por Walmyr Júnior* (para o Jornal do Brasil)
A revista Veja afirmou recentemente que o profissional de educação é um peso para o Estado. Fiquei estarrecido e enojado com essa matéria, por perceber os interesses do grupo que administra a revista. A tendenciosa matéria afirma que os custos com os professores oneram as contas públicas, pois o estado ‘gasta muito’ e se perde muito dinheiro.
Essa falácia reproduz a postura de sempre desse tipo de jornalismo. Esse grupo não reconhece que a educação e a escola pública são fundamentais para a formação do povo brasileiro. Eles querem uma formação acrítica, que não discute com alunos e promovem diálogos, nos moldes da ‘escola sem partido’, justamente para terem ainda sob suas asas um povo pobre e sem estudos.
Para esse grupo a educação pública e de qualidade não pode ser oferecida para todas e todos, ela deve continuar sendo um privilégio das elites econômicas do país. Por isso vemos com tanta nitidez esses grupos se colocando contrário ao financiamento da graduação e pós graduação destacado em suas matérias.
Eles não vão calar a educação com uma mordaça. Sabemos que os professores sofrem com atrasos de salários, com a falta de material didático, com precárias instalações das escolas. Vemos cotidianamente salas superlotadas, sem refrigeração, com goteiras no tempo de chuvas e vemos os professores lidarem com conflitos diários quando dão aulas em territórios criminalizados.
Além disso, professores colocam cotidianamente recursos dos seus baixos salários para comprar material de trabalho. Encaram a sala de aula como uma área de transformação social e não como uma fonte de renda.
Para aqueles que querem condenar os verdadeiros heróis dessa nação, podem desistir. Estaremos unidos contra o seu conservadorismo. O professor é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo.
* Walmyr Júnior é morador de Marcílio Dias, no conjunto de favelas da Maré, é professor, membro do MNU e do Coletivo Enegrecer. Atua como Conselheiro Nacional de Juventude (Conjuve). Integra a Pastoral Universitária da PUC-Rio. Representou a sociedade civil no encontro com o Papa Francisco no Theatro Municipal, durante a JMJ.
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Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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sexta-feira, 5 de agosto de 2016
quinta-feira, 4 de junho de 2015
Embrulha e manda: pescaria de 'notícias' como elas são...
por Omelete
* Roberto Carlos, através do "Instituto Amigo", criado por ele em 2013 como instrumento para pressão pela proibição das biografias não-chapas brancas, foi admitido pela ministra Carmen Lúcia para participar do julgamento da questão que se arrasta no STF. Roberto defende que biografias de personalidades devem ser autorizadas pelas próprias ou suas famílias entes da publicação. Na prática, essa questão joga o Brasil na rabeira da liberdade de expressão praticada na maioria dos países. Roberto já obteve vitórias na Justiça, caso da proibição e banimento de um livro que focalizava aspectos da sua carreira e vida. Ele foi surpreendentemente admitido para participar do julgamento como "amicus curiae" (amigo da Corte) por supostamente poder ajudar o STF a decidir. Não se sabe se Roberto vai de toga ao tribunal. Nem se vai cantar Emoções para a ministra.
* No meio dessa investigação do FBI sobre a Fifa, o lado bom foi botar na cadeia, pelo menos por enquanto, uma das figuras proeminentes da ditadura militar. Já que a tortura, assassinatos, atentados a bomba e corrupção da época não valeram xilindró pra ninguém, pelo menos esse ex-governador nomeado de São Paulo puxa alguma cana. O lado subterrâneo da investigação é a ação política que mira a Copa de 2018, com sede na Rússia, o adversário dos Estados Unidos na nova "guerra fria". Alguns depoimentos já dão o esquema de propinas da Fifa como tendo sido montado no começo dos aos 1990, no mínimo. Um dos delatores já admitiu ter recebido comissão para venda de direitos de TV em 1993. Seletivamente, o FBI está considerando investigar apenas da Copa de 1998 prá cá. Convenientemente, é esquecida a Copa de 1994... nos Estados Unidos. Eu, hein?
