espécie de tutorial do jornalismo investigativo. Cada um dos "atores" e "atrizes" ali deve ter se sentido assim a dupla Bob Woodward e Carl Bernstein desvendando o escândalo Watergate, uma Oriana Falacci ou uma Christiane Amanpour.
O filminho foi ao exibido e ganhou nas redes sociais o Prêmio Vergonha Alheia do Ano. A direção da Globo, no Rio, mandou tirar do ar. William Bonner achou a encenação "cafona", segundo o site F5. A internet se divertiu e pede bis. O reality abre com o repórter Vladimir Netto falando aparentemente com uma fonte, um deep throat do Planalto Central, na sequência, entre outros, o elenco inclui Júlio Mosquera e Delis Ortiz. Vê-se a redação trabalhando ao fundo, como meros figurantes não identificados, mais ou menos como aquelas multidões de anônimos em batalhas de filmes épicos. Diria que agora agradecem ao deus dos jornalistas por não aparecerem em primeiro plano.
É isso, velhos jornalistas sabem que reuniões de pauta também podem produzir "monstros da criatividade".
Se o vídeo "a sucursal da Globo como você nunca viu" ainda não foi retirado da internet, você pode vê-lo neste link ou em um endereço qualquer na vastidão do mundo dos algorítmos.
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| Uma das gárgulas só observa a "heresia" de Macron. Não é prudente provocá-la. Foto Instagram. |
Acervo jornalístico do Diário de Pernambuco é oficialmente patrimônio cultural material do Brasil.
Fundado a 200 anos, o Diário de Pernambuco tem sua memória agora preservada pela Lei 15.027, de 2024, de autoria da senadora Teresa Leitão (PT-PE).
por O.V. Pochê
Setoristas de representações estrangeiras estão notando movimentação estranha em Brasília para uma quinta-feira.
A fala de Bolsonaro ameaçando se refugiar em uma embaixada pode ser a razão da inquietação. Não seria surpresa se alguns diplomatas preferirem antecipar o fim de semana e fechar a lojinha.
Aparentenente Bolsonaro terá como opção apenas países mais receptivos à extrema direita e até ao fascismo assumido: El Salvador, Itália, Israel e Polônia já podem encomendar Leite Moça, iguaria preferida pelo meliante. Vão recebê-lo de braços abertos mesmo que tenham de esconder as joias.
Países da África não correm o risco, o Bozoroca não é chegado ao pedaço. Estados Unidos só depois da posse de Trump, mas lembrando que o magnata pretende se livrar de milhões de imigrantes e pode não querer mais um. Ucrânia toparia, só que o candidato a exilado é um ex-soldado medíocre e tem medo de guerra. Suíça é atualmente governada pela direita, mas tem uma imagem a zelar, não vai receber o desocupado. Além disso é fabricante de relógios caros, isso poderia ser um problema. Restam Paraguai e Argentina. Essa última está prendendo "patriotas" que já estão enchendo o saco dos hermanos cheio de problemas. Tá difícil.
Bolsonaro vai acabar se refugiando no sítio "Sonho Meu", do amigo Frederick Wassef, o advogado que hospedou o fugitivo Queiroz da Rachadinha. Fica em São Paulo, estado que faz parte da Internacional da Direita.
O plano de corte de gastos é ruim para a imensa maioria do povo brasileiro, trabalhadores e aposentados. Mas vai piorar muito quando sair do Congresso. Tanto que Milei vai perdir para assiná-la.