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| Reprodução X |
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| Reprodução X |
A CBF garante que ao fim da Champions 2023/2024, Ancelotti, o treinador do Real Madrid, faz as malas e desembarca na seleção brasileira. Parece que falta combinar com o "professor". Ele acaba de declarar que essa possibilidade não passa de rumor e que está muito bem no time espanhol. Ancelotti deve ter visto o empate do Brasil com a Venezuela e constatou que a "base" de Tite, que fracassou em duas Copas e é mantida pelo interino Fernando Diniz, está descendo ainda mais a ladeira. Talvez Ancelotti esteja apavorado com a possibilidade de ter que aturar Neymar. Ou não quer levar saco de pipoca na cabeça. De qualquer forma está cheio de razão.
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| Grazi e o falso caju. Reprodução |
A garotada abusa do soft e toma no caju. A produção da nova campanha da L'Occitane saiu colando imagens e alguém que foi barrado no Enem e nunca viu um caju no pé (achava que nasce na prateleira do supermercado) inverteu a fruta no galho. Caju nasce pela polpa, não pela castanha. As folhas usadas na montagem dos rapazes do design também não são de cajueiro. Parecem mais de parreira. O resultado, que é ridículo, viralizou na rede. E a atriz Grazi, coitada, virou alvo. O risco é a consumidora achar que o produto para pele é tão falso quanto o comercial.
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| João Américo Barros. Paraty, 3 de setembro de 2023. Foto: Arquivo Pessoal |
Esta última foto do João Américo Barros nos remete a um instante de profunda paz. Ele esteve em Paraty, no primeiro fim de semana de setembro, com a filha, Lúcia, e o genro Fernando e, de lá, enviou uma mensagem no whatsapp contando suas impressões da cidade. Barros gostava muito de História e a "capital" colonial do Ciclo do Ouro inspirou seu comentário. No domingo, dia 3, qundo voltava de Paraty enviou o que seria a derradeira mensagem. Queria saber do resultado do GP de Monza. A Fórmula 1 era outro dos seus interesses além do Flamengo que, naquele domingo, lhe deu a alegria de derrotar o Botafogo. "Em tempo: ganhamos do Bota", assim ele encerrou o papo virtual. Apenas dois dias depois foi atendido em emergência e, em seguida, levado à UTI com sintomas de uma pneumonia que resultou em infecção generalizada. Não foi embora sem luta. Aos 92 anos, resistiu por mais de um mês.
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| O faixa preta Barros foi homenageado pelos colegas do aikido. Maio de 2023. Foto: Arquivo Pessoal |
| Em um dos seus artigos, ele abordou o ataque à democracia em 8 de janeiro. |
Bem no começo dos anos 1980, o então chefe de Arte da Fatos & Fotos, Ezio Speranza, deixou a Bloch. Barros, que entrou na editora como diagramador da revista Tendência e, em seguida, tornou-se diretor de Arte da Manchete Esportiva, foi indicado para o posto. Era o nome certo. Carregava no currículo nada menos do que O Cruzeiro, a mais importante revista ilustrada do Brasil até meados do anos 1960. Após uma temporada na FF, até 1986, ele foi transferido para a principal publicação da Bloch, a Manchete. Brincávamos que se tornara tríplice coroado como chefe de Arte por ter passado pelo O Cruzeiro, Fatos&Fotos e, finalmente, Manchete, as três revistas mais conhecidas no segmento ilustrado de atualidades e variedades. Trabalhei com o Barros por mais de 15 anos. Certamente enfrentamos bons e maus momentos naquelas revistas semanais intensas e desafiadoras. Este blog, para o qual ele criou o logotipo costuma recontar memórias das redações. Vou citar dois momentos que, tenho certeza, foram marcantes nas nossas trajetórias profissionais. Um de frustração e outro de realização. Em 1984, a Fatos & Fotos agonizava em praça pública travada por pouco investimento e baixa circulação em uma época em que a Bloch priorizava a decolagem da Rede Manchete. Carlos Heitor Cony, o diretor, Barros, o diretor de Arte e eu, editor-executivo, não aguentávamos mais carregar aquele fardo. Conversávamos os três sobre o que poderíamos propor à direção da empresa.
