sábado, 19 de outubro de 2013
Hoje, na Gazeta do Povo: Roberto Muggiati escreve sobre os 100 anos de Vinicius de Moraes
por Roberto Muggiati (para a Gazeta do Povo)
Um de nossos maiores poetas, Carlos Drummond de Andrade, afirmou: “Eu queria ter sido Vinícius de Moraes. Foi o único de nós que teve vida de poeta, que ousou viver sob o signo da paixão.” De certo modo, todos nós desejamos um dia ser Vinícius de Moraes, pela riqueza da sua vida, variedade da sua experiência e excelência do seu canto.
Marcus Vinitius da Cruz e Mello Moraes – aos nove anos vai com a irmã Lygia a um cartório no centro do Rio e muda o nome para Vinicius de Moraes – nasceu (19/10/1913) e morreu (9/7/1980) no bairro da Gávea. O círculo que se fechou no Rio abrangeu o mundo: Europa, França e Bahia – Estados Unidos, Argentina e Uruguai. O avô paterno era latinista e poeta, a avó fazia versos. O pai, funcionário público, arranhava um violino e poetava; a mãe tocava piano. A família ainda era cheia de boêmios e seresteiros. Vinicius começou a versejar cedo, aprendeu violão e formou no colégio um conjunto com três colegas, os irmãos Tapajós. Aos 25 anos, ganhou uma bolsa para estudar língua e literatura inglesa em Oxford. Começa aí sua extensa carreira amorosa. Em Oxford, casa por procuração com Beatriz Azevedo de Melo, que ficaria conhecida como Tati de Moraes. Em 1939 estoura a Segunda Guerra e ele volta ao Brasil, onde nascem os primeiros filhos: Susana (1940) e Pedro (1942). Poema enjoadinho: “Filhos... Filhos?/Melhor não tê-los!/Mas se não os temos/Como sabê-lo?” Para Tati compõe em 1941 o “Soneto de Fidelidade”: “Eu possa me dizer do amor (que tive):/Que não seja imortal, posto que é chama/Mas que seja infinito enquanto dure.” O casamento com Tati não é eterno, mas dura quase uma eternidade, para os padrões do poeta: 11 anos.
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sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Cony melhora: notícia no Tweet de Rádio BandNews FM (@radiobandnewsfm)
Rádio BandNews FM (@radiobandnewsfm) tweetou às 5:41 PM on sex, out 18, 2013:
Rio: o jornalista e escritor Carlos Heitor Cony tem melhora no quadro neurológico e alta programada para o início da próxima semana.
(https://twitter.com/radiobandnewsfm/status/391303002348204032)
Baixe o aplicativo oficial do Twitter em https://twitter.com/download
Rio: o jornalista e escritor Carlos Heitor Cony tem melhora no quadro neurológico e alta programada para o início da próxima semana.
(https://twitter.com/radiobandnewsfm/status/391303002348204032)
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Censura a biografias: celebridades podem acabar com o gênero literário
Celebridades gostam tanto de área vip que querem um espaço privilegiado na cultura. Fala-se na campanha que as "estrelas" fazem para censurar biografias mas artigos do projeto, que é altamente genérico e cheio de brechas, podem inviabilizar igualmente documentários, programas jornalísticos, filmes e até espetáculos teatrais. O que está em curso e aparentemente só interessa a um grupo de celebridades - e a certos e conhecidos políticos (que até já declararam apoio, são aqueles que têm suores noturnos e tremores matinais só em pensar que suas histórias possam vir a público) é o maior cerco à liberdade de expressão desde os tempos da ditadura e do AI-5. Aliás, o que esperam as escolas de comunicação, os sindicatos dos jornalistas, os alunos e professores dos cursos de História para protestar contra essa ameaça, tal qual os escritores que já se manifestaram em contundente documento público? Vem pra rua, galera!
Leia no Portal Imprensa a opinião do escritor e biográfo Lira Neto.
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Gol contra o Brasil
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| Foto: Reprodução Veja on line |
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Cada dia uma saudade maior na velhice. Até virarmos saudade também saudade
por Eli Halfoun
A chegada da velhice é controversa:
ao mesmo tempo em que representa uma medalha por ter vivido até os 70, 80 ou
mais anos e de significar acúmulo de experiência e de trabalho (trabalho que
pode continuar sendo feito, mas que é desprezado como se o ficar velho tornasse
a pessoa inútil). O outro lado da cueca é ter que enfrentar problemas de saúde,
limitações físicas, incompreensão e acima de tudo uma dolorida saudade que
aflora mais forte cada vez que recebemos a notícia de que um velho amigo se foi,
o que nos machuca mesmo sabendo que a despedida será inevitável. O idoso
precisa recomeçar a vida aprendendo entre muitas outras coisas a lidar com na
perda das mortes. Todo dia é um que se vai fazendo diminuir a lista de velhos
amigos, aumentando a saudade e nos deixando cada vez mais perto da morte: o falecimento
de um velho companheiro parece ser o cruel aviso de que nossa vez está chegando.
