terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Futebol: o retiro dos artistas

por Niko Bolontrim

A imprensa esportiva - e não apenas a mídia brasileira - deve achar que o torcedor é idiota. Uns e outros estão aí festejando o Christiano Ronaldo como o maior artilheiro de 2023. Caros, um gol do Haaland, na Champions, vale 10 gols do R7 nas peladas da Arábia Saudita. Um gol do Mbappe vale 15 gols do Messi na Flórida onde o futebol e também indigente. Não dá para comoarar. Os árabes vão investir bilhões e contratar uma multidão de craques em fim de carreira até que a bola ganhe alguma inteligência no deserto. Mas isso não importa para veículos que vislumbram alguma chance de morder um pouco do patrocínio dos sheiks. Daí, levam a sério o futebol que se pratica no Golfo e na Flórida, na China etc. Messi está certo. Foi curtir a aposentadoria em Miami onde, aliás, os estadunidenses coroas vão curtir sol e coqueiros antes de bater as botas. R7 não deve ser criticado. Não tinha mais pernas para jogar na Europa e foi ganhar sobrevida com os petrodólares dos sheiks. Neymar não mais cogitado por times de ponta do futebol digno desse nome descolou uma licença médica remunerada nas Arábias. Está no estaleiro e só deve voltar a jogar, se voltar, no segundo semestre do ano que vem. Luiz Suarez tamvrm sabe das coisas. Depois de uma boa passagem pelo Grêmio, percebeu que o Brasileirão era puxado demais para a sua idade. Esperto, foi para onde? Para a Flórida descolar alguns milhares de dólares antes de trocar as chuteiras pelo pijama. Todos os citados acima são jogadores de talento respeitável. Ninguém dúvida. Mas estão atuando nas ligas dos quase inativos. Merecem o descanso remunerado em ligas que, com todo o respeito, mais parecem o retiro dos artistas.




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