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| João Américo Barros, José Esmeraldo e Carlos Heitor Cony. Foto: Jussara Razzé |
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| Barros no Hotel Novo Mundo em 2005: almoço comemorativo dos 20 anos do lançamento da revista Fatos: o melhor fracasso das nossas vidas. Foto: Jussara Razzé |
Ficou o gosto amargo das noites insones de fechamento, do esforço perdido. A realização só viria cerca de 20 anos depois. A Bloch não existia mais em 2005 quando um grupo remanescente da antiga equipe da Fatos organizou um almoço no Hotel Novo Mundo para marcar os 20 anos do lançamento daquela revista, se viva ainda fosse. Foi durante esse encontro que nasceu a ideia de uma coletânea com as memórias dos bastidores das redações da Bloch. Depois de três anos de trabalho, com base em um projeto gráfico idealizado por J.A.Barros, foi lançado o livro "Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou" (Desiderata). Cony chamou a coletânea de "nossa pequena vingança" - e escreveu isso na página de rosto de um exemplar que autografou para mim. A história da Fatos e da "jihad" contra a revista estava lá, exposta e revelada. Naquele dia 3 de novembro de 2008, há 15 anos, com a Livraria da Travessa, no Leblon, lotada de amigos, a frustração foi curada.
No capítulo que escreveu para a coletânea - "Quarenta e seis anos paginando os fatos e as fotos" - Barros contou sua longa e brilhante trajetória no jornalismo. Em meio às recordações, ele comentou o processo de informatização da Bloch Editores na segunda metade dos anos 1980. Designer formado no lápis, Barros assimilou com rapidez e naturalidade as novas tecnologias. Os analistas de computação mais jovens costumavam duvidar da capacidade das gerações mais rodadas dominarem hard e software. Ele desmoralizou o preconceito. Em poucas semanas tornou-se amigo de infância do Macintosh. Esse era o Barros. Vá bem, irmão.
A Revista Manchete é passado mas permanece como um repositório da memória cultural do Brasil. Duvida?Veja no link essa matéria garimpada por Nilton Muniz, colaborador do blog.
"Esta semana, o Estado publicou a mentira de que Lula teria interferido em um empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina, o que foi prontamente negado pela ministra Simone Tebet, afirmando que foi uma decisão de 19 membros, em 20, do Banco, e nenhum dinheiro era brasileiro. Mais um boimate.
Aqui está uma reprodução da página Veja, publicada em 27 de abril de 1983, com uma história incrível do mundo. A Veja só publicou "Erramos", um ano depois, em 11 de abril de 1984.
Veja no link
"Aqui jaz Fernando Sabino. Nasceu homem, morreu menino".
Epitáfio do autor de Encontro marcado, nascido em 12 de outubro de 1923, morto em 11 de outubro de 2004.
Os exemplares reproduzidos acima são raríssimos e pertencem aos meus arquivos. Barros presenteava aos seus caricaturados e fui um deles. Os desenhos eram feitos nas horas que afinal importam: as vagas.
Leia também "O teste Guilaroff de Cinefilia" sobre o dia em que o Barros surpreendeu um famoso crítico de cinema.