Isso nos deixa mais doentes e com menos pressa como se fazer tudo na base do devagar,
devagarzinho seja uma forma de retardar o fim. Essa história do “devagar e
sempre” não funciona com a maioria dos idosos porque eles sabem que fisicamente
devagar já estão, mas o sempre não existe. O sempre do velho é o momento, é o
presente. O futuro existe também para o idoso, mas é para o velho uma espécie
de futuro com data de validade.
Por mais que o velho procure não
pensar na morte esse é um pensamento constante e inevitável e reforçado com a partida quase diária de um companheiro que fez parte de nossa juventude. Mesmo sabendo que está na lista de espera o
novo velho precisa aprender a lidar com a certeza e até com a tranqüilidade da
morte para sofrer menos, muito menos, com o “já era” quase diário de um velho companheiro.
É como se estivessem tirando de cada um de nós mais um pedaço de vida. A
recente morte do velho companheiro Sergio Ross não foi e nem será a única a nos
fazer riscar mais um nome da listas de antigos amigos. Cada e vez que riscamos
um nome o nosso fica mais perto do topo da listas. No começo da lista, mas
paradoxalmente mais perto do fim. Velhos e unidos companheiros da Bloch
Editores sofreram rapidamente as perdas de dois ótimos Sergios (o Renato Sergio
e o Sergio Ross) que além da saudade nos deixaram a intensa vida que construímos
juntos profissionalmente. A vida de cada
velho que se vai cansado e muitas vezes sofrido e magoado com o presente, não é
exatamente a morte. É alerta para perceber e reaprender que a vida continua
intensa nas recordações que os amigos nos deixam. Sejam boas ou ruins. Ruim
mesmo é não ter do que lembrar. (Eli Halfoun)
Do baú do Alberto: não se fazem mais cinemas como antigamente...
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| Acervo Alberto Carvalho |
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| Acervo Alberto Carvalho |
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| Acervo Alberto Carvalho |
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| Acervo Alberto Carvalho |
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| Acervo Alberto Carvalho |
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| Acervo Alberto Carvalho |
Dez, entre dez críticos de cinema, apontam o "Cidadão Kane", de Orson Welles, como um dos 10 melhores filme do século 20. Entre eles estão "Casablanca", "...E o Vento Levou", "Os Brutos Também Amam", "Ben-Hur" e outros com menos unanimidades. Esses filmes levaram milhares de expectadores às salas de projeção dos 1.500 cinemas espalhados pelo município do Rio de Janeiro. O cinema - dizia a propaganda - era "a melhor diversão". Hoje, não passam de 50, escondidos dentro de shoppings e galerias comerciais. O surgimento da televisão contribuiu muito para o desaparecimento de cinemas que deveriam estar tombados pelo Patrimônio Cultural da Cidade. Para citar dois exemplos, entre muitos, o cine Azteca, na rua do Catete, e o Palácio, na rua do Passeio, eram verdadeiras obra prima da arquitetura e decoração. O Azteca chamava à atenção pelas suas colunas e esculturas pré-colombianas disposta em sua entrada. O Palácio lembrava o Palácio de Versailles, de Paris, com seus riquíssimos lustres de cristais, tapetes de veludo vermelho e obras de arte espalhadas pelas paredes dos corredores internos. Os funcionários que recebiam os bilhetes usavam uniforme que se assemelhavam aos soldados da guarda de honra do Palácio de Buckingham, de Londres. O Palácio também foi o primeiro cinema a inaugurar a tela panorâmica - Cinemascope - no filme "O Manto Sagrado", com Richard Burton e o último a desaparecer entre os 15 cinemas que existiam naquele pequeno pedaço do centro da cidade que se chamava Cinelândia. Hoje, só resta o Odeon.
Cada cinema tinha a sua característica própria: o Plaza, na rua do Passeio, foi o primeiro a realizar sessões à partir das 10 horas da manhã e o primeiro a usar ar-condicionado; o Olinda, na Praça Saens Peña , na Tijuca, era o maior cinema da América do Sul. com capacidade para 1.800 pessoas; o Ideal. na rua da Carioca, no centro, era uma espécie de cinema conversível. Seu teto se abria nas noites de verão dando a impressão de um drive-in; os da cadeia da Metro Goldwyn Mayer, principalmente o Metro Passeio, na Cinelândia, exigia o traje esporte-fino (paletó e gravata) e só permitia a entrada de pessoas acompanhadas. E todos tinham o seu lanterninha que conduzia o expectador à sua poltrona e o baleiro que vendia doces, balas, e chicletes durante a projeção dos filmes.
