por Eli Halfoun
Nem sempre as vaias significam má qualidade da obra. É o que está acontecendo com o filme “Lula, o filho do Brasil” que por motivos políticos tem sido vaiado na exibição do trailler em várias sessões, o que certamente também acontecerá quando for exibido em circuito comercial. Apesar das vaias o produtor Luiz Carlos Barreto acha que o filme tem condições artísticas de ganhar prêmios internacionais e pode inscrevê-lo várias possibilidades, entre as quais o Oscar 2011 e o Festival de Cannes 2010, onde concoreria ao cobiçado prêmio Palma de Ouro que até hoje o Brasil só levou com “O Pagador de Promessas”. Barretão, que sabe das coisas, acredita que a inegável popularidade internacional do presidente Lula pode ajudar. Ou atrapalhar, acrescento eu....
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Nova Lei Rouanet
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, levou ao presidente da Câmara, Michel Temer, o projeto da nova Lei Rouanet. A proposta acaba com a isenção de 100% para empresas que financiam projetos culturais e propõe três faixas: 40%, 60% e 80%. Espera-se que a nova lei acabe com a concentração de projetos nos grandes centros. Uma das críticas à antiga lei era a de que abria brechas para que as empresas aplicassem o dinheiro obtido com a renúncia fiscal em projetos de marketing comercial com o objetivo de promover seus produtos ou marcas.
Band diz adeus ao dinheiro da sacolinha
por Eli Halfoun
A Rede Bandeirantes pode enfrentar logo no início do ano um grande problema de caixa se o reverendo R. R. Soares confirmar sua saída da emissora, onde paga R$5 milhões mensais para ocupar o chamado horário nobre. A saída do reverendo teria sido provocada pela própria Bandeirantes, que não quer mais ocupar seu melhor horário com programas religiosos e falsas promessas, o que significa também que não usará o horário com programas políticos, mas apenas com filmes ou shows de variedades. R. R. Soares deve aplicar o os mesmos R$5 milhões mensais comprando novos horários da Rede TV, mas não por muito tempo: planeja inaugurar até o final de 2010 sua própria emissora em UHF. Religião não é só uma questão de fé. É também um grande negócio.
A Rede Bandeirantes pode enfrentar logo no início do ano um grande problema de caixa se o reverendo R. R. Soares confirmar sua saída da emissora, onde paga R$5 milhões mensais para ocupar o chamado horário nobre. A saída do reverendo teria sido provocada pela própria Bandeirantes, que não quer mais ocupar seu melhor horário com programas religiosos e falsas promessas, o que significa também que não usará o horário com programas políticos, mas apenas com filmes ou shows de variedades. R. R. Soares deve aplicar o os mesmos R$5 milhões mensais comprando novos horários da Rede TV, mas não por muito tempo: planeja inaugurar até o final de 2010 sua própria emissora em UHF. Religião não é só uma questão de fé. É também um grande negócio.
Saiu o ranking: os campeões do You Tube em 2009
por Gonça
O You Tube divulgou hoje a lista dos cinco vídeos mais buscados no site em 2009. Deu Susan Boyle disparado. Veja o ranking:
1) Susan Boyle cantando – com 120 milhões de visualizações
2) David depois do dentista – com 36 milhões de visualizações
3) Padrinhos e madrinhas entrando na igreja dançando – com 33 milhões de visualizações
4) Trailer do filme Lua Nova – com 30 milhões de visualizações
5.) Bebês em campanha publicitária de patins - com 27 milhões de visualizações
Quer rever Susan Boyle? clique Aqui Prefere rever o trailer de Lua Nova? Olhe o link aí: New Moon
E mais, é só clicar: David depois do dentista
Veja também: Padrinhos e Madrinhas
e curta os Bebês em campanha publicitária
O You Tube divulgou hoje a lista dos cinco vídeos mais buscados no site em 2009. Deu Susan Boyle disparado. Veja o ranking:
1) Susan Boyle cantando – com 120 milhões de visualizações
2) David depois do dentista – com 36 milhões de visualizações
3) Padrinhos e madrinhas entrando na igreja dançando – com 33 milhões de visualizações
4) Trailer do filme Lua Nova – com 30 milhões de visualizações
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Quer rever Susan Boyle? clique Aqui Prefere rever o trailer de Lua Nova? Olhe o link aí: New Moon
E mais, é só clicar: David depois do dentista
Veja também: Padrinhos e Madrinhas
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Glória Pires é mesmo a glória. Na vida e na arte
por Eli Halfoun
Glória Pires, que é reconhecidamente uma das melhores atrizes desse país de talentos, faz justiça ao nome: vejam se não e mesmo a glória mais um bom exemplo que ela está dando: autorizou para março de 2010 o lançamento de sua autobiografia. Tudo bem que até aí não tem nada demais, mesmo porque muitas atrizes já lançaram biografias. Só que Glória decidiu que toda a renda da venda de “Glória Pires- 40 anos de glória” será doada para o Retiro dos Artistas que não anda em uma boa fase financeira e precisa da ajuda de todos os artistas. O livro tem textos de Eduardo Nassif e Fabio Febretti e faz justiça a uma das mais brilhantes carreiras (que iniciou com pouco mais de 5 anos de idade) da televisão mundial. Um exemplo: quando gravou uma cena de novela com a grande dama Fernanda Montenegro, Glorinha foi aplaudida ao final por Fernanda que não lhe negou não só o aplauso, mas também o carinho e o respeito que todas as atrizes de talento merecem. (Na reprodução, Glória Pires e o marido, Orlando Morais, em recente capa da Contigo!)