Amantes do cinema se reconhecem pelo apego ao detalhe. No caso, aqueles créditos de produção que, nos anos 40 e 50 rolavam sempre no começo da “fita”. Dos atores principais ao diretor, passando por cenário, fotografia, música, orquestrações, figurinos e ... cabelos. De tanto ir ao cinema, ficávamos – os mais curiosos – com aqueles nomes gravados na memória. Foi assim que nosso diagramador João Américo Barros me surpreendeu uma tarde na redação ao perguntar a um crítico da Manchete, à queima roupa, se ele conhecia Sydney Guilaroff. O crítico não era um crítico qualquer, mas um daqueles Moniz Vianna’s boys que galopavam com os cavalarianos de John Wayne no Monument Valley e davam relutantes duas ou três estrelas aos filmes em cartaz no famoso quadro de cotações do Correio da Manhã. Sem nenhum pudor ou culpa o crítico respondeu: “Sidinêi quem?” Vibrei com o Barros, Sydney Guilaroff foi um nome que, desde que o vi na tela pela primeira vez, eu carregaria na cabeça para o resto da vida, mesmo sem conhecer ainda sua incrível história. E saquei na hora também que o Barros tinha criado o teste definitivo de cinefilia. Se o cara ignorava Sydney Guilaroff, não merecia ser considerado cinéfilo, mesmo assinando todas as críticas do mundo.
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| Reprodução X |
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| Reprodução x |
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| Imagem reproduzida do X |
por Niko Bolontrin
O Inter, de Miami, atualmente em campanha pífia no campeonato norte-americano, pode emprestar Lionel Messi a um clube europeu em janeiro. Não se sabe se o contrato permite que Messi seja tratado como uma peça intinerante ou se o time pode fazer leasing do jogador mesmo contra a vontade dele. Ao aceitar jogar nos Estados Unidos Messi fez uma opção pessoal que nada tem a ver com futebol, que ele sabia não existir em nível aceitável na MSL, a liga que promove o medíocre campeonato estadunidense. O público do futebol - soccer, como eles chamam - nos Estados Unidos e formado por mexicanos, gualtemaltecos, venezuelanos, hondurenhos, brasileiros, costarriquenhos etc. No caso do Messi somam-se estadunidenses que querem ver a celebridade Messi, o "animal raro", não o futebol do qual eles não entendem xongas. Messi foi para Miami por dois motivos: dinheiro, claro, e não deve ser julgado por isso, e para proporcionar à família uma experiência no way of life local. Voltar à Europa mesmo que por empréstimo pode não ser seu sonho de consumo atual. Ele já anunciou que não renovará em2025 o contrato com o Inter de Miami e vai encerrar a carreira na Argentina. No Newell's que o revelou para o mundo.
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Talvez com exceção dos Congressos da ditadura, o atual Senado e Câmara são os piores da história do Brasil. Nem a República Velha que fraudava votos para entupir o parlamento de picaretas diplomados foi tão medíocre e intelectualmente desonesta. O Senado despeja com velocidade impressionante pacotes inomináveis nas vidas dos brasileiros. Geralmente tais medidas atendem a lobbies poderosos ou a interesses particulares dos digníssimos.
Pois após investir contra o STF o Senado levará a votação a lei que que transforma o sangue humano em mercadoria. Sabe as placas que vemos nas ruas do tipo "compro ouro"? Ou o "carro do ovo" que passa na sua rua? Pois é, será a vez do sangue estar em promoção. Surgirão lojas populares do tipo"Sangue Bom Atacadão". Claro aparecerão lojas chiques na Faria Limer, Blood Top, El Sangre Libre, Paris Rouge. Mas a coisa não será tão bucólica, digamos. O comércio de plasma envolverá grandes corporações. A expressão "dou o meu sangue" vai sumir no momento em que a hemoglobina virar commoditie.
A permissão para a venda de sangue é apenas o começo. Os senadores pensam na frente. Não demora muito será aprovada a franquia para venda de rim, fígado e coração.
É isso, amigo, o Senado vai privatizar suas tripas e seus miúdos. O problema é a rapaziada começar a sequestrar você para revender nos shoppings que os senadores vão liberar os novos objetos de valor. Claro, deputados e senadores que por acaso precisarem de transfusões e transplantes terão or órgãos pagos por verbas públicas.