O mais interessante, ficava por conta dos programas que eram distribuídos na entrada. Eles continham a ficha técnica do filme que estava sendo exibido, sinopse dos filmes programados para as semanas seguintes e notícias dos bastidores de Hollywood. Continham também comerciais de produtos de consumo e de lojas comerciais. Quem não lembra do sabonete Lifebuoy, Brylcreem para os cabelos, a loja Ducal e O Rei da Voz? E a casa Huddersfield - "difícil de pronunciar, mas fácil de achar"? - dizia o seu slogan.
Muitos desses programas fazem parte das minha coleção, que guardo desde os anos 50. Nesta viagem nostálgica, reproduzo, aqui, alguns exemplares do tempo em que cinema de rua era programa de domingo e de todos os dias..
Comissão de Direitos Humanos não respeita as minorias
por Eli Halfoun
Pela lógica, a Comissão de Direitos
Humanos e Minorias da Câmara Deputados deveria defender e brigar pelas... minorias. Não é exatamente o que acontece por lá quando se aprova projeto de
lei discriminatório permitindo a organizações religiosas expulsar de seus
templos pessoas que “violem seus valores, doutrinas, crenças e liturgias”. É isso o que o deputado e pastor Marcos Feliciano, presidente da Comissão, quer na verdadeira e absurda batalha que vem travando contra os gays. A
preconceituosa discriminação se confirma nas palavras do autor do projeto,
deputado Washington Reis, que diz: “deve-se a devida atenção ao fato da prática
homossexual ser descrita em muitas doutrinas religiosas como uma conduta em desacordo
com suas crenças”. Quer dizer que a conduta certa é a de combater e punir
absurdamente quem opta por sua vontade e verdade sexual.
Só a igreja evangélica confunde a prática
sexual com o direito de rezar para o mesmo Senhor - até porque Deus é de todos
e é o mesmo para todos.
O projeto aprovado pela Comissão que
deveria estar ao lado das minorias contraria inclusive o pensamento do Papa Francisco
que em entrevista para a revista jesuíta “La Civitá ” disse: “A religião tem o direito de
exprimir sua opinião própria a serviço das pessoas, mas Deus na criação nos fez
livres: a ingerência espiritual na vida das pessoas não é possível”. O Papa
deixou claro que “essa igreja (isso cabe para todas as religiões) com a qual devemos
conviver é a casa de todos e não a pequena capela que pode conter somente um
grupinho de pessoas selecionadas”. Para o Papa “os gays não devem ser
descriminados por causa disso, mas devem ser interligados na sociedade”. O Deus
do Papa Francisco é o de todos nós, mas certamente não é o mesmo dos deputados
Marco Feliciano e Washington Reis que com decisões absurdas querem transformar
a religião do céu em um inferno que ainda por cima desobriga igrejas a celebrar
casamentos em “desacordo com suas crenças”. Se dependerem apenas de políticos
como os que aprovaram o projeto as minorias estão perdidas. Perdidas e sem direitos
humanos respeitados. (Eli
Halfoun)
É hora de todos os pais assumirem a responsabilidade e o amor da paternidade
por Eli Halfoun
A cidadania começa a ser exercida
desde o momento em que nascemos se, é claro, tivermos uma certidão de nascimento, de preferência com os nomes da mãe e do pai. É essa certidão que nos fará ser, nos
acompanhará pela vida e será de fundamental valor mesmo quando estiver amarelada
e transformada em um papel amassado. Ainda assim será a prova de que existimos.
Sem certidão de nascimento não somos ninguém e nem existimos legalmente. O Brasil
tem hoje 5,5 milhões de certidões sem o nome do pai (no Rio são 666.676 e em São Paulo também cerca
de 700 mil) e ainda milhares de meninos e meninas que nem certidão (o registro
é gratuito e, portanto, não há desculpa) têm, ou seja, nasceram de uma suposta
relação de amor, mas simplesmente não existem porque os pais não os fizeram
existir. É difícil entender o que passa pelo sentimento e pela cabeça de pais
que não se importam com os filhos e nem querem assumir a paternidade que é mais
um ato de amor e de responsabilidade diante da vida e do mundo.
A covardia está acabando: a Comissão
de Constituição e Justiça do Senado aprovou projeto de lei dando para as mulheres
o direito de registrar seus filhos no cartório sem a presença do pai. O mais justo
com o recém-nascido é que ele passará a ter obrigatoriamente o fundamental nome
dos pais em sua certidão, em sua existência. As mulheres já podem fazer constar
da certidão o nome do pai que só conseguirá escapar de sua responsabilidade se
provar judicialmente e através de exame de DNA que não é o pai da criança.