Banda larga: preferência nacional
por Gonça
Em janeiro, o governo federal deve decidir o que fazer com mais de 16 mil quilômetros de fibra óptica que estão ociosos no Brasil. O plano faz parte da campanha para inclusão digital de milhões de brasileiros. Há três linhas políticas que determinarão a exploração dessa rede: modelos estatal, privado e de gestão mista.
No modelo estatal, os investimentos e o uso da rede ficariam sob controle da Telebrás; no privado, a rede passaria para as grandes teles; na versão mista do projeto, a infraestrutura será comandada pela Telebrás e cedida para pequenos provedores que conectem rede da Telebrás às casas dos consumidores. Segundo os analistas, esse último modelo geraria mais competição no setor e beneficiaria os usuário.
Em janeiro, o governo federal deve decidir o que fazer com mais de 16 mil quilômetros de fibra óptica que estão ociosos no Brasil. O plano faz parte da campanha para inclusão digital de milhões de brasileiros. Há três linhas políticas que determinarão a exploração dessa rede: modelos estatal, privado e de gestão mista.
No modelo estatal, os investimentos e o uso da rede ficariam sob controle da Telebrás; no privado, a rede passaria para as grandes teles; na versão mista do projeto, a infraestrutura será comandada pela Telebrás e cedida para pequenos provedores que conectem rede da Telebrás às casas dos consumidores. Segundo os analistas, esse último modelo geraria mais competição no setor e beneficiaria os usuário.
Nem tudo acaba em pizza. Agora é oficial, Coritiba punido
Será que o futebol está dando exemplo ao país, onde a regra é a impunidade? Aparentemente, a Justiça Desportiva é mais ágil... e pune. Você viu a selvageria que entrou em campo no estádio Couto Pereira, na última rodada do campeonato brasileiro? Pois o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) já puniu o clube com perda de 30 mandos de campo e multa de R$ 610 mil. O julgamento foi realizado na última terça-feira. O clube está proibido de jogar em seu estádio durante toda a Copa do Brasil e a Série B de 2010. Bola dentro.
Pará: a lei da selva
por JJcomunic
O biólogo francês Pierre Jauffret, de 72 anos, que defendia a preservação da Amazônia, foi espancado e morto em Santo Antonio do Tauá, perto de Belém, no Pará. Pierre foi assassinado na porta de sua casa, que fica dentro de uma Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN), de 25 hectares, da qual era dono. Na sua luta para defender o meio-ambimente, o francês era ameaçado por fazendeiros, posseiros e sem-terras, que invadiram uma fazenda vizinha e desmataram quase toda a área. O Pará tem se notabilizado pela extrema violência contra ambientalistas. O morte do biólogo é mais um prova disso. O que incomoda é a idéia de preservação. Pierre morava e cuidava de uma área particular que transformou em reserva. Quem pensa apenas em destruir, o via como inimigo. É mais ou menos a posição do atual governo na questão ambiental. Permite que a natureza seja agredida, dá uma inacreditável autorização para a construção de obsoletas usinas a carvão extremamente poluentes, e faz um tour hipócrita a Copenhague. Estão lá, todos juntos, posando de defensores do meio-ambiente: Lula, Serra, Dilma e respectivas trupes. Que respirem carbono à vontade.
O biólogo francês Pierre Jauffret, de 72 anos, que defendia a preservação da Amazônia, foi espancado e morto em Santo Antonio do Tauá, perto de Belém, no Pará. Pierre foi assassinado na porta de sua casa, que fica dentro de uma Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN), de 25 hectares, da qual era dono. Na sua luta para defender o meio-ambimente, o francês era ameaçado por fazendeiros, posseiros e sem-terras, que invadiram uma fazenda vizinha e desmataram quase toda a área. O Pará tem se notabilizado pela extrema violência contra ambientalistas. O morte do biólogo é mais um prova disso. O que incomoda é a idéia de preservação. Pierre morava e cuidava de uma área particular que transformou em reserva. Quem pensa apenas em destruir, o via como inimigo. É mais ou menos a posição do atual governo na questão ambiental. Permite que a natureza seja agredida, dá uma inacreditável autorização para a construção de obsoletas usinas a carvão extremamente poluentes, e faz um tour hipócrita a Copenhague. Estão lá, todos juntos, posando de defensores do meio-ambiente: Lula, Serra, Dilma e respectivas trupes. Que respirem carbono à vontade.
