A revista satírica Charlie Hebdo postou no Facebook a capa da edição especial que marca os dois anos do atentado, em Paris, que matou onze profissionais da redação, entre chargistas e jornalistas.
Foi no dia 7 de janeiro de 2015. Dois terroristas islâmicos invadiram a redação, gritaram que "vingavam o profeta" e fuzilaram a equipe. A Al-Qaeda, no Iémen, assumiu a autoria da chacina. Os dois terroristas foram mortos em operação policial e o cérebro do atentado foi morto no Iraque depois de deixar a A-Qaeda e ingressar no Daesh (o autodenominado Estado Islâmico).
A capa especial do Charlie Hebdo foi desenhada por Foolz, um dos chargistas da nova geração. A edição está nas bancas, a partir de hoje, em Paris. Na chamada:"2017, por fim, o fim do túnel".
Em editorial, a revista lança uma pergunta: "Dois anos mais tarde, como falar de 7 de janeiro de 2015? Ou melhor, como falar "de novo" de 7 de janeiro?". O CH lembra que depois do ataque à redação outros atos terroristas fizeram a França e Europa sangrarem. A revista destaca que é longa a lista de crimes e quer evitar a impressão de que dá um tratamento especial ao atentado que sofreu. O trágico 7 de janeiro deixou lembranças dolorosas que se renovam cruelmente na sequência de atos terroristas, como o mais recente, em Istambul.
A equipe do Charlie Hebdo fazia uma reunião de pauta quando foi fuzilada.
A revista lembrou, ontem, que nessa semana fez a sua 1276ª reunião. Espera continuar. E bem.