O projeto não quer beneficiar mães e
nem prejudicar pais: quer apenas dar às crianças o direito de não precisar
enfrentar a vida com a vergonha e o desgosto de não de ter como a maioria das
crianças o nome do pai em seu registro de existência. Um pai irresponsável que
abandona e não reconhece o filho não permite que a criança tenha cidadania dede
o momento em que passa a ser e existir. Pais que não reconhecem filhos também não
reconhecem nenhum tipo de amor simplesmente porque não enxergam e sentem o
maior de todos (o único definitivo) que é o amor pelos filhos. Fazer filhos
é um prazer e um prazer que deve perdurar por toda a vida. Inclusive fora da
cama. Inclusive fora da cama. (Eli Halfoun)
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Sergio Ross: momentos de um amigo inesquecível
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| Ney Bianchi, Alberto e Sergio Ross em Bento Gonçalves. Abaixo, Alberto discursa no CTG. Foto: Arquivo Pessoal Alberto Carvalho |
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| Osmar Gonçalves, Sergio Ross, Ney Bianchi e Alberto nas redação da Manchete. Foto: Arquivo Pessoal de Alberto Carvalho |
por Alberto Carvalho
Sérgio Ross, o Serginho, como era tratado pelos amigos mais íntimos, se foi. Se foi mas ficou no coração da gente pra nunca mais sair. Falar bem do Serginho é fácil. Difícil é encontrar alguma coisa que desabonasse sua conduta, seu caráter e a fidelidade aos amigos. Começou como repórter da Bloch na Sucursal de Porto Alegre e depois diretor no Rio de Janeiro. e em Brasília. Competente em ambas as funções e sempre fiel aos amigos. O humor era constante nas brincadeiras que aprontava com o pessoal (veja o cartão que ele deu para o José Carlos, no post abaixo). Serginho era assim... Sempre alegre e brincalhão.
Durante a viagem do ex-Presidente Geisel à Europa - amigo do seu pai - ele e o Murilo Melo Filho fizeram parte da comitiva cobrindo o evento para a revista Manchete. Na volta ao Brasil, Serginho me pediu para selecionar as melhores fotos dessa viagem, que o presidente gostaria de vê-las. De posse dessas fotos, eu e o Murilo M. Filho partimos para a Granja do Torto, em Brasília, a fim de projeta-las para a família Geisel, em companhia do Sérgio.
O carinho que a D. Lucy, esposa do Presidente, dispensou ao nosso querido amigo, me comoveu. Um carinho de mãe para filho. Os dois ficaram um tempão trocando figurinhas sobre a vida que as famílias levavam em Bento Gonçalves. Dizia D. Lucy que durante a viagem não tivera oportunidade para conversarem. Presentes à projeção estavam Geisel, Delfim Neto e outros ministros.
Certo dia, eu e o saudoso Ney Bianchi, a convite do Sérgio, fomos conhecer a cidade natal desse gaúcho brincalhão. Seu irmão Roberto, nos esperou no aeroporto de Porto Alegre e de lá nos levou para Bento Gonçalves à bordo de um teco-teco, pilotado pelo próprio Roberto. No caminho, a 1.500m. de altura, entre vales e montanhas, Roberto passou o comando do avião ao Sérgio que revelou nunca ter pilotado um avião. Pegou no manche e o avião começou a fazer manobras perigosas incentivadas pelo irmão. Eu e o Ney Bianchi ficamos nos borrando de medo. Para nossa tranquilidade, o irmão voltou ao comando e pousamos são e salvos no Aero Clube da cidade. Os pais do Sérgio nos receberam com aquela característica que é própria aos gaúchos. Nos ofereceram um almoço digno das festas italiana de São Genaro, famosas pela sua fartura.
No dia seguinte fomos conhecer o CTG (Centro de Tradição Gaúcha) de Bento Gonçalves. Participamos de um monumental churrasco, seguido de apresentação de danças folclóricas. Para minha surpresa, o Sérgio me apresentou ao diretor do Centro como uma personalidade importante do Rio de Janeiro. Ney Bianchi, outro gozador, me indicou para fazer um discurso de agradecimento. Fiquei sem graça e não pude recusar. Tomei a palavra e os dois, entre um chimarrão e outro, ficaram me gozando o tempo todo.
Serginho era assim...
Sergio Ross, saudades...