Absurdo: Brasil não pode tratar o câncer
por Eli Halfoun
Quem já enfrentou o problema sabe da importância da radioterapia na luta contra o câncer. E quem esteve há dias no Congresso de Oncologia Brasil 2009 ficou sabendo que, se depender dos aparelhos de radioterapia, corre o sério risco de ser vencido pela doença: só existem no Brasil 277 aparelhos quando seriam necessários no mínimo 488. Em alguns estados (casos de Roraima e Amapá), sem a possibilidade de tratamento adequado, o resultado não poderia ser mais cruel: 100 mil pacientes que necessitam do tratamento radioterápico acabarão morrendo, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer. O absurdo não fica só nisso: existe um grande bloqueio financeiro (na verdade um crime) para a importação de um acelerador de radioterapia: quem quiser trazer um aparelho do exterior terá de pagar 45% de imposto, mas quem quiser importar um avião pagará apenas 21% de imposto. Como se vê, a turma dos tributos anda voando – e voando alto – bem longe da realidade.
Quem já enfrentou o problema sabe da importância da radioterapia na luta contra o câncer. E quem esteve há dias no Congresso de Oncologia Brasil 2009 ficou sabendo que, se depender dos aparelhos de radioterapia, corre o sério risco de ser vencido pela doença: só existem no Brasil 277 aparelhos quando seriam necessários no mínimo 488. Em alguns estados (casos de Roraima e Amapá), sem a possibilidade de tratamento adequado, o resultado não poderia ser mais cruel: 100 mil pacientes que necessitam do tratamento radioterápico acabarão morrendo, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer. O absurdo não fica só nisso: existe um grande bloqueio financeiro (na verdade um crime) para a importação de um acelerador de radioterapia: quem quiser trazer um aparelho do exterior terá de pagar 45% de imposto, mas quem quiser importar um avião pagará apenas 21% de imposto. Como se vê, a turma dos tributos anda voando – e voando alto – bem longe da realidade.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Oscar Niemeyer, 102 anos
Para comemorar os 102 anos de Oscar Niemeyer, a Fundação Oscar Niemeyer lançou um site com 60 trabalhos de autoria do arquiteto espalhados pelo mundo. Uma conexão com o Google Maps permite que o internauta localize as suas principais construções espalhadas pelas cidades. Na página de abertura do novo site, cada quadradinho corresponde a uma obra. Clique no link Oscar Niemeyer
Memórias da redação: Aconteceu... na Amiga
O dia que calou a melhor voz do Brasil
por Eli Halfoun
Pedrinho, o garçom baixinho, acabara de trazer meu prato (os fartos restaurantes da Bloch eram self-service: cada um se servia, mas como eu tinha certa dificuldade para fazer isso os garçons quebravam o meu galho). Não tinha dado nem a primeira garfada quando Pedrinho, o garçom, voltou e disse: “Eli, seu Adolpho pediu para você subir com urgência”. Deixei o prato como estava e fui para oitavo andar, onde ficava uma das salas de seu Adolpho e a redação da Amiga. Mal entrei na sala, seu Adolpho informou: “A Elis Regina morreu. Você sabia?” Não, eu ainda não sabia e a notícia foi como um violento soco na cara porque, embora não fossemos amigos tipo carne e unha, eu e a Elis, que era eu no plural, tínhamos uma relação muito carinhosa e camarada. Refeito do susto, sou surpreendido por outra pergunta: “O que você acha de fazer uma edição especial? Vai vender?"
Eu nem sabia se poderia vender, mas sabia que era a melhor forma de prestar uma homenagem para quem já era a melhor cantora do Brasil. Não voltei para o almoço, convoquei a redação e iniciamos aquele que para mim foi o trabalho mais emocional, nervoso e dolorido que já tinha feito. Passamos a noite trabalhando, buscando informações, fotos (o arquivo não era tão farto assim de fotos da Elis) e tomando cuidado para não cometer nenhum desrespeitoso exagero nos textos e, evidentemente, na escolha das fotos. Eu estava realmente muito emocionado (abro um parênteses apenas para contar que quando ouvi na boate Bottle’s, a Elis, pela primeira vez, ao vivo, escrevi uma notinha na coluna que assinava na Última Hora dizendo apenas: “Guardem esse nome: Elis Regina. Ela será a maior cantora do Brasil”. E é.
A edição da especial foi sendo feita e varou a noite, mas a equipe trabalhava emocionada na homenagem que preparávamos. Era uma sexta-feira e eu tinha que estar em Maricá no final da tarde. Iria de ônibus. Quando às 6 horas, o dia clareando, a edição ficou pronta, seu Adolpho mandou um carro da reportagem me leva até Maricá.