* Cantinho do humor - Uma perguntinha: a Câmara dos Deputados vai construir um grande shopping. Ok, o ramo do comércio está aberto para qualquer empreendedor. Mas os deputados vão continuar com crachá de parlamentar ou passarão a usar crachá de lojista? No plenário, serão chamados de Sua Excelência ou de Sr. Comerciante? Haverá Comissão Parlamentar para decidir liquidações e promoções de Natal e Dia das Mães? São muitas dúvidas diante da grandiosidade do empreendimento. Sem falar no pioneirismo. O Brasil passará a se orgulhar de ter o único Congresso do mundo a sediar lojas, lanchonetes, cinemas, academias, talvez igrejas ou quiósque da Mãe Tatá que-traz-seu-amor-de-volta-em-dois-dias, bares, restaurantes supermercado, peixaria, etc. Não está decidido ainda se cada deputado receberá um cartão de crédito sem limites para compras no complexo debitadas no erário ou se quantos funcionários cada parlamentar terá direito de indicar para contratação nas lojas. Falta resolver o nome também; Câmara Mall, Parlashopping, Miami é Aqui, Câmara & Show,.. vai ser decidido em votação. Um dos atrativos da casa será uma criativa promoção: quem levar o título de eleitor e cadastrar com o cabo eleitoral terá direito a uma cesta de croquetes e uma caixa de refrigerante pirata.
* De um executivo do setor privado: "A atual crise se torna muito mais grave porque atinge as contas públicas. Quando o governo é obrigado a cortar custas, o setor dito privado vai pro buraco. É fácil entender: se o governo passa a comprar menos livros, as editoras tremem; se adia obras, as construtoras se abalam; se anuncia menos em jornais e revistas, as famílias proprietárias dos grandes grupos entram em pânico; se aumenta o juro para empréstimos amigos para o agronegócio, os ruralistas ateiam fogo às vestes; se o BNDES fecha a torneira, empresários choram rio de lágrimas". Resumindo: o Brasil precisa desestatizar a iniciativa privada.
* Ouvido no boteco: Juiz, investigadores, promotores andam deprimidos: o caso Fifa tirou, no momento, a Lava-Jato do noticiário.
* Nova onda na internet: mulheres postam no Instagram fotos com latas e garrafas de Coca-Cola presas entre os seios. Mas só para quem não precisa usar as mãos para sustentar as embalagens.
* Zico quer ser presidente da Fifa. Entre seus projetos, investigar a Copa de 1986 para descobrir como é que foi que ele perdeu o pênalti que mandou o Brasil de volta pra casa. Parece que um cara da Fifa cavou um buraco na marca do pênalti e encheu de cola de sapateiro.
* Há alguns anos, a TV da igreja do bispo universal, a Record, fez uma campanha para dizer que está a caminho do primeiro lugar em audiência. Não se sabe que fim levou esse objetivo. O que há de concreto é uma campanha que o SBT pôs no ar comemorando um ano de vice-liderança.
* Não deixa Alkimin saber disso mas os chineses acabam de estrear uma professora-robô. O tucano, cujos professores estão em greve há meses, adoraria terceirzar para a robótica as escola paulistas. O foto da robô chinesa dando aula está aí. Só que a "fessora' parece uma boneca inflável.
* Pagou, limpou a ficha. Por 40 milhões de dólares, a Suiça finge que não existiu o Swissleaks. Como se sabe, havia brasileiros envolvidos no estouro das contas secretas. Se a investigação parou lá, por aqui, onde já andava cambaleante e fora da mídia, a pizza já saiu do forno. Suspeitas de sonegação, lavagem de dinheiro e até contas que guardavam produto de corrupção, vai tudo ficar al dente. O noticia saiu hoje, em pleno feriado, a tempo de coxinhas e uns e outros comemorarem o fim desse incômodo.
* Roberto Carlos, através do "Instituto Amigo", criado por ele em 2013 como instrumento para pressão pela proibição das biografias não-chapas brancas, foi admitido pela ministra Carmen Lúcia para participar do julgamento da questão que se arrasta no STF. Roberto defende que biografias de personalidades devem ser autorizadas pelas próprias ou suas famílias entes da publicação. Na prática, essa questão joga o Brasil na rabeira da liberdade de expressão praticada na maioria dos países. Roberto já obteve vitórias na Justiça, caso da proibição e banimento de um livro que focalizava aspectos da sua carreira e vida. Ele foi surpreendentemente admitido para participar do julgamento como "amicus curiae" (amigo da Corte) por supostamente poder ajudar o STF a decidir. Não se sabe se Roberto vai de toga ao tribunal. Nem se vai cantar Emoções para a ministra.