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| Com Brizola, em Porto Alegre, 1961, nos tempos da resistência, . Foto: Reprodução Diário do Poder |
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| Décadas depois, os dois gaúchos, velhos amigos, se reencontram. Foto; Reprodução Internet |
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| Humor: o cartão que Serginho deixou com José Carlos |
O nosso caro amigo Sergio Vargas Ross despediu-se. Nos últimos meses, esteve internado, teve alta, mas sofreu complicações. Deixa saudades. José Carlos Jesus, que teve contato mais recente com o Serginho, conta que, no ano passado, quando, sempre solícito, ele esteve no Rio trazendo procurações de colegas da Bloch que moravam em Brasília e não podiam se deslocar para receber a correção monetária das indenizações trabalhistas, não deixou de mostrar o seu eterno bom humor. "Ele sempre foi brincalhão", recorda José Carlos. "Ao se despedir, depois de resolvida a burocracia no Banco do Brasil, ele disse: 'Precisando de alguma coisa em Brasília me procure". E puxou da carteira um cartão de visitas azul com os seguintes dizeres: 'Serginho Ross - Idoso de Programa - Acompanhante de Senhoras da Terceira Idade - Bento Gonçalves - RGSUL'. Rimos muito. Já sinto saudades dele". Por ironia do destino, acrescenta José Carlos, há apenas dois dias, "consegui depositar na conta dele o valor correspondente à segunda parcela da correção monetária".
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| Em Brasília, com Maurício Cabral |
No jogo Grêmio x Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro, disputado ontem, foi observado um minuto de silêncio em homenagem a Sergio Ross. O seu Grêmio, clube pelo qual ele chegou a jogar como ponta-esquerda, ganhou a partida por 1x0. Com certeza, Serginho partiu feliz.
SITE DIÁRIO DO PODER REGISTRA FALECIMENTO DE SERGIO ROSS
"Faleceu em Brasília, nesta quarta-feira, o jornalista Sergio Vargas Ros, às vésperas de completar 80 anos de idade. Seu corpo será velado a partir das 10h desta quinta-feira, na capela nº 5 do Cemitério Campo da Esperança. Após o velório, que se encerrará às 12h30, o corpo será levado para cremação, em atendimento a uma decisão do próprio Ross. O jornalista Carlos Chagas, que dividiu com Ross seu escritório em Brasília, resumiu a trajetória do amigo, uma das pessoas mais queridas de Brasília: “Gaúcho de Bento Gonçalves, formou-se em jornalismo nos anos 1950, tornando-se fundador do jornal Última Hora, com Samuel Wainer, passando depois para a revista Manchete, como correspondente na capital gaúcha.
SITE DIÁRIO DO PODER REGISTRA FALECIMENTO DE SERGIO ROSS
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| Com a colega jornalista Marlene Galeazzi, em Brasília. Foto: Reprodução Diário do Poder |
Sérgio Ros, o “Serginho”, jogou no Grêmio, como ponta esquerda. Participou da resistência de Leonel Brizola na luta pela posse do presidente João Goulart, em 1961. Convidado por Adolfo Bloch para trabalhar no Rio de Janeiro, foi assistente da direção e depois diretor da Manchete. Participou da cobertura de diversos eventos internacionais, como a Guerra dos Seis Dias, destacado para Jerusalém. Convidado para chefe da sucursal da revista em Brasília, no final dos anos sessenta, aqui permaneceu para implantar a nova sede da empresa, quando tornou-se amigo dos presidentes Ernesto Geisel e João Figueiredo.
Principal assessor do ex-ministro dos Transportes Cloraldino Severo, transferiu-se depois para a Câmara dos Deputados, na representação da Arena. De novo chamado para a direção da Manchete, já nos tempos da TV, ficou em Brasília até a dissolução da empresa.”
Permaneceu como sócio de Carlos Chagas numa empresa de prestação de serviços jornalísticos. Sergio Ros era viúvo de Iara Ross e deixa duas filhas e quatro netos.
Leia no Diário do Poder, clique AQUI
Principal assessor do ex-ministro dos Transportes Cloraldino Severo, transferiu-se depois para a Câmara dos Deputados, na representação da Arena. De novo chamado para a direção da Manchete, já nos tempos da TV, ficou em Brasília até a dissolução da empresa.”
Permaneceu como sócio de Carlos Chagas numa empresa de prestação de serviços jornalísticos. Sergio Ros era viúvo de Iara Ross e deixa duas filhas e quatro netos.
Leia no Diário do Poder, clique AQUI
HOMENAGEM A UM GRANDE AMIGO
por José Carlos Jesus
O Panis cumpre brilhantemente o seu papel: noticiar, opinar, divertir, emocionar e também chorar, por que não?!
Hoje, ainda emocionados com a perda do nosso colega Sergio Ross, podemos, através do Panis, nos despedir
com uma singela homenagem.
Sergio, as nossas palmas pra você!