Havia dúvidas se a edição-homenagem venderia porque Elis era respeitada, elogiada, fazia sucesso, mas não era o que se pode chamar de, pelo menos naquela época, de uma cantora do povão e o povão era o público da Amiga. Era um risco, mas não havia a intenção maior de vender revista, mas sim de prestar uma homenagem a Elis. Na medida em que cada página ficava pronta, percebíamos que a edição estava ficando emocionante. Já tinha usado quase todo o material fotográfico e ainda havia mais páginas a serem completadas quando bati o olho em uma foto preto e branco, que parecia estar me chamando. Separei a foto, fui até o Jarbas, na época o diagramador da revista e pedi: “Vamos fazer a última página só com essa foto". Na foto, Elis sentada no meio do palco, de roupa branca, iluminada de cima para baixo, parecia estar subindo ao céu. O Jarbas projetou a foto e pedi: "Deixa espaço para um textinho de seis linhas". Preparei o texto, quase em lágrimas. A revista foi para as bancas e obteve excelente venda e grande repercussão. Dois dias depois encontrei Copacabana pelo menos dois camelôs vendendo pôster com a última página da edição especial. Lá estavam expostos na calçada a emoção de um trabalho feito com mais alma do que competência. Não ganhei um tostão (não tinha assinado o texto) e nem precisava. Nada era melhor do que ver o trabalho transformado em uma em real homenagem à Elis Regina. Alguns ainda devem estar em algumas paredes. Assim como a voz de Elis ainda encanta e emociona nossos corações e ouvidos.
por Eli Halfoun
Pedrinho, o garçom baixinho, acabara de trazer meu prato (os fartos restaurantes da Bloch eram self-service: cada um se servia, mas como eu tinha certa dificuldade para fazer isso os garçons quebravam o meu galho). Não tinha dado nem a primeira garfada quando Pedrinho, o garçom, voltou e disse: “Eli, seu Adolpho pediu para você subir com urgência”. Deixei o prato como estava e fui para oitavo andar, onde ficava uma das salas de seu Adolpho e a redação da Amiga. Mal entrei na sala, seu Adolpho informou: “A Elis Regina morreu. Você sabia?” Não, eu ainda não sabia e a notícia foi como um violento soco na cara porque, embora não fossemos amigos tipo carne e unha, eu e a Elis, que era eu no plural, tínhamos uma relação muito carinhosa e camarada. Refeito do susto, sou surpreendido por outra pergunta: “O que você acha de fazer uma edição especial? Vai vender?"
Eu nem sabia se poderia vender, mas sabia que era a melhor forma de prestar uma homenagem para quem já era a melhor cantora do Brasil. Não voltei para o almoço, convoquei a redação e iniciamos aquele que para mim foi o trabalho mais emocional, nervoso e dolorido que já tinha feito. Passamos a noite trabalhando, buscando informações, fotos (o arquivo não era tão farto assim de fotos da Elis) e tomando cuidado para não cometer nenhum desrespeitoso exagero nos textos e, evidentemente, na escolha das fotos. Eu estava realmente muito emocionado (abro um parênteses apenas para contar que quando ouvi na boate Bottle’s, a Elis, pela primeira vez, ao vivo, escrevi uma notinha na coluna que assinava na Última Hora dizendo apenas: “Guardem esse nome: Elis Regina. Ela será a maior cantora do Brasil”. E é.
A edição da especial foi sendo feita e varou a noite, mas a equipe trabalhava emocionada na homenagem que preparávamos. Era uma sexta-feira e eu tinha que estar em Maricá no final da tarde. Iria de ônibus. Quando às 6 horas, o dia clareando, a edição ficou pronta, seu Adolpho mandou um carro da reportagem me leva até Maricá.
Havia dúvidas se a edição-homenagem venderia porque Elis era respeitada, elogiada, fazia sucesso, mas não era o que se pode chamar de, pelo menos naquela época, de uma cantora do povão e o povão era o público da Amiga. Era um risco, mas não havia a intenção maior de vender revista, mas sim de prestar uma homenagem a Elis. Na medida em que cada página ficava pronta, percebíamos que a edição estava ficando emocionante. Já tinha usado quase todo o material fotográfico e ainda havia mais páginas a serem completadas quando bati o olho em uma foto preto e branco, que parecia estar me chamando. Separei a foto, fui até o Jarbas, na época o diagramador da revista e pedi: “Vamos fazer a última página só com essa foto". Na foto, Elis sentada no meio do palco, de roupa branca, iluminada de cima para baixo, parecia estar subindo ao céu. O Jarbas projetou a foto e pedi: "Deixa espaço para um textinho de seis linhas". Preparei o texto, quase em lágrimas. A revista foi para as bancas e obteve excelente venda e grande repercussão. Dois dias depois encontrei Copacabana pelo menos dois camelôs vendendo pôster com a última página da edição especial. Lá estavam expostos na calçada a emoção de um trabalho feito com mais alma do que competência. Não ganhei um tostão (não tinha assinado o texto) e nem precisava. Nada era melhor do que ver o trabalho transformado em uma em real homenagem à Elis Regina. Alguns ainda devem estar em algumas paredes. Assim como a voz de Elis ainda encanta e emociona nossos corações e ouvidos.