* No meio dessa investigação do FBI sobre a Fifa, o lado bom foi botar na cadeia, pelo menos por enquanto, uma das figuras proeminentes da ditadura militar. Já que a tortura, assassinatos, atentados a bomba e corrupção da época não valeram xilindró pra ninguém, pelo menos esse ex-governador nomeado de São Paulo puxa alguma cana. O lado subterrâneo da investigação é a ação política que mira a Copa de 2018, com sede na Rússia, o adversário dos Estados Unidos na nova "guerra fria". Alguns depoimentos já dão o esquema de propinas da Fifa como tendo sido montado no começo dos aos 1990, no mínimo. Um dos delatores já admitiu ter recebido comissão para venda de direitos de TV em 1993. Seletivamente, o FBI está considerando investigar apenas da Copa de 1998 prá cá. Convenientemente, é esquecida a Copa de 1994... nos Estados Unidos. Eu, hein?
* Cantinho do humor - Uma perguntinha: a Câmara dos Deputados vai construir um grande shopping. Ok, o ramo do comércio está aberto para qualquer empreendedor. Mas os deputados vão continuar com crachá de parlamentar ou passarão a usar crachá de lojista? No plenário, serão chamados de Sua Excelência ou de Sr. Comerciante? Haverá Comissão Parlamentar para decidir liquidações e promoções de Natal e Dia das Mães? São muitas dúvidas diante da grandiosidade do empreendimento. Sem falar no pioneirismo. O Brasil passará a se orgulhar de ter o único Congresso do mundo a sediar lojas, lanchonetes, cinemas, academias, talvez igrejas ou quiósque da Mãe Tatá que-traz-seu-amor-de-volta-em-dois-dias, bares, restaurantes supermercado, peixaria, etc. Não está decidido ainda se cada deputado receberá um cartão de crédito sem limites para compras no complexo debitadas no erário ou se quantos funcionários cada parlamentar terá direito de indicar para contratação nas lojas. Falta resolver o nome também; Câmara Mall, Parlashopping, Miami é Aqui, Câmara & Show,.. vai ser decidido em votação. Um dos atrativos da casa será uma criativa promoção: quem levar o título de eleitor e cadastrar com o cabo eleitoral terá direito a uma cesta de croquetes e uma caixa de refrigerante pirata.
* De um executivo do setor privado: "A atual crise se torna muito mais grave porque atinge as contas públicas. Quando o governo é obrigado a cortar custas, o setor dito privado vai pro buraco. É fácil entender: se o governo passa a comprar menos livros, as editoras tremem; se adia obras, as construtoras se abalam; se anuncia menos em jornais e revistas, as famílias proprietárias dos grandes grupos entram em pânico; se aumenta o juro para empréstimos amigos para o agronegócio, os ruralistas ateiam fogo às vestes; se o BNDES fecha a torneira, empresários choram rio de lágrimas". Resumindo: o Brasil precisa desestatizar a iniciativa privada.
* Ouvido no boteco: Juiz, investigadores, promotores andam deprimidos: o caso Fifa tirou, no momento, a Lava-Jato do noticiário.
* Zico quer ser presidente da Fifa. Entre seus projetos, investigar a Copa de 1986 para descobrir como é que foi que ele perdeu o pênalti que mandou o Brasil de volta pra casa. Parece que um cara da Fifa cavou um buraco na marca do pênalti e encheu de cola de sapateiro.
* Há alguns anos, a TV da igreja do bispo universal, a Record, fez uma campanha para dizer que está a caminho do primeiro lugar em audiência. Não se sabe que fim levou esse objetivo. O que há de concreto é uma campanha que o SBT pôs no ar comemorando um ano de vice-liderança.
Reprodução Internet |
* Pagou, limpou a ficha. Por 40 milhões de dólares, a Suiça finge que não existiu o Swissleaks. Como se sabe, havia brasileiros envolvidos no estouro das contas secretas. Se a investigação parou lá, por aqui, onde já andava cambaleante e fora da mídia, a pizza já saiu do forno. Suspeitas de sonegação, lavagem de dinheiro e até contas que guardavam produto de corrupção, vai tudo ficar al dente. O noticia saiu hoje, em pleno feriado, a tempo de coxinhas e uns e outros comemorarem o fim desse incômodo.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Rio: Professores na luta. Acampamento em frente à Câmara de Vereadoras
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