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Já deu: chega de falar dos mesmos assuntos. É preciso resolver
por Eli Halfoun
Já deu: ninguém mais aguenta a
violência dos vândalos mascarados que a cada manifestação pacífica transformam o
Rio e São Paulo principalmente em praças de guerra. Está cada vez mais difícil
viver em cidades nas quais o comércio precisa utilizar proteções de aço para não
ter o patrimônio absurdamente depredado. Fica difícil viver em cidades na quais
é fundamental pensar muito antes de ir até o centro para um compromisso, mesmo
que esse seja um compromisso urgente; fica difícil sair de casa até para trabalhar:
hoje qualquer empregado tem hora para entrar, mas não tem mais hora para sair e
muito menos para chegar em casa já que o livre acesso está bloqueado por quem
nada tem para fazer e certamente não gosta de ficar ao lado da mulher e dos
filhos.
Fica difícil (isso é o pior) até
pensar em fazer manifestações (antes eram só passeatas) se temos certeza de que
a justa manifestação de qualquer classe trabalhadora será transformada em baderna
e em uma descabida e doentia violência; fica cada vez mais difícil (quase
impossível) viver (ou tentar viver), por exemplo, no Rio de Janeiro que já foi
o sonho de todos e hoje é e cada vez mais um pesadelo. Não é à-toa que tem cada
vez mais gente pensando em mudar-se para o interior em busca de paz. Uma paz
que pelo visto o Rio e São Paulo principalmente estão longe, muito longe de
encontrar.
Já deu: falou-se até demais em biografias
e ainda assim esse continua sendo um assunto complicado. Concordo que os
artistas (celebridades de uma forma geral) têm direito à privacidade, mas não
dá para simplesmente concordar com censura e muito menos com o cerceamento da
liberdade de expressão, ou seja, com o direito de um profissional do ramo (quem
não é não deve nem arriscar) escrever uma biografia. Artistas argumentam que merecem
ter a privacidade respeitada, mas não me parece que essa seja realmente a questão
principal, justamente porque quando um jornalista ou um escritor se propõe a
escrever uma biografia quer em primeiro lugar homenagear o biografado, o que,
aliás, também acontece quando se faz uma caricatura ou uma imitação. Concordo e
defendo a não invasão de privacidade e nesse caso me parece que é dever do
biógrafo selecionar com respeito o que deve ou não escrever. Conheço muitos
biógrafos e sei que nenhum deles jamais pensou em manchar a biografia de seu biografado.
Então a solução é que antes de escrever uma biografia biógrafo e biografado conversem
longamente acertando todos os pontos. Biógrafos em sua maioria não querem
escândalos. Querem escrever histórias a história e homenagear os ídolos -
geralmente ídolos de todos nós. Conversar é sempre a mais inteligente das
decisões. Será que a inteligência de biógrafos e prováveis biografados está em
crise? (Eli Halfoun)
Um sonho fácil de realizar para dar mais saúde à população
por Eli Halfoun
Todo dia você abre os jornais e tem
uma novidade (para nos ferrar ainda) dos Planos de Saúde que, aliás, mandam mais,
muito mais, do que o Ministério da Saúde que também parece estar nas mãos das operadoras
(a maioria nada confiáveis) de planos. O pior é que o usuário é obrigado a
submeter-se às imposições dos Planos para não perder o direito de consultar-se
e fazer exames laboratoriais e de imagem. Os Planos de Saúde continuarão fazendo
o que bem entenderem enquanto a saúde pública desse país for o descaso e a
vergonha que é. Até sei que os hospitais públicos tentam atender a população,
mas quem pode esperar dois anos pra fazer uma cirurgia ou um exame radiológico?
Quem não tem plano de saúde precisa mesmo é contar com a sorte e que tem
também precisa de sorte para não cair nas mãos de um profissional incompetente
muito mais interessado em fazer consultas rápidas para ganhar em um volume
maior do pouco que recebe dos planos por uma consulta do que em realmente em
praticar medicina. A impressão é que a saúde no Brasil jamais terá uma solução,
mas como sou um otimista ainda espero que o governo transforme os planos de
saúde em utilidade pública, fazendo-os chegar até nas mãos de quem não pode pagar
o preço extorsivo das mensalidades. O governo diz aplicar muito dinheiro na
saúde e se é assim talvez fosse mais prático, útil e fácil bancar planos para
toda a população investindo nos planos como se eles fossem um INSS melhorado a
suposta verba que dizem investir na saúde. É claro que seriam necessária muita
vigilância e regras duras para fazer com que os profissionais de saúde
atendessem a todos os pacientes indiscriminadamente. Ms esse é, eu sei, um sonho
e como os sonhos às ve4ze4s se realizam não perco a esperança. Embora perca a
saúde. (Eli Halfoun)
Muitos ingredientes e pouco gosto ameaçam a salada do final de “Amor à Vida”
por Eli Halfoun
A novela “Amor à Vida” se encaminha
para o final (muita coisa ainda vai rolar), mas mantém uma elevada e merecida
audiência: é uma novela movimentada, repleta de tramas que embora previsíveis
na maioria ainda conquistam os telespectadores. Tem algumas coisas que precisam
ser explicadas. Exemplo: não se soube mais do criminoso DNA falsificado de
Paloma e Paulinha. Bastou ela dizer que a filha é dela para todos passarem a
acreditar, embora ela sempre tenha tido certeza e reafirmado a maternidade.