Procura-se uma luz no fim do túnel
por Eli Halfoun
Até recentemente quando uma mulher paria dizíamos que “fulana deu à luz”. Era carinhoso, mas desde a semana passada, graças aos nossos vereadores, deixou de ser. Agora todos nós homens e mulheres, velhos e jovens é que daremos à luz se não quisermos continuar no escuro. Como se já não bastasse tudo o que já nos cobram em exagerados impostos, teremos de pagar também uma taxa para que a Prefeitura cumpra o seu dever de nos dar ruas iluminadas e tudo o mais o que nosso dinheiro já paga, ou melhor, pagarias se fosse realmente aplicado no que se faz necessário. A taxa variará de R$ 2,00 a R$ 90,00. Não importa: mesmo que fosse uma taxa de apenas dez centavos estariam metendo – como estão - a mão no bolso de quem já sofre por absoluta incompetência de seus governantes, todo tipo de exploração, abuso e sacrifício. O prefeito Eduardo Paes justifica a cobrança dizendo que outras cidades já cobram e que o dinheiro será aplicado na compra de postes, lâmpadas, fiação e até de carros de manutenção. Se fosse mesmo aplicado no que se promete poderia ser um bom argumento se mesmo com material suficiente não estivéssemos correndo o risco de, vez por outra, conviver com a escuridão de um apagão nacional. Se outras cidades cobram não significa que o Rio também tenha que penalizar seu povo. A cobrança dessa absurda taxa (afinal, para que pagamos impostos?) abre um sério precedente: não demora muito exigirão que coloquemos uma moedinha no poste para poder atravessar no sinal, que paguemos uma taxa para andar pelas esburacadas calçadas e se bobearmos instalarão catracas nas portas de casas e apartamentos cobrando taxa para que possamos sair de casa (se bem que atualmente é mais aconselhável ficar trancado para não correr riscos nas ruas dos tiroteios e dos ladrões de esquina, de todas as esquinas). Há quem possa argumentar que com mais iluminação (paga pelo contribuinte) os ladrões terão mais dificuldades para agir. Será mesmo ou será que terão mais claridade para escolher melhor as suas vítimas? A única esperança que resta é que com mais iluminação (paga com o suor do nosso trabalho), enfim apareça uma luz no fim do túnel.
Até recentemente quando uma mulher paria dizíamos que “fulana deu à luz”. Era carinhoso, mas desde a semana passada, graças aos nossos vereadores, deixou de ser. Agora todos nós homens e mulheres, velhos e jovens é que daremos à luz se não quisermos continuar no escuro. Como se já não bastasse tudo o que já nos cobram em exagerados impostos, teremos de pagar também uma taxa para que a Prefeitura cumpra o seu dever de nos dar ruas iluminadas e tudo o mais o que nosso dinheiro já paga, ou melhor, pagarias se fosse realmente aplicado no que se faz necessário. A taxa variará de R$ 2,00 a R$ 90,00. Não importa: mesmo que fosse uma taxa de apenas dez centavos estariam metendo – como estão - a mão no bolso de quem já sofre por absoluta incompetência de seus governantes, todo tipo de exploração, abuso e sacrifício. O prefeito Eduardo Paes justifica a cobrança dizendo que outras cidades já cobram e que o dinheiro será aplicado na compra de postes, lâmpadas, fiação e até de carros de manutenção. Se fosse mesmo aplicado no que se promete poderia ser um bom argumento se mesmo com material suficiente não estivéssemos correndo o risco de, vez por outra, conviver com a escuridão de um apagão nacional. Se outras cidades cobram não significa que o Rio também tenha que penalizar seu povo. A cobrança dessa absurda taxa (afinal, para que pagamos impostos?) abre um sério precedente: não demora muito exigirão que coloquemos uma moedinha no poste para poder atravessar no sinal, que paguemos uma taxa para andar pelas esburacadas calçadas e se bobearmos instalarão catracas nas portas de casas e apartamentos cobrando taxa para que possamos sair de casa (se bem que atualmente é mais aconselhável ficar trancado para não correr riscos nas ruas dos tiroteios e dos ladrões de esquina, de todas as esquinas). Há quem possa argumentar que com mais iluminação (paga pelo contribuinte) os ladrões terão mais dificuldades para agir. Será mesmo ou será que terão mais claridade para escolher melhor as suas vítimas? A única esperança que resta é que com mais iluminação (paga com o suor do nosso trabalho), enfim apareça uma luz no fim do túnel.
