quarta-feira, 11 de outubro de 2023

A anexação de Gaza pode ser o troféu de guerra de Netanyahu?

 

Reprodução X

Depois de responsabilizar o primeiro- ministro Benjamin Netanyahu pela política que expôs Israel ao ataque terrorista do Hamas, o jornal Haaretz defende a sua saída imediata do poder. Enquanto isso, Netanyahu acaba de formar um "gabinete de guerra" com participação  da oposição, que pode ser um embrião do governo de "união nacional" que ele pretende constituir para escapar da degola. 
O primeiro-ministro ainda acha que consegue
ampliar sua base além da coligação radical que o sustenta formada por partidos religiosos e de extrema direita. Para ele, tanto o choque causado na população diante das cenas sangrentas da invasão do Hamas como os bombardeios arrasadores da aviação israelense sobre Gaza podem ser explorados como trunfos políticos. Netanyahu conta com isso para neutralizar as críticas sobre as falhas dos serviços de segurança surpreendidos pela ação terrorista do Hamas. 
A tendência é que o primeiro-ministro ponha na mesa, após a invasão terrestre de Gaza pelas tropas da IDF, uma proposta ousada: a anexação da Faixa de Gaza. Esse seria o sentido de uma das suas frases após a operação terrorista do Hamas. "O que Israel fará nos próximos dias ressoará nas gerações futuras", ele disse. Como tem demonstrado nos seus pronunciamentos sua opção é capitalizar a sede de vingança da população e transformar Gaza na Dresden do século 21. A escolha dos israelenses, pelo menos daquela multidão que foi às ruas para protestar contra o seu golpe legislativo que tirou poderes da Justiça, é cancelar Netanyahu. Os israelenses mortos pelo Hamas, assim como as vítimas civis do bombardeios em Gaza, levam suas digitais. 


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