Estranho também que depois de que mesmo sem provas concretas todos aceitaram a
sempre muito contestada palavra de Paloma os avós César e Pilar deixaram a
netas de lado. Dá a impressão que eles
preferiam a dúvida e não a verdade. Até entendo que o bom autor Walcyr Carrasco
esteja deixando para o final a solução de todas as interrogações, mas corre o
risco de acumular muitas coisas e acabar fazendo do final de “Amor à Vida” uma
salada mista com muitos ingredientes, mas sem nenhum gosto. (Eli
Halfoun)
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Urgente - Massa Falida da Bloch Editores - Pagamento de parte da Correção Monetária referente a Direitos Trabalhistas garantidos por Lei e viabilizados pelo Juízo da Quinta Vara Empresarial da Capital, Ministério Público e Síndica da Massa Falida. A partir de 16 de outubro
Com a volta ao trabalho dos funcionários do Banco do Brasil (Banco Oficial), serão retomados os pagamentos para os ex-empregados que tem o nome começado pelas letras de S a Z, fechando o total dos Mandados dos pagamentos nesta fase.
Solicitamos aos colegas que deixem para ir ao Banco do Brasil a partir da próxima quarta-feira, 16. De preferência, nas agências do Centro do Rio. É indispensável levar CPF e Carteira de Identidade.
Próxima assembléia dia 25 próximo, no auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.
Boa sorte pra todos, abraços,
José Carlos Jesus
Comissão dos Ex-Empregados da Bloch Editores.
domingo, 13 de outubro de 2013
Fogueira das vaidades: a personalidade das estrelas segundo Orson Welles
por Alberto Carvalho
A revista IstoÉ publicou trechos do livro "Meus
Almoços com Orson", de autoria de um cineasta desconhecido chamado Henry
Jaglom. Foram 4O fitas transcritas e publicadas nesse livro, recentemente
lançado nos EUA. O diretor de "Cidadão Kane" botou a boca no trombone fazendo fofocas dos maiores mitos da época de ouro de Hollywood.
Welles tinha mesa cativa no restaurante Ma Maison, em Beverly Hills, e almoçava
sempre em companhia de seu amigo e confidente Henry, que guardou
durante 30 anos, numa caixa de sapatos, essas fitas que estão deixando de queixo
caído os fãs desses ídolos que até hoje são veenerados. Segue alguns trechos do livro:
"Ingrid Bergman não atuava propriamente. Apenas fazia caras e bocas para as câmeras. Charles Chaplin mostrava-se tolo e mesquinho quando o assunto era a defesa de seus interesses. E mesmo as pessoas que o adoravam e eram mais próximas a ele, diziam que Chaplin nunca permitia que os atores se destacassem em cenas ao seu lado. Alfred Hitchcock era egocêntrico, preguiçoso e senil. Seus filmes eram iluminados como shows de tv e dormia quando a gente conversava com ele. Woody Allen é pavoroso, neurótico. Seus filmes mostram um homem que se exibe no seu pior para provocar risos e assim se ver livre de sua neurose. Humphrey Bogart nunca passou da condição de intérprete de segunda categoria. Laurence Olivier, mesmo um shakespeariano, era vaidoso ao nível da estupidez e profundo apaixonado por si próprio." Marilyn Monroe, no início de carreira, quando minha namorada, quis alavancar a sua carreira, mas ninguém olhava pra ela. Eu a apresentei para o produtor Darryl Zanuck e ele me respondeu: apenas mais uma figurante. Tenho centenas delas".
E vai por aí à fora. Vamos aguardar o livro chegar por aqui. (Alberto Carvalho)
"Ingrid Bergman não atuava propriamente. Apenas fazia caras e bocas para as câmeras. Charles Chaplin mostrava-se tolo e mesquinho quando o assunto era a defesa de seus interesses. E mesmo as pessoas que o adoravam e eram mais próximas a ele, diziam que Chaplin nunca permitia que os atores se destacassem em cenas ao seu lado. Alfred Hitchcock era egocêntrico, preguiçoso e senil. Seus filmes eram iluminados como shows de tv e dormia quando a gente conversava com ele. Woody Allen é pavoroso, neurótico. Seus filmes mostram um homem que se exibe no seu pior para provocar risos e assim se ver livre de sua neurose. Humphrey Bogart nunca passou da condição de intérprete de segunda categoria. Laurence Olivier, mesmo um shakespeariano, era vaidoso ao nível da estupidez e profundo apaixonado por si próprio." Marilyn Monroe, no início de carreira, quando minha namorada, quis alavancar a sua carreira, mas ninguém olhava pra ela. Eu a apresentei para o produtor Darryl Zanuck e ele me respondeu: apenas mais uma figurante. Tenho centenas delas".
E vai por aí à fora. Vamos aguardar o livro chegar por aqui. (Alberto Carvalho)
Chega de abrir espaço para artistas que não respeitam a liberdade de expressão
por Eli Halfoun
Uma historinha real que me parece
perfeita para ilustrar a discussão em torno da imposição dos artistas de uma ditadura
às biografias não autorizadas. Há anos quando dirigia a revista Amiga, pedi que
entrevistassem um ator (o nome já não importa até porque ele sumiu de circulação)
e ele se recusou a falar com o repórter, tratando-o inclusive com arrogância. Tudo
bem: ninguém é obrigado a falar. Dias depois o ator me procurou sorridente e
simpático na redação pedindo para ser entrevistado porque estava estreando uma
peça e precisava de divulgação. Recusei disse: “no dia que queríamos ouvir você
não teve interesse em falar.
Agora não temos interesse de ouvir”. Lembro desse episódio porque
diante de tanta e desnecessária discussão em torno de biografias acredito que
isso só está acontecendo por total e absoluta culpa da imprensa, que sempre se
rendeu aos artistas. Foi a imprensa que deu voz aos artistas sempre que eles
precisaram aparecer, foi e é a imprensa que cria e endeusa ídolos - os mesmos
ídolos que agora se colocam em um m pedestal exigindo falar somente o que e
quando querem. Talvez a solução para colocar ponto final nessa ridícula
exigência e discussão seja a imprensa não mais abrir espaço para os ídolos que
ela mesma criou e que agora se voltam contra a fundamental liberdade de expressão.
A imprensa não precisa desses ídolos, a literatura também não. Eles sim é que,
por mais sucesso que façam graças ao talento e sem dúvida a imprensa sempre precisarão
do precioso espaço de jornais e revistas para venderem seus produtos. Quando
precisam colocar suas mercadorias no balcão os artistas nem pensam em cercear a
liberdade de expressão, principalmente se for a deles. Artistas que não quer
falar e nem ser falados devem ser definitivamente esquecidos pela imprensa. Muitas
vezes é no silêncio que estão0 as melhores palavras. (Eli Halfoun)
Todos os dias são especiais e não precisam de festas. Nem de presentes
por Eli Halfoun
Hoje é dia de que? É dia de viver
procurando fazer de cada dia um dia melhor e comum, como devem ser todos os
dias, inclusive os chamados dias especiais nos quais a pretexto de movimentar o
comércio, estabelecemos que o dia tal é o dos pais, mais adiante será o das mães,
o das crianças Fica difícil entender essa classificação de dias como se o dia mais
importante não fosse sempre o comum dia de hoje. Esses dias ditos especiais não
acrescentam absolutamente nada a ninguém e, pelo contrário, até criam
problemas: como você se sentiu ontem ao ver meninos jogados nas ruas, sem presente
e sem destino – o destino alegre, feliz e saudável que todas as crianças merecem
e deveriam ter. Tudo bem que no embalo da propaganda e de forçar a barra todo
mundo entra na mentira do dia festivo. Ontem (Dia da Criança) não deve ter diferente:
quem pôde encheu os netos, filhos, sobrinhos de brinquedos (crianças não gosta
de outros presentes), mas certamente esqueceu de ensinar aos meninos de casa
que o dia mais importante é agora. É nos dias considerados comuns, ou seja, não
obrigatoriamente festivo que está a possibilidade de melhorar as coisas e fazer
dias felizes. Todos os dias. (Eli Halfoun)
Heloisa Helena exagera nas comparações ao falar de Marina Silva no PSB
por Eli Halfoun
A ex-senadora Heloisa Helena, hoje
vereadora em Maceió pelo PSOL não deixou de falar e até exagerou sobre a reação
do eleitor a filiação de Marina Silva no PSB. Em seu Twitter , Heloisa escreveu:
“Muitos poderão atacá-la. Afinal, nem Jesus, Buda, Maomé, Gandhi ou qualquer
outro dos chamados iluminados da história da humanidade foi capaz de agradar a
todos ao mesmo tempo”. Também não precisava desagradar tanto. (Eli
Halfoun)
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