Torcida do Flamengo pode ficar pelada
por Eli Halfoun
Não demora muito a torcida do Flamengo pode circular por aí sem os pelos do popular sovaco, das pernas e até dos peitos se decidir mesmo seguir os padrões (Ronaldo Fenômeno espalhou moda com aquele topetinho ridículo) ditados por um de seus ídolos, o jogador Adriano. O artilheiro do Campeonato Brasileiro não esconde que não gosta de pêlos debaixo do braço e nem no resto do corpo: prefere raspar tudo. Inicialmente Adriano só raspava debaixo do braço porque achava mais higiênico, mas com o passar do tempo começou a raspar outras áreas. É na base da lâmina de barbear mesmo porque acha que depilar é muito doloroso, mas de qualquer maneira para não correr nenhum risco, prefere que o serviço seja feito por uma depiladora profissional que uma vez por semana o atende em domicílio. Se a moda pega faltarão depiladoras para torcida tão grande e apaixonada.
Não demora muito a torcida do Flamengo pode circular por aí sem os pelos do popular sovaco, das pernas e até dos peitos se decidir mesmo seguir os padrões (Ronaldo Fenômeno espalhou moda com aquele topetinho ridículo) ditados por um de seus ídolos, o jogador Adriano. O artilheiro do Campeonato Brasileiro não esconde que não gosta de pêlos debaixo do braço e nem no resto do corpo: prefere raspar tudo. Inicialmente Adriano só raspava debaixo do braço porque achava mais higiênico, mas com o passar do tempo começou a raspar outras áreas. É na base da lâmina de barbear mesmo porque acha que depilar é muito doloroso, mas de qualquer maneira para não correr nenhum risco, prefere que o serviço seja feito por uma depiladora profissional que uma vez por semana o atende em domicílio. Se a moda pega faltarão depiladoras para torcida tão grande e apaixonada.
Brasil tem “chef” entre os melhores do mundo
por Eli Halfoun
Embora os homens sejam considerados os melhores “chefs”, as mulheres conquistam espaço no mundo gastronômico e com reconhecimento internacional. É, por exemplo, o caso da nossa Roberta Sudbrack, que já foi “cozinheira” do Palácio do Planalto e será atração, como uma espécie de editora convidada do primeiro número da nova revista Gula, que foi totalmente reformulada. Roberta, que acaba de chegar de Paris, foi incluída entre as melhores “chefs” do mundo na relação publicada pela revista francesa (com título em inglês mesmo) “Top chefs of the worlds”. Roberta também foi destaque, em reportagem de duas páginas, da revista “Balthazar” que não negou elogios a rainha brasileira dos temperos.
Embora os homens sejam considerados os melhores “chefs”, as mulheres conquistam espaço no mundo gastronômico e com reconhecimento internacional. É, por exemplo, o caso da nossa Roberta Sudbrack, que já foi “cozinheira” do Palácio do Planalto e será atração, como uma espécie de editora convidada do primeiro número da nova revista Gula, que foi totalmente reformulada. Roberta, que acaba de chegar de Paris, foi incluída entre as melhores “chefs” do mundo na relação publicada pela revista francesa (com título em inglês mesmo) “Top chefs of the worlds”. Roberta também foi destaque, em reportagem de duas páginas, da revista “Balthazar” que não negou elogios a rainha brasileira dos temperos.
A verdade está nos números. Quase sempre
por Eli Halfoun
Se depender de qualquer tipo de pesquisa quase todos os políticos podem tirar o time de campo, especialmente no que diz respeito à credibilidade que, aliás, eles não têm mais nenhuma. Em todas as pesquisas sobre honestidade os políticos lideram com grande vantagem, o que não chega a ser uma surpresa. Através do “Data Bank” o jornalista Giba Um, de São Paulo, perguntou, antes do escândalo Arruda, “de quem você não compraria um carro usado?" Deu político de ponta a ponta: 22,1% não comprariam do senador José Sarney, 19,9% do também senador Fernando Collor. 18,3% dos pesquisados não negociariam com o ex ministro Antonio Palocci enquanto 15,5% citaram o nome de Ciro Gomes e 10,4% o de Michel Temmer. Em outra pesquisa realizada pelo instituto Millenium sobre transgressões da lei o resultado revelou que 79% da população brasileira transgridem a lei e que, é claro, os políticos são os mais desobedientes, seguidos dos empresários com 29% e dos ricos (20%). Ouvidos em 70 cidades brasileiras de nove regiões metropolitanas (mil entrevistas por cidade) 48% dos pesquisados disseram que menor desigualdade social e punições da justiça são as soluções. Como os números só mentem na hora de medir a inflação e de dar aumento aos aposentados podemos facilmente concluir que estamos todos ferrados.
Se depender de qualquer tipo de pesquisa quase todos os políticos podem tirar o time de campo, especialmente no que diz respeito à credibilidade que, aliás, eles não têm mais nenhuma. Em todas as pesquisas sobre honestidade os políticos lideram com grande vantagem, o que não chega a ser uma surpresa. Através do “Data Bank” o jornalista Giba Um, de São Paulo, perguntou, antes do escândalo Arruda, “de quem você não compraria um carro usado?" Deu político de ponta a ponta: 22,1% não comprariam do senador José Sarney, 19,9% do também senador Fernando Collor. 18,3% dos pesquisados não negociariam com o ex ministro Antonio Palocci enquanto 15,5% citaram o nome de Ciro Gomes e 10,4% o de Michel Temmer. Em outra pesquisa realizada pelo instituto Millenium sobre transgressões da lei o resultado revelou que 79% da população brasileira transgridem a lei e que, é claro, os políticos são os mais desobedientes, seguidos dos empresários com 29% e dos ricos (20%). Ouvidos em 70 cidades brasileiras de nove regiões metropolitanas (mil entrevistas por cidade) 48% dos pesquisados disseram que menor desigualdade social e punições da justiça são as soluções. Como os números só mentem na hora de medir a inflação e de dar aumento aos aposentados podemos facilmente concluir que estamos todos ferrados.
Roupa velha para um nova ajuda
por Eli Halfoun
Pode uma roupa feminina velha custar mais do que várias roupas novas? Pode sim: basta que tenha sido usada por uma atriz famosa. Foi o que aconteceu com roupas velhas do guarda-roupa e dos filmes de Audrey Hepburn, a eterna bonequinha de luxo. Uma coleção de vestidos que ela usou, alguns apenas uma vez, foi vendida por 266 mil libras (RS$ 767 mil) em recente leilão realizado em Londres. A grande procura e as caras ofertas surpreenderam os organizadores do leilão: todos os 41 itens colocados à venda renderam mais (exatamente o dobro) do que se esperava. O vestido mais disputado foi o que Audrey usou no filme “Como roubar um milhão de dólares" (nada a ver com o escândalo Arruda). No filme de 1966, Audrey fez parceria com Peter O’Toole e o vestido foi arrecadado por exatos R$ 170 mil (três vezes mais do que o esperado). A metade de tudo o que foi arrecadado no leilão será destinada à associação The Audrey Hepburn’s Children’s. Lá o dinheiro chegará mesmo ao destino certo. Se fosse aqui só Deus sabe. Às vezes nem ele. (Audrey Hepburn em cena do filme Como roubar um milhão de dólares)
Pode uma roupa feminina velha custar mais do que várias roupas novas? Pode sim: basta que tenha sido usada por uma atriz famosa. Foi o que aconteceu com roupas velhas do guarda-roupa e dos filmes de Audrey Hepburn, a eterna bonequinha de luxo. Uma coleção de vestidos que ela usou, alguns apenas uma vez, foi vendida por 266 mil libras (RS$ 767 mil) em recente leilão realizado em Londres. A grande procura e as caras ofertas surpreenderam os organizadores do leilão: todos os 41 itens colocados à venda renderam mais (exatamente o dobro) do que se esperava. O vestido mais disputado foi o que Audrey usou no filme “Como roubar um milhão de dólares" (nada a ver com o escândalo Arruda). No filme de 1966, Audrey fez parceria com Peter O’Toole e o vestido foi arrecadado por exatos R$ 170 mil (três vezes mais do que o esperado). A metade de tudo o que foi arrecadado no leilão será destinada à associação The Audrey Hepburn’s Children’s. Lá o dinheiro chegará mesmo ao destino certo. Se fosse aqui só Deus sabe. Às vezes nem ele. (Audrey Hepburn em cena do filme Como roubar um milhão de dólares)
Toma lá mais uma comédia brasileira
por Eli Halfoun
Nem sempre o sucesso na televisão é garantia de êxito também no cinema. Muitas vezes uma passagem não muito bem sucedida na televisão pode transformar-se em um grande sucesso cinematográfico. É nisso que acredita o ator, diretor e autor Miguel Falabella: embora o programa “Toma lá, dá cá” não faça mais parte dos planos da Globo, Falabella acredita no sucesso cinematográfico do esquema e decidiu escrever o roteiro que transformará “Toma lá, dá cá” em longa-metragem que o próprio Falabella quer dirigir. Falabella não faz por menos: acredita que a versão cinematográfica do programa pode ultrapassar o recorde de público conquistado pelo filme “Se eu fosse você 2”. Isso sim é o que se pode chamar de otimismo.
Nem sempre o sucesso na televisão é garantia de êxito também no cinema. Muitas vezes uma passagem não muito bem sucedida na televisão pode transformar-se em um grande sucesso cinematográfico. É nisso que acredita o ator, diretor e autor Miguel Falabella: embora o programa “Toma lá, dá cá” não faça mais parte dos planos da Globo, Falabella acredita no sucesso cinematográfico do esquema e decidiu escrever o roteiro que transformará “Toma lá, dá cá” em longa-metragem que o próprio Falabella quer dirigir. Falabella não faz por menos: acredita que a versão cinematográfica do programa pode ultrapassar o recorde de público conquistado pelo filme “Se eu fosse você 2”. Isso sim é o que se pode chamar de otimismo.
Do côco ao monopólio
por Gonça
Vocês se lembram da polêmica da proibição do côco na praia? Um secretário aí queria impedir a venda sob o pretexto de que o côco polui a areia etc etc. Pretendia obrigar os barraqueiros a venderem produtos apenas industrializados, sem levar em contra, claro, que embalagens industrializadas também poluem. Parecia estranho. O prefeito vetou a idéia. Mas, agora, o que era estranho virou esquesito. Hoje, em frente ao Caesar Park, os barraqueiros de Ipanema farão um protesto para denunciar que para renovar as licenças foram obrigados a um compromisso: comprar bebidas apenas da empresa Orla Rio, que ganhou uma polêmica concessão de Cesar Maia para admisitrar os quiosques do calçadão. Do calçadão, não da areia. Os barraqueiros dizem que ou assinavam o compromisso ou não teriam as licenças renovadas. A coluna Gente Boa, de Joaquim Ferreira dos Santos, do Globo, publica esta denúncia do barraqueiro Francisco Magalhães, o Magrão. Segundo o colunista, o empresário João Barreto, proprietário da Orla Rio, diz que os barraqueiros podem comprar onde quiserem. Mas pode haver há fogo no meio dessa fumaça. Que tal o Ministério Público ir à praia nesse fim de semana? (Foto:Gonça)
Vocês se lembram da polêmica da proibição do côco na praia? Um secretário aí queria impedir a venda sob o pretexto de que o côco polui a areia etc etc. Pretendia obrigar os barraqueiros a venderem produtos apenas industrializados, sem levar em contra, claro, que embalagens industrializadas também poluem. Parecia estranho. O prefeito vetou a idéia. Mas, agora, o que era estranho virou esquesito. Hoje, em frente ao Caesar Park, os barraqueiros de Ipanema farão um protesto para denunciar que para renovar as licenças foram obrigados a um compromisso: comprar bebidas apenas da empresa Orla Rio, que ganhou uma polêmica concessão de Cesar Maia para admisitrar os quiosques do calçadão. Do calçadão, não da areia. Os barraqueiros dizem que ou assinavam o compromisso ou não teriam as licenças renovadas. A coluna Gente Boa, de Joaquim Ferreira dos Santos, do Globo, publica esta denúncia do barraqueiro Francisco Magalhães, o Magrão. Segundo o colunista, o empresário João Barreto, proprietário da Orla Rio, diz que os barraqueiros podem comprar onde quiserem. Mas pode haver há fogo no meio dessa fumaça. Que tal o Ministério Público ir à praia nesse fim de semana? (Foto:Gonça)
Estão passando o trator no Centro histórico do Rio
por Gonça
Há casas e uma igreja secular interditadas no Centro do Rio por causa de uma obra (prédios de 23 andares) na estreita rua dos Inválidos.A região, de prédios históricos, tem uma das mais belas arquiteturas do Rio. A suposta falha de construção que abalou os terrenos em volta e pôs em risco a vida de centenas de pessoas, já é grave. Mas o absurdo maior, vendo-se o tamanho do buraco que abrigará vários andares de estacionamento, são os interesses que permitem a aprovação de um projeto como esse naquela área. Em todo o mundo, cidades tentam tirar automóveis do Centro, aqui, se estimula. E com o comprometimento de um patrimônio histórico. A justiça embargou a obra. Seria melhor impedí-la. E se os abalos forem sinais de que o terreno não suporta a construção? Vazio, só com a escavação, está desabando, imaginem com o peso dos prédios em cima. Uma prefeitura aliada dos cidadãos construiria ali uma praça, coisa que a cidade precisa mais do que espigões no centro. Ainda mais um espigão que pode ser um forte candidato a Palace 2. Alô Eduardo Paes, desapropria aquele mostrengo, ainda dá tempo, ou transfere a coisa para uma área da Zona Portuária. O Centro tem até prédio desabitado, não precisa de mais espigões.
Há casas e uma igreja secular interditadas no Centro do Rio por causa de uma obra (prédios de 23 andares) na estreita rua dos Inválidos.A região, de prédios históricos, tem uma das mais belas arquiteturas do Rio. A suposta falha de construção que abalou os terrenos em volta e pôs em risco a vida de centenas de pessoas, já é grave. Mas o absurdo maior, vendo-se o tamanho do buraco que abrigará vários andares de estacionamento, são os interesses que permitem a aprovação de um projeto como esse naquela área. Em todo o mundo, cidades tentam tirar automóveis do Centro, aqui, se estimula. E com o comprometimento de um patrimônio histórico. A justiça embargou a obra. Seria melhor impedí-la. E se os abalos forem sinais de que o terreno não suporta a construção? Vazio, só com a escavação, está desabando, imaginem com o peso dos prédios em cima. Uma prefeitura aliada dos cidadãos construiria ali uma praça, coisa que a cidade precisa mais do que espigões no centro. Ainda mais um espigão que pode ser um forte candidato a Palace 2. Alô Eduardo Paes, desapropria aquele mostrengo, ainda dá tempo, ou transfere a coisa para uma área da Zona Portuária. O Centro tem até prédio desabitado, não precisa de mais